quarta-feira, 29 de junho de 2011

Numero 284



Continuando o que iniciamos no boletim passado, mais dois artigos analisam a questão do sigilo dos documentos. O primeiro foi enviado pela nossa amiga/leitora Ana Cláudia, de São Paulo, o segundo é da Agência Carta Maior.



Quem tem medo da História?
Silvio Tendler

Estamos assistindo, perplexos, à enorme conspiração contra a verdade, a história e a memória.
O Ministério da Defesa, o Ministério das Relações Exteriores, dois ex-presidentes da República, políticos de diferentes matizes, se unem para que o Brasil não conheça a sua verdade.
Já é difícil fazer filmes, livros e peças de teatro sobre personagens reais -- mesmo os de vida pública --, sem autorização do próprio ou de familiares e herdeiros. Agora, a pá de cal chega com a intenção de trancafiar documentos para que a verdadeira História não se revele.
E quem orquestra essa trama contra o futuro do Brasil? Sim, porque povo sem memória é povo sem futuro e estaremos sujeitos eternamente a sermos alimentados por contos da carochinha. Mas, afinal, o que querem esconder de nós? Quem bateu, torturou, mandou prender e arrebentar? Quem negou passaportes, quem expedia os tenebrosos atestados ideológicos, que impediam o acesso à escola ou ao emprego?
Estive duas vezas n Smithsonian Institute em Washington. Na primeira, percorri uma exposição que retratava às condições de vida dos negros nos Estados Unidos e as lutas pela conquista dos seus direitos civicos. Estavam ali expostas todas as mazelas de uma sociedade que destinava banheiros públicos e bebedouros diferentes para negros e brancos. Escolas diferentes, lugares separados nos transportes públicos, os mais confortáveis e em maior quantidade sempre destinados aos brancos. E se faltasse lugar, o negro sentado deveria ceder o lugar ao branco. Uma sociedade que queimava jovens por razões de cor se expunha ali como um ato de superação do passado, de construção do novo.
A segunda vez, assisti a exposição que tratava das condições de vida dos imigrantes japoneses e seus descendentes nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Vi coisas que nem os livros escolares nem o cinema americano me contaram. Vi fotos de lojas de japoneses atacadas por norte-americanos enfurecidos com os araques japoneses a Pearl Harbor, imagens de familias sendo recolhidas aos campos de concentração nos Estados Unidos para isolar o perigo amarelo e imagens de batalhões de jovens soldados nipo-americanos para guerrear diretamento om o exército japonês como um afirmação do patriotismo norte-americano! A exposição termina com uma carta do então Presidente Ronald Reagan pedindo desculpas à comunidade japonesa pelas humilhações impostas.
Querem nos impedir de saber a verdade sobre a guerra do Paraguai, ao que parece, uma verdadeira carnificina praticada para atender interesses de poderoso banqueiro inglês. Nós não podemos saber o que os paraguaios sabem e contam a seus filhos, por que?
Resistirão almirantes, generais e marechais à lupa da História? Suas biografias corresponderão às narrativas descritas nas pinturas das grandes batalhas? O silêncio que nos impõem deve ser a razão porque não cultivamos nossos heróis e não preservamos sua memória, a total falta de identificação de identidade com eles
Os que nos negam conhecer a verdadeira História do país são cúmplices das carnificinas, dos torturadores, dos alcaguetes a soldo do Estado; dos que ordenaram censurar jornais, revistas, peças de teatro e músicas.
Não podemos nos calar e aceitar como fato consumado essa violência da censura que tentam nos impor. Construir um país livre representa lutar para conhecer a história. Não queremos cultivar falsos heróis e, a partir de hoje, personagens da história oficial estarão sob suspeita, enquanto não nos deixarem conhecer os documentos que abrigam verdades, que, mesmo dolorosas, devem ser reveladas.


Os arquivos da ditadura que os militares brasileiros querem ocultar
Documentos da ditadura militar brasileira, obtidos pelo jornal Página/12, trazem detalhes inéditos dos arquivos que a presidenta Dilma Rousseff quer tornar públicos. Militares resistem à divulgação desses arquivos. Matéria publicada neste domingo no jornal argentino traz informações sobre atuação de Azeredo da Silveira, chanceler do general Geisel, que antes de assumir o Itamaraty comandou a embaixada na Argentina, onde teria sido um "pioneiro do terrorismo de Estado regionalizado". Da leitura de centenas de papéis em poder do Página/12 fica claro que os contatos eram frequentes, e grande a afinidade dos militares brasileiros com os golpistas de 1976 na Argentina. A reportagem é de Dario Pignotti.
Dario Pignotti - Página/12 (WWW.cartamaior.com.br)


“O ex-presidente argentino Juan Perón esteve na mira dos serviços de Inteligência brasileiros. Isso é quase um fato. Participei de reuniões com ele, se pressentia que nos vigiavam. Se abrirem os arquivos da ditadura, como quer a presidenta Dilma, surgirão mais provas disso”.

A afirmação é de João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Melchior Goulart, Jango, amigo do general argentino por mais de duas décadas. Transcorridos 47 anos da derrubada Jango e 38 de seus últimos encontros com Perón, provavelmente espionados por agentes brasileiros, “é hora de terminar com esse longo silêncio, ainda vivemos de costas para a história dos anos 70 devido às pressões de grupos ligados ao terrorismo de Estado”, lamenta João Vicente.

Dilma Rousseff parece compartilhar essa preocupação e, na semana passada, instruiu seus ministros, em particular a titular de Direitos Humanos, Maria do Rosário, para que convençam o Congresso a aprovar imediatamente o projeto sobre a Comissão da Verdade, contra o qual se insubordinaram os chefes das forças armadas em dezembro de 2009.

“Certo dia estava em um hotel de Madri, com papai, atendi o telefone e alguém me disse: “Quero falar com Janguito, diga que sou o general Juan Perón. Eu não podia acreditar, mas era verdade. Perón estava do outro lado da linha para convidar Jango para uma conversa na residência da Porta de Ferro. Creio que era o início de 1973”, relatou Goulart ao Página/12.

“Em uma ocasião, falou-se da possibilidade de haver um acordo. Meu pai (fazendeiro) venderia carnes no marco de um plano trienal que iria ser implementado pelo governo peronista, mas que fracassou por influências do bruxo”, apelido pelo qual era conhecido José López Rega. “Ocorreram mais reuniões com Perón, outra foi em Buenos Aires. Lembro que algumas pessoas nos diziam que os serviços de Inteligência estavam rondando por ali”.

Algo parecido ocorria com o ditador Ernesto Geisel, que se referia ao argentino como a “Múmia” e o excluiu de sua cerimônia de posse, no início de 1974, da qual participaram o chileno Augusto Pinochet, o boliviano Hugo Banzer e o uruguaio Juan María Bordaberry. Geisel iniciou um período de mudanças na política externa, conhecido como “pragmatismo responsável”, caracterizado pela abertura de relações com países do Terceiro Mundo e menor alinhamento com os Estados Unidos. Este giro não implicava o fim da estratégia de contenção do comunismo. Outra marca de sua política externa foi a intensa, e por vezes contraditória, relação com o secretário de Estado, Henry Kissinger. Nenhum chanceler teve mais sintonia com Kissinger do que Francisco Azeredo da Silveira, que esteve no cargo durante o quinquênio de Geisel.

Antes disso, Azeredo comandou a embaixada na Argentina, “onde foi um pioneiro do terrorismo de Estado regionalizado; em 1970 foi o responsável pelo sequestro em Buenos Aires e transporte ilegal ao Brasil do coronel Jefferson Cardin, um militar nacionalista e brizolista que foi meu companheiro na prisão do Rio de Janeiro”, diz Jarbas Silva Marques, prisioneiro político entre 1967 e 1977. “Jefferson Cardin me disse na prisão do Rio que Azeredo da Silveira, sendo chanceler, sabia tudo sobre a Argentina e certamente sabia dessa possível espionagem sobre Perón e mandava a embaixada colaborar com os golpistas”.

“Essa é uma história pesada, estamos falando do chefe da diplomacia brasileira entre 1974 e 1979. De uma política de Estado. Até hoje há gente querendo esconder essa história debaixo do tapete, há muita pressão. Vemos o presidente do Senado, José Sarney, fazendo lobby a favor dos militares para impedir que Dilma abra os arquivos, disse Silva Marques ao Página/12.

É impossível fazer uma reconstrução acabada de todos os movimentos da diplomacia brasileira e seus pactos com os golpistas argentinos, devido à falta de documentação suficiente. Da leitura de centenas de papéis em poder do Página/12 fica claro que os contatos eram frequentes, e grande a afinidade com aqueles que perpetrariam o golpe de 1976. A guerra suja já lançada então contra a “subversão” era aprovada.

O telegrama “secreto” enviado pela embaixada brasileira no dia 3 de setembro de 1975 dá conta de uma “longa conversa” com os “comandantes Jorge Videla e Eduardo Massera”, que expressaram seu interesse em “estimular por todos os meios a aproximação das Forças Armadas” de ambos os países. Em outra mensagem “confidencial”, de 19 de fevereiro de 1975, fala-se sem eufemismos da coordenação repressiva. A nota relata um encontro oficial de diplomatas brasileiros com o ministro da Defesa argentino, Adolfo Savino, quando se tratou com “total franqueza da necessidade de um profundo entendimento de nossos países frente aos inimigos comuns da subversão”.

Durante sua conversa com o Página/12, o filho de João Goulart e Jarbas Silva Marques lamentaram o “atraso” histórico do Brasil frente a Argentina, o Chile e o Uruguai, onde “houve um ajuste de contas com a história e a verdade”, mas manifestaram esperança de que essa situação possa ser revertida. Eles, assim como vários organismos de direitos humanos, confiam no compromisso com a verdade assumido por Dilma Rousseff, vítima de prisão e torturas durante o regime militar, assim como na pressão internacional. Citam o exemplo da decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos que condenou o Estado brasileiro por não julgar os crimes da ditadura.

Tradução: Katarina Peixoto




A crise na Europa e uma esquerda desorientada
A conversão massiva ao mercado e a globalização neoliberal, a renúncia à defesa dos pobres, do Estado de bem estar e do setor público, a nova aliança com o capital financeiro, despojaram a social-democracia europeia dos principais traços de sua identidade. A cada dia fica mais difícil para os cidadãos distinguir entre uma política de direita e outra “de esquerda”, já que ambas respondem às exigências dos senhores financeiros do mundo. Por acaso, a suprema astúcia destes não consistiu em colocar a um “socialista” na direção do FMI com a missão de impor a seus amigos “socialistas” da Grécia, Portugal e Espanha os implacáveis planos de ajuste neoliberal? O artigo é de Ignacio Ramonet.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17955&boletim_id=944&componente_id=15280




No Reino da Cornualha, a triste história de Fernandus, de Príncipis a Cornus
Leia em:
http://blogdomello.blogspot.com/2011/06/no-reino-da-cornualha-triste-historia.html




A Pós-Graduação nas Ciências Humanas e o paradigma da Medicina na era da especialização

por CÉLIO JUVENAL COSTA
As palavras que se seguem poderão soar conservantismo, serem até reacionárias, pois se trata de uma reflexão que nada contra a correnteza do que se pratica hoje nas universidades brasileiras. Assumo o risco de ser conservador neste momento, pois o contexto atual de formação dos mestres e doutores, atuais e futuros professores de nossas faculdades e universidades, é revelador de uma tendência que coloca em xeque a própria essência do termo universidade. A palavra de ordem hoje parece ser: especializar cada vez mais e mais cedo para se produzir um saber cada vez mais específico e competente... LEIA NA ÍNTEGRA: http://espacoacademico.wordpress.com/2011/06/25/a-pos-graduacao-nas-ciencias-humanas-e-o-paradigma-da-medicina-na-era-da-especializacao/



Encontram-se abertas as inscrições para a VI Semana de História Política da UERJ. A semana ocorrerá entre os dias 17 e 21 de outubro de 2011.
As inscrições serão realizadas até o dia 9 de setembro através do e-mail semanadehistoriauerj@gmail.com.


Para maiores informações, acesse: http://www.semanahistoriauerj.net/



“Brasil Sem Miséria”: desafios e contradições
Novo programa reduz desigualdade e reafirma: renda não depende apenas de trabalho. Mas para sustentá-lo será preciso rever políticas econômicas. Por Felipe Amin Filomeno

A geopolítica angloamericana
Desde século XVI, EUA e Inglaterra desenvolvem, com êxito, estratégias interessadas em "dominar o mundo". Mas para onde expandi-lo, agora? Por José Luís Fiori


MISCELÂNEA CAFÉ HISTÓRIA

Proclamada no Twitter a Revolução Farroupilha

Jornal de Santa Catarina leva a Revolução Farroupilha para a rede social Twitter e mostra que a divulgação da história pode ser uma aventura muito divertida

Leia: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-75



DOCUMENTO HISTÓRICO

Cédula de 500 Cruzeiros, 1990.

Acesse: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)



VÍDEOS EM DESTAQUE

Zero Absoluto I A Conquista do Frio

Assista: http://cafehistoria.ning.com/video/zero-absoluto-i-a-conquista-do



FÓRUNS EM DESTAQUE

Vale à pena Pós em Educação pra um Historiador?

Participe: http://cafehistoria.ning.com/forum/topics/vale-a-pena-pos-em-educacao


A reforma do ensino de 1971 tornou o ensino mais democrático com o fim das provas de admissão?

Participe: http://cafehistoria.ning.com/forum/topics/a-reforma-do-ensino-de-1971




quarta-feira, 22 de junho de 2011

Numero 283










Neste número trazemos três assuntos que dominaram a semana. O primeiro, que interessa sobremaneira a nós, historiadores, é a questão do sigilo dos documentos oficiais. A prática quase universal diz que após 30 anos todos os documentos devem vir a público, mas aqui – imagina-se por quais razões – estão tentando manter alguns em sigilo perpétuo.
Dois textos estão relacionados à crise européia (européia???) e um último à falência do conceito do Estado-mínimo...justamente nos Estados Unidos. Quem diria, hem?




O silêncio nunca é respeitado pela história
A idéia de instituir uma lei de "silêncio eterno" para certos documentos oficiais foi lançada sem muito sucesso. As verdade são, ou se tornam caixas de pandora quando as tentamos reduzir ao silêncio eterno. Um dia elas se abrem e os monstros, como os demoninhos da lenda, vem nos puxar as pernas em nossas camas. Salve-se quem puder.
Enio Squeff


A idéia de instituir uma lei de "silêncio eterno" para certos documentos oficiais foi lançada sem muito sucesso: houve a natural grita de quase todos os setores intelectuais e é bem possível que tudo não passe de uma iniciativa abortada, antes sequer de tomar forma. Há uma incompatibilidade entre o mistério e a democracia. Não deve ser por outra razão que a Igreja Católica cultiva o autoritarismo: nada mais insondável do que a vida dos religiosos fora do confessionário. Para a literatura, no entanto, o mistério é mais que um gênero literário. É a própria razão de um livro. H. Bustos Domecq, pseudônimo do autor policial, criado por Jorge Luis Borges e Bioy Casares, parece ser uma espécie de exacerbação do que, por si, é literatura. Sabemos que no último momento Isidro Parodi - o detetive que desvenda os crimes de dentro da prisão - declinará o nome do assassino. Desfeito o silêncio.

Na paródia dos dois escritores argentinos, os próprios personagens periféricos, são nomes conhecidos da novelística universal de mistério, como o padre Brown, clássico do escritor inglês J.K. Chesterton. A questão do mistério, porém, ou do seu sucedâneo, o silêncio, parece ser que ele acaba, quase sempre, no que se convencionou chamar de segredo de Polichinelo. Numa certa medida o mistério parece, inclusive, ter prazo de validade. A história não tem como prêmio esconder fatos, sejam quais forem.

Em certas celebrações do Vaticano, século atrás, executava-se um "Miserere" (uma espécie de pedido de perdão a Deus) do compositor renascentista Gregorio Allegri (1582-1652) que, a parte ser muito belo , "um\ coro de anjos," dizia-se com certa razão - era uma espécie de monopólio da Igreja. Ninguém, por proibição expressa das autoridades religiosas, podia divulgar a partitura. Era escutá-la e só. Isso até o dia em que um menino de doze anos, no século XVIII, ao assistir o ofício religioso por apenas duas vezes, na Catedral de São Pedro, resolveu escrever, nota por nota, o contraponto intrincado da obra – tarefa de um gênio, mas que se explicava pela identidade do garoto. Tratava-se do Wolfgang Amadeus Mozart. Dali em diante estava quebrado o mistério da grande música da Igreja, o milagre do "canto dos anjos": a partitura, no tempo de divulgação possível para a época, seria, então, acessada pelo resto da Europa e, mais tarde, pelo mundo.

Para Mozart, música alguma constituía mistério. Era ouvi-la, e escrevê-la em seguida. No entanto, ele mesmo, ou melhor, sua biografia, seria assombrada, no futuro, por boatos que supõem mistérios e que acrescentam perguntas, aparentemente irrespondidas para a posteridade. Sua morte prematura prestou-se a muitas conjeturas que quase sempre avançaram para o fantástico. Seu passamento teria sido precedida por uma encomenda secreta de seu famoso réquiem. Durante anos propalou-se que o anúncio de sua própria morte, apareceu-lhe sob a forma de um espectro: ele lhe teria encomendado o réquiem (que Mozart, contudo, não concluiu), mas que deveria ser executado por ocasião da sua própria morte É uma bela página fantástica para as histórias detetivescas, mas se sabe hoje que quem a encomendou foi um nobre, que queria permanecer no anonimato, daí a sua aproximação velada do compositor E que no filme ¨Amadeus¨ aparece, claramente, como um fantasma. Uma inverdade "bene trovata", apenas isso.

Apesar de tudo, porém, persistiu o instigante da morte prematura do compositor. Como "não poderia ter morrido tão moço ", com apenas 35 anos, foi acrescentada uma outra história, ainda mais rocambolesca (palavra, aliás, que vem de Rocambole, um personagem de mistério de uma série saída em folhetim no século XIX, de autoria de Ponson du Terrail). Por ela, Mozart teria sido envenenado, e por ninguém menos que a Maçonaria. A organização secreta a que, de fato, Mozart pertenceu (escreveu várias obras para exaltá-la), teria se sentido devassada pelo compositor. Ao escrever a sua ópera "Flauta Mágica", Mozart teria revelado vários segredos do grupo esotérico. Sabe-se que isso, comprovadamente, não aconteceu, mas desde que se mantivesse silêncio a respeito, ficaria a dúvida.

Na verdade, nada desses acontecimentos tem a ver com qualquer coisa parecida com o "silêncio eterno" reivindicado por alguns políticos da base do governo. Essa é uma suposição que fica da Igreja, ou melhor, de todas as igrejas. E, mais que tudo, de todas as organizações, inclusive as empresariais. Quando não, por grupos clandestinos, que vão do IRA irlandês, a Al Qaeda islâmica. Mas disso se sabe tanto, que é até ocioso fazer qualquer menção.

Chesterton, inspirador de Borges e de Bioy Casares em muitos bons momentos de seus escritos, não apenas aos que pertencem ao gênero explicitamente ¨de mistério¨, aponta, não raras vezes, para o fantástico. Num de seus romances, em que a palavra "delicioso" talvez não seja um juízo exagerado, há que se aduzir o fantástico. Chama-se "O Homem que foi Quinta-Feira". Como o intrigante do título sugere, é um livro detetivesco , mas com um tom farsesco que se aproxima do incrível. De repente, lá pelo fim do livro, o grande vilão não é quem pensamos, se é que existe um vilão. E, nas últimas páginas, o que resta é o poético.

Talvez seja essa a questão do silêncio: ele valerá para o mistério na dimensão em que não se diz. Um dos maiores filmes de terror de todos os tempos traduzido como "Os Inocentes", do inglês Jack Klayton, assusta por nunca mostrar explicitamente as fantasmagorias. É como se os personagens fôssemos nós mesmos. A todo o momento ficamos na dúvida se estamos vendo o que parece nos observar do meio do lago. Os monstros não são explícitos e , no final, a questão persiste em aberto. Pois as dúvidas - os silêncios - são os que mais nos incomodam. E assustam.

Talvez fosse isso que o senador autor da proposta sobre a tal lei do silêncio eterno, na verdade, quisesse: que os brasileiros ficássemos na expectativa de que tenhamos medo da nossa história. Para exemplificar, o senador citou o Barão do Rio Branco. Como criador da Chancelaria, antes e depois da República, o Barão teria segredos a manter sobre o Brasil. Claramente, o tal senador, não se referiu à ditadura militar recente que a rigor, não tem como se manter silenciosa, já que os gritos dos torturados ainda ressoam entre nós, pois muitos estão vivos ainda. Mas ao se referir ao criador do Itamarati, ele talvez se referisse, entre outros, ao que quase todos sabemos; que a tomada do Acre pelos brasileiros, talvez não seja de molde mesmo a aquietar nossa consciência, já que o gaúcho Plácido de Castro, que chefiou os seringueiros contra o exército boliviano, era claramente um agente provocador a serviço do Brasil. E talvez tenha sido assassinado justamente como "Queima de Arquivo", uma história que, afinal, talvez a Globo nunca estivesse disposta a contar.

A questão, porém, continua: onde o segredo ou o silêncio, por mais "obsequioso" que seja?

No fundo, de novo, quem sabe, naquilo que a Igreja chama justamente de "Silêncio Obsequioso" que seria um calar boca que o candidato ao mutismo aceitaria de bom grado, como uma espécie de aceitação de sua confissão, de que errou em alguns pontos doutrinários. Mesmo isso, porém, sem qualquer intromissão via internet , tal qual o wikleaks , mostra-se, no mínimo, fragilíssimo. Acaba de sair nos Estados Unidos o livro de um jornalista norte-americano, "católico praticante" como ele se define, em que são reveladas com nomes e endereços, os casos de homossexualismo e de práticas heterossexuais de membros teoricamente celibatários, da Igreja. Em que até mesmo a prática do aborto - justamente para evitar escândalos, como sempre -seria explicitamente recomendado por bispos e outros membros da hierarquia da Igreja. Não se trata evidentemente de um assunto para ser discutido em colunas sociais. Ou em páginas em que se fale da arte e da cultura. Mas são casos claros em que o que sobra, afinal, é o sempiterno segredo de Polichinelo. Todo o mundo sabe,

Paganini gostava de fazer segredo quanto a sua técnica prodigiosa ao violino. Muitos juravam que ele tinha feito pacto com o demônio. Era uma história que o violinista sempre fez questão de não desmentir. O silêncio sobre sua técnica, porém, nunca foi além do que ele escrevia. E na medida em que outros instrumentistas se jogavam no violino, estudando-o e praticando-o, mais e mais foi se impondo a crença, não de que Paganini tivesse feito qualquer acerto com satanás, mas de que tudo estava nos dedos para quem quer que tivesse talento e vontade para chegar ao seu virtuosismo. Hoje sabemos que um músico extraordinário pode se alçar ao domínio que Paganini tinha de seu instrumento. Nunca houve segredo algum. Seria, aliás, uma bobagem para a sua memória. que somente ele, apenas ele, tocasse as músicas que compôs.

Digamos que seja esse o limite do segredo - que é de não ser senão o começo da verdade. Pois daí, quem sabe, advenha todo o mistério, o mistério de Paganini. Mas também da história. Não será por a termos engavetada em arquivos indevassáveis, que ela deixará de bramir. As verdade são, ou se tornam caixas de pandora quando as tentamos reduzir ao silêncio eterno. Um dia elas se abrem e os monstros , como os demoninhos da lenda, vem nos puxar as pernas em nossas camas. Salve-se quem puder.


Enio Squeff é artista plástico e jornalista (WWW.cartamaior.com.br)



Chico Alencar: É o dinheiro, estúpido!
*Artigo de Chico Alencar publicado na Folha de São Paulo (17/06/2011) – TENDÊNCIAS/DEBATES
A famosa exclamação do publicitário James Carville -”É a economia, estúpido!”- aventando a derrota de Bush pai para Bill Clinton, em 1992, admite paráfrase sobre o Brasil de hoje. O caso Palocci vai muito além da consultoria milionária que prestou enquanto exercia mandato de deputado federal.
O essencial da questão produz, recorrentemente, características regressistas à nossa República: a total promiscuidade entre negócios privados e interesse público.
O deus dinheiro dogmatiza a afirmação de que a vivência como gestor público “é experiência única, que dá enorme valor de mercado”.
Enriquecimento patrimonial atípico não provoca desconforto sequer em partido de inspiração socialista, cada vez mais vinculado às grandes corporações. Afinal, “enriquecer não é crime”, e até para o procurador não há o que procurar.
Um autor muito caro aos petistas de antigamente, Karl Marx, em “As Lutas de Classe na França”, com sua análise acurada do contexto europeu da metade do século 19, ainda joga luz ao que acontece aqui: “As enormes somas que passavam pelas mãos do Estado davam a oportunidade para fraudulentos contratos de fornecimento, corrupção, subornos, malversações e ladroeiras de todo gênero. A pilhagem por atacado do Estado pelos financistas repetia-se a varejo nas obras públicas”.
Ontem como hoje, o Estado não é fortalecido para prover à população os serviços fundamentais, mas, sim, para viabilizar riquezas e a perpetuação dos seus operadores.
Privatiza-se a política: os fetiches de dinheiro e prosperidade, ícones da cultura dominante, estão inoculados no nosso sistema eleitoral.
A eleição de representantes da população demanda crescentes recursos, restritivos a que maiorias sociais se tornem maiorias políticas. Dos eleitos para o Congresso, 55% tiveram financiamentos de grandes empreiteiras.
Os amálgamas das bancadas parlamentares não são doutrinas e projetos, mas interesses imediatos: do banco, da bola, da bala, da motosserra. Todos os chamados “grandes candidatos” ao Executivo têm os mesmos provedores: instituições financeiras, mineradoras, construtoras, agroindústrias.
Os partidos políticos, desideologizados, consórcios para ocupação de espaços clientelistas da administração, são empresas que produzem a mercadoria voto, cujo combustível de fidelização é a política de clientela e um governismo atávico. A militância de ideias e de causas encolhe diante do poder dissolvente do dinheiro.
No Brasil, cumprir a lei é revolucionário. Na administração pública, a simples prática dos princípios constitucionais da legalidade, da moralidade, da impessoalidade e da publicidade, em todos os níveis, seria transformadora. Esses preceitos já deviam ter vedado qualquer atividade empresarial privada concorrente com a função pública, que exige dedicação integral.
Sob a aparente “normalidade”, entretanto, algo se move. As revoltas populares nos países árabes e as praças ocupadas por jovens e desempregados na Europa, em especial na Espanha, na Grécia e em Portugal, chegam até nós.
A cobrança mobilizadora tem eixos culturais mudancistas, como eliminação de privilégios, serviços públicos de qualidade, garantia de direitos sociais, combate às desigualdades, controle das movimentações financeiras e democracia participativa. Questionando o sistema político e o cinismo partidário, a multidão na Porta do Sol, em Madri, proclama: “Nossos sonhos não cabem nas suas urnas”.
Por diversas formas, esse clamor também crescerá aqui.
*CHICO ALENCAR é deputado federal (PSOL/RJ) e líder na bancada.
http://psol50.org.br/blog/2011/06/17/chico-alencar-e-o-dinheiro-estupido/



Uma contra-revolução silenciosa em curso na Europa
A nova Governança Europeia visa colocar sob maior vigilância os orçamentos nacionais para reforçar as sanções contra os estados em déficit excessivo e limitar o crescimento dos gastos públicos. O pacto para o euro visa aumentar a flexibilidade do trabalho para evitar aumentos de salários e reduzir os gastos com a proteção social. A Grécia está no seu terceiro plano no espaço de um ano e viu a sua dívida e o seu déficit crescerem ao ritmo do empobrecimento da população. O mesmo destino aguarda a Irlanda, Portugal e Espanha. O artigo é de Thomas Coutrot, Pierre Khalfa, Verveine Angeli e Daniel Rallet.
Thomas Coutrot, Pierre Khalfa, Verveine Angeli e Daniel Rallet (
www.cartamaior.com.br)


Está para ser aprovado no Parlamento Europeu um pacote de seis propostas legislativas para uma nova política econômica da União Europeia. Enquanto isso, os governos europeus subscreveram em março um "pacto para o euro."

Do que se trata? A nova Governança Europeia visa colocar sob maior vigilância os orçamentos nacionais para reforçar as sanções contra os estados em déficit excessivo e limitar o crescimento dos gastos públicos. Uma medida já tomada completa o dispositivo, o"semestre europeu", que pretende apresentar ao Conselho e à Comissão os orçamentos dos estados antes mesmo de serem discutidos pelos parlamentos nacionais. O pacto para o euro, seguindo a proposta Merkel-Sarkozy de estabelecer um pacto de competitividade, visa, nomeadamente, aumentar a flexibilidade do trabalho, para evitar aumentos de salários e reduzir os gastos com a proteção social.

Essas medidas são tomadas em nome de um argumento de aparente bom senso. Os Estados não podem pedir ajuda à União se não houver regras. Mas, na ausência de qualquer debate democrático sobre as políticas econômicas a adoptar, as atuais medidas acabam por enfraquecer os parlamentos nacionais em benefício dos Ministérios das Finanças e da tecno-estrutura europeia. E de que ajuda se trata? Os montantes emprestados pela União são obtidos nos mercados a juros relativamente baixos e emprestados aos Estados que estão em dificuldades a taxas de juros muito mais elevadas. É o povo que paga o preço mais alto com a implementação de planos de austeridade drástica, arruinando qualquer hipótese de recuperação económica. Prova disso é o exemplo patético da Grécia, agora no seu terceiro plano no espaço de um ano, que viu a sua dívida e o seu déficit crescerem ao ritmo do empobrecimento da população. Enquanto isso, os bancos podem continuar a refinanciar-se junto do Banco Central Europeu (BCE) com taxas ridículas, e a emprestar aos estados com juros muito mais altos. Assim, em fevereiro, as taxas a dois anos para a Grécia ultrapassaram os 25%. Não são as pessoas que recebem ajuda, são os bancos e os bancos europeus, em particular!

O mesmo destino aguarda agora a Irlanda, Portugal e a Espanha. Mas todos os países europeus são confrontados com o mesmo tratamento. Os governos, o BCE, a Comissão e o Fundo Monetário Internacional (FMI) usam a purga social como os médicos de Molière usavam a sangria. Numa Europa de economias totalmente integradas, onde os clientes de uns são os fornecedores de outros, tais medidas levam a uma lógica recessiva e, portanto, a uma redução das receitas fiscais que vai alimentar ainda mais os défices. Socialmente desastrosas, são economicamente absurdas.

Mas, dizem-nos, não havia outra opção. É preciso "assegurar os mercados.” Reconhecemos aqui o argumento final, o famoso "Tina", que foi, a seu tempo, empregue por Margaret Thatcher: "There is no alternative." Na verdade não há alternativa, se continuarmos a submeter-nos aos mercados financeiros. Este é o ponto cardeal e o ponto de partida de qualquer política. Como tal, para a votação do Parlamento Europeu marcada para junho, esperamos que os partidos da esquerda europeia se recusem claramente a votar em propostas com consequências dramáticas para a população.

É possível – e hoje é indispensável – uma verdadeira ruptura: ela vai consistir não em "tranquilizar os mercados", mas organizar o seu desarmamento sistemático, começando por lhes retirar o primeiro instrumento de chantagem, a possibilidade de especular com as dívidas públicas. Antes da crise, a origem da dívida estava na queda de receitas devida aos benefícios fiscais feitos às famílias mais ricas e às empresas. No momento da crise financeira, os Estados foram forçados a injetar quantidades maciças de liquidez na economia para evitar que o sistema bancário entrasse em colapso e que a recessão se transformasse em depressão. A explosão dos déficits tem, portanto, as suas raízes no comportamento dos operadores financeiros que são a causa da crise.

As dívidas públicas são, em grande parte, ilegítimas e, portanto, uma auditoria pública da dívida permitirá decidir o que será reembolsado ou excluído. O BCE deverá poder, sob supervisão democrática europeia, financiar os déficits públicos conjunturais. Uma reforma fiscal ampla, tanto em nível nacional como europeu, permitirá encontrar espaço de manobra à ação pública. Tais medidas requerem, portanto, vontade política para romper com o domínio dos mercados financeiros sobre a vida econômica e social. Esta vontade política, de momento, não existe. Será preciso impô-la. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, falou de uma "revolução silenciosa" a propósito das medidas tomadas pela União Europeia. Preferimos falar de contra-revolução, mas, ao passo que Durão Barroso rejubila, nós só podemos lamentar o quase-silêncio, especialmente da França, sobre estas questões que são, no entanto, capitais. Como gritam os manifestantes da praça Puerta del Sol: "Não é uma crise, é uma ladroagem." Essas políticas encostam a União Europeia à parede: está na hora de inventar outra coisa.

(*) Thomas Coutrot, co-presidente da Attac França; Pierre Khalfa co-presidente da fundação Copérnico; Verveine Angeli, sindicalista; Daniel Rallet, sindicalista. Publicado no jornal francês Libération, em 7 de Junho de 2011.

(*) Tradução de Deolinda Peralta para o Esquerda.net


www.brasilianas.org
Os Estados Unidos e o papel do Estado
Enviado por luisnassif, dom, 19/06/2011 - 12:18
Por Rubem
Bresser: os Estados Unidos e o papel do Estado.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1906201106.htm
LUIZ CARLOS BRESSER - PEREIRA
EUA desenvolvimentistas?
Os EUA demoraram mais para perceber que um Estado fraco não gera um mercado forte. Foi preciso a crise financeira brutal de 2008
O Valor publicou nesta semana uma notícia reveladora. Em sua edição do dia 13 informou que "Obama pretende criar um banco semelhante ao BNDES". Não pude deixar de achar graça.
Estariam os Estados Unidos se voltando para o famigerado desenvolvimentismo, depois de haverem brandido por muitos anos a bandeira do neoliberalismo e terem pregado a privatização, a liberalização e a desregulamentação geral, em nome de uma racionalidade supostamente superior que modelos econômicos matemáticos justificariam? O correspondente do jornal em Washington, Alex Ribeiro, informa que "o governo Barack Obama aposta as suas fichas na criação de uma espécie de BNDES americano para financiar projetos de transporte, energia e saneamento". Esta é uma boa notícia. O grande país está afinal se dando conta do preço alto que está pagando por ter adotado o credo neoliberal.
Enquanto os Estados Unidos investem apenas 2% de seu PIB em infraestrutura, a China investe 8%. Enquanto o PIB dos Estados cresceu, nos últimos 30 anos, 1,7 vezes, o da China cresceu 17,7 vezes! Eu não diria que essa diferença enorme de desenvolvimento se deveu exclusivamente à política econômica neoliberal americana. Os Estados Unidos estão em um estágio mais avançado de desenvolvimento, e é natural que sua taxa de crescimento seja menor.
Mas a diferença é muito grande, e só pode ser explicada por políticas e por reformas econômicas que equivocadamente opuseram o Estado ao mercado, enquanto na China as duas instituições eram combinadas.
Os neoliberais não compreenderam que não vivemos mais no capitalismo "dos capitalistas" do século 19, em que o mercado era pobremente regulado pelo Estado e as taxas de crescimento eram muito baixas.
Vivemos no capitalismo "dos profissionais" ou na sociedade do conhecimento. Vivemos em um tempo em que a revolução da tecnologia da informação aumentou a capacidade de planejamento e controle dos sistemas econômicos e viabilizou taxas de crescimento muito maiores para os países que se aproveitam desses novos recursos. Mas para isso é preciso associar capitalistas e profissionais, mercado e Estado, concorrência e planejamento.
E construir uma estratégia nacional de desenvolvimento da qual os trabalhadores sejam parte.
Essa não é uma combinação fácil, mas o fordismo ""a coalizão política que caracterizou os Estados Unidos entre o início do século 20 e os anos 1970"" aproximou-se desse modelo, especialmente durante o New Deal. O Brasil, entre 1930 e 1980, também cresceu de forma extraordinária porque soube associar Estado e mercado.
Mas nos anos 1970 cometeu o erro de aceitar indiscriminadamente os capitais externos, se endividou, se enfraqueceu, e, afinal, se rendeu ao neoliberalismo. Nos últimos anos, porém, os brasileiros perceberam seu erro, e tentam sair da armadilha. Os Estados Unidos demoraram mais para perceber que um Estado fraco não gera um mercado forte. Foi preciso a crise financeira brutal de 2008 para que começassem a acordar.
A regulamentação dos mercados financeiros pela Lei Dodd-Frank fortaleceu Estado e mercado. Agora, a possível criação de um BNDES americano aponta na mesma direção. Mostra que cabe ao Estado planejar os grandes investimentos e contribuir para seu financiamento.
E assinala que um Estado capaz e desenvolvimentista é essencial para que o mercado seja vivo e competitivo.




A política do Brasil lumpem e místico
O surgimento de novos sujeitos políticos durante o regime autoritário - e a plenitude de sua expressão no regime atual - modificou o cenário político do Brasil, alterou o jogo do poder e redefiniu o protagonismo dos antigos grupos e partidos. O Brasil lúmpen e místico, secularmente confinado, reprimido, silenciado e desacreditado, emergiu nos interstícios do cerceamento partidário durante a ditadura e ganhou vida própria após a cessação do autoritarismo. Por meio deles as estruturas políticas profundas da sociedade brasileira redefiniram o sentido da política, as funções dos partidos e o alcance da democracia. O autor retoma neste livro a tradição esquecida da interpretação do Brasil político nas suas anomalias constitutivas, que o fazem discrepante dos modelos relativos às sociedades de clássica referência das análises políticas.

256 páginas, 39,00 – Editora Contexto.





Memória e identidade
Memória e identidade estão indissoluvelmente ligadas. A memória, ao mesmo tempo em que nos modela, é também por nós modelada. Isso resume perfeitamente a dialética da memória e da identidade, que se conjugam, se nutrem mutuamente, se apoiam uma na outra para produzir uma trajetória de vida, uma história, um mito, uma narrativa.
Em um domínio tão vasto e abundante que é o das pesquisas nessa área, é válido periodicamente estabelecer uma averiguação do estado da arte ou tentar um balanço dos últimos avanços teóricos. Nesta obra, o autor vai além de um simples balanço e faz um ensaio antropológico sobre o tema. O leitor tem, assim, em mãos um apanhado crítico das últimas tendências teóricas e conceituais de um tema complexo, mas fundamental para qualquer um que tenha algum interesse no campo das Ciências Humanas e Sociais.
Editora Contexto, 224 páginas, 39,90 reais.


A desmoralização social da carreira docente

por VALERIO ARCARY
Qualquer avaliação honesta da situação das redes de ensino público estadual e municipal revela que a educação contemporânea no Brasil, infelizmente, não é satisfatória. Mesmo procurando encarar a situação dramática com a máxima sobriedade, é incontornável verificar que o quadro é desolador. A escolaridade média da população com 15 anos ou mais permanece inferior a oito anos, e é de quatro entre os 20% mais pobres, porém, é superior a dez entre os 20% mais ricos... LEIA NA ÍNTEGRA: http://espacoacademico.wordpress.com/2011/06/18/a-desmoralizacao-social-da-carreira-docente/




"Fukushima é muito pior do que se imagina"
Alerta é de ex-dirigente da indústria nuclear. “Fukushima é a pior catástrofe industrial da história da humanidade”, disse Arnold Gundersen, à rede de televisão Al Jazeera. Cientistas independentes têm monitorado a localização de lugares radioativos perigosos em todo o Japão e seus resultados são desconcertantes. “temos 20 núcleos expostos, os tanques de combustível têm vários núcleos cada um, ou seja, há um potencial para liberar 20 vezes mais radicação do que ocorreu em Chernobyl”, afirma Gundersen. Médicos alertam para possibilidade de chuva radioativa já afetar os Estados Unidos.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17942&boletim_id=938&componente_id=15202



O papel de Wall Street no narcotráfico
A política dos EUA para o México é um pesadelo. Ela minou a soberania mexicana, corrompeu o sistema político e militarizou o país. Obteve também como resultado a morte violenta de milhares de civis, pobres em sua maioria. Mas Washington não está nenhum pouco preocupado com os “danos colaterais”, desde que possa vender mais armas, fortalecer seu regime de livre comércio e lavar mais lucros das drogas em seus grandes bancos. Os principais bancos dos EUA se tornaram sócios financeiros ativos dos cartéis assassinos da droga. A guerra contra as drogas é uma fraude. Ela não tem a ver com proibição, mas sim com controle. O artigo é de Mike Whitney.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17938&boletim_id=938&componente_id=15205





Rumo à Rio+20
Uma conferência no Brasil, em junho de 2012, pode destravar as negociações internacionais sobre ambiente. Ou produzir novo fiasco global. Por Antonio Martins

O mito da energia abundante
Previsões que apostam em acelerada substituição das fontes fósseis estão equivocadas. O decisivo mudar padrões de produção e consumo. Por Ricardo Abramovay


A partir de agora, 170 livros da Coleção Aplauso estão disponíveis de graça na rede. O governo de São Paulo lançou um site com todas as obras digitalizadas – é possível baixá-las em .txt. ou .pdf.
http://aplauso.imprensaoficial.com.br/





MISCELÂNEA CAFÉ HISTÓRIA

A História que está na moda: divulgação científica, ensino de História e internet

Keila Grinberg, professora de história da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), discute divulgação científica, ensino de história e internet em artigo exclusivo para o Café História

Leia: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-a-168



CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS

Eventos marcam os 50 anos da construção do Muro de Berlim

Acesse: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)



CINE & HISTÓRIA

Chega aos cinemas brasileiros o documentário "Estrada Real da Cachaça".

Acesse: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)

MURAL DO HISTORIADOR

A Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ) convida os historiadores especialistas no tema da abolição para participarem do Seminário Internacional "História do Pós-Abolição no Mundo Atlântico".

Acesse: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)


O Departamento de História da Universidade Federal da Bahia (Salvador) ira realizar em breve (edital por sair) CONCURSO PUBLICO para HISTORIA DA AFRICA (Prof. Adjunto, nivel doutor).

O concurso estará ABERTO às pessoas portadoras de graduação e doutorado nas seguintes áreas academicas:

HISTORIA, ANTROPOLOGIA, CIENCIAS SOCIAIS/SOCIOLOGIA, GEOGRAFIA e ESTUDOS AFRICANOS

- INSCRICOES. DE 16/06 A 15/07/2011

Os pontos sobre os quais serão realizados as provas serao os seguintes:

1. História e historiografias da África: fontes, métodos e interpretações;
2. A idéia de África: teorias e imaginário;
3. Sociedades e Estados na África;
4. Religiões africanas, islamismo e cristianismo;
5. Escravidão e tráfico de escravos na/da África;
6. Povos e territórios culturais na África;
7. Colonialismos: teorias e práticas;
8. Os nacionalismos africanos;
9. Independências e lutas de libertação;
10. A África hoje: problemas e perspectivas.

As provas serao:

ESCRITA (eliminatoria/classificatoria) com peso tres (3)
DIDATICA (classificatoria) com peso tres (3)
TITULOS (classificatoria) com peso dois (2)
Defesa de MEMORIAL (classificatoria) com peso (2)

Maiores detalhes poderao ser vistos no edital:
http://www.concursos.ufba.br/docentes/2011/editais/edital_docente_03_2011.pdf

Especial atençao aos itens 6 a 10.
iNFORMAÇOES ADICIONAIS: "Departamento de História"

Seleção Docentes Estácio de Sá de Belo Horizonte
Aberto edital para seleção de docentes na Universidade Estácio de Sá de Belo Horizonte.
Áreas de atuação: Planejamento de Eventos e Produção de Eventos.
Inscrição até 25/06/2011
Edital Completo disponível no canal de notícias em www.turismologos.org.br

Está aberto o concurso para História Contemporânea na UFPel
http://ccs.ufpel.edu.br/wp/2011/06/06/ufpel-abre-concurso-para-professor-adjunto-na-area-de-historia-contemporanea/




Prorrogadas inscrições para professor visitante de História
O Instituto de Ciências Humanas e da Informação (ICHI) da Universidade Federal do Rio Grande - FURG prorrogou as inscrições para a Seleção Pública de Professor Visitante, para atuar nos Cursos de História Licenciatura e Bacharelado e na elaboração da proposta de Programa de Pós-Graduação em História. A titulação mínima exigida é Doutorado. A vaga é para dedicação exclusiva (40 horas). O edital de seleção está disponível no link abaixo:
Edital Professor Visitante ICHI
http://www.furg.br/index.php?id_noticia=17229



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Numero 282










Recentes demonstrações de “fúrias” da natureza chamam a atenção. Ou, pelo menos, deveriam chamar. Não acredito que sejam fenômenos isolados. Não é de hoje que ambientalistas alertam para as mudanças climáticas, o efeito estufa, o aquecimento global. E o que vemos, apesar de todo o falatório que se produz a respeito, é que pouca coisa se faz de efetivo para sanar ou minimizar os problemas.
Vulcões na Islândia e no Chile causam transtornos. Aeroportos são fechados, vôos são cancelados. Semana passada vimos pela televisão as ressacas – fortíssimas – que atingiram o Rio de Janeiro.
Mês passado estive em Arraial da Ajuda, praia que tenho freqüentado há mais de uma década. E a cada estadia me assusto. Já tive oportunidade de falar aqui a respeito, creio que em 2009. E agora a situação está mais assustadora ainda. O mar está avançando cada vez mais vigorosamente e roubando as praias dos turistas. Em Pitinga, onde tínhamos mais de 30 metros de areia, hoje não restam mais do que cinco.




A Marinha está exigindo, segundo nos informaram, que todas as barracas de praia e estabelecimentos situados a menos de 60 metros da água sejam retirados. Fiz uma medição não muito exata da largura da água em relação ao muro do Parque Aquático: 15 metros. É a largura máxima que se pode encontrar da faixa de areia hoje.





Obedecer ao que a Marinha estabelece, significa desmanchar boa parte do Parque aquático, destruir grandes hotéis, inclusive de luxo. A briga vai ser boa. Mas como se pode ver nesta fotografia, os muros já começam a ruir. Vimos mais, mas não deu para fotografar devido à chuva que caiu na região.




E então nos perguntamos como é possível continuar ignorando os problemas ambientais. O que nos aguarda? O “mundo intolerável” de que falava René Dumont nos anos 70? Sim, há quarenta anos ele era uma das vozes que clamavam no deserto...


Leia mais nestes artigos publicados pela Agência Carta Maior:


Informe diz que Banco Mundial contribui para o caos climático
Documento publicado pela organização Amigos da Terra internacional denuncia que o Banco Mundial investe cada vez mais em combustíveis fósseis e promove falsas soluções empresariais frente as mudanças climáticas, tais como o comércio de carbono, que aprofundam, ao invés de mitigar, as atuais crises ambientais. Segundo o documento, em 2010, o Banco bateu um novo recorde em matéria de financiamento para combustíveis fósseis (6,6 bilhões de dólares no total), o que representa um aumento de 116% com respeito a 2009.
Amigos da Terra Brasil/Amigos da Terra Internacional


Um novo informe publicado pela organização Amigos da Terra Internacional durante as negociações da ONU sobre o clima, que estão acontecendo esta semana em Bonn, denuncia que o Banco Mundial investe cada vez mais em combustíveis fósseis e promove falsas soluções empresariais frente as mudanças climáticas, tais como o comércio de carbono, que aprofundam, ao invés de mitigar, as atuais crises ambientais.

O informe, “Banco Mundial: catalisador das mudanças climáticas devastadoras”, expressa, segundo seus autores, as preocupações expressadas pelos países dos Sul sobre o papel cada vez maior que está adquirindo o Banco Mundial no financiamento para o clima.

O informe mostra como o Banco investe cada vez mais em combustíveis fósseis, o que induz países como Índia e África do Sul a depender cada vez mais do carvão mineral. Segundo o documento, em 2010, o Banco bateu um novo recorde em matéria de financiamento para combustíveis fósseis (6,6 bilhões de dólares no total), o que representa um aumento de 116% com respeito a 2009. Desse total, 4,4 bilhões de dólares foram investidos em projetos associados ao uso de carvão, o que também significou um aumentos recorde de 365% com respeito ao ano anterior.

Além disso, o Banco impulsiona a expansão dos mercados de carbono, que são uma válvula de escape a disposição dos países industrializados para evitar reduzir suas emissões, que causam danos ecológicos e o deslocamento de comunidades no Sul global. E apesar de seus impactos negativos em termos ambientais, sociais e para as mudanças climáticas, o Banco Mundial continua aumentando significativamente seu apoio as grandes represas hidrelétricas.

O Banco Mundial vem incrementando seus investimentos em grandes represas desde 2003, depois de uma pausa na sua atividade de financiamentos neste setor na década de 1990, a pesar de que as represas já deslocaram entre 40 e 80 milhões de pessoas no mundo.

O braço do Banco Mundial para o setor privado, a Corporação Financeira Internacional (CFI), aprovou empréstimos de 450 milhões de dólares para a central de energia elétrica a carvão de 4.000 MW de Tata Mundra em Gujarat, na Índia, que emitirá 25,7 milhões de toneladas anuais de CO2 durante 25 anos ou mais.

Em abril de 2010, o Banco Mundial aprovou um volumoso empréstimo de 3.750 milhões de dólares, a maior parte dos quais se utilizará para financiar a central a carvão de Medupi de 4.800 MW que está construindo a Eskom, a empresa estatal de energia elétrica da África do Sul. A África do Sul é hoje em dia responsável por 40% de todas as emissões de gases de efeito estufa da África, e este empréstimos lhe agregará ainda mais emissões.

Enquanto outorga empréstimos sumamente insustentáveis em todo o mundo, o Banco está procurando assegurar-se um papel influente no novo Fundo Verde para o Clima da ONU e nos mecanismos para reduzir as emissões derivadas do desmatamento e de degradação das florestas (REDD).

O Coordenador do Programa de Justiça Econômica de Amigos da Terra Internacional, Sebastián Valdomir, disse: “O Banco Mundial é parte do problema climático, não de sua solução. Seus conflitos de interesses e seus péssimos antecedentes sociais e ambientais deveriam servir para desqualificá-lo automaticamente de qualquer participação no desenho do Fundo Verde para o Clima e do financiamento para o clima em geral”.

O Banco Mundial é acusado de conflitos de interesses ao assumir a administração interina do Fundo Verde para o Clima (função fiduciária) e formar parte da Unidade de Apoio Técnico que está desenhando o fundo (função de consultoria). Como conseqüência, o Banco estaria desenhando um fundo que supostamente deveria supervisionar suas próprias atividades.

A Amigos da Terra Internacional reclama que o financiamento para o clima provenha de aportes orçamentários e de outras fontes inovadoras que não estejam baseados nos mercados – tais como a taxação das transações financeiras – e que seu volume venha em proporção com o papel desproporcional que os países ricos tem na geração do problema das mudanças climáticas.

Kate Horner, analista de políticas de Amigos da Terra Estados Unidos, disse: “O Banco Mundial pretende mostrar liderança na luta contra as mudanças climáticas, mas, como mostra este informe, é um dos maiores financiadores de projetos de combustíveis fósseis sujos, do comércio de carbono e das mega represas. Estas iniciativas agravam a pobreza e nos levam a beira de um desastre ambiental mundial”.

Para Lucia Ortiz, de Amigos da Terra Brasil, coordenadora Regional do Programa de Justiça Climática e Energia, é preocupante também a expansão dos fundos de desenvolvimento de mercados de carbono pelo Banco Mundial, como o FIP – Programa de Investimento Florestal. Ela afirma que “é uma grande incoerência o Banco Mundial oferecer empréstimos geradores de dividas para que os países do Sul, que não tem responsabilidade histórica com o problema climático, empenhem esforços de mitigação. Felizmente o Governo do Brasil tem resistido a um novo endividamento para integrar FIP como país piloto.”

Para os Amigos da Terra Brasil, parte da Divida Climática do Norte com o Sul deve ser reparada através de fundos públicos de doação, para que países como o Brasil reduzam suas emissões, por exemplo as decorrentes do desmatamento de florestas, sem com isto capitalizar o banco mundial com créditos de carbono que podem ser usados para a especulação financeira. No Brasil, Amigos da Terra é membro fundador e integrante da Coordenação da Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais.


Sustentabilidade: adjetivo ou substantivo?
As empresas, em sua grande maioria, só assumem a responsabilidade socioambiental na medida em que os ganhos não sejam prejudicados e a competição não seja ameaçada. Chegamos a um ponto em que não temos outra saída senão fazer uma revolução paradigmática, senão seremos vítimas da lógica férrea do Capital que poderá nos levar a um impasse civilizatório.
Leonardo Boff



É de bom tom hoje falar de sustentabilidade. Ela serve de etiqueta de garantia de que a empresa, ao produzir, está respeitando o meio ambiente. Atrás desta palavra se escondem algumas verdades mas também muitos engodos. De modo geral, ela é usada como adjetivo e não como substantivo.

Explico-me: como adjetivo é agregada a qualquer coisa sem mudar a natureza da coisa. Exemplo: posso diminuir a poluição química de uma fábrica, colocando filtros melhores em suas chaminés que vomitam gases. Mas a maneira com que a empresa se relaciona com a natureza donde tira os materiais para a produção, não muda; ela continua devastando; a preocupação não é com o meio ambiente mas com o lucro e com a competição que tem que ser garantida. Portanto, a sustentabilidade é apenas de acomodação e não de mudança; é adjetiva, não substantiva.

Sustentabilidade, como substantivo, exige uma mudança de relação para com a natureza, a vida e a Terra. A primeira mudança começa com outra visão da realidade. A Terra está viva e nós somos sua porção consciente e inteligente. Não estamos fora e acima dela como quem domina, mas dentro como quem cuida, aproveitando de seus bens mas respeitando seus limites. Há interação entre ser humano e natureza. Se poluo o ar, acabo adoecendo e reforço o efeito estufa donde se deriva o aquecimento global. Se recupero a mata ciliar do rio, preservo as águas, aumento seu volume e melhoro minha qualidade de vida, dos pássaros e dos insetos que polinizam as árvores frutíferas e as flores do jardim.

Sustentabilidade, como substantivo, acontece quando nos fazemos responsáveis pela preservação da vitalidade e da integridade dos ecossistemas. Devido à abusiva exploração de seus bens e serviços, tocamos nos limites da Terra. Ela não consegue, na ordem de 30%, recompor o que lhe foi tirado e roubado. A Terra está ficando, cada vez mais pobre: de florestas, de águas, de solos férteis, de ar limpo e de biodiversidade. E o que é mais grave: mais empobrecida de gente com solidariedade, com compaixão, com respeito, com cuidado e com amor para com os diferentes. Quando isso vai parar?

A sustentabilidade, como substantivo, é alcançada no dia em que mudarmos nossa maneira de habitar a Terra, nossa Grande Mãe, de produzir, de distribuir, de consumir e de tratar os dejetos. Nosso sistema de vida está morrendo, sem capacidade de resolver os problemas que criou. Pior, ele nos está matando e ameaçando todo o sistema de vida.

Temos que reinventar um novo modo de estar no mundo com os outros, com a natureza, com a Terra e com a Última Realidade. Aprender a ser mais com menos e a satisfazer nossas necessidades com sentido de solidariedade para com os milhões que passam fome e com o futuro de nossos filhos e netos. Ou mudamos, ou vamos ao encontro de previsíveis tragédias ecológicas e humanitárias.

Quando aqueles que controlam as finanças e os destinos dos povos se reúnem, nunca é para discutir o futuro da vida humana e a preservação da Terra. Eles se encontram para tratar de dinheiros, de como salvar o sistema financeiro e especulativo, de como garantir as taxas de juros e os lucros dos bancos. Se falam de aquecimento global e de mudanças climáticas é quase sempre nesta ótica: quanto posso perder com estes fenômenos? Ou então, como posso ganhar comprando ou vendendo bônus de carbono (compro de outros países licença para continuar a poluir)? A sustentabilidade de que falam não é nem adjetiva, nem substantiva. É pura retórica. Esquecem que a Terra pode viver sem nós, como viveu por bilhões de anos. Nós não podemos viver sem ela.

Não nos iludamos: as empresas, em sua grande maioria, só assumem a responsabilidade socioambiental na medida em que os ganhos não sejam prejudicados e a competição não seja ameaçada. Portanto, nada de mudanças de rumo, de relação diferente para com a natureza, nada de valores éticos e espirituais. Como disse muito bem o ecólogo social uruguaio E. Gudynas: "a tarefa não é pensar em desenvolvimento alternativo, mas em alternativas de desenvolvimento”.

Chegamos a um ponto em que não temos outra saída senão fazer uma revolução paradigmática, senão seremos vítimas da lógica férrea do Capital que nos poderá levar a um fenomenal impasse civilizatório
.
Leonardo Boff é teólogo e escritor.



Alerta aos escravizados modernos
Por Mouzar Benedito, no Blog da Boitempo

Você está num bar ou restaurante, acompanhado de um amigo, de repente toca o celular dele. Ele atende, não é uma conversa qualquer, é trabalho. O diretor, gerente ou qualquer chefete dele dá ordens, pergunta algumas coisas e ele fica ali, meia hora “trabalhando” ao seu lado.

Isso está cada vez mais comum. Tem gente que se sente importante por receber da empresa que trabalha um telefone corporativo, “de graça”. E a partir daí o trabalho o acompanha 24 horas por dia. A jornada de trabalho, para esse pessoal chegado numa “modernidade” (nisso incluem-se as relações de trabalho) não é mais de 40 horas por semana. É de 168 horas. O sujeito tem que ficar 24 horas por dia com o aparelho ligado. Alguns têm também um troço no computador, que apita quando é chamado para trabalhar, seja de madrugada, depois de um dia estafante, seja num domingo na hora do almoço.

Há uns meses, um cara com quem marquei uma conversa num boteco apareceu com um laptop ligado. De vez em quando, parava a conversa e respondia a perguntas de um “superior” dele. Fiquei irritado. Ou vamos conversar ou você fica trabalhando aí que eu vou pra outro lugar. É uma chatice.

Outro cara que conheci falava maravilhas do laptop ligado à internet, porque nos fins de semana podia ir para à praia, ficar numa barraca tomando uma cerveja e… trabalhando. Respondi que acharia maravilha o contrário: você ficar no ambiente de trabalho tomando uma cerveja e paquerando. Mas para esse pessoal eu sou um anormal. A tecnologia é uma maravilha e temos que “aproveitá-la” o tempo todo. Só que quem tem aproveitado é o patrão. O celular da empresa e o laptop, nesses casos, são o instrumento da escravidão moderna.

Alguns perceberam isso, talvez tardiamente. Houve ações trabalhistas que chegaram ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), para cobrar horas extras sobre o tempo trabalhado com o celular, o pager e não sei que mais. O TST não aceitou as queixas. Esta semana decidiu que, como o empregado não perde a mobilidade trabalhando com o celular ou o pager nos horários que deveriam ser de folga, o trabalho executado por meio desses instrumentos de domínio (claro que o TST não usou esses termos), ele não tem direito a receber por horas adicionais de trabalho. Bem feito! Que continuem aceitando a escravidão moderna, sem rebeldia, sem nem sequer a alternativa de ir para um quilombo, pois esse pessoal, se for, é bem capaz de levar o celular institucional, o tal pager e o laptop em conexão com a empresa, como o cara que acha legal levar o laptop à praia.

Aliás, a tecnologia, que deveria ser libertadora do trabalho, tem tido esse efeito contrário. Imaginava-se que, com máquinas que executam trabalhos de centenas de pessoas, a carga de trabalho diminuiria radicalmente, sobrando mais tempo para a vida própria, a prática de atividades artísticas, esportivas, culturais e tudo que é agradável. Mas o que tem acontecido?

Dou o exemplo de uma multinacional que tem uma fábrica perto do bairro da Lapa,em São Paulo. Quando conheci a empresa, há três décadas, ela tinha mais de 1.500 empregados nessa fábrica. Todos trabalhavam num ritmo normal e moravam em casas de classe média da região. Hoje, a empresa produz dezenas de vezes mais, lucra muito mais, e tem pouco mais de cem empregados, boa parte deles morando em favelas. Trabalham muito mais e ganham muito menos.

É isso: se uma máquina pode substituir vinte pessoas, o racional, humano, seria diminuir a carga de trabalho dos trabalhadores, de modo que pelo menos muitos deles mantenham os empregos. Mas o patrão faz o contrário: com cinco máquinas que fazem o trabalho de vinte pessoas cada, ele poderia demitir cem empregados, mantendo o mesmo tempo de trabalho. Se fosse um pouquinho ético, demitiria muito menos. Mas demite 150, e os que sobram têm que trabalhar num ritmo alucinante, sem descanso. O patrão sabe que esses empregados restantes se sujeitam para não perder o emprego, porque eles desempregaram muita gente que está disposta a qualquer coisa para ter um emprego novamente.

Agora há esses instrumentos de controle, com a complacência e até o elogio dos escravizados. Escravizados de luxo, mas escravizados.

Eu continuo com meu sonho anarquista, irrealizável: já que a máquina faz quase tudo por nós, deveríamos trabalhar apenas um dia por mês. Por exemplo: meu dia de trabalho seria o 15 de cada mês. No dia 14, eu passaria o dia inteiro me preparando física e psicologicamente. Quereria fazer um trabalho exemplar. E ao final desse dia me sentiria livre por um mês para viajar, fazer cursos, ler, escrever, cursar alguma coisa, pintar, bordar, cantar, brincar, namorar, assistir a quantos filmes quisesse, enfim, fazer tudo o que acho bom.

Mas isso é coisa de anarquista, não é? Uma anormalidade. O normal é trabalhar o dia inteiro, ir pra casa e continuar trabalhando na hora que o patrão quer, sendo chamado a qualquer momento e tendo que atender para não perder o emprego. Interrompa-se o jantar, interrompa-se o sexo, interrompa-se o filme ou futebol, interrompa-se a leitura… Trabalhe, trabalhe, trabalhe. O TST não vai criar caso.
www.outraspalavras.net



EDUCAÇÃO PLENA
Formando ou Deformando o Caráter da Criança e do Adolescente
Com o objetivo de cumprir na íntegra sua missão educativa, o Chá.com Letras aborda um tema importante mas normalmente desprezado em nossa sociedade: a agressão ao Direito da Criança e do Adolescente de receber, da parte dos seus pais (ou responsáveis), uma Educação Plena, ou seja, aquela que visa, acima de tudo, à Formação do seu Caráter, pois asseguradora da conquista do seu equilíbrio psico-emocional, um fator fundamental para o alcance de sua maturidade pessoal e, consequentemente, para a conquista de uma Vida Adulta saudável.
Leia a matéria completa e assista a um vídeo, em www.chacomletras.com.br





Paz ou guerra em setembro de 2011?
O presidente Barack Obama, antecipando as movimentações para o período eleitoral de 2012, iniciou uma mudança radical em sua equipe de segurança nacional que pode ter graves repercussões no Oriente Médio. Para Israel e os EUA, recorrer à ONU e não acreditar em Netanyahu e Obama passou a ser denominado de unilateralismo e ameaça à Paz! No momento em que cresce o apoio da comunidade internacional para o reconhecimento diplomático de um Estado Palestino na Assembléia Geral da ONU, em setembro, aumentam também as possibilidades de um ato tresloucado da direita israelense com o apoio do democrata Obama. O artigo é de Reginaldo Nasser.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17911&boletim_id=932&componente_id=15094




O poder dos cartéis midiáticos não permite a informação livre e põe em risco a democracia no Brasil
Posted: 13 Jun 2011 12:10 PM PDT
Esta é a principal luta que estamos travando. E a principal luta que temos que travar. Porque só há uma maneira de combater o império, combatendo seu braço comunicacional, a mídia corporativa.
Leia a matéria completa em: http://blogdomello.blogspot.com/2011/06/o-poder-dos-carteis-midiaticos-nao.html




Informo que a Revista Espaço Acadêmico, nº 121, Junho de 2011, foi publicada. Acesse: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/issue/current
Destacamos, nesta edição, o DOSSIÊ PRATA DA CASA, organizado pela Profª Eva Paulino Bueno. Agradecemos, pela contribuição com a REA e seus leitores. Somos gratos, também a todos que contribuíram com o dossiê, colunistas e colaboradores.



No dia 20 de junho, segunda-feira, estarei lançando meu primeiro romance, Le mot juste (Orobó Edições, 2011), às 18:30h, no saguão do Pavilhão de Aulas, Campus JK da UFVJM.
Gostaria de contar com sua imprescindível presença, bem como, com a divulgação do evento junto aos seus alunos e alunas.
Roberto Amaral, autor, é diretor da Faculdade de Ciências Humanas da UFVJM.


MISCELÂNEA CAFÉ HISTÓRIA

“Brasil Nunca Mais” na internet

Um dos acervos mais importantes da história contemporânea brasileira será digitalizado e disponibilizado na internet

Acesse: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-brasil-1



PROMOÇÃO: CONCORRA A UM LIVRO!

O Café História e a Editora Penso vão sortear 1 exemplar do livro História Mundial: Jornadas do Passado ao Presente, de Candice Goucher.

Concorra: http://cafehistoria.ning.com/page/promocao-historia-mundial



MURAL DO HISTORIADOR

Sociedades Secretas: Mais mentiras do que mistérios

Acesse: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)

DOCUMENTO HISTÓRICO

Confira os selos comemorativos lançados em 2000, na ocasião dos 500 anos do Brasil.

Acesse: http://cafehistoria.ning.com


CONTEÚDO DA SEMANA

Em junho de 2010, o Café História fez uma pequena reportagem sobre um blog bastante interessante que conta a história não apenas da propaganda, mas também das próprias marcas: dos preservativos ao computador pessoal.

Acesse: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-117



FÓRUM EM DESTAQUE

Quais os contrapontos entre Capistrano de Abreu e Varnhagem?

Acesse: http://cafehistoria.ning.com/forum/topics/quais-os-contrapontos-entre




CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS

Senado diz que exclusão do impeachment de Collor de exposição foi opção de historiadores

Unesco reconhece importância mundial do acervo do Arquivo Público do Rio de Janeiro

Acesse: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)

Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com/?xg_source=msg_mes_network





Leia no www.outraspalavras.net


Israel rejeitará novamente a paz?
Robert Fisk revela bastidores da longa negociação que permitiu acordo entre grupos palestinos. E comenta reações deTelavive e Washington

O valentão mais perigoso do mundo
Immanuel Wallersten aponta novos sinais do declínio dos Estados Unidos, e lamenta: Obama é poderoso para fazer o mal -- mas quase impotente para o bem

Energia e geopolítica: a batalha pela Ásia Central
Interessados em controlar uma região estratégica do planeta, EUA são confrontados por Rússia e China -- que têm trunfos poderosíssimos. Por M. K. Bhadrakúmar, do Asia Times Online

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Numero 281








A história voltou para as ruas
No início dos anos 90 obteve grande repercussão midiática a tese do "fim da História", elaborada por Francis Fukuyama, economista, professor de Filosofia Política e um dos principais ideólogos dos anos Reagan. Segundo essa tese, a História teria chegado ao fim com a queda do Muro de Berlim e a derrocada da União Soviética. Esses dois acontecimentos marcariam a vitória definitiva da democracia liberal e do modelo de civilização liderado pelos Estados Unidos. Ao longo da década de 90, essa ideia andou de mãos dadas com um fervoroso entusiasmo pela globalização que estaria derrubando fronteiras e levando o mundo a um novo patamar. A contrapartida dessa ideologia, no terreno econômico, era uma agressiva onda de privatizações e desregulamentação da economia, especialmente no plano financeiro. A globalização que ocorreu, de fato, foi sobretudo a do capital financeiro.
Este é o preâmbulo de um Especial da Agência Carta Maior, que pode ser lida aqui:
http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm?home_id=118&alterarHomeAtual=1


São dezenas de artigos que analisam e refletem sobre os amplos movimentos das ruas em todos os continentes. Qual o significado? O que pode mudar no mundo em função dessas manifestações que alguns governos tentam manipular e outros são derrubados? Não percam este Especial!


O Blog do Mello adverte: Parceria do Ministério da Saúde com McDonald’s faz mal à saúde
http://blogdomello.blogspot.com/2011/05/o-blog-do-mello-adverte-parceria-do.html


Misturar saúde e McDonald’s numa mesma frase é uma contradição em termos. Uma coisa anula a outra. No entanto, não é de hoje (é bom que se diga), existe uma parceria entre o Ministério da Saúde e o McDonald’s. Para promover a saúde.
Li no Viomundo uma carta indignada de professores doutores reclamando da parceria.

É ocioso notar que o objetivo dessa campanha da rede McDonald’s é associar o consumo dos produtos que ela comercializa a comportamentos saudáveis e a induzir o consumidor a pensar que esses produtos deveriam ou poderiam ser consumidos frequentemente (‘alimentos do dia a dia’) e a negar que eles pudessem ser menos saudáveis do que alimentos tradicionais da dieta brasileira.
Ainda mais ociosa é a constatação de que a inscrição dos símbolos do Ministério da Saúde no material publicitário da empresa legitima a campanha e aumenta em muito sua eficácia.

Senhor Ministro, a própria composição nutricional do cardápio da rede Mcdonald’s, descrita nas toalhas, revela quão enganosa é esta campanha publicitária. Por exemplo, a ingestão de um Big Mac (que não é o maior dos sanduíches oferecidos no cardápio) acompanhada de uma porção média de batatas fritas, de um copo médio de refrigerante e de uma porção pequena do sorvete com calda da rede fornece dois terços do total de calorias que um adulto poderia consumir ao longo de todo o dia e praticamente todas as calorias diárias necessárias para uma criança.

A única parceria possível entre Ministério da Saúde e Mcdonald’s tem que ser semelhante à que existe com a indústria do fumo. Exemplo. No sanduíche Big Tasty da rede deveria vir escrito:

"O Ministério da Saúde adverte: O consumo de um único Big Tasty corresponde a 63% de todo o sódio que o indivíduo poderia ingerir por dia e a 109% da ingestão diária máxima de gorduras saturadas".

Assim em todos os demais itens. E não apenas do Mcdonald’s, mas em todas as lojas de fast food.

E mais - importantíssimo - a proibição da venda casada de sanduíches com brinquedos e demais brindes, a associação do produto com imagens positivas do universo infantil - como o palhaço Ronald McDonald, por exemplo. Sobre este assunto, sugiro a leitura de Médicos dos Estados Unidos pedem a aposentadoria do palhaço Ronald McDonald. Peça você também.
[...]
Ministério da Saúde postou nota no Facebook sobre o assunto. Trecho:

O Ministério da Saúde mantém parceria com 384 empresas brasileiras, de diversos setores, que nos apoiam em iniciativas de promoção da saúde e prevenção de doenças. A participação destes parceiros nos ajuda a ampliar o alcance e a visibilidade de nossas campanhas informativas, mas sem implicar endosso irrestrito do ministério às práticas e condutas das empresas.

Agora, como seria a mesma nota, do ponto de vista do McDonald's (aviso: a nota a seguir não existe, foi criada por mim a título de exemplo):

O McDonald's mantém parceria com o Ministério da Saúde, que nos apoia em iniciativas de promoção de venda e aumento de market share e de lucros. A participação deste parceiro nos ajuda a ampliar o alcance e a visibilidade de nossa propaganda, mas sem implicar endosso irrestrito do McDonald's às práticas e condutas potencialmente saudáveis do Ministério.





Universidades serão parceiras do fHist
________________________________________
A Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG será parceira da Revista de História da Biblioteca Nacional – RHBN na realização do Festival de História – fHist, que acontecerá em Diamantina entre os dias sete e 12 de outubro. Além de disponibilizar para o Festival as suas unidades na cidade, entre as quais se destaca a Casa da Glória, cujo singular passadiço foi símbolo da campanha que levou Diamantina a ser reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 1999, a universidade terá participação ativa na viabilização e organização do inédito evento, afirmou o pró-reitor de Extensão – Proex, professor João Antônio de Paula.

“É fundamental a participação da universidade na criação de um pólo no País de reflexão e debate sobre a área da História, como propõe o Festival”, assinalou o pró-reitor durante reunião realizada no dia 30 de maio com dirigentes da área de Ação Cultural da Proex, do Instituto de Geociências, da Casa da Glória e da coordenação-executiva do fHist. Com larga tradição na realização de eventos culturais, como o Festival de Inverno, que acontece sempre em julho em Diamantina, a UFMG poderá contribuir com toda a sua experiência para a viabilização do Festival, ressaltou o professor.

A parceria da UFMG se soma à da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, já assegurada pelo reitor, professor Pedro Angelo Almeida Abreu, em reunião realizada no dia 13 de maio com os organizadores do fHist, o historiador Luciano Figueiredo e o jornalista Américo Antunes.


Aécio Neves é denunciado por ocultar patrimônio e sonegar imposto
Recém alçado a líder máximo da oposição ao governo Dilma Rousseff, senador tucano é acusado por deputados estaduais de Minas Gerais de esconder bens para não pagar Imposto de Renda. Segundo denúncia, salário de R$ 10 mil e patrimônio declarado de R$ 600 mil não explicam viagens ao exterior, festas com celebridades, jantares em restaurantes caros e uso de carrões. Procuradoria Geral da República examina representação para decidir se abre investigação.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17865&boletim_id=924&componente_id=14966




Mészáros faz conferências e lança livros no Brasil
Na próxima semana, o filósofo húngaro István Mészáros chega ao Brasil para apresentar a conferência "Crise estrutural necessita de mudança estrutural" em quatro cidades brasileiras (São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro e Salvador) e lançar três novos títulos da Boitempo: "Estrutura social e formas de consciência II", de sua autoria; "István Mészáros e os desafios do tempo histórico" (livro-homenagem); e a edição número 16 da revista Margem Esquerda.
Todos os eventos são gratuitos. Confira a página oficial da visita de Mészáros no Brasil.
http://boitempoeditorial.wordpress.com/2011/06/02/meszarosbrasil2011/




-É com satisfação que anunciamos a abertura da biblioteca do IESP, bem como a consulta online a nosso acervo (http://www.iesp.uerj.br/biblioteca/).


No momento temos cerca de 4 mil volumes catalogados. Estamos catalogando outros 5 mil volumes doados pelo Prof. Wanderley Guilherme dos Santos. Nossa biblioteca hospedará, também, os 5 mil volumes da biblioteca da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO). Além disso, estamos recebendo doações de várias pessoas e instituições, que serão devidamente indicadas no site e nas fichas de consulta.
Nossa rotina acadêmica e de pesquisa está consolidada. Visite com frequência nosso site e seus núcleos de pesquisa. Há sempre novidades e atividades de interesse.




Leia no WWW.outraspalavras.net


A tempestade à vista e o Brasil
Políticas europeias e norte-americanas estão conduzindo economia mundial a crise grave. Para defender país, governo Dilma precisa abandonar “pé-no-freio”. Por Amir Khair

Alerta na maior hidrelética do planeta
Governo chinês reconhece finalmente problemas em Três Gargantas – mas destaca benefícios da usina, que evita imensa emissão de CO2. Por Daniela Frabasile

Brasil e Mercosul começam a defender suas terras
Estrangeiros (especialmente chineses) fazem aquisições maciças. Processo afeta agricultura familiar, biodiversidade e segurança alimentar. Mas há alternativas Por Felipe Amim Filomeno

Vigilância, agora sob gestão Obama
Como o presidente prorrogou Patriot Act, a lei que multiplica espionagem sobre cidadãos. Que isso revela acerca de sua relação com poder. Por David Bronwich

Gaza: luz no fim do túnel
Egito abre fronteira e encerra cerco a palestinos. Ampliam-se sinais de que “primavera árabe” pode balançar a ocupação israelense. Por Luís Nagao


Um Che Guevara do Século XIX: BLANQUI

por OSVALDO COGGIOLA
Socialismo ou República? A extraordinária trajetória de Louis-Auguste Blanqui, teórico e revolucionário republicano socialista francês, foi a expressão viva da transição da democracia jacobina radical para o socialismo proletário, associado aos nomes de Marx, Lassalle e Engels (não por acaso, na França, esse socialismo era chamado de “socialismo alemão”)...

LEIA NA ÍNTEGRA:



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Numero 280







Temos hoje um artigo enviado pela amiga Cláudia Coimbra, e duas matérias relacionadas à educação. A primeira trata do livro que supostamente estaria ensinando a escrever errado e a segunda mostra a quantas anda a indisciplina em nossas escolas.
Além disso, links para várias matérias internacionais.
Bom proveito!





Mais uma vergonha nacional
Cláudia Coimbra do Espírito Santo
Doutoranda em História Econômica/USP
O filme alemão “Uma cidade sem passado” (1990) denuncia a manipulação da História na tentativa de apagar da memória coletiva a participação de moradores, autoridades e instituições locais com os nazistas. Como não há mal que nunca acabe, um dia uma jovem estudante busca fontes de pesquisa para escrever sobre a integridade dos moradores e da Igreja durante o III Reich. Mesmo com todas as dificuldades impostas a um pesquisador que busca fontes para o conhecimento do tema escolhido, a estudante traz à tona a farsa histórica.



Em 2011, 26 anos depois campanha popular que promoveu o fim do regime militar e a volta da Democracia ao País, e 19 anos depois que os estudantes brasileiros de caras pintadas exigiram o impeachment do Presidente Fernando Collor, o Senado Federal, na pessoa do Exmo. Senador José Sarney, decide apagar da memória coletiva nacional a história recente do País. A menção ao impeachment foi retirada dos fatos históricos que marcaram o Governo Collor.


Nesta 2ª feira vimos nas manchetes dos jornais: “O Senado omitiu o impeachment do Ex-Presidente e Senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) em galeria sobre a história da Casa, reinaugurada nesta segunda-feira.”


Aliás, Sarney tentou fazer o mesmo com o livro “Honoráveis bandidos”, biografia não autorizada (evidentemente) do jornalista Palmério Dória, sobre os desmandos da vida política do Senador. A tentativa de impedir que a história viesse à tona foi um fracasso, e o livro está na lista dos mais vendidos do País há algum tempo.


Prezado Senador, não há mal que nunca acabe! O filme “Uma cidade sem passado” é uma boa indicação para o Presidente Sarney e para todos aqueles que acreditam ser possível manipular a história de uma nação.


www.brasilianas.org
O escândalo do livro que não existia
Enviado por luisnassif, qua, 25/05/2011 - 15:23
Coluna Econômica



Durante dias e dias o país inteiro discutiu uma miragem, um não-fato, algo que não existia. E na discussão se leu de tudo, analistas com julgamentos definitivos sobre a questão, acadêmicos soltando sentenças condenatórias, jornalistas atirando flechas na miragem. E tudo em cima de uma nuvem, uma sombra, um ectoplasma que nunca existiu.
Poucas vezes na história contemporânea se viu manifestação tão atrasada do que seja opinião pública latino-americana. Parecia mais um daqueles contos do realismo fantástico de um Garcia Marques, uma parábola familiar de Julio Cortazar.
Refiro-me a esse episódio sobre o suposto livro que ensinaria as crianças a ler a escrever errado.
***
Esse livro, sobre o qual tantas mentes brilhantes despejaram esgoto puro, não existe. Inventaram um livro com o mesmo nome, com a mesma autora e imputaram a ele um conteúdo inexistente no livro original.
O livro massacrado não defendia a norma "inculta". Apenas seguia recomendações do Ministério da Educação, em vigor desde 1997, de não desprezar a fala popular. Era uma recomendação para que os jovens alfabetizados, que aprendem a falar corretamente, não desprezem pessoas do seu próprio meio, que não tiveram acesso à chamada norma culta.
***
No entanto um país que aspira a ser potência, conduzido por um tipo de jornalismo típico de países atrasados, caiu de cabeça na interpretação de que o livro ensinava a escrever errado. Criado o primeiro tumulto, personagens ilustres caíram de cabeça na versão vendida. O país inteiro repetiu a ficção criada, as melhores cabeças da mídia de massa embarcando em uma canoa furada, apenas repetindo o que ouviram falar.
Sem que um só tivesse ao menos lido o capítulo, deram o que lhes era pedido: condenações do livro e da autora, pela discutível vantagem de saírem em jornais e programas de TV... dizendo bobagens.
***
De repente, uma professora séria foi achincalhada, ofendida, tornando-se inimigo público, merecendo longos minutos no Jornal Nacional.
Episódio semelhante ocorreu alguns anos atrás com uma professora de psicologia que fazia pesquisas sobre "redução de danos" – um tipo de política de saúde visando ensinar os viciados a não se matarem. Foram apontadas – ela e sua orientadora de 68 anos – como traficantes em blogs de esgoto de portais de grande visibilidade. Depois, essa acusação leviana repercutida no Jornal Nacional.
***
Em alguns setores, o país vive momentos de trevas, de um atraso similar ao macartismo americano dos anos 50, como se toda a racionalidade, lógica, valores da civilização tivessem sido varridos do mapa. E tudo debaixo do álibi de uma luta política implacável, que ideologiza tudo, transforma qualquer fato em campo de batalha, escandaliza qualquer coisa, fuzila qualquer pessoa em nome de uma guerra que já não tem rumo, objetivo. É como um exército de cruzados voltando das batalhas perdidas e destruindo tudo o que veem à sua frente apenas porque aprenderam a guerrear, a destruir e, sem guerras pela frente, praticassem o rito da execução sumária por mero vício.


A indisciplina nas salas de aula (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-indisciplina-nas-salas-de-aula)



Sala de aula brasileira é mais indisciplinada que a média, diz estudo
Segundo pesquisa, estudantes brasileiros confiam menos em seus professores do que há dez anos
As salas de aula brasileiras são mais indisciplinadas do que a média de outros países avaliados em um estudo do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês). O estudo, feito com dados de 2009 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que, no Brasil, 67% dos alunos entrevistados disseram que seus professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar um longo período até que a classe se acalme para dar prosseguimento à aula.
Entre os 66 países participantes da pesquisa, em média 72% dos alunos dizem que os professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar que a classe se discipline. Os países asiáticos são os mais bem colocados no estudo: no Japão, no Cazaquistão, em Xangai (China) e em Hong Kong, entre 93% e 89% dos alunos disseram que as classes costumam ser disciplinadas. Finlândia, Grécia e Argentina são os países onde, segundo percepção dos alunos, os professores têm de esperar com mais frequência para que os alunos se acalmem. O estudo foi feito com alunos na faixa dos 15 anos.
Menos distúrbios
O estudo identificou que os distúrbios em sala de aula estão, em média, menores do que eram na pesquisa anterior, feita no ano 2000. "A disciplina nas escolas não deteriorou – na verdade, melhorou na maioria dos países", diz o texto da pesquisa. "Em média, a porcentagem de estudantes que relataram que seus professores não têm de esperar muito tempo até que eles se acalmem aumentou em seis pontos percentuais." Segundo o estudo, a bagunça em sala de aula tem efeito direto sobre o rendimento dos estudantes. "Salas de aula e escolas com mais problemas de disciplina levam a menos aprendizado, já que os professores têm de gastar mais tempo criando um ambiente ordeiro antes que os ensinamentos possam começar", afirma o relatório da OCDE. "Estudantes que relatam que suas aulas são constantemente interrompidas têm performance pior do que estudantes que relatam que suas aulas têm menos interrupções."
A criação desse ambiente positivo em sala de aula tem a ver, segundo a OCDE, com uma "relação positiva entre alunos e professores". Se os alunos sentem que são "levados a sério" por seus mestres, eles tendem a aprender mais e a ter uma conduta melhor, conclui o relatório. No caso do Brasil, porém, a pesquisa mostra que os estudantes contam menos com seus professores do que há dez anos. "Relações positivas entre alunos e professores não são limitadas a que os professores escutem (seus pupilos). Na Alemanha, por exemplo, a proporção de estudantes que relatou que os professores lhe dariam ajuda extra caso necessário cresceu de 59% em 2000 a 71% em 2009", afirma o relatório. Já no Brasil essa proporção de estudantes caiu de 88% em 2000 para 78% em 2009.



Mais de 700 fotografias de Hiroshima foram encontradas.


Muitas delas, além do texto, podem ser vistas no Blog do Nassif:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-fotos-de-hiroshima




Nuvens negras no horizonte
Já se delineiam duas sérias ameaças em nível global, que podem indicar um primeiro desdobramento da crise financeira originada nos Estados Unidos em 2008. É a situação crítica da questão fiscal dos Estados Unidos e Grécia. Os holofotes agora estão na Grécia, mas não levará tempo para se dirigirem aos EUA. Face a esse quadro, o melhor para o Brasil é apostar as fichas da saúde econômica e financeira naquilo em que somos bons: alto potencial de mercado interno inexplorado. Assim, é bom repensar as políticas do pé no freio, que podem fragilizar o País aos trancos que poderão vir de fora. O artigo é de Amir Khair.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17854&boletim_id=919&componente_id=14902




Os "indignados" gregos contra o plano de ajuste
"Se nós temos que viver com 500 euros mensais, que os políticos, sem exceção, também o façam". Essa foi uma das frases que marcou a manifestação reunindo mais de 40 mil pessoas neste domingo, em Atenas, contra os planos de austeridade econômico impostos pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para enfrentar a grave crise econômica que se abateu sobre o país. A convocação para os protestos foi feita principalmente pelo movimento "Cidadãos indignados", organizado em redes sociais pela internet.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17849&boletim_id=918&componente_id=14883




A limpeza de praças na Espanha
Apesar do fato de as elites políticas da Espanha, nesta nova era de dominância da direita, estarem mostrando seu uso em massa da força, eles têm encontrado um movimento não-violento bem organizado. Se o movimento mantiver os seus princípios, e outros países europeus juntarem-se na luta, vai ser a União Europeia que será forçada a conter essa brutalidade policial, e acabará por ter de fazer concessões a essa luta democrática e não-violenta dos cidadãos. Se o movimento se espalhar, como já muitos sinais parecem indicar, as elites políticas e econômicas da Europa terão que decidir entre reforma e revolução. O artigo é de Pablo Ouziel.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17847&boletim_id=918&componente_id=14884



Meu ex-aluno Elson de Barros Gomes Jr., que é o Cônsul Honorário da India, envia este convite:


O Consulado AH da Índia em Minas Gerais, em parceria para a Câmara de Comércio Índia Brasil, traz para Belo Horizonte o grande festival cultural indiano: Mudra: Mostra Cultural da Índia, que acontecerá entre os dias 31 de maio a 05 de junho de 2011.
Gostaria de convidar a todos para vivenciar esta rica cultura, curtindo um grande espetáculo de dança que acontecerá no dia 04 de Junho (sábado) no Minascentro, além do festival gastronômico que acontecerá no Maharaj do dia 31 de Maio (terça) a 05 de Junho (domingo). O menu deste festival esta muito especial!!



Divulgamos a abertura do CANAL LABHOI, no UFFTube. Os três filmes historiográficos desenvolvidos a partir dos arquivos audiovisuais Memórias do Cativeiro e Petrobras Cultural Memória e Música Negra (www.historia.uff.br/labhoi/acervo) podem ser acessados na íntegra. Confiram e divulguem os links:

CANAL LABHOI
http://ufftube.uff.br/user/Labhoi

MEMORIAS DO CATIVEIRO
http://ufftube.uff.br/video/M2GWDYGDBYU7/Mem%C3%B3rias-do-Cativeiro

JONGOS, CALANGOS E FOLIAS
http://ufftube.uff.br/video/9RBAHO8O6474/Jongos-Calangos-e-Folias-M%C3%BAsica-Negra-Mem%C3%B3ria-e-Poesia

VERSOS E CACETES
http://ufftube.uff.br/video/G2SY2DSB1KSS/Versos-e-Cacetes-O-jogo-do-pau-na-cultura-afro-fluminense
As versões com legendas em inglês estarão disponíveis em breve.


Lançamento de livro:





Coleção História Geral da África para download no site da Unesco: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/special-themes/ethnic-and-racial-relations-in-brazil/general-history-of-africa/#c155007



Leia no http://www.outraspalavras.net/


A pior face da Europa
Derrotado pela Refundação Comunista em seu reduto e despencando em popularidade, Berlusconi tenta salvar-se convocando italianos para xenofobia explícita. Por Luís Nagao

Um novo conflito na África?
Às vésperas do desmembramento do Sudão, tropas do norte ocupam cidade-símbolo. Ressurge fantasma de conflito em que potências não estão isentas


Depois de Madri, Atenas
Como a rebelião dos jovens espanhóis está se espalhando pela Grécia. Por que ela tem mais chances de sacudir país. Por Antonio Martins

“Dá licença de contar”
Ignoradas pela mídia, ocupações de imóveis ressurgem, apontando força do movimento pela moradia e necessidade da reforma urbana. Por Renata Bessi


As mesquinharias e a História
Para Foucault, grandes fatos podem originar-se em bobagens. No Brasil, um mesmo político repete deslizes parecidos, mas com consequências opostas. Por José Luís Fiori




MISCELÂNEA CAFÉ HISTÓRIA

Fumaça na História
Meios de comunicação de massa no século XX foram os grandes aliados da indústria tabagista na fabricação de uma imagem positiva do cigarro



Encarte do Professor
Material didático produzido por uma parceria entre o Ministério da Educação e a Revista de História da Biblioteca Nacional ajuda na elaboração de aulas mais ricas e interessantes


15% DE DESCONTO EM QUALQUER LIVRO DO SITE DA EDITORA CONTEXTO

Fechamos com a Editora Contexto uma parceria que oferece a você, leitor do Café História, desconto de 15% em qualquer livro comprado através do site da Editora. Para isso, basta no momento da compra digitar o cupom "cafehistoria". O catálogo da editora contexto traz ótimos títulos não apenas em história, mas também em todo o campo das ciências humanas. Confira clicando aqui. Aproveite e enriqueça a sua biblioteca!

CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS

Um cemitério dentro do museu - memorial polêmico do 11/09

MEC disponibiliza 86 mil vagas em cursos para professores

MURAL DO HISTORIADOR

"Manuscritos da História"

Chamada para artigos em Revista de Comunicação

Revista TV Escola - Na capa, uma matéria sobre as tecnologias da informação e comunicação. A revista pode ser baixada na íntegra. Confira!


DOCUMENTO HISTÓRICO

Alvará de 1760 com força de lei que estabelece a polícia e a paz pública da Corte e do Reino, criando o cargo de Intendente Geral com ampla jurisdição privativa.

Uma edição clássica da revista "Fon Fon!" de 1910!


CINE HISTÓRIA

SANTA PACIÊNCIA: Mahmud Nasir (Omid Djalili) é um muçulmano que vive feliz com a família. Um dia, ao arrumar algumas caixas antigas, descobre que foi adotado quando tinha apenas duas semanas de vida.

Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com/?xg_source=msg_mes_network