quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Numero 259




Fim de ano, tempo de comemorações, festas, centenas de acidentes nas estradas provocados quase sempre pela imprudência e falta de educação dos motoristas, tempo de retrospectivas, etc etc etc...

Também tempo de promessas que provavelmente não serão cumpridas ao longo de 2011, mas tudo bem... haverá outros finais de ano e novas promessas serão feitas...

Encerramos com alguns bons artigos. Luciana Araujo, da Caros Amigos, revela que mais do que uma “guerra ao tráfico”, continuamos a ter a “guerra aos pobres” que desde sempre caracterizou nossa História.

José de Castro volta a analisar os papéis da Wikileaks, mostrando, como nós também o afirmamos aqui anteriormente, que não são fofocas de comadres, mas devem ser encarados com muita seriedade.

Gabriel Perissé e o ministro Fernando Haddad enfatizam a importância e a urgente necessidade de se valorizar o professorado brasileiro.

Bom proveito, e boas festas de fim de ano!

Uma modesta mensagem que recebi hoje e retransmito:


Encerra-se mais um ano em sua vida...
Quando este ano começou, ele era todo seu.
Foi colocado em suas mãos...
podia fazer dele o que quisesse...
Era como um Livro em Branco, e nele você podia ter um poema, um
pesadelo, uma blasfêmia, uma oração.
Podia...
Hoje não pode mais, já não é seu.
É um livro já escrito...
Concluído...
Como um livro que tivesse sido escrito por você, ele um dia lhe será
lido, com todos os detalhes, e não poderá corrigi-lo.
Estará fora de seu alcance.
Portanto...
Antes que termine este ano, reflita, tome seu velho livro e folheie
com cuidado...
Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência.
Faça o exercício de ler a você mesmo.
Leia tudo...
Aprecie aquelas páginas de sua vida em que usou seu melhor estilo.
Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito.
Não...
Não tente arrancá-las.
Seria inútil...
Já estão escritas.
Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que será entregue.
Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu, e evitar repetir as ruins.
Para escrever o seu novo livro, você contará novamente com o
instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher, toda a imensa
superfície do seu mundo.
Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije.
Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, a seguir, coloque-o na prateleira
Não importa como esteja...
Ainda que tenha páginas negras, entregue e diga apenas duas palavras:
Obrigado e Perdão!!!
E, quando o novo ano chegar, lhe será entregue outro livro, novo,
limpo, branco, todo seu, no qual irá escrever o que desejar...

FELIZ LIVRO NOVO!!!




"Guerra ao tráfico" maquia guerra aos pobres
Por Luciana Araujo (do Correio Caros Amigos)
O Brasil tem hoje quase 500 mil presos amontoados em menos de 300 mil vagas. Entre os detentos, 60% são negros, 58% têm entre 18 e 29 anos e 44% ainda aguardam julgamento (são presos provisórios). Quase 58 mil pessoas cumprem pena em delegacias. Somos a terceira maior população carcerária do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
Uma análise do perfil da população carcerária evidencia o que o juiz Juarez Cirino dos Santos qualificou de “encarceramento em massa da pobreza” durante o seminário “Encarceramento em massa: símbolo do Estado penal”. Promovido pelo Tribunal Popular – articulação de entidades defensoras dos direitos humanos. O seminário aconteceu no salão nobre da Faculdade de Direito da USP entre os dais 7 e 9 de dezembro.
Nos últimos dias, a espetacularização das ações policiais no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, fez recrudescer a banalização desta realidade de violência e criminalização contra os pobres. Parcela importante da sociedade novamente esqueceu que cenas como as protagonizadas desde o dia 21 de novembro nas comunidades cariocas são a repetição de outro macabro espetáculo do gênero produzido pela mesma polícia, sob ordens do mesmo governador e do mesmo secretário de Segurança Pública, no mesmo Alemão.
A mega-operação de 2007 que resultou em 19 mortos e 13 feridos num só dia, entre eles um bebê. Ao longo dos meses o número de mortos foi crescendo. E o narcotráfico? Bom, esse continua dominando as comunidades. Financiado por gente que não passa nem perto do morro e corre quase nenhum risco de ser atingido por uma bala disparada a esmo. E amparado pelo poder de seus tentáculos dentro do aparelho do Estado.
Neste ano, a polícia se recusa a divulgar o número de mortos antes do dia 25 de novembro. Outras comunidades vêm sendo ocupadas militarmente sem que isso sequer seja divulgado como parte das operações. Crescem as denúncias de abusos e roubos praticados por agentes do Estado.
As UPPs – prometidas pela presidenta eleita como política nacional de segurança pública – mais uma vez levam às comunidades apenas o braço armado do Estado. Além de estarem projetadas estrategicamente no corredor turístico-cultural do Rio.
Aos defensores dos direitos humanos, parte da classe média e os reacionários de plantão lançam a acusação de que são defensores de “bandidos”. Mas ao que conste, a Constituição brasileira estabelece que ninguém pode ser submetido a tortura ou tratamento humano degradante. A Constituição Federal não costuma valer muito dentro do sistema penal brasileiro, que não tem nenhuma possibilidade de ressocializar os presos, incentiva a corrupção e funciona à margem da legalidade em muitos casos. Tornaram-se parte da nossa realidade o encarceramento em massa, revistas íntimas arbitrárias, inclusive em bebês, e confrontos armados em favelas e periferias.
Na esteira da histeria, mudanças na legislação são aprovadas a toque de caixa, e sempre numa perspectiva de endurecimento das penas. Nenhuma lei sobre a reforma agrária, investimento maciço na geração de empregos, valorização e qualificação dos policiais. Aliás, ao invés de aprovar a PEC que estabelece o piso salarial para policiais militares e bombeiros, os nobres deputados preferiram aprovar um reajuste de 61,83% nos próprios salários. Num país em que o salário mínimo estipulado para 2011 não deve passar a barreira dos 540 reais.
Luciana Araujo é jornalista.


O WIKILEAKS SEGUNDO EL PAIS,
José de Castro

Num artigo anterior, sustentei que os documentos da diplomacia dos Estados Unidos vazados pelo Wikileaks não são apenas conversas de cabeleireiros, como nos querem fazer crer alguns jornalistas. Com muito mais fundamentos do que eu, o diretor de Redação do jornal El País, da Espanha, Javier Moreno, explica a importância dos documentos. El País é o jornal, entre os cinco escolhidos por Julian Assange para a divulgação dos documentos, o que melhor tem aproveitado os informes do Wikileaks.

O artigo de Moreno, traduzido por Geraldo Honório Oliveira Neto, pode ser lido aqui: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/el-pais-o-que-de-verdade-os-governos-ocultam.html.
O original em espanhol foi reproduzido pelo Observatório da Imprensa, com um comentário de Alberto Dines. Para os interessados, o endereço é http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/el-pais-o-que-de-verdade-os-governos-ocultam.html.

Vou fazer um resumo do artigo. Ao longo das duas conversas com Assange, Moreno logo se deu conta da importância de se divulgar os documentos “que revelam, de forma exaustiva, como certamente nunca havia acontecido, até que grau as classes políticas nas democracias ocidentais avançadas estiveram enganando seus cidadãos”.
O diretor de Redação do mais influente diário do mundo em língua espanhola percebeu, ao contrário da maioria dos jornais brasileiros (a maior exceção é a Folha de S. Paulo), as “importantes consequências que derivariam de tudo isto para a maquinaria diplomática dos EUA, para a reputação do seu Governo, a de seus aliados, a de seus adversários, para o futuro do jornalismo e ainda para o debate sobre as liberdades nas democracias ocidentais”.
Três semanas depois que El País, The Guardian, The New York Times, Le Monde eDes Spiegel começaram a publicar as informações que se tornaram manchetes em todo o mundo, uma das conclusões a que chegou Moreno foi que “mais que um agudo estado de crise de segurança supranacional, como antecipou alguns, o que verdadeiramente se instalou entre as elites políticas em Washington e na Europa é uma espessa atmosfera de irritação e de embaraçosa contrariedade que resulta extremamente reveladora do alcance e do significado real dos papéis de Wikileaks”.
Segundo o diretor de El País – um jornal “de centro-esquerda, mas não antiamericano”, conforme Alberto Dines – o que os jornais começaram a revelar certamente confirmaram os “piores pesadelos do Departamento de Estado” norte-americano e motivaram “queixas amargas de diplomatas em todo o mundo. Não só estavam descobertas algumas de suas manobras e ordens menos confessáveis, como também acumulavam-se provas do duplo discurso dos aliados de Washington sobre os mais diversos assuntos – muitos deles em âmbito estritamente nacional –, que viam com estupefação como a publicação dos despachos lhes deixava em evidencia, ora frente a países vizinhos e aliados, ora frente a seus concidadãos, que descobriam, com compreensível irritação, opiniões, declarações ou ações de seus lideres que lhes foram convenientemente ocultadas”.
“Tenho comigo”, acrescenta Moreno, “que o interesse global provocado pelos papéis de Wikileaks explica-se principalmente por uma razão muito simples, mas ao mesmo tempo muito poderosa: revelam, de forma exaustiva, como seguramente jamais aconteceu, até que grau as classes políticas nas democracias avançadas do Ocidente estiveram enganando seus cidadãos”.
Conforme o diretor de El País, “a lista de argúcias que os papéis de Wikileaks deixam descobertas é extensa”. Exemplifica, entre outros, com o Afeganistão, onde soldados arriscam sua vida numa guerra cujos governos consideram impossível de ganhar. “Dezenas de milhares de soldados sustentam com seus esforços um Governo cuja corrupção é conhecida e tolerada por aqueles que lhes enviaram para a luta. Segundo revelam os despachos de Wikileaks, nenhuma das principais potências ocidentais envolvidas crê firmemente na possibilidade de que o país seja viável em médio prazo, para não falar já de seu altamente hipotético ingresso no clube das democracias, objetivo declarado dos combatentes.”
Moreno rebate os que sustentam que os papéis das embaixadas não contêm novidades de envergadura, que os cidadãos estavam já conscientes de todo o exposto, assim como do resto de furos impactantes que inundaram as primeiras páginas dos jornais de todo o mundo durante duas semanas. “Não vou insistir mais na falácia de tal asseveração. Interessa-me mais assinalar que a publicação dos telegramas secretos revela, ademais, que, coletivamente, a classe política no Ocidente era consciente da situação no Afeganistão, das turvas maquinações do Paquistão ou das ambigüidades dos países árabes aliados de Washington, para limitar-me unicamente aos exemplos antes citados, num exercício de dupla moral sem muitos precedentes conhecidos. Sabiam, mas ocultavam. E os destinatários de semelhante impostura eram seus eleitores, as sociedades com cujo esforço em soldados e em impostos se sustenta a guerra no Afeganistão. Já não me parece exagerada a comparação de agudos observadores, como John Naugthon, quando assinalam que o regime de Karzai resulta igualmente corrupto e incompetente como o do Vietnam do Sul, sustentado pelos Estados Unidos nos anos setenta. E que Washington e a OTAN se afundam em um pântano, o afegão, cada vez mais parecido ao que sofreram os Estados Unidos com o regime de Saigon há quarenta anos.”
Antes de encerrar esse resumo – não vou me alongar, pois defendo que o artigo deve ser lido na íntegra nos endereços citados –, preciso destacar um ponto. Os governos que gostariam de evitar que os documentos chegassem ao conhecimento público poderiam argumentar, conforme Moreno: “Confiem em nós; não tentem desvelar nossos segredos; em contrapartida lhes oferecemos segurança.”
Mas quanta segurança esses políticos oferecem realmente, contra-argumenta o diretor de El País, “em troco de aceitar tamanha chantagem moral? Pouca ou nenhuma, pois se da o triste paradoxo de que se trata da mesma classe política que se mostrou incapaz de supervisionar adequadamente o sistema financeiro internacional, cuja explosão provocou a maior crise desde 1929, arruinou países inteiros ou condenou ao desemprego e à depauperação a milhões de trabalhadores. Os mesmos responsáveis pela deterioração dos níveis de vida e de riqueza de seus concidadãos, pelo incerto destino do euro, pela falta de um projeto europeu de futuro e enfim, pela crise de governança global que aflige o mundo nos últimos anos e à qual não são alheias as elites no poder em Washington e Bruxelas. Não estou seguro de que manter ocultos os segredos das embaixadas nos garanta uma melhor diplomacia ou um desenlace mais benigno às encruzilhadas atuais.”
Certamente, os documentos do Wikileaks não são apenas conversa de cabeleireiros.


Professor sine qua non
Por Gabriel Perissé em 28/12/2010 (do Observatório da Imprensa)

Chegou o momento de solucionar o problema crônico da desvalorização do professorado brasileiro.
A este respeito, caberá à mídia acompanhar o que for realizado para que a profissão docente ganhe o prestígio social compatível com sua importância no desenvolvimento do país. A valorização do professor é indispensável na luta por uma educação melhor. Precisamos criar o professor sine qua non. O professor sem o qual falar de educação de qualidade será, no mínimo, perda de tempo.

Na revista Época desta semana (nº 658), Ilona Becskeházy, diretora-executiva da Fundação Lemann, enfatiza em seu artigo – "O grande desafio é valorizar os professores" – que esta valorização inclui aumento salarial, treinamento, supervisão e avaliação de desempenho. Em outras palavras, valorizar é investir e, investindo, propor e esperar melhores resultados.

Escrevendo para a edição especial da revista CartaCapital (22/12), o professor Vladimir Safatle diz (clareza maior, impossível) que "o sucesso do processo educacional tem, como condição necessária, a existência de um corpo de professores altamente qualificado e motivado". Essa motivação, que muito ajuda na hora da formação, está vinculada, sim, à questão salarial. Safatle denuncia o cinismo de quem nega essa vinculação:

"[...] outros gostam de falar que o que motiva professores não é necessariamente o salário, mas ‘a grandeza da profissão’, ‘o prazer de ensinar’ e outras pérolas do gênero. Alguém deveria sugerir uma lei para limitar o cinismo desses arautos do altruísmo alheio."
A década da valorização docente
Seria o caso também de denunciar quem cobra altíssimos cachês (há quem mande a conta em euros!) para, em suas palestras e conferências, escamotear a discussão aberta e urgente sobre a remuneração dos professores, associada sempre, devemos lembrar, às exigências decorrentes da função educativa.

Em editorial publicado no domingo (19/12), "Brasil nota 6", a Folha de S.Paulo menciona como ponto fundamental do PNE (Plano Nacional de Educação 2011-2020), enviado ao Congresso este mês, a valorização do professor da rede pública na educação básica. Tal valorização requer a definição de um rendimento médio que leve em conta o tempo de escolaridade necessário para formar um docente.

A permanência de Fernando Haddad no MEC é, em princípio, a garantia de que, para alcançar as metas de uma educação melhor, o tema da valorização docente deixará de ser um tema a mais. Deve tornar-se questão crucial, como dá a entender o próprio ministro:

"Se nós não fizermos da próxima década a década de valorização do professor será muito difícil cumprir as metas de qualidade. As metas exigem que nós tenhamos atenção maior com a formação e a remuneração do docente." (iG Brasília, em 15/12).

O MEC, porém, não é todo-poderoso. Metas não se cumprem magicamente. O diálogo entre governo federal, governos estaduais e municipais deve concentrar-se na busca de caminhos concretos para que essa década de valorização docente comece a contar desde o primeiro mês, janeiro de 2011. E que a sociedade, com a ajuda da mídia, acompanhe esse diálogo com o devido interesse.


Colaboração de Guilherme Souto:

Da Folha
ENTREVISTA FERNANDO HADDAD
Salário e carreira de professores são prioridades
MINISTRO DA EDUCAÇÃO AFIRMA QUE A PASTA TERÁ UMA PARTICIPAÇÃO MAIS ATIVA NA QUESTÃO DOS DOCENTES NO GOVERNO DILMA ROUSSEFF

ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA
O Ministério da Educação no governo Dilma Rousseff deverá ter uma participação mais ativa nas questões que envolvem o professor, diz o ministro Fernando Haddad.

Em entrevista à Folha, ele defendeu o MEC da responsabilidade sobre falhas no Enem e disse que o ideal é ter mais de uma prova por ano.
Folha - O que o novo governo terá de novo na educação?
Fernando Haddad - A novidade é o Plano Nacional de Educação [enviado ao Congresso na semana passada], com 20 metas definidas em 170 estratégias. Tem foco acentuado no professor.
Uma das metas é equalizar o salário com os outros profissionais de nível superior [hoje, há diferença de 60%]. Não há experiência internacional bem sucedida quando o professor ganha menos.
Que medidas concretas serão tomadas para isso acontecer?
Já tomamos uma medida ao aumentar o investimento em educação. É preciso também uma interlocução com Estados e municípios para que as carreiras sejam estruturadas nesse sentido. O PNE prevê uma mesa de negociação permanente sobre o piso salarial [de R$ 1.025].
Haverá mudanças no Enem?
Isso depende menos de uma decisão política e mais de uma técnica. Vamos ouvir a gráfica, os Correios e o consórcio que faz a prova para decidir. O ideal é ter mais de uma edição por ano.
As últimas duas edições do exame tiveram problemas. Que autocrítica o sr. faz?
Os problemas mais marcantes tiveram origem no setor privado, não no público.
Uma gráfica pecou [2009] por falta de segurança e a outra por excesso de segurança [2010], porque a conferência de todos os lotes de prova dependia de um manuseio que se tentou evitar ao máximo para que não se repetisse o que houve no ano passado.
Se os problemas foram só do setor privado, é possível deduzir que podem se repetir?
Esses problemas ocorrem em todos os lugares onde há exames desse porte.
Ou bem aproveitamos para aprender com as eventuais falhas sem abdicar de um processo transformador ou essa evolução não vai se dar por um temor que é justificável, mas superável.
O ensino médio é o que avança mais lentamente, em qualidade e quantidade de alunos.
Talvez não na escala desejada, o MEC vem fomentando a integração do ensino médio com a educação profissional.
O discurso dos secretários de Educação está cada vez mais alinhado com isso. É importante diversificar o ensino médio, integrando-o à realidade profissional e a áreas como cultura e esporte.
Haverá mudança na política de educação superior?
Há espaço para inovação acadêmica, discutir currículos mais interessantes e para um ganho de eficiência: podemos atender mais alunos.
O sr. pretende introduzir alguma mudança no MEC?
Sobretudo em relação ao magistério, precisamos reforçar um núcleo interno. Seria uma estrutura voltada à carreira, à valorização do professor, da formação.
Gostaria que o MEC tivesse um protagonismo maior na mesa de negociação do piso. Estamos também prevendo a prova de concurso [concurso nacional para professor].



Histórica a entrevista!
A íntegra de Franklin Martins no É Notícia
by luisnassif
Por Kennedy Alencar Duarte Braga

Caro Nassif, está no ar a íntegra da entrevista com o ministro Franklin Martins.

www.redetv.com.br/enoticia
Dois pontos:
- Franklin aponta que os atuais professores que ficam apontando quem agiu errado ou não na luta contra a ditadura são aqueles que não lutaram contra ela,
- instigado sobre qual o papel dele, Franklin, no processo, ele diz que todos que agiram no momento não importa o papel que fizeram, e sim que estavam lá no combate. Porém, ressalvou que tem uns que se vangloriam - para mim um deles é o Gabeira - de terem feito isso e aquilo, mas não tiveram um papel tão relevante assim.

Tudo sob o olhar de paisagem do entrevistador.



INFORMATIVO DA ANPUH

Concursos

1 VAGA DE PROFESSOR ADJUNTO DE HISTÓRIA GERAL
Instituição: Universidade Federal do Ceará (UFC)
Inscrições: até 30/12/2010

1 VAGA DE PROFESSOR ADJUNTO DE HISTÓRIA DO BRASIL REPÚBLICA
Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Inscrições: até 04/01/2011

PROCESSO SELETIVO 2011 - MESTRADO
Instituição: Universidade de Passo Fundo UPF)
Inscrições: até 05/01/2011

ESPECIALISTA EM DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL - 2 VAGAS P/ HISTÓRIA
Instituição: Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos do Estado do Espírito Santo
Inscrições: até 07/01/2011

1 VAGA DE PROFESSOR ADJUNTO DE ENSINO DE HISTÓRIA/ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Instituição: Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Inscrições: até 14/01/2011

2 VAGAS DE PROFESSOR ADJUNTO - HISTÓRIA DA ÁFRICA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA
Instituição: Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
Inscrições: até 28/01/2011

MESTRADO EM HISTÓRIA PODER E PRÁTICAS SOCIAIS
Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus Marechal Cândido Rondon (UNIOESTE)
Inscrições: até 03/02/2011
PROCESSO SELETIVO 2011 – 20 VAGAS P/ MESTRADO E 15 P/ DOUTORADO
Instituição: Universidade Estadual Paulista - Campus Assis (Unesp/Assis)
Inscrições: de 1º a 11/02/2011

Congressos

IX ENCONTRO NACIONAL DOS PESQUISADORES DO ENSINO DE HISTÓRIA: AMÉRICA LATINA – CULTURAS, MEMÓRIA E SABERES (novo)
Data: 18 a 20 de abril de 2011
Local: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

III ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS DA IMAGEM (novo)
Data: 03 a 06 de maio de 2011
Local: Universidade Estadual de Londrina (UEL)

V ENCONTRO DE ESCRAVIDÃO E LIBERDADE NO BRASIL MERIDIONAL (novo)
Data: 11 a 13 de maio de 2011
Local: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

I CONGRESSO FLUMINENSE DE HISTÓRIA ECONÔMICA (novo)
Data: 22 a 26 de junho de 2011
Local: Universidade Federal Fluminense (UFF)

V ENCONTRO NACIONAL DA ABED: DEMOCRACIA, DEFESA E FORÇAS ARMADAS (novo)
Data: 08 a 10 de agosto de 2011
Local: Entre em contato com a organização

XVI CONGRESO INTERNACIONAL DE AHILA
Data: 06 a 09 de setembro de 2011
Local: Universidad de Cádiz (UCA)

CONFERÊNCIA - BRASIL EM PERSPECTIVA GLOBAL (1870-1945) (novo)
Data: 27 a 29 de outubro de 2011
Local: Instituto Latino Americano (LAI) da Freie Universität Berlin


Chamada para artigos

REVISTA HISTÓRICA (novo)
Tema: As experiências das Áfricas no Brasil.
Prazo: 05/01/2011
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/

REVISTA CONTRAPONTO (novo)
Tema: Historiografia.
Prazo: 31/01/2011
http://www.revistacontraponto.com/modules.php?name=Content&pa=showpage&pid=6

REVISTA OUTROS TEMPOS (novo)
Tema: História e Literatura
Prazo: 28/02/2011
http://www.outrostempos.uema.br/

HISTÓRIA, IMAGEM E NARRATIVAS (novo)
Tema: Mitologia.
Prazo: 15/03/2011
http://www.historiaimagem.com.br/

REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA
Tema: Comemorações; com ênfase em pesquisas sobre locais de memória; festas, civismo e movimentos sociais; etnicidade e paisagem
Prazo: 31/03/2011
http://www.anpuh.org/revistabrasileira/public

REVISTA CORDIS: REVISTA ELETRÔNICA DE HISTÓRIA SOCIAL DA CIDADE (novo)
Tema: História, Arte e Cidades.
Prazo: 08/04/2011
Tema: História, Corpo e Saúde.
Prazo: 08/08/2011
http://www.pucsp.br/revistacordis/

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