quarta-feira, 27 de julho de 2011

Numero 288




A crise econômica mundial e seus reflexos são o tema principal deste numero do Boletim. Chamo a atenção para o artigo inicial, do historiador Francisco Carlos Teixeira, que retoma a idéia exposta no numero anterior, do “ovo da serpente”.
No mais, agradeço à amigona Maria Tereza Armonia, que nos brinda com o novo banner que, a partir deste número, vai abrir os boletins.






Um estrondo na Noruega: quando o diabo bate à porta [1]
Os governos europeus, e os EUA fecham os olhos à contínua fascistização das instituições do estado liberal, em especial da polícia e das autoridades aeroportuárias. A promiscuidade da grande imprensa, como o império Murdoch ( na Inglaterra, EUA e Austrália ) com as lideranças conservadoras, como o Tea Party nos EUA e a polícia, oculta o montante da maré neonazi.
Francisco Carlos Teixeira

Quando em 1933, através de mil intrigas e manipulações politicas, Franz Von Papen [2] , velho político do Partido do Centro Católico, aliado a industriais e banqueiros alemães, convenceu o velho Marechal Von Hindenburg, presidente da Alemanha e empedernido militarista e oligarca, a nomear Adolf Hitler chefe do governo alemão encerrava-se um ciclo na história alemã. Era o “Kampfszeit”, os tempos de luta dos nazistas pelo poder. Desde 1920 o partido nazista alemão – DNSAP – promovera atentados, tentativas de golpe de Estado, arruaças de rua e homicídios políticos. Contudo, a elite política alemã – homens “respeitáveis” como Von Papen e Hjalmar Schacht [3] , o chamado “mago das finanças” – acreditavam que poderiam controlar o nazismo visando atingir seus próprios objetivos: a derrubada da democracia e a instauração de um regime reacionário estável e duradouro. Os nazistas, por mais desagradáveis que fossem, seriam apenas uma ferramenta para atingir seus fins. O resultado foi a maior catástrofe da história alemã e a maior tragédia bélica da história da humanidade.

A DIREITA TRADICIONAL EM FACE DOS FASCISMOS
Ao longo da história dos fascismos históricos (isso mesmo, fascismos, no plural: conjunto de movimentos antidemocráticos, ultranacionalistas e racistas surgidos desde os anos de 1920, incluindo aí o nazismo, o franquismo, o salazarismo e, claro, o fascismo italiano. Este, por ser o primeiro a fazer sua estreia no cenário europeu, acabará por denominar o conjunto dos movimentos de extrema direita) podemos reconhecer um padrão de relacionamento entre os partidos de Direita [4] tradicionais e constitucionais e as organizações fascistas.

Os grandes partidos da Direita constitucional hoje – como no exemplo clássico dos católicos, dos conservadores e dos liberais em 1933 - assumem uma postura comum: negação de identificação direta e unilateral com os movimentos fascistas. Contudo, mantém uma relação ambígua e “compreensiva” da agenda extremista de cunho fascista. Assumem vários dos temas da agenda fascista – xenofobia, anti-multiculturalismo, anti-Estado Social, luta contra os impostos que incidem sobre ricos e empresas, identificação entre criminalidade e estrangeiros e entre desemprego e imigrantes. Da mesma forma, apoiam uma crítica violenta, cheia de ódio, aos quadros intelectuais e políticos da Esquerda, apontados como traidores da civilização e da raça branca. Por fim, permitem nos seus quadros de base e associações um amplo “intercâmbio” de pessoal com a (sub)cultura politica fascista, em especial no cyberspace e nas suas associações juvenis.

Embora partidos estabelecidos, constitucionais, como os Republicanos, nos EUA; o Likud, em Israel; a CSU/CDU, na Alemanha; o Partido Progressista, na Noruega; a Liga Norte na Itália entre outros, mantenham-se na esfera constitucional, aproveitam-se da pregação de ódio das entidades fascistas para enfraquecer e encurralar os partidos trabalhistas e socialistas, caracterizados como fracos e antinacionais, no limite traidores, como no caso do assassinato de Yitzhak Rabin em 1995 por extremista de direita (no bojo de uma violenta campanha do direitista Likud contra o ex-premiê israelense). Da mesma forma, a violenta campanha do “Tea Party” nos EUA, endossada pelo Partido Republicano, não é estranha a matança de janeiro de 2011 de seis pessoas numa reunião em Tucson do Partido Democrata local. Notem bem: embora a imprensa internacional queira sempre caracterizar tais ataques como produto da “loucura” de um desiquilibrado isolado, os ataques são sempre dirigidos a um alvo político que se opõe à Direita local: contra o líder trabalhista em Israel, contra os democratas em Tucson ou os trabalhistas na Noruega. Até a loucura possui um sentido.

OS FASCISTAS EM FACE DA DIREITA TRADICIONAL
As entidades fascistas, por sua vez, aproveitam-se do oportunismo dos grandes partidos da Direita constitucional, para ampliar seu “auditório” e para por em debate suas ideias generalistas e equivocadas sobre, por exemplo, desemprego versus imigração ou criminalidade versus estrangeiros.

A crise econômica, desde 2008, teve um papel relevante no acirramento das tensões internas e no debate sobre a distribuição social do ônus das medidas de “salvação” . A maioria dos países avançados – EUA, RU, Espanha, Itália – e os chamados “novos” países capitalistas do leste europeu optaram, após uma paralisia inicial, em “investir” grandes somas de dinheiro público em bancos, seguradoras e montadoras de automóveis para debelar a crise. Assumiam, assim, a responsabilidade do passivo gerado pela má gestão dos negócios, pela especulação e pelas consequências da “bolha imobiliária” ( o chamado “subprime” ). Seguiu-se, então, um abandono seletivo do fundamentalismo liberal: intervenções salvadores em empresas irresponsáveis e o abandono de inúmeros programas sociais ( como educação e saúde na Inglaterra ) e corte nas políticas de crescimento e de emprego ( como na Espanha, Portugal e Grécia ).

Para a grande parte da população, na maioria das vezes sem quaisquer iniciação ou militância política, os estados surgiam como arrecadadores vorazes, injustos e perdulários dos impostos públicos. Haveria uma maior sensibilidade para salvar as grandes empresas e os empregos milionários de gerentes irresponsáveis do que com a garantia do emprego dos trabalhadores contribuintes. Assim, não é de estranhar que uma parcela importante das populações nos países avançados - em especial pequenos empresários, fazendeiros, lojistas e funcionários das empresas privadas ( todos eles contribuintes diretos e indiretos ) se rebelassem contra o Estado “devorador e insensível”. Estes mesmos segmentos sociais voltam sua frustração diretamente contra estrangeiros, muitos deles concorrentes no pequeno comércio ou em empregos menos remunerados, abrindo caminho para a xenofobia e o ódio racial, estopim do processo de fascistização. Campanhas anti-impostos e pelo Estado mínimo – cortando programas das classes trabalhadoras, vistas como privilegiadas nas suas relações com o Estado e ações afirmativas voltadas para minorias – são abraçadas com fervor, em especial pelo” Tea Party”, a Liga Norte, Front National ( França) e o Partido Progressista ( Noruega ).

A LUTA CONTRA O ESTADO SOCIAL
Os partidos da Direita constitucional, no mais das vezes profundamente imbricados com o mundo dos negócios, acabam por ver na crise uma oportunidade para desinvestimentos, cortes de programas sociais e de ajuda humanitária, configurando forte convergência com as associações fascistas. Tais medidas, para além de serem um programa de aprofundamento da recessão – como na Grécia, Espanha e Portugal – implicam em legitimar a plataforma fascista, gerando ainda mais desemprego e mal-estar social.

Os partidos da esquerda constitucional, por sua vez, emparedados entre a crise e as acusações de fraqueza perante a “invasão de estrangeiros” e de ações de antinacionais, vacilam e abrem mão de plataformas progressistas e reformistas, aceitando vergonhosamente ( como em Portugal, Grécia, França ) a distribuição socialmente injusta do ônus da crise econômica gerada pelo fundamentalismo neoliberal. As preocupações com a inflação e o equilíbrio fiscal sobrepõem-se às políticas de emprego e de crescimento econômico. Neste contexto, os partidos de esquerda ficam incapazes de apresentar alternativas nas áreas sociais, mantendo-se exclusivamente no âmbito do debate sobre quem seria o melhor gerente da crise. Da mesma forma, a Esquerda falhou miseravelmente em assumir um papel de condutor, esclarecedor, das razões da crise e dos interesses da sociedade.

No momento em que o neoliberalismo entrava em crise, a Esquerda assumiu a sua gerência. A população revoltada – os “Indignados” - em Atenas, Madrid ou Lisboa, em especial os jovens, não enxergam alternativas viáveis nos grandes partidos socialistas. Numa linguagem gramsciniana, a Esquerda estabelecida renunciou ao seu papel de “Príncipe moderno”.

Foi desta forma, que os pequenos grupos fascistas - imbuídos de raiva, frustração e inveja – emergiram com respostas tão fáceis e diretas quanto incorretas. Apontar para os imigrantes, para os estrangeiros ou para uma conspiração judia mundial era fácil. E, além disso, de grande capacidade de aderência popular.

A MARÉ NEONAZI
Desemprego= a imigração; crise econômica= a estrangeiros; recessão= a dirigismo estatal; carestia= a euro. Tudo simples, direto e sem questionamentos muito complicados. Foi neste contexto que se desenvolveu uma ampla (sub)cultura política fasciscizante: ocupou o cyberspace ( são 12 sítios eletrônicos na Noruega fazendo propaganda nazista! ), as rádios e os temas televisivos cotidianos. Bandas de rock, de tipo “Black Metal”, desenvolveram signos, canções e atitudes neonazi na Alemanha, Inglaterra, Suécia e Noruega. Alusões ao satanismo e ao ocultismo proliferaram, com o uso de runas e de ícones nazistas, como a suástica e a runa “SS” em pretensos cultos que vandalizam cemitérios e antigas igrejas. Em outros casos emergiu um forte neopaganismo, como nos grupos “Viking” sueco e “Vigrid” norueguês, ambos intimamente associado ao grupo de supremacia branca norte-americano “National Alliance”. Na própria Noruega emergiu uma “Sociedade Aasatru” ( denominação da mitologia nórdica), de culto pagão e adoração a runas nazistas. Tais organizações negam a existência histórica do genocídio dos judeus na Segunda Guerra Mundial, falando odiosamente de um “Holocash” – uma impostura judia para arrancar dinheiro dos países germânicos. Ao lado disso, uma velha mentira, como o livro “Protocolos dos Sábios de Sião” foi reeditado e vendido publicamente na Noruega. Em outros casos, como é o caso do atirador Anders Behring Breivik, desenvolveu-se um forte e intolerante fundamentalismo cristão, profundamente anti-muçulmano e anti-socialista. Estes são elementos comuns da cena fascista contemporânea.

Uma temática especial mereceu a atenção dos novos fascistas: a revisão positivada dos fascismos históricos, recuperando uma memória construída sobre os imaginados “bons tempos” dos anos de 1930 e da própria ocupação nazista durante a guerra. Ao lado do revisionismo histórico, desenvolveu-se também o negacionismo, a recusa em aceitar o genocídio de judeus, ciganos, doentes mentais, testemunhas de Jeová e gays pelos nazistas. Isso já havia acontecido entre 1991 e 1996, numa primeira vaga revisionista/negacionista. Agora ressurge uma segunda vaga visando passar a Segunda Guerra Mundial à limpo. Na França, Itália, Alemanha, Espanha, Noruega e Suécia vários grupos buscam negar a realidade histórica do holocausto e reabilitar os velhos fascistas nacionais, como é o objetivo do pretenso “Norwegian Occupation History Institute”.

Ao mesmo tempo políticos, intelectuais e celebridades – como Jorg Haider[5] , Gian Franco Fini [6], o estilista John Galliano e o cineasta Lars von Trier – fazem declarações desculpando e “entendendo” personagens como Mussolini e Hitler, numa clara banalização da maior tragédia da história contemporânea.

Os governos europeus, e os EUA, por sua vez, fecham os olhos frente a contínua fascistização das instituições do estado liberal, em especial da polícia e das autoridades aeroportuárias. A promiscuidade da grande imprensa, como o império Murdoch ( na Inglaterra, EUA e Austrália ) com as lideranças conservadoras, como o Tea Party nos EUA e a polícia, oculta o montante da maré neonazi. A polícia, sob instigação da “luta antiterrorista” mata inocentes e brutaliza oponentes antifascistas, como na Inglaterra, França e Espanha. Nos estádios de futebol multiplicam-se as manifestações abertamente racistas contra atletas negros e árabes, tudo isso em face da leniência das autoridades e das instituições ditas culturais e esportivas.
É a multiplicação dos microfascismos no interior do próprio estado liberal.
Mais uma vez a sociedade e o estado comportam-se como Franz von Papen e seus seguidores católicos, conservadores e liberais. Negam-se a ver a ameaça nazista que bate à porta. Com estrondo.

NOTAS
[1] Devo a inspiração desse título ao livro “Lucifer ante portas”, de Rudolf Dihls (Interverlag, Zurique, 1950), “Oberführer” da Gestapo entre 1933 e 1934, quando então se afasta do nazismo.

[2] Franz von Papen ( 1879-1969 ) político reacionário alemão, membro do primeiro gabinete de Hitler e político que viabilizou o governo de Hitler junto aos empresários e militares alemães.

[3] Hjalmar Schacht ( 1877-1970) político, banqueiro e empresário alemão responsável pela administração financeira no gabinete Hitler.

[4] Embora se fale muito no fim das oposições “direita versus esquerda” continuo achando válida, e mesmo imprescindivel, a díade. Utilizo aqui as noções de “esquerda” e de “direita” conforme proposta de Norberto Bobbio no livro “Direita e esquerda: razões de uma diferença” ( São Paulo, Edusp, 1999 ).

[5] Jorg Haider ( 1950-2008), lider do abertamente fascista partido FPÖ ( Partido Austríaco da Liberdade ).

[6] Gianfranco Fini ( 1952) lider do partido dito pós-fascista italiano Aliança Nacional e depois ministro de Berlusconi no Partido Povo da Liberdade.

(*) Professor de Relações Internacionais/UFRJ.



Paul Krugman: "Podemos estar perto de reviver a crise de 1930"
Para aqueles que conhecem a história da década de 1930, o que está ocorrendo agora é muito familiar. Se alguma das atuais negociações sobre a dívida fracassar, poderemos estar perto de reviver 1931, a bancarrota bancária mundial que alimentou a Grande Depressão. Mas se as negociações tiverem êxito, estaremos prontos para repetir o grande erro de 1937: a volta prematura à contração fiscal que terminou com a recuperação econômica e garantiu que a depressão se prolongasse até que a II Guerra Mundial finalmente proporcionasse o "impulso" que a economia precisava. O artigo é de Paul Krugman.
Paul Krugman – SinPermiso (WWW.cartamaior.com.br)


Esta é uma época interessante, e digo isso no pior sentido da palavra. Agora mesmo estamos vivendo, não uma, mas duas crises iminentes, cada uma delas capaz de provocar um desastre mundial. Nos EUA, os fanáticos de direita do Congresso podem bloquear um necessário aumento do teto da dívida, o que possivelmente provocaria estragos nos mercados financeiros mundiais. Enquanto isso, se o plano que os chefes de Estado europeus acabam de pactuar não conseguir acalmar os mercados, poderemos ter um efeito dominó por todo o sul da Europa, o que também provocaria estragos nos mercados financeiros mundiais.

Somente podemos esperar que os políticos em Washington e Bruxelas consigam driblar essas ameaças. Mas há um problema: ainda que consigamos evitar uma catástrofe imediata, os acordos que vêm sendo firmados dos dois lados do Atlântico vão piorar a crise econômica com quase toda certeza.

De fato, os responsáveis políticos parecem decididos a perpetuar o que está sendo chamado de Depressão Menor, o prolongado período de desemprego elevado que começou com a Grande Recessão de 2007-2009 e que continua até o dia de hoje, mais de dois anos depois de que a recessão, supostamente, chegou ao fim.

Falemos um momento sobre por que nossas economias estão (ainda) tão deprimidas. A grande bolha imobiliária da década passada, que foi um fenômeno tanto estadunidense quanto europeu, esteve acompanhada por um enorme aumento da dívida familiar. Quando a bolha estourou, a construção de residências desabou, assim como o gasto dos consumidores na medida em que as famílias sobrecarregadas de dívidas faziam cortes.

Ainda assim, tudo poderia ter ido bem se outros importantes atores econômicos tivessem aumentado seu gasto e preenchido o buraco deixado pela crise imobiliária e pelo retrocesso no consumo. Mas ninguém fez isso. As empresas que dispõem de capital não viram motivos para investi-lo em um momento no qual a demanda dos consumidores estava em queda.

Os governos tampouco fizeram muito para ajudar. Alguns deles – os dos países mais débeis da Europa e os governos estaduais e locais dos EUA – viram-se obrigados a cortar drasticamente os gastos diante da queda da receita. E os comedidos esforços dos governos mais fortes – incluindo aí o plano de estímulo de Obama – apenas conseguiram, no melhor dos casos, compensar essa austeridade forçada.

De modo que temos hoje economias deprimidas. O que propõem fazer a respeito os responsáveis políticos? Menos que nada. A desaparição do desemprego da retórica política da elite e sua substituição pelo pânico do déficit tem verdadeiramente chamado a atenção. Não é uma resposta à opinião pública. Em uma sondagem recente da CBS News/The New York Times, 53% dos cidadãos mencionava a economia e o emprego como os problemas mais importantes que enfrentamos, enquanto que somente 7% mencionava o déficit. Tampouco é uma resposta à pressão do mercado. As taxas de juro da dívida dos EUA seguem perto de seus mínimos históricos.

Mas as conversações em Washington e Bruxelas só tratam de corte de gastos públicos (e talvez de alta de impostos, ou seja, revisões). Isso é claramente certo no caso das diversas propostas que estão sendo cogitadas para resolver a crise do teto da dívida nos EUA. Mas é basicamente igual ao que ocorre na Europa.

Na quinta-feira, os “chefes de Estado e de Governo da zona euro e as instituições da UE” – esta expressão, por si só, dá uma ideia da confusão que se tornou o sistema de governo europeu – publicaram sua grande declaração. Não era tranquilizadora. Para começar, é difícil acreditar que a complexa engenharia financeira que a declaração propõe possa realmente resolver a crise grega, para não falar da crise europeia em geral.

Mas mesmo que pudesse, o que ocorreria depois? A declaração pede drásticas reduções do déficit “em todos os países salvo naqueles com um programa” que deve entrar em vigor “antes de 2013 o mais tardar”. Dado que esses países “com um programa” se veem obrigados a observar uma estrita austeridade fiscal, isso equivale a um plano para que toda a Europa reduza drasticamente o gasto ao mesmo tempo. E não há nada nos dados europeus que indique que o setor privado esteja disposto a carregar o piano em menos de dois anos.

Para aqueles que conhecem a história da década de 1930, isso é muito familiar. Se alguma das atuais negociações sobre a dívida fracassar, poderemos estar perto de reviver 1931, a bancarrota bancária mundial que tornou grande a Grande Depressão. Mas se as negociações tiverem êxito, estaremos prontos para repetir o grande erro de 1937: a volta prematura à contração fiscal que terminou com a recuperação econômica e garantiu que a depressão se prolongasse até que a II Guerra Mundial finalmente proporcionasse o impulso que a economia precisava.

Mencionei que o Banco Central Europeu – ainda que, felizmente, não a Federal Reserve – parece decidido a piorar ainda mais as coisas aumentando as taxas de juros?

Há uma antiga expressão, atribuída a diferentes pessoas, que sempre me vem à mente quando observo a política pública: “Você não sabe, meu filho, com que pouca sabedoria se governa o mundo”. Agora, essa falta de sabedoria se apresenta plenamente, quando as elites políticas de ambos os lados do Atlântico arruínam a resposta ao trauma econômico fechando os olhos para as lições da história. E a Depressão Menor continua.

(*) Paul Krugman é professor de Economía em Princeton e Prêmio Nobel 2008.
Tradução: Katarina Peixoto
Fonte: Sinpermiso

Noruega, Islã e a ameaça que nasce no Ocidente
Há alguns anos, T J Winter, respeitado professor de Cambridge, fez palestra fascinante dirigida a professores e alunos de ciências humanas da Universidade de Leicester, sob o título de “O Islã e a ameaça que nasce no Ocidente”. O título chamava a atenção para ameaça diferente do slogan repetido (então, como hoje) “o Islã e a ameaça que nasce no Oriente”. Evidentemente se saberá mais nos próximos dias, mas o que se sabe hoje é que o assassino é “norueguês, louro, de olhos azuis”, com “tendências políticas de direita e convicções antimuçulmanas”. O artigo é de Ibrahim Hewitt.
Ibrahim Hewitt - Al-Jazeera


Divulgar, antes de qualquer investigação e a partir de depoimentos de testemunhas traumatizadas que esse ato assassino foi “ato de um único louco” impede qualquer estudo mais detalhado das motivações do assassino.

Há alguns anos, T J Winter, respeitado professor de Cambridge, cujo nome muçulmano é Abdal Hakim Murad, fez palestra fascinante dirigida a professores e alunos de ciências humanas da Universidade de Leicester, sob o título de “O Islã e a ameaça que nasce no Ocidente”. Já o título chamava a atenção para ameaça diferente do slogan repetido (então, como hoje) “o Islã e a ameaça que nasce no Oriente”.

Foi nova abordagem que, em poucas palavras, ilustrou que, historicamente, sempre houve agressão maior da Europa contra o mundo muçulmano, que o contrário. Winter/Murad apresentou várias provas, de fontes impecavelmente dignas.

Voltei a pensar hoje nas palavras de Winter/Murad, quando lia as notícias sobre o terrível atentado a bomba e o tiroteio na Noruega, onde, evidentemente, as primeiras suspeitas foram de que os atentados tivesse algo a ver com “o terror islâmico”. Evidentemente se saberá mais nos próximos dias, mas o que se sabe hoje é que o assassino é “norueguês, louro, de olhos azuis”, com “tendências políticas de direita e convicções antimuçulmanas”.

Mas já se disse que as intenções do homem nada teriam a ver com esses “traços”, nem com seus postados em “páginas da internet com tendências cristãs fundamentalistas”: eventuais influências “terão de ser investigadas com cuidado”. Exatamente o que se ouviu quando do atentado de Oklahoma, em 1995.

Sem qualquer fundamentação e muito estranhamente, o criminoso já está descrito pela mesma autoridade norueguesa como “um louco”. É bastante possível que seja louco, mas esse ‘diagnóstico’ automático é um dos modos pelos quais as motivações de crimes de ódio podem ser apagadas da história, antes mesmo de chegarem a tomar forma na consiência das pessoas.

Fechar o livro
Em 1969, por exemplo, um judeu australiano que pôs fogo na mesquita Al-Aqsa em Jerusalém, também foi sumariamente absolvido como “um louco” e internado em hospital psiquiátrico. Fim da notícia. Os judeus da direita fundamentalista que haviam planejado destruir a mesquita, e o Domo da Rocha, ali perto, sobreviveram mais um dia.

Suspeito que acontecerá coisa semelhante ao terrorista norueguês; seus laços com a extrema direita e com cristãos fundamentalistas serão apagados, por irrelevantes. Os crimes, como leremos em todos os jornais, serão descritos como ato de “pessoa desequilibrada” que “agiu individualmente”. Ergo, a única ameaça que continua a pesar sobre a civilização é a “ameaça terrorista” “dos islâmicos”. Ergo, o foco de toda a legislação e de todos os esforços antiterror deve continuar apontado contra o mundo muçulmano e as comunidades muçulmanas na Europa e nos EUA.

Se não nos manifestarmos e permitirmos que isso aconteça, estaremos prestando grave desserviço ao mundo, no mínimo porque a nova direita cresce em todo o ocidente – e Oklahoma foi prova de que essa nova direita é capaz de imensa destruição.

Imigrantes neonazistas da Europa Oriental continuam como sempre muito ativos em Israel, onde o governo, ao mesmo tempo em que deplora pelos jornais essa atividade da extrema direita, está, de fato, a caminho, a passos largos, da mesma extrema direita. Há ministros que pregam a limpeza étnica dos palestinos, para purificar Israel como “estado judeu”; preciosos direitos humanos, pelos quais o mundo tanto lutou, são apagados em nome da “segurança do estado judeu”; criminosos uniformizados são literalmente absolvidos ‘preventivamente’ dos assassinatos que cometem repetidamente.

Tudo isso acontece com a aprovação de governos ocidentais os quais, eles mesmos, mostram também tendências direitistas – o duplifalar, sempre que se trata de ensinar tolerância e respeito às minorias. Se você tem aparência, por pouco que seja, ‘diferente’ na Europa hoje, sobretudo se você for muçulmano, você é olhado com suspeitas e é possível que seja obrigado à dura tarefa de “provar” sua lealdade a um estado que, se a verdade aparecesse às claras, já se teria livrado de você, se tivesse coragem para aprovar as leis necessárias para tanto. Em alguns casos, até já há a necessária legislação, mascarada sob alguma “legislação antiterror”, ou de “segurança nacional”.

Tudo isso, apoiado por uma imprensa influente e sempre de direita, que defende o que Israel faça, errado ou certo, legal ou ilegal – e por um lobby pró-Israel que age como se fosse intocável. Dado o contexto político no ocidente, é provável que seja.

Ataques contra a esquerda
É significativo que o alvo do terrorista norueguês (o “louco”) pareça ter sido o Partido Trabalhista, de esquerda, tanto em Oslo quanto na ilha onde houve o tiroteio. Em toda a Europa as esquerdas estão fazendo alianças com grupos muçulmanos para combater o fascismo e o racismo, onde apareçam. Evidentemente não é coincidência que ensaios publicados em 1997 em todo o continente, tenham concluído, praticamente sem exceção. que “o desafio” que a Europa enfrentaria seria a presença de grandes comunidades muçulmanas entre “nós”. Assim sendo, quem considere graves os “traços de direita”, as ideias “antimuçulmanas” e até as ligações com “o fundamentalismo cristão” do terrorista norueguês será visto como opinião irrelevante.

O contexto oculto aí é que a ideologia da extrema direita de modo algum estaria ou poderia estar empurrando o mundo na direção do terrorismo.

Essa ideia é absoluto nonsense. A ideologia de direita levou a Europa ao Holocausto de judeus europeus e ao antissemitismo e sempre esteve por trás de outros tipos de racismo em todo o mundo. A ideia da superioridade da Europa e dos Europeus – construída a partir da ideologia da direita, levou ao comércio e à escravidão de seres humanos e atrocidades inenarráveis contra “o Outro” também no Oriente Médio e no Extremo Oriente.

Ironicamente, é uma extrema direita sionista – não, de modo algum, os mitos socialistas dos pioneiros sionistas socialistas utópicos dos anos 30s e de antes – que estão, hoje, por trás da limpeza étnica na Palestina ocupada por Israel, adotada como específica política israelense, também por meios militares, se preciso.

Tudo isso está bem documentado, embora permaneça ignorado pelos chefes políticos contemporâneos.

No contexto do que tudo leva a crer que sejam atos terroristas de uma extrema direita norueguesa, é também irônico que a palavra em inglês para traidor que colabora com forças inimigas de ocupação [ing. quisling] seja derivada do nome do major Vidkun Quisling, que governou a Noruega em nome da Alemanha Nazista durante a 2ª Guerra Mundial.

Hoje, estamos decidindo que “o louco” norueguês “não tem ligações com nenhuma organização terrorista internacional”. É grave risco para todos nós. A história já mostrou que as ideologias de extrema direita são transnacionais e atravessam todo o ocidente. Os efeitos podem ser catastróficos em todo o planeta global. Já fomos avisados.

(*) Ibrahim Hewitt é editor-chefe de Middle East Monitor
Tradução: Coletivo Vila Vudu


Nos últimos dias, a Inglaterra vem sendo palco de um escândalo político midiático que atingiu o coração do poder político do país. O escândalo do jornal News of the World, acusado de realizar escutas telefônicas ilegais, expôs as relações incestusosas do grupo jornalístico comandado por Ruppert Murdoch, o todo poderoso dono da Fox News e de inúmeros outros veículos espalhados pelo mundo, com integrantes do governo britânico.
O escândalo acabou por transbordar as fronteiras da Inglaterra, ao expor práticas que vêm se disseminando pela imprensa de vários países, inclusive o Brasil.
"Isto demonstra a permeabilidade do poder político e partidário à mobilização opinativa de grandes conglomerados de comunicação. Não creio que este seja um fenômeno apenas britânico”, observa o filósofo Vladimir Safatle, professor da Universidade de São Paulo, em entrevista à Carta Maior.
Alberto Dines, experiente jornalista brasileiro, afirma: "O espetáculo midiático-político a que assistimos galvanizados há mais de dez dias não tem nada de absurdo ou fantasioso. O impensável está aí, ao vivo, em cores, banda larga, 3D, alta velocidade, altíssima definição, continuamente repetido, reeditado. Vem sendo montado, a céu aberto, sem segredos ou disfarces, há pelo menos duas décadas com a participação de um elenco planetário".
O novo especial da Carta Maior "Murdoch: a ponta do iceberg" traz uma série de reportagens, artigos e entrevistas tratando não só do escândalo na Inglaterra, mas do tema que ele recoloca na ordem do dia, especialmente no brasil: a necessidade de instrumentos e espaços de regulação da mídia, que permitam à sociedade evitar práticas como estas que foram expostas agora naquele país.
Leia os artigos do Especial no site
WWW.cartamaior.com.br


A crise ideológica do capitalismo ocidental
Realmente precisamos de outro experimento custoso com ideias que fracassaram repetidamente? Não deveríamos precisar, no entanto, parece cada vez mais que teremos que suportar outro fracasso. Um fracasso na Europa ou nos Estados Unidos para voltar ao crescimento sólido seria ruim para a economia mundial. Um fracasso em ambos os lugares seria desastroso – inclusive se os principais países emergentes conseguirem um crescimento autossustentável. Lamentavelmente, a menos que prevaleçam as mentes sábias, este é o caminho para o qual o mundo se dirige. O artigo é de Joseph Stiglitz.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18111&boletim_id=971&componente_id=15636


Coleção Revista Belo Horizonte está disponível online
A Coleção Revista Belo Horizonte digitalizada pelo Arquivo Público da Cidade está disponível para consultas on-line.
Os exemplares pertencentes ao APCBH são referentes ao período de setembro de 1933 a dezembro de 1947. A revista Belo Horizonte era publicada na própria capital, semanalmente, com conteúdo literário e noticioso. A publicação também traz contos, humor e reportagens sobre moda e sobre o Estado mineiro. O público alvo da revista eram pessoas interessadas em literatura e diversidades. Após algumas publicações, a revista passou a ser voltada mais para o público feminino. A distribuição da revista era restrita às cidades mineiras de maior expressão sócio-econômica naquela época, o que torna seus exemplares uma raridade.
Clique aqui HTTP:///portalpbh.pbh.gov.br




Estão abertas as inscrições para a VI Semana de História Política - III Seminário Nacional de História: Política, Cultura e Sociedade, organizada pelos discentes do Programa de Pós- Graduação de História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A semana ocorrerá entre os dia 17 e 21 de outubro de 2011.Nesta edição, haverá inscrições para painéis de iniciação científica.

As informações estão disponíveis no endereço eletrônico www.semanahistoriauerj.net ou no blog http://semanahistoriauerj.blogspot.com/

O prazo final das inscrições com apresentação de trabalho: 9 de setembro de 2011
Qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail: semanadehistoriauerj@gmail.com


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Realidade aumentada e outras novidades

Interação entre realidade física e virtual é aposta de cientistas para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem

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O participante Pedro Campos criou o grupos de estudos "Inquisição". O grupo é destinado a trocar ideias referentes à instituição Inquisição e sua atividade, tanto durante a Idade Média, quanto na Época Moderna, através das Inquisições Ibéricas e da Inquisição papal.

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Assalto ao Banco Central - Filme retrata o maior assalta já realizado no mundo.
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Historiador lança livro em que tenta tirar João Goulart do limbo

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O terror dos ressentidos
Estudioso da extrema-direita mostra de que modo a rejeição ao não-europeu e ao Islã alimenta atos extremos como os atentados em Oslo. Entrevista com Nicolas Lebourg

Voo 447 – Uma hipótese
Sob comando de profissionais experientes, sempre treinados e avalidos em simuladores, algo muito diferente deve ter ocorrido naquela noite. Por Sérgio Xavier Ferolla

O declínio do império (financeiro) americano
À medida em que cresce risco de calote imediato, desgasta-se condição dos EUA como grande centro financeiro do mundo. Por Antonio Martins

Homofobia à africana
Ministro católico de Gana quer rastrear e prender gays e lésbicas. Enriquecido, país enfrenta desigualdade e fundamentalismo cristão. Por Luís F. C. Nagao

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Numero 287










Neste numero trazemos um artigo que considero extremamente importante, do nosso colaborador José de Souza Castro. Leitura imperdível, porque o tal email a que ele se refere está circulando muito, eu mesmo já o recebi de duas ou três pessoas.
O que mais me preocupa: se as pessoas estão repassando sem ler, pelo simples hábito de repassar tudo que lhes chega por email, é uma situação muito estranha. Se elas estão lendo e repassando porque endossam, aí é aterrorizante.
Além deste artigo, um outro, do Leonardo Boff alerta para o desencanto com a situação que se vive no mundo de hoje. E uma terceira matéria é uma denúncia relativa a uma postura da Secretaria de Educação de Belo Horizonte.
Nos links, artigos fundamentais sobre a crise mundial, os problemas existentes na Europa e nos Estados Unidos. Como o Brasil enfrentará essa nova onda da crise?
Boa leitura!






O ovo da serpente chocado na Internet (blog da kikacastro)
Texto de José de Souza Castro:
Era previsível. O uso da Internet para mobilizar milhares de pessoas em praças públicas – sejam elas opositoras de ditaduras no Oriente Médio ou simpatizantes de gays no Brasil – acabaria inspirando os que querem acabar com nossa incipiente democracia e que se ressentiam da falta de instrumentos para transformar em realidade o desejo.
O ovo da serpente pode ser o e-mail que está circulando na Internet com o título “Um milhão de pessoas na Avenida Paulista pela demissão de toda a classe política”.
O apelo não é muito diferente daquilo que levou ao poder Hitler na Alemanha, Mussolini na Itália e Castelo Branco no Brasil: a corrupção nos poderes da República, em todos os níveis. Palha e lenha seca não faltam para acender a fogueira nesse início de governo Dilma Rousseff. Como os impostos sempre insuficientes, por mais alto que sejam, para aplacar a sede dos poderosos no poder – ou na periferia do poder.
Antes mesmo de deblaterar contra a falta de iniciativa dos governos para cortar mordomias e excesso de gastos, uma advertência: “Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm acontecido, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos próprios filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer tudo o que for preciso, para mudar o rumo deste abuso.”
Deixando de lado a gramática, vamos aos pontos que interessam, tais como redigidos ali:
1. Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo;
2. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;
3. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
4. Acabar com o Senado e com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares. O que é que faz mesmo uma Assembleia
Encontramos nesses quatro pontos o cerne daquilo que afirmamos no início. O que se segue a isso pode ser considerado apenas um acréscimo de caloria para apressar o choco do ovo da serpente. Por exemplo:
1. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
2. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
3. Fazer uma devassa nas contas do MST e similares, bem como no PT e demais partidos políticos.
4. REVER as indenizações milionárias pagas indevidamente aos "perseguidos políticos" (guerrilheiros).
5. Investigar rigorosamente a origem da fortuna da família Lula da Silva.
E conclui com uma frase de Martin Luther King (




o redator do e-mail poderia ter escolhido também uma frase dos Evangelhos, como já se fez antes neste e em outros países para objetivos semelhantes): ''O QUE ME INCOMODA NÃO É O GRITO DOS MAUS, E SIM, O SILÊNCIO DOS BONS''.
Ah, bom...












A perda de confiança na ordem atual (WWW.cartamaior.com.br)
Vigora uma desconfiança generalizada de que deste sistema não poderá vir nada de bom para a humanidade. Estamos indo de mal a pior em todos os itens da vida e da natureza. O futuro depende do cabedal de confiança que os povos depositam em suas capacidades e nas possibilidades da realidade. E esta confiança está minguando dia a dia.
Leonardo Boff
Na perspectiva das grandes maiorias da humanidade, a atual ordem é uma ordem na desordem, produzida e mantida por aquelas forças e países que se beneficiam dela, aumentando seu poder e seus ganhos. Essa desordem deriva do fato de que a globalização econômica não deu origem a uma globalização política. Não há nenhuma instância ou força que controle a voracidade da globalização econômica. Joseph Stiglitz e Paul Krugman, dois prêmios Nobel em economia, criticam o Presidente Obama por não ter imposto freios aos ladrões de Wall Street e da City, ao invés de se ter rendido a eles. Depois de terem provocado a crise, ainda foram beneficiados com inversões bilionários de dinheiro público. Voltaram, airosos, ao sistema de especulação financeira.

Estes excepcionais economistas são ótimos na análise; mas, mudos na apresentação de saídas à atual crise. Talvez, como insinuam, por estarem convencidos de que a solução da economia não esteja na economia, mas no ‘refazimento’ das relações sociais destruídas pela economia de mercado, especialmente, a especulativa. Esta é sem compaixão e desprovida de qualquer projeto de mundo, de sociedade e de política. Seu propósito é acumular maximamente, apropriando-se de bens comuns vitais como água, sementes e solos e destroçado economias nacionais.

Para os especuladores, também no Brasil, o dinheiro serve para produzir mais dinheiro e não para produzir mais bens. Aqui o Governo tem que pagar 150 bilhões de reais anuais pelos empréstimos tomados, enquanto repassa apenas cerca de 60 bilhões para os projetos sociais. Esta disparidade resulta eticamente perversa, consequência do tipo de sociedade a qual nos incorporamos, sociedade essa que colocou, como eixo estruturador central, a economia, que de tudo faz mercadoria até da vida.

Não são poucos que sustentam a tese de que estamos num momento dramático de decomposição dos laços sociais. Alain Touraine fala até de fase pós-social ao invés de pós-industrial.

Esta decomposição social se revela por polarizações ou por lógicas opostas: a lógica do capital produtivo cerca de 60 trilhões de dólares/ano e a do capital especulativo, cerca de 600 trilhões de dólares sob a égide do “greed is good” (a cobiça é boa). A lógica dos que defendem a maior lucratividade possível e a dos que lutam pelos direitos da vida, da humanidade e da Terra. A lógica do individualismo que destrói a “casa comum”, aumentando o número dos que não querem mais conviver e a lógica da solidariedade social a partir dos mais vulneráveis. A lógica das elites que fazem as mudanças intrassistêmicas e se apropriam dos lucros e a lógica dos assalariados, ameaçados de desemprego e sem capacidade de intervenção. A lógica da aceleração do crescimento material (o PAC) e a dos limites de cada ecossistema e da própria Terra.

Vigora uma desconfiança generalizada de que deste sistema não poderá vir nada de bom para a humanidade. Estamos indo de mal a pior em todos os itens da vida e da natureza. O futuro depende do cabedal de confiança que os povos depositam em suas capacidades e nas possibilidades da realidade. E esta confiança está minguando dia a dia.

Estamos nos confrontando com esse dilema: ou deixamos as coisas correrem assim como estão e então nos afundaremos numa crise abissal ou então nos empenharemos na gestação de uma nova vida social, capaz de sustentar um outro tipo de civilização. Os vínculos sociais novos não se derivarão nem da técnica nem da política, descoladas da natureza e de uma relação de sinergia com a Terra. Nascerão de um consenso mínimo entre os humanos, a ser ainda construído, ao redor do reconhecimento e do respeito dos direitos da vida, de cada sujeito, da humanidade e da Terra, tida como Gaia e nossa Mãe comum. A essa nova vida social devem servir a técnica, a política, as instituições e os valores do passado. Sobre isso venho pensando e escrevendo já pelo menos há vinte anos. Mas é voz perdida no deserto. “Clamei e salvei a minha alma” (clamavi et salvavi animam meam), diria desolado Marx. Mas importa continuar. O improvável é ainda possível.

Leonardo Boff é teólogo e escritor.





O Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Infância e Educação Infantil da Faculdade de Educação da UFMG – NEPEI/UFMG, comprometido com a formação e valorização da carreira docente, expressa sua solidariedade aos colegas, PROFESSORES, que atuam nas Unidades Municipais de Educação Infantil de Belo Horizonte e reiteram o importante papel que esses profissionais vêm desempenhando na educação da nossa infância.
Neste mês de junho, fomos tristemente surpreendidos com o Termo de Audiência assinado pela senhora Secretária Municipal de Educação do município de Belo Horizonte no qual ela afirma que a carreira de Educador Infantil é distinta da carreira de professores e que ambas possuem atribu
ições e formações profissionais distintas. Para fundamentar seu argumento, a senhora secretária afirma, dentre outras coisas, que o Educador Infantil não possui atribuições relacionadas ao planejamento pedagógico.
Desnecessário dizer que uma das maiores conquistas da atual legislação brasileira foi conceber a educação da criança de zero a seis anos como um direito e, determinar como uma das condições para efetivação desse direito que creches e pré-escolas constituem a primeira etapa da educação básica nacional. A conquista brasileira segue um movimento internacional em que profissionais de diversas áreas atestam a importância do investimento na primeira infância. Nos Estados Unidos, por exemplo, o economista James Heckman, Prêmio Nobel em 2000, explica por que deixar de fornecer educação de qualidade nos primeiros anos de vida custa caro para as crianças e para o país. Segundo ele: “A educação na primeira infância constitui provavelmente o melhor investimento social existente e, quanto mais baixa for a idade do investimento educacional recebido, mais alto é o retorno recebido pelo indivíduo e pela sociedade.“ (Pesquisa Educação da Primeira Infância – Fundação Getúlio Vargas,2005).
Reconhecemos que o município de Belo Horizonte, no passado recente, constituiu-se como referência nacional na construção desse direito, ampliando vagas públicas, equipando suas instituições com materiais apropriados para a educação da criança pequena, investindo na capacitação dos seus professores. Ao desconhecer o princípio da isonomia e manter a distinção entre as carreiras dos docentes da educação infantil daquela dos professores que atuam nas demais etapas da educação básica, o município de Belo Horizonte perde essa condição e se coloca na contramão da história das lutas pela educação pública de qualidade para todos.
Interessante ressaltar que a própria Secretária, no documento “Proposições Curriculares: Educação infantil. Rede municipal de educação e creches conveniadas com a PBH”, conclama os DOCENTES das instituições de educação infantil do município a:
“(...) ler, analisar, criticar e apresentar os desafios constatados e sugestões para o seu aprimoramento, de modo que possamos alcançar parâmetros mínimos de qualidade em todas as instituições de Educação Infantil do Sistema Municipal de Ensino.”
E afirma que as Proposições Curriculares, diretrizes elaboradas num processo coletivo coordenado pela Secretaria Municipal de Belo Horizonte para nortear o trabalho na educação da primeira infância com vistas a alcançar um atendimento de qualidade para os bebês e as crianças pequenas, “(...) vão contribuir para a formação e a ação docentes de cada um/a dos/as professores/as e educadores/as e com os processos indissociáveis do cuidar e educar de cada criança”.

A secretária espera que para isso possa contar com “(...) o entusiasmo que tem marcado esse segmento da Educação Básica que tem mostrado a sua cara e personalidade, revelando que a Educação Infantil de qualidade tem importância em si mesma como direito da criança e como escolaridade que amplia possibilidades de aprendizado com qualidade nos ensinos fundamental e médio”.

O NEPEI/FAE/UFMG indaga à senhora Secretária e ao prefeito Márcio Lacerda se há alguma outra maneira de ler, analisar, criticar, participar da elaboração de propostas pedagógicas, praticar uma educação de qualidade sem que para isso nos tornemos especialistas no ofício de ensinar. E se há outro nome e estatuto profissional que não o de professor para executar essas tarefas com entusiasmo, dedicação, compromisso e competência profissional.
O povo de Belo Horizonte espera de nossos governantes a mesma dedicação e o mesmo compromisso que nossos professores das instituições de educação infantil deste município têm demonstrado para com a educação dos nossos bebês e das nossas crianças pequenas. Esse compromisso e essa dedicação, neste momento histórico, significam, além da manutenção da política de ampliação de vagas públicas, de investimento em materiais pedagógicos apropriados para a pequena infância e de capacitação dos profissionais, a inadiável ISONOMIA ENTRE AS CARREIRAS DOS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE.


Belo Horizonte, 03 de julho de 2011



O Brasil e os Estados Unidos: relações globais e bilaterais
Novo documento elaborado por uma força tarefa do "Council on Foreign Relations" voltou a gerar, em parte do debate nacional brasileiro, principalmente nas esferas mais próximas às políticas de alinhamento com os EUA, elevado otimismo. O texto considera que os norte-americanos precisam aprofundar ainda mais os laços com o Brasil, baseado em uma visão histórica de prévias alianças, mas, principalmente, de necessidades futuras dos EUA, seja em termos de engajamento do poder brasileiro, como de sua contenção e dos demais emergentes. O artigo é de Cristina Soreanu Pecequilo.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18057&boletim_id=966&componente_id=15560



É proibido que grupo que possua concessão de rádio/TV seja dono de jornal no mesmo mercado. Nos EUA
As regras que restringem a propriedade cruzada no setor de comunicações nos EUA estão em vigor desde o Radio Act de 1934. A norma original proibia que nenhum grupo que controlasse emissora de rádio e/ou televisão poderia também ser dono de um jornal no mesmo mercado.
Leia em: http://blogdomello.blogspot.com/2011/07/e-proibido-que-grupo-que-possua.html



Crise avança mais rápida e forte e favorece avanço de novo sistema
Está ficando cada vez mais clara a recidiva da crise de 2008, só que de forma mais ampla e virulenta. As avaliações de vários analistas que enfocam os problemas da zona do euro e dos EUA pioram dia a dia. Os países mais frágeis do sul da Europa não têm condições de resolver seus elevados déficits fiscais e reduzir suas dívidas. Eles não conseguirão pagar as prestações que assumiram e os calotes irão se suceder atingindo o sistema financeiro em efeito dominó. No caso de recidiva da crise, o Brasil não pode titubear e continuar seguindo o que dita o mercado financeiro e os economistas conservadores. O artigo é de Amir Khair.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18073&boletim_id=968&componente_id=15595



Os coveiros do euro batem à porta da Itália
Os fiadores da Europa só podem esperar que seus governantes vejam os sinais do incêndio que se avizinha e compreendam que a crise financeira está muito longe de ter terminado. A partir do momento em que a Itália se encontre na alça de mira dos credores e dos mercados internacionais, o tamanho de qualquer programa de resgate será incomensurável. A zona euro necessita de uma política financeira, uma estrutura fiscal e um mercado comum para os títulos públicos; do contrário, pode ir despedindo-se do euro. O artigo é de Michael Krätke.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18071&boletim_id=968&componente_id=15597



Derrota dos EUA: vitória de Humala desfaz Aliança do Pacífico
Os EUA procuraram contrariar o programa do Brasil de construção de estruturas regionais como a Unasul e o Mercosul, criando a Aliança do Pacífico do México, da Colômbia, do Chile e do Peru, baseada em acordos de livre-comércio. Além disso, a Colômbia, o Peru, e o Chile promoveram um projecto de criação de uma bolsa de valores integrada. E as forças armadas do Peru ligaram-se ativamente ao Comando Sul do Exército dos EUA. Com a eleição de Humala, a contra-ofensiva geopolítica dos EUA, a Aliança do Pacífico, está desfeita. O artigo é de Immanuel Wallerstein.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18069&boletim_id=967&componente_id=15576



Veja no Blog do Mello:
Inside Job, na íntegra e com legendas em português. Não deixe de assistir este documentário, Oscar de 2010
Já falei desse documentário sensacional aqui (Por dentro do jogo sujo do mercado: como agem, como manipulam, como quebram empresas e países. E como lucram!), aqui (Como é que alguém ainda leva a sério as agências de classificação de risco?) e aqui (Em Portugal economistas e professores vão à Justiça contra manipulações das agências de classificação de risco).
Agora, consegui uma versão online com a íntegra do documentário que mostra como foi a crise que abalou o mundo em 2007, cujos efeitos ainda agora explodem na Europa e permanecem nos EUA.
Se você ainda não o assistiu, não deixe de fazê-lo.
http://blogdomello.blogspot.com/2011/07/inside-job-na-integra-e-com-legendas-em.html


Leia no WWW.outraspalavras.net
Na Europa, a opção da moratória
Surpresa: fantasma da revolta política e agravamento acelerado da crise financeira levam governantes a considerar hipótese vista há pouco como insana. Por Antonio Martins

Egito: revolução na encruzilhada
Insatisfeitos com hesitações e retrocessos, manifestantes voltam a ocupar praças. Governo faz promessas democráticas, mas militares mantêm julgamentos arbitrários. Por Luís F. C. Nagao

Castells propõe outra democracia
Num diálogo com acampados em Barcelona, sociólogo sugere: política é muito mais que representação; internet livre é chave da mudança Transcrição e tradução: Daniela Frabasile

Duas rodas, um cérebro e um coração
Fórum debate, em S.Paulo, possibilidade de cidades mais igualitárias e humanas, em que ruas e bicicletas substituirão automóveis e shoppings. Por Gabriela Leite

Somália, planeta Terra
Na pior crise humanitária do século, comunidade internacional permanece passiva. Globalização ficará restrita às finanças e comércio? Por Luís F. C. Nagao

Festival de Inverno – Diamantina
21 de julho quinta-feira
18h Palco Livre: Jam Session com Artistas Locais
Classificação etária: livre
Local: Praça Doutor Prado
18h30 Palestra: ‘O loop como suporte e transporte: uma pergunta
nascida no Rádio’ - Rodolfo Caesar
Classificação etária: 14 anos
Local: Auditório do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG
21h Lançamento do DVD de Nino Aras
Classificação etária: livre
Local: Teatro Santa Izabel

22 de julho sexta-feira
18h Palestra: ‘Guerra dos Mundos´ e `Lichtenberg´: a Ficção como
História, a História como Ficção’ - Lau Caminha
Classificação etária: 14 anos
Local: Auditório do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG
21h30 Tio Vânia (aos que vierem depois de nós) - Grupo Galpão
Classificação etária: 12 anos
Local: Teatro do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG

23 de julho sábado
11h ‘Ressonâncias’ - Quik Cia. de Dança
Classificação etária: livre
Local: Espaço externo do Teatro Santa Izabel
16h ‘Ressonâncias’ - Quik Cia. de Dança
Classificação etária: livre
Local: Rua da Quitanda (Praça da Baiúca)
17h30 ‘Diamante Devaneio ao Éter’
Dir. Fábio Carvalho
Classificação etária: 12 anos
Local: Teatro Santa Izabel
19h ‘Sua Incelença, Ricardo III’ - Clowns de Shakespeare
Classificação etária: livre
Local: Praça Doutor Prado
21h ‘Quarto Azul’ - Grupo Amaranto
Classificação etária: 12 anos
Local: Teatro do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG
24 de julho domingo
16h ‘Mais Alto Que a Lua’ - Cine Horto Pé na Rua
Classificação etária: livre
Local: Praça Doutor Prado
17h Encontro dos Grupos ‘Marujada’ (Diamantina) e ‘Grupo Cultural
Folia de Reis e Chula’ (Quartel do Indaiá)
Classificação etária: livre
Local: Pátio externo do Teatro Santa Izabel
18h ‘O Discurso da Luz na Criação Cênica’
Palestra com Ronaldo Costa
Classificação etária: livre
Local: Auditório do Instituto Casa da Glória - IGC/UFMG
19h Exibição de filmes. Direção: Fábio Carvalho
- ‘Era Ontem’ (26’, 2010)
- ‘Pelos Pubianos Vermelhos’ (15’, 2010 - inédito)
- ‘Explosão de Serráqueos’ (13’, 2011 - inédito)
Classificação etária: 14 anos
Local: Teatro Santa Izabel
21h ‘O Capitão e a Sereia’ - Clowns de Shakespeare
Classificação etária: 14 anos
Local: Teatro do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG
25 de julho segunda-feira
18h30 ‘Como Manter Distância: Formas Contemporâneas da Fotografia
Documental’ - Palestra com Joerg Bader
Local: Auditório do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG
19h30 ‘Jacinta em duo com Cliff Korman’
Classificação etária: 10 anos
Local: Conservatório Estadual Lobo de Mesquita
21h ‘Estranho Familiar’ - espetáculo teatral - Estúdio Lusco-fusco
Classificação Etária: 12 anos
Local: Teatro do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG
26 de julho terça-feira
18h30 Abertura da exposição ‘Aguapalavra’ e encontro com os artistas
Classificação etária: livre
Local: Galeria do Teatro Santa Izabel
21h ‘Agreste’ - Cia. Razões Inversas
Classificação etária: 16 anos
Local: Teatro do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG
22h Boêmia em Diamantina - Wander Conceição, Nilson Rodrigues e
Denilson Viana
Classificação etária: 18 anos
Local: Bar do Toninho - Rua da Tecla, 39 - Centro

27 de julho quarta-feira
18h Abertura da exposição ‘Terra Queimada’
Visitação: dias 28 e 29, das 12h às 17h.
Local: Museu do Diamante
18h30 Palestra: ‘rádio.arte@invenção’ - Janete El Hauoli
Classificação etária: 14 anos
Local: Auditório do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG
21h ‘Anatomia Frozen’ - Cia. Razões Inversas - espetáculo teatral
Classificação etária: 16 anos
Local: Teatro do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG
28 de julho quinta-feira
18h ‘Mesa radiofônica’- Debate com as presenças de José Augusto
Mannis (UNICAMP), Rodolfo Caesar (UFRJ), Carlos Palombini
(UFMG) e Janete El Haouli (UEL).
- Lançamento do livro: ‘Ensaio sobre o rádio e o cinema: estética
e técnica das artes-relé, 1941-1942’, de Carlos Palombini
Classificação etária: 14 anos
Local: Conservatório Estadual Lobo de Mesquita
21h Cobra Coral - show musical
Classificação etária: 14 anos
Local: Teatro do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG
29 de julho sexta-feira
18h30 ‘Zona de interferências: Apontamentos sobre Literatura, Desenho
e Artes Visuais’ - Conferência com Isabel Molinas - professora da
Universidad Nacional del Litoral - Argentina
Classificação etária: 14 anos
Local: Teatro Santa Izabel
21h ‘Improptu’ - Ballet Jovem do Palácio das Artes
Classificação etária: livre
Local: Teatro do Instituto Casa da Glória IGC/UFMG

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Numero 286






Hoje retornamos ao assunto do sigilo dos documentos, com mais um artigo, enviado pelo Guilherme Souto.
Quero chamar a atenção para os links referentes à crise que se abate sobre países europeus. São análises importantes, que, além de nos mostrarem as razões dessa crise, apontam também os possíveis reflexos, inclusive políticos, que podem advir da mesma.
Boa leitura!




Memória brasileira: sigilo ou vergonha?

Há 141 anos terminou a Guerra do Paraguai. Durou de 1864 a 1870. Ao longo de seis anos, Brasil, Argentina e Uruguai, instigados pela Inglaterra, combateram os paraguaios. O pretexto era derrubar o ditador Solano López e impedir que o Paraguai, país independente e sem miséria, abrisse uma saída para o mar.

O Brasil enviou 150 mil homens para o campo de batalha. Desses, tombaram 50 mil. Do lado paraguaio foram mortos 300 mil, 20% da população do país. E o Brasil abocanhou 40% do território da nação vizinha.

Até hoje o acesso aos documentos do conflito estão proibidos a quem pretende investigá-los. Por quê? Talvez o sigilo imposto sirva para cobrir a vergonhosa atuação de Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro, que comandou nossas tropas na guerra. E do Conde D’Eu, genro de Dom Pedro II, que sucedeu o duque no massacre aos paraguaios.

Os arquivos ultrassecretos do Brasil podem permanecer sigilosos por 30 anos. O presidente da República pode prorrogar o prazo por mais 30, indefinidamente. Eternamente.

Em 2009, Lula enviou à Câmara dos Deputados projeto propondo o sigilo eterno periodicamente renovado. Cedeu a pressões dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores. Os deputados federais o aprovaram com esta emenda: o presidente da República poderia renovar, por uma única vez, o prazo do sigilo, e os documentos considerados ultrassecretos seriam divulgados em, no máximo, 50 anos.

O projeto passou ao Senado. Caiu em mãos da Comissão de Relações Exteriores, cujo presidente é o senador Fernando Collor. E, para azar de quem torce por transparência na República, ele próprio assumiu a relatoria. E tratou de engavetá-lo. Não deu andamento ao debate nem colocou o projeto em votação.

A presidente Dilma decidira sancionar a lei do fim do sigilo eterno a 3 de maio, Dia Mundial da Liberda
de de Imprensa. Naquela data, o relator Collor foi a plenário e declarou ser “temerário” aprovar o texto encaminhado pela Câmara dos Deputados.

Na véspera de ser empossada ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti declarou que Dilma estaria disposta a atender pedidos dos senadores José Sarney e Fernando Collor, e patrocinar no Senado mudança no decreto para assegurar sigilo eterno a documentos oficiais. A única diferença é que, agora, o sigilo seria renovado a cada 25 anos.

O Congresso está prestes a aprovar a Comissão da Verdade, que irá apurar os crimes da ditadura militar. Como aprovar esta comissão e vetar para sempre o acesso a documentos oficiais? Isso significa impedir que a nação brasileira tome conhecimento de fatos importantes de sua história.

Collor e Sarney não gostam de transparência por razões óbvias. Seus governos foram desastrosos e vergonhosos. Já o Ministério das Relações Exteriores alega que trazer à tona documentos, como os da Guerra do Paraguai, pode criar constrangimentos com países vizinhos. Com países vizinhos ou com nossas Forças Armadas e personagens que figuram como heróis em nossos livros didáticos?

O sigilo brasileiro a documentos oficiais não tem similar no mundo. Se não for quebrado, a presidente Dilma ficará refém da chamada base aliada. Ontem foi o “diamante de 20 milhões de reais”, hoje o sigilo eterno, amanhã…

Na terça, dia 14 de junho, retornaram ao Brasil os arquivos do livro “Brasil Nunca Mais” (Vozes), que relata os crimes da ditadura militar brasileira. A publicação, patrocinada pelo Conselho Mundial de Igrejas, foi monitorada pelo cardeal Dom Paulo Evaristo Arns e o pastor Jaime Wright.

O mérito do “Brasil Nunca Mais” é que não há ali nenhuma notícia de jornal ou depoimento de vítima da ditadura. Toda a documentação se obteve em fontes oficiais, retirada, por advogados, de auditorias militares e do Superior Tribunal Militar. Microfilmada, foi remetida ao exterior, por razões de segurança. Agora retorna ao Brasil para ficar disponível aos interessados. Muitas informações ali contidas não constam da redação final do livro, da qual participei em parceria com Ricardo Kotscho.

Os arquivos da Polícia Civil (DOPS) sobre a ditadura militar já foram abertos e se encontram à disposição no Arquivo Nacional. Falta abrir o arquivo das Forças Armadas, o que depende da vontade política da presidente Dilma, ela também vítima da ditadura. As famílias dos mortos e desaparecidos têm o direito de saber o que ocorreu a seus entes queridos. E o Brasil, de conhecer melhor a sua história recente.

Um país sem memória corre sempre o risco de repetir, no futuro, o que houve de pior em sua história.
Frei Betto.


A Copa do Mundo e os interesses da população

Por Fernando Paganatto e Mateus Novaes (do Correio Caros Amigos)

Desde o anúncio da cidade de São Paulo para um a das sedes da Copa do Mundo e a consequente escolha do futuro estádio do Corinthians, no bairro de Itaquera, como um dos palcos dos jogos do mundial, vivemos um furor com a perspectiva de assistirmos a este grande evento, enfim realizado em nossa terra após 64 anos distante do país do futebol e, ainda, com o sonho de valorização da cidade e uma melhora nas condições de vida com o legado que o campeonato deveria deixar.

Nós, como torcedores, também comemoramos a escolha do Brasil e nos alegramos com a possibilidade de participarmos de um evento desta importância. Porém, o que a história dos últimos mundiais demonstra, bem como as ações do Comitê Organizador Local (COL) e do poder público é que a Copa, ao invés de ser instrumento democrático de inclusão, como o futebol sempre foi, tem estado a serviço de outros interesses, como a especulação imobiliária, o mau uso do dinheiro público e o favorecimento de grandes empresas, como as empreiteiras e os patrocinadores do evento. Isso fica evidente quando atentamos para o fato de que o controle das obras e as decisões sobre a organização do mundial ficam somente sob o jugo da FIFA, COL/CBF e seus parceiros comerciais, excluindo a população do debate.
Com isso, participar deste mundial como espectador será privilégio para poucos. Os jogos amistosos da seleção brasileira utilizados como prévia para a Copa – contra a Holanda, no Serra Dourada (Goiânia), e contra a Romênia, no Pacaembu (São Paulo) – tiveram seus ingressos mais baratos vendidos, respectivamente, a R$ 150 e R$ 140 e os mais caros a R$ 800. Em um país onde metade da população vive com até um salário mínimo (R$ 545), representaria desembolsar ao menos 26% de sua renda mensal para assistir a um jogo no assento mais barato. E isso não é só para o mundial. Em levantamento feito pela ANT-SP, de acordo com a expectativa de lucros da diretoria corintiana, para que a obra do estádio seja comercialmente viável, os ingressos para os jogos do clube deverão sofrer uma variação de 96% em relação ao valor atualmente cobrado no Pacaembu, chegando a uma média de R$ 75,00, equivalente a 14% do salário mínimo.

Quando afirmamos que os interesses da população não estão sendo levados em consideração, estendemos este alerta para o que chamamos de “legado da Copa do Mundo”. O fato é que os investimentos em obras de infraestrutura, que vêm dentro do pacote para o evento, não estão sendo pensados para atenderem os atuais moradores das regiões dos estádios nas cidades-sede. Os bairros carentes escolhidos como locais de intervenção para o mundial, não os foram para trazer o desenvolvimento para uma população empobrecida e sim como um plano de valorização imobiliária das regiões. É o caso de Itaquera, onde as obras para a Copa do Mundo incluem novas vias de acesso e um inconsequente parque linear, para o qual estão previstas desapropriações de favelas, que há muito ocupam áreas de risco e jamais receberam a devida atenção do Estado, e a manutenção de condomínios de padrão mais elevado, contrastando com o tratamento voltado aos moradores mais vulneráveis.

Isso implica dizermos que a própria obra do estádio na região, como praça de eventos, segue a linha de transformar um bairro que hoje abriga uma população pobre, em uma região nobre, com imóveis mais caros, para um público de poder aquisitivo maior. Sendo assim, com a valorização imobiliária, além da população que será removida para dar espaço às obras de infraestrutura e lazer, haverá uma expulsão gradativa de moradores e comerciantes locais. Isso porque com o aumento do valor do metro quadrado, aumentam também aluguéis, impostos, valores de condomínio e, assim, todo o custo de vida que subirão para além das possibilidades dos atuais moradores da região. Estas pessoas serão levadas a mudar-se para bairros mais afastados e com menos assistência do poder público, que reflete na precariedade de transporte público, saneamento básico, emprego, hospitais, etc. Sendo assim, a população que antes vislumbrava uma melhora de vida com o legado da Copa, terá, na verdade, uma piora em suas condições através da ampliação da exclusão social.

Por conta desse cenário, vários grupos têm se mobilizado para resistir a este processo de ataque a direitos básicos do cidadão. É o caso dos comitês populares nas cidades-sede, que reúnem várias associações de moradores dos bairros atingidos e movimentos sociais pelo direito à moradia – incentivados a se formarem pela relatora especial para o direito à moradia das Nações Unidas, Raquel Rolnik – o Tribunal Popular da Terra, que acontecerá este ano e discutirá o uso da terra no Brasil e da ocupação do espaço urbano, e nós, da Associação Nacional dos Torcedores e Torcedoras, que não queremos ver o futebol como instrumento nem como desculpa para a violação de direitos humanos.

Alguns fatos corroboram nossa tese de aumento da exclusão a partir da expulsão da população vulnerável das regiões de interesse do mercado imobiliário para áreas mais afastadas. Assistimos nos últimos meses, em todo o país, ataques sistemáticos às populações carentes, como despejos sem planejamentos que visem a garantia dos direitos destas famílias. O caso do Rio de Janeiro é emblemático: moradores sendo removidos há 50 quilômetros de suas antigas moradias em zonas sem o mínimo de recursos do estado. Bem como, muitas famílias que hoje têm suas casas irregulares, têm sido desapropriadas sem o recebimento de qualquer indenização. Como se a favelização em bairros mais periféricos, escondendo-a de turistas e da classe média, resolvesse o problema.

Nós, da ANT, somos favoráveis à realização da Copa do Mundo no Brasil. Porém, que seja feita para atender aos anseios da população e não de uma minoria privilegiada. Portanto, entendemos que a participação do povo na fiscalização do uso do dinheiro público, na cobrança para que o Estado garanta a ética e o respeito aos brasileiros, e nas decisões sobre o futuro das obras, é fundamental. Se não nos posicionarmos firmemente, o lobby das grandes empresas e seus parceiros organizadores ficarão livres para atuarem unicamente em defesa de seus próprios interesses.

Mateus Novaes e Fernando Paganatto são membros da Associação Nacional dos Torcedores e Torcedoras – ANT e constroem o Tribunal Popular da Terra.


Não é só o euro, mas a democracia que está em jogo
A Grécia ilustra o perigo de permitir que as agências de classificação de risco, apesar de seu péssimo histórico, dominem o terreno político. Há questões de fundo que devem ser enfrentadas a respeito de como o governo democrático da Europa pode ser minado pelo papel enormemente aumentado das instituições financeiras e das agências de classificação de riscos, que hoje se apropriaram de certas partes do terreno político da Europa. Deter a marginalização da tradição democrática na Europa envolve uma urgência que é difícil de exagerar. O artigo é de Amartya Sen
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18030&boletim_id=958&componente_id=15469


Nem a ortodoxia confia mais nas suas criaturas
Governantes e autoridades financeiras da União Européia rangeram e rugiram diante da decisão da agencia de risco Moody's, que reduziu a classificação dos títulos da dívida portuguesa para a categoria ‘junk’ (lixo). Lisboa acaba de obter um socorro de 78 bilhões de euros, em três anos, em troca de um pacote de ajuste. A exemplo do que faz a Grécia, a auto-imolação lusa inclui demissões, cortes de gastos em áreas essenciais, aumento de impostos e privatização, inclusive da tevê pública portuguesa. Inútil. O veredito da Moody’s baseia-se na constatação de que o sacrifício não será suficiente porque não é viável. O artigo é de Saul Leblon.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18027&boletim_id=958&componente_id=15471




Stiglitz: pacotes de austeridade matam crescimento
O prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, critica os pacotes de austeridade impostos a Portugal, Grécia e Irlanda e defende que governos devem “regular os abusos” cometidos pelos mercados. O economista critica a noção de que os países europeus periféricos são “pecadores” e que devem ser castigados, defendendo que esta é uma visão “mesquinha e parcialmente errada”.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18035&boletim_id=960&componente_id=15504




Crise na Itália provoca reunião de emergência da UE
A Itália é o mais novo alvo da pressão dos chamados mercados. Na sexta-feira, a bolsa de Milão caiu 3,3% e a taxa de risco subiu a um máximo de 247 pontos base, com os bancos a serem muito castigados. A Itália tem uma dívida pública que representava, no final de 2010, 119% do PIB. O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, convocou uma reunião de emergência para esta segunda-feira em Bruxelas com os principais líderes da União Europeia. Na agenda está a a situação da Itália
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18039&boletim_id=961&componente_id=15506









A Editora Contexto apresenta a biografia de um dos maiores personagens da Segunda Guerra Mundial: George Smith Patton.

O livro já está em pré-venda. Aproveite! 160 páginas, 33 reais.
Patton foi um dos personagens mais famosos e controversos da Segunda Guerra Mundial. General competente e carismático, ficou conhecido pelas suas falas pouco convencionais, como aquela da famosa cena de abertura do filme que leva seu nome.
Originário de uma família rica e poderosa, Patton era capaz de falar com a linguagem simples dos soldados. Seu poder de persuasão podia levar a tropa aos maiores sacrifícios, o que fazia dele um comandante amado e odiado ao mesmo tempo. Exigia disciplina e obediência dos seus comandados, mas entrava constantemente em conflito com seus superiores.
Seu desempenho durante a Segunda Guerra Mundial foi muito importante para a derrota do nazismo, mas Patton combatia um exército que defendia o racismo sem abrir mão de seus próprios preconceitos contra negros e judeus.
Em Patton: o herói polêmico da Segunda Guerra, a vida desse homem contraditório, verdadeiro profissional da guerra, é destrinchada, seu talento bélico realçado, sua incapacidade de conviver pacificamente exposta. O livro contém ainda bibliografia comentada, mapas ilustrativos de momentos decisivos da Segunda Guerra e fotos marcantes daquele que foi ao mesmo tempo herói e anti-herói.






a Revista Espaço Acadêmico, nº 122, Julho de 2011, foi publicada. Acesse: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/issue/current


Solicitamos, especialmente aos autores, colunistas e colaboradores, que colaborem com a divulgação da revista.





MISCELÂNEA CAFÉ HISTÓRIA

Simpósio Nacional de História

São Paulo sedia o maior evento acadêmico de história do país e número de inscritos reflete o bom momento vivido pela história atualmente

Leia: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-195



MURAL DO HISTORIADOR

Brasil Feminino - Confira a nova exposição da Biblioteca Nacional, que reconstitui a saga da mulher brasileira dos tempos coloniais até os dias atuais.
Heróis de uma Nação - Entenda a mobilização da população do Rio de Janeiro pelos bombeiros da cidade. História mostra como uma cidade em chamas aproximou pessoas do serviço público. Quem conta é a historiadora Keila Grinberg.

Leia: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)

CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS

Filme competidor em Paulínia traz imagens raras do Legião Urbana

Leia: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)

CINE HISTÓRIA

Estréia o filme "Gainsbourg - O Homem que amava as mulheres"

Leia: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)

VÍDEO EM DESTAQUE

"A Vida De Adolf Hitler" - Documentário produzido pelo History Channel.

Assista: http://cafehistoria.ning.com/video/a-vida-de-adolf-hitler-10



quarta-feira, 6 de julho de 2011

Numero 285







A imagem de Ouro Preto é só para lembrar que neste mês de julho começam os Festivais de Inverno aqui em Minas. É um excelente momento para participar das programações culturais que serão oferecidas.
Venha para Minas, uai!






15 milhões de pessoas correm risco de fome na Europa


Um regulamento aprovado pela Comissão Europeia corta 80% da ajuda alimentar para os pobres. A Federação Europeia dos Bancos Alimentares apela ao Conselho Europeu. Apelo foi apoiado por Conselho Internacional Geral de São Vicente de Paulo, Comunidade de Santo Egídio e Caritas Italiana. De acordo com as estatísticas europeias, 43 milhões de pessoas estão em risco de pobreza alimentar, ou seja não podem pagar uma refeição adequada a cada dois dias.
Esquerda.net (PUBLICADO no http://www.cartamaior.com.br/)


A Comissão Europeia aprovou no dia 10 de junho o Regulamento 562/2011, que reduz o programa europeu de ajuda alimentar de 500 milhões de euros para 113 milhões, um corte de 77,4%. A Federação Europeia dos Bancos Alimentares (FEBA) lançou um apelo ao Conselho Europeu de ministros da Agricultura a que chegue a um acordo sobre novas formas de financiamento.

Segundo a FEBA, em 2010 a sua rede “cobriu 40% dos alimentos fornecidos pelo Programa Europeu. Os 240 bancos alimentares distribuíram 360 mil toneladas de alimentos para associações caritativas e serviços sociais em 21 países europeus. Por sua vez, as organizações de caridade distribuíram alimentos para pessoas indigentes, tais como pacotes ou refeições. 51% desses suprimentos vieram do Programa Europeu, a outra parte de doações de empresas e colectas locais. Se nada for feito, esta decisão levará a uma grave crise”.

A FEBA lembra em comunicado que, de acordo com as estatísticas europeias, 43 milhões de pessoas estão em risco de pobreza alimentar, ou seja não podem pagar uma refeição adequada a cada dois dias.

A FEBA salientando que “o alimento é a base da vida e é um direito humano fundamental”, refere que “a aplicação desta decisão poderá reforçar a percepção de uma Europa tecnocrática que não se preocupa com o destino das pessoas”.



Enviado por Ana Cláudia:
EUA: Um império de bases militares

Por Hugh Gusterson, no sítio da Adital:

Antes de ler este artigo, responda a esta pergunta:

Quantas bases militares os Estados Unidos têm em outros países?

a) 100
b) 300
c) 700
d) 1000.


De acordo com a lista do próprio Pentágono, a resposta é ao redor de 865; porém, se forem incluídas as novas bases no Iraque e no Afeganistão, a cifra ascende a mais de 1.000. Essas mil bases constituem 95% de todas as bases militares que os demais países mantêm em território alheio. Em outras palavras, os Estados Unidos são para as bases militares o que Heinz é para o ketchup.

A velha maneira de fazer colonialismo, praticada pelos europeus consistia em encarregar-se de todo um país e administrá-lo. Porém, o procedimento era meticuloso. Os Estados Unidos foram pioneiros de um enfoque mais ágil de império mundial. O historiador Chalmers Johnson afirma: "A versão norte-americana da colônia é a base militar”; os Estados Unidos, agrega, têm um "império de bases militares”.
Essas bases não são baratas. Excluindo suas bases no Afeganistão e no Iraque, os Estados Unidos gastam ao redor de 102 bilhões de dólares ao ano na gestão de suas bases no exterior, segundo Miriam Pemberton, do Institute for Policy Studies. E em muitos casos, temos que perguntar-nos para que servem. Por exemplo, os Estados Unidos têm 227 bases na Alemanha. Talvez tiveram sentido durante a Guerra Fria, quando a Alemanha estava dividida em duas pelo Muro de Berlim e os responsáveis pela política estadunidense tentavam convencer aos soviéticos de que o povo estadunidense consideraria um ataque a Europa como um ataque aos Estados Unidos. No entanto, em uma nova era em que a Alemanha está reunificada e os Estados Unidos estão preocupados com outros focos de conflito na Ásia, na África e no Oriente Próximo, tem tanto sentido para o Pentágono manter suas 227 bases militares na Alemanha quanto teria para o serviço de correios manter uma frota de cavalos e carruagens.

Afogada na burocracia, a Casa Branca está desesperada por recortar gastos desnecessários do orçamento federal. O congressista por Massachusetts Barney Frank, democrata, sugeriu que o orçamento do Pentágono poderia reduzir-se em 25%. Se consideramos ou não politicamente realista o cálculo de Frank, as bases no exterior são, sem dúvida, um objetivo apetitoso para as tesouras do ‘recortador' de orçamentos. Em 2004, Donald Rumsfeld estimou que os Estados Unidos poderiam economizar 12 bilhões de dólares com o fechamento de umas 200 bases no exterior. O custo político seria quase nulo dado que as pessoas economicamente dependentes das bases são cidadãos estrangeiros e não podem votar nas eleições estadunidenses.

No entanto, as bases estrangeiras parecem invisíveis aos que pretendem recortar o orçamento do Pentágono, que alcança os 664 bilhões de dólares anuais. Tomemos o artigo do New York Times, The Pentagon Meets the real World. O editorialista do Times pedia à Casa Branca que tivesse a "coragem política” de recortar o orçamento de defesa. Sugestões? Suprimir os programas de aquisição do caça F-22 e do destrutor DDG-1000; e reduzir o Sistema de combate Futuro, do exército de terra, a fim de economizar 10 bilhões a cada ano. Todas são sugestões aceitáveis; porém, o que acontece com as bases no exterior?
Apesar de que os políticos e os especialistas midiáticos parecem ignorar essas bases e entendem o estacionamento de tropas dos Estados Unidos em todo o mundo como um fato natural, o império de bases militares estadunidenses atrai a atenção de acadêmicos e ativistas, como o demonstra uma conferência sobre as bases estrangeiras realizada na American University, no final de fevereiro. NYU Press acaba de publicar o livro de Catherine Lutz ‘Bases of empire', que reúne a acadêmicos que estudam as bases militares dos Estados Unidos e ativistas opostos a essas bases; Rutgers University Press publicou o livro de Kate MacCaffrey, ‘Military Power and Popular Protest', um estudo da base militar de Vieques (Porto Rico), que teve que fechar suas portas ante os protestos massivos da população local. E Princeton University Press está a ponto de publicar ‘Island of Shame', de David Vine, que conta a história de como os Estados Unidos e a Grã-Bretanha acordaram em segredo deportar aos habitantes de Diego García para a Ilha Mauricio e Seychelles, para que sua ilha pudesse converter-se em uma base militar. Os estadunidenses fizeram um trabalho tão refinado que, inclusive, pulverizaram com gás os cachorros. Esses habitantes indígenas, Chagos, não puderam ter acesso aos tribunais dos Estados Unidos; porém, ganharam sua causa contra o governo britânico em três julgamentos, apesar de que no final a sentença foi anulada pelo mais alto tribunal do país, a Câmara de Lordes. Agora estão interpondo recursos ante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

Os líderes americanos falam de suas bases estrangeiras como um elemento que permite consolidar as alianças com outros países, principalmente através dos acordos comerciais e com a ajuda que costumam acompanhar os arrendamentos das bases. No entanto, os soldados dos Estados Unidos vivem em uma espécie de ‘cocoon', simulacro dos Estados Unidos nas bases, vendo canais de TV estadunidenses; escutando rap e heavy metal estadunidense e comendo fast food de seu país, para que os jovens da comunidade local e as crianças de rua tenham pouco contato com outra forma de vida. Enquanto isso, do outro lado da cerca de arame farpado, os residentes e as empresas locais costumam ser economicamente dependentes dos soldados e ter interesse em sua permanência.
Essas bases podem converter-se em focos de conflito. As bases descarregam incessantemente lixo tóxico nos ecossistemas locais, como em Guam, onde as bases militares têm levado à criação de pelo menos 19 vertedouros tóxicos. Essa contaminação gera ressentimento e, às vezes, como em Vieques na década de 90, mobilizações sociais contra as bases. Os Estados Unidos utilizavam Vieques para suas práticas de bombardeio durante 180 dis ao ano, e quando os Estados Unidos se retiraram, em 2003, a paisagem estava coberta de munições, das quais algumas haviam detonado e outras, não; cartuchos de urânio empobrecido; metais pesados; petróleo; lubrificantes; solventes e ácidos. Segundo os ativistas locais, o índice de câncer em Vieques era 30% superior ao do restante do país, Porto Rico.

Também é inevitável que, de vez em quando, os soldados dos Estados Unidos –em geral, bêbados- cometam delitos. O ressentimento que esses crimes causam se exacerba pela frequente insistência do governo dos Estados Unidos de impedir que esses crimes sejam julgados por tribunais locais. Na Coreia, em 2002, dois soldados estadunidenses mataram a duas jovens adolescentes quando se dirigiam a uma festa de aniversário. Os ativistas coreanos asseguram que este foi um dos 52.000 delitos cometidos por soldados estadunidenses na Coreia entre 1967 e 2002. Os dois soldados foram repatriados imediatamente para os Estados Unidos para que pudessem escapar do tribunal coreano. Em 1998, um aviador dos Marines seccionou o cabo de uma telecabine de esqui na Itália, matando a 20 pessoas. Funcionários dos Estados Unidos deram ao piloto um ‘puxão de orelhas' enquanto se negavam a permitir que as autoridades italianas o julgassem. Esses e outros incidentes similares têm prejudicado as relações dos Estados Unidos com alguns aliados importantes.

Os ataques de 11 de setembro foram, sem dúvida, o exemplo mais espetacular do tipo de retrocesso que pode gerar o ressentimento local contra as bases dos Estados Unidos. Na década de 1990, a presença de bases militares estadunidenses nas proximidades dos lugares mais sagrados do Islã sunita, na Arábia Saudita, enfureceu a Osama Bin Laden e proporcionou a Al Qaeda uma potente ferramenta de recrutamento. Os Estados Unidos fecharam prudentemente suas principais bases na Arábia Saudita; porém, abriram novas bases no Iraque e no Afeganistão, que se estão convertendo em novas fontes de fricção nas relações entre os Estados Unidos e os povos do Oriente Próximo.
Esse império proporciona aos Estados Unidos uma capacidade de intervenção global; porém, a forma do mesmo, na medida em que seu peso principal está na Europa, é um vestígio inflado e anacrônico da Guerra Fria.

Muitas dessas bases são um luxo que os Estados Unidos já não podem ter, nessa época de déficit orçamentário recorde. Por outro lado, as bases estadunidenses em países estrangeiros têm dois gumes: projetam o poder estadunidense em todo o mundo; porém, também inflamam as relações exteriores dos Estados Unidos e geram ressentimento devido aos fenômenos de prostituição, dano ambiental, pequena delinquência e etnocentrismo cotidiano, que são seus corolários inevitáveis. Recentemente, esses ressentimentos obrigaram o fechamento de bases estadunidenses no Equador, em Porto Rico, no Quirquistão e, se o passado é o início do futuro, são de se esperar outros movimentos contra as bases estadunidenses no futuro.

Durante os próximos 50 anos, estou convencido de que seremos testemunhas do aparecimento de uma nova norma internacional segundo a qual a instalação de bases militares no estrangeiro será tão indefensável quanto tem sido a ocupação colonial durante os últimos 50 anos.

Nossa Declaração de Independência critica aos britânicos pelo aquartelamento de grandes tropas armadas entre nós e por suas tropas estarem protegidas, mediante julgamentos simbólicos, do castigo aos crimes que pudessem cometer contra habitantes desses Estados Unidos. Belas palavras! Os Estados Unidos deveriam começar a levá-las a sério.



Enviado por Guilherme Souto:
A geopolítica angloamericana, por Fiori


Desde século XVI, EUA e Inglaterra desenvolvem, com êxito, estratégias interessadas em “dominar o mundo”. Mas para onde expandi-lo, agora?


“Venho hoje reafirmar uma das mais antigas,
uma das mais fortes alianças que o mundo já viu.
Há muito é dito que os Estados Unidos e a Grã Bretanha
compartilham de uma relação especial”

Barack Obama: “Discurso no Parlamento Britânico”, em 25/5/ 2011

Por José Luís Fiori
Existe uma idéia generalizada de que a Geopolítica é uma “ciência alemã”, quando na verdade ela não é nem uma ciência, nem muito menos alemã. Ao contrário da Geografia Política, que é uma disciplina que estuda as relações entre o espaço e a organização dos estados, a Geopolítica é um conhecimento estratégico e normativo que avalia e redesenha a própria geografia, a partir de algum projeto de poder específico, defensivo ou expansivo. O “Oriente Médio”, por exemplo, não é um fenômeno geográfico, é uma região criada e definida pela política externa inglesa do século XIX, assim como o “Grande Médio Oriente”, é um sub produto geográfico da “guerra global ao terrorismo”, do governo Bush, do início do século XXI. Por outro lado, a associação incorreta, da Geopolítica com a história da Alemanha, se deve a importância que as idéias de Friederich Ratzel (1844-1904) e Karl Haushofer (1869-1946) tiveram – direta ou indiretamente – no desenho estratégico dos desastrosos projetos expansionistas da Alemanha de Guilherme II (1888-1918) e de Adolf Hiltler (1933-1945). Apesar disto, as teorias destes dois geógrafos transcenderam sua origem alemã, e idéias costumam reaparecer nas discussões geopolíticas de países que compartilham o mesmo sentimento de cerco militar e inferioridade na hierarquia internacional. Mas a despeito disto, foi na Inglaterra e nos Estados Unidos que se formularam as teorias e estratégias geopolíticas mais bem sucedidas da história moderna.
Sir Walter Raleigh (1554-1618), conselheiro da Rainha Elizabeth I, definiu no fim do século XVI, o princípio geopolítico que orientou toda a estratégia naval da Inglaterra, até o século XIX. Segundo Raleigh, “quem tem o mar, tem o comércio do mundo, tem a riqueza do mundo; e quem tem a riqueza do mundo, tem o próprio mundo”. Muito mais tarde, quando a marinha Britânica já controlava quase todos os mares do mundo, o geógrafo inglês Halford Mackinder (1861-1947) formulou um novo princípio e uma nova teoria geopolítica, que marcaram a política externa inglesa do século XX. Segundo Mackinder, “quem controla o “coração do mundo” comanda a “ilha do mundo”, e quem controla a ilha do mundo comanda o mundo”. A “ilha do mundo seria o continente eurasiano, e o seu “coração” estaria situado – mais ou menos – entre o Mar Báltico e o Mar Negro, e entre Berlim e Moscou. Por isto, para Mackinder, a maior ameaça ao poder da Inglaterra seria que a Alemanha ou a Rússia conseguissem monopolizar o poder dentro do continente eurasiano. Uma idéia-força que moveu a Inglaterra nas duas Guerras Mundiais, e que levou Winston Churchill a propor – em 1946 — a criação da “Cortina de Ferro” que deu origem a Guerra Fria.
Do lado norte-americano, o formulador geopolítico mais importante da primeira metade do século XX, foi o Almirante Alfred Mahan (1840-1914), amigo e conselheiro do Presidente Theodor Roosevelt, desde antes da invenção da Guerra Hispano-Americano, no final do século XIX. A tese geopolítica fundamental de Mahan, sobre a “importância do poder naval na história”, não tem nenhuma originalidade. Repete Walter Raleigh, e reproduz a história da Marinha Britânica. E o mesmo acontece com as idéias de Nicholas Spykman (1893-1943), o geopolítico que mais influenciou a estratégia internacional dos EUA na segunda metade do século XX. Spykman desenvolve e muda um pouco a teoria de Mackinder, mas chega quase às mesmas conclusões e propostas estratégicas. Para conquistar e manter o poder mundial, depois da Segunda Guerra, Spykman recomenda que os EUA ocupem o “anel” que cerca a Rússia, do Báltico até a China, aliando-se com a Grã Bretanha e a França, na Europa, e com a China, na Ásia.
No cômputo final, o que diferencia a geopolítica anglo-americana é a sua pergunta fundamental: “que partes do mundo há que controlar, para dominar o mundo”. Ou seja, uma pergunta ofensiva e global, ao contrário dos países que se propõem apenas a conquista e o controle de “espaços vitais” regionais. Além disto, a Inglaterra e os EUA ganharam, e no início do século XXI, mantém sua aliança de ferro com o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia: derrotaram e cercaram a Rússia; mantém seu protetorado atômico sobre a Alemanha e o Japão; expandiram sua parceria e seu cerco preventivo da China; estão refazendo seu controle da África; e mantém a América Latina sob a supervisão da sua IVº Frota Naval. E acabam de reafirmar sua decisão de manter sua liderança geopolítica mundial.
Existe, entretanto, uma grande incógnita no horizonte geopolítico anglo-americano. Uma vez conquistado o poder global, é indispensável expandi-lo, para mantê-lo. Mas, para onde expandi-lo?
José Luís Fiori é professor titular e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional da UFRJ, e autor do livro “O Poder Global”, da Editora Boitempo, 2007
http://www.outraspalavras.net/2011/06/23/jose-luis-fiori-a-geopolitica-a...






Identidade, Igualdade, Diferença – O olhar da história por CELUY ROBERTA HUNDZINSKI
A obra, em geral, delata o silêncio a que as mulheres foram submetidas, durante séculos. Esse silêncio está na maneira como a mulher sempre foi contada, por vozes masculinas, ignorada por situações opressivas ou, ainda, seu próprio silêncio induzido pelo pensamento do homem que, muitas vezes, impede-a de pensar por si mesma... LEIA NA ÍNTEGRA: http://espacoacademico.wordpress.com/2011/07/02/identidade-igualdade-diferenca-%e2%80%93-o-olhar-da-historia/






“América do Sul deve construir uma aliança estratégica”
Em entrevista ao jornal Página/12, o presidente da Bolívia, Evo Morales, fala sobre sua experiência como presidente, sobre os programas sociais que está implantando para beneficiar a população mais pobre e defende uma aliança estratégica entre os países da América do Sul. “Devemos fazer uma aliança estratégica com toda a América do Sul para a tecnologia. Porque a América do Sul já é a mãe de todos os recursos estratégicos do mundo. Temos a Amazônia, água doce...É uma esperança para o mundo. É preciso desenvolver uma nova tese. A tese da vida, da humanidade”.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18008&boletim_id=954&componente_id=15397




Egito rejeita 'ajuda' e condições impostas pelo FMI
O Egito recusou as condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional para conceder-lhe o empréstimo solicitado de mais de 3 bilhões de euros, por entender que violam a soberania nacional e atendendo à pressão exercida por manifestações populares. A decisão foi anunciada pelos governantes militares que assumiram o poder após a queda de Mubarak. Algumas das condições impostas pelo FMI e pelo Banco Mundial incluíam a privatização de bancos e uma maciça redução dos subsídios para energia e alimentos e já tinham desagradado a população.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18006&boletim_id=954&componente_id=15399




"Israel se converteu numa sociedade de força e violência"
Um grupo de ativistas internacionais está disposto a navegar numa flotilha rumo às praias da Faixa de Gaza. Muitos deles são ativistas sociais e lutadores pela paz e pela justiça, veteranos da luta contra o apartheid, contra o colonialismo, contra o imperialismo, contra inúmeras guerras sem sentido e injustiças. Há intelectuais, sobreviventes do Holocausto e gente de consciência entre eles. Essa flotilha também não passará. O primeiro ministro e o ministro da Defesa já nos prometeram isso. Nos tornamos uma sociedade cuja linguagem é a violência, um país que trata de resolver quase tudo através da força. O artigo é de Gideon Levy
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18005&boletim_id=954&componente_id=15402





MURAL DO HISTORIADOR

Arquivo Público de São Paulo libera fichas policiais do antigo DEOPS para consulta pública de pesquisadores.

Revista Acadêmica convoca para envio de artigos no campo do ensino de história.
Leia: http://cafehistoria.ning.com/ (Página Principal)

Historiadora que fará falta
País perde Eulália Lobo, a primeira mulher a defender uma tese em história no Brasil.
Leia mais: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)

Profissão Historiador
Projeto de Lei sobre a regulamentação da profissão de historiador no Brasil deu mais passos em junho de 2011.
Confira: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)

FÓRUM EM DESTAQUE

Provas de múltipla escolha, também chamadas de "objetivas", cumprem bem o seu papel de avaliar os conteúdos históricos dos alunos?
Responda: http://cafehistoria.ning.com/forum/topics/provas-de-multipla-escolha-sao


CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS

Cinco skinheads são presos em flagrante agredindo negros em São Paulo
Leia: http://cafehistoria.ning.com/ (Página Principal)

DOCUMENTO HISTÓRICO

Lei de adoção do calendário gregoriano.
Em 20 de setembro de 1582, Filipe I publica a Lei através da qual adota o novo calendário, resultado da correção introduzida pelo matemático Lílio no calendário de Júlio César, até então em vigor.
Veja: http://cafehistoria.ning.com/ (Página Principal)

CONTEÚDO DA SEMANA

Documentário da BBC, "O Poder da Arte", especial Caravaggio.
Allan Roberto Régis, participante do Café História, mostrou que é mesmo fã de história da arte e trouxe para a rede o documentário "O Poder da Arte", especial Caravaggio. O documentário, dividido em seis partes, foi produzido pela inglesa BBC e conta de forma esplendorosa a vida e o trabalho de um dos mestres da pintura barroca, Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610). Assista: http://cafehistoria.ning.com/video/o-poder-da-arte-bbc-1


VÍDEOS RECENTES

Tsunami na Indonésia (2004)
Assista: http://migre.me/58PVu

Entrevista com Sartre sobre a Guerra do Vietnã (Anos 1960)
Assista: http://migre.me/58PW8

CINE HISTÓRIA

"Cinco Dias sem Nora", uma das produções mexicanas mais premiadas nos últimos anos.

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Leia no WWW.outraspalavras.net
O tsunami às portas de Israel
Em setembro, ONU reconhecerá Estado palestino, talvez por maioria esmagadora. É o que Telavive mais teme. Como reagirá Washington? Por Immanuel Wallerstein

As informações sobre concursos, seminários e congressos abaixo devem ser buscadas no site da Anpuh: WWW.anpuh.org

BOLSA DE INVESTIGAÇÃO - UNIVERSIDADE DE LISBOA
Instituição: Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Inscrições: até 15/07/2011
Mais informações
PESQUISADOR NÍVEL "C" - DEMOGRAFIA HISTÓRICA DO NÚCLEO DE ESTUDOS DE POPULAÇÃO
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Inscrições: até 30/06/2011
Mais informações
SELEÇÃO DE BOLSISTA PRODOC
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Inscrições: até o preenchimento da vaga
BOLSAS PARA PÓS-GRADUAÇÃO NA ALEMANHA
Instituição: Deutscher Akademischer Austauschdienst (DAAD)
Inscrições: até 31/07/2011
Mais informações
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA CULTURAL: NARRATIVAS E LINGUAGENS
Instituição: Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí (UFG/Jataí)
Inscrições: acesse o site
V ENCONTRO NACIONAL DA ABED: DEMOCRACIA, DEFESA E FORÇAS ARMADAS
Data: 08 a 10 de agosto de 2011
Local: Entre em contato com a organização
Mais informações
SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS INQUISITORIAIS: HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA
Data: 10 a 14 de agosto de 2011
Local: Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Mais informações
IX MOSTRA DE PESQUISA DO APERS
Data: 13, 20 e 27 de agosto e 03 de setembro de 2011
Local: Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS)
Mais informações
ENCONTRO INTERNACIONAL FRANCO-BRASILEIRO ARISTOCRACIA E IGREJA NA IDADE MÉDIA (novo)
Data: 15 a 17 de agosto de 2011
Local: Universidade de São Paulo (USP)
Mais informações
III SIMPÓSIO DE PESQUISA ESTADO E PODER: PROCESSOS DE CONSTRUÇÃO DE HEGEMONIAS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO (novo)
Data: 16 a 18 de agosto de 2011
Local: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Marechal Cândido Rondon (UNIOESTE - Marechal Rondon)
5º SEMINÁRIO NACIONAL DE HISTÓRIA DA HISTORIOGRAFIA: BIOGRAFIA E HISTÓRIA INTELECTUAL
Data: 22 a 25 de agosto de 2011
Local: Universidade Federal de Ouro Preto - Campus Mariana (UFOP - Mariana)
Mais informações
IV CICLO INTERNACIONAL DE ESTUDOS ANTIGOS E MEDIEVAIS E XII CICLO DE ESTUDOS ANTIGOS E MEDIEVAIS - ANTIGUIDADE E MEDIEVALIDADE: IMAGENS, SÍMBOLOS E RESSIGNIFICAÇÕES (novo)
Data: 22 a 25 de agosto de 2011
Local: Universidade Estadual Paulista - Campus Assis (UNESP/Assis)
Mais informações
III ENCONTRO DE NOVOS PESQUISADORES EM HISTÓRIA
Data: 23 a 26 de agosto de 2011
Local: Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Mais informações
V SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA: CULTURAS E IDENTIDADES (novo)
Data: 29 de agosto a 01 de setembro de 2011
Local: Universidade Federal de Goiás - Campus Samambaia (UFG-Samambaia)
Mais informações
XVI CONGRESO INTERNACIONAL DE AHILA
Data: 06 a 09 de setembro de 2011
Local: Universidad de Cádiz (UCA)
II CICLO DE PALESTRAS SOBRE HISTÓRIA REGIONAL: HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA (SUL) MATO-GROSSENSE (novo)
Data: 12 a 16 de setembro de 2011
Local: Armazém Cultural Helena Meireles
Mais informações
II CONGRESSO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA DO SUDESTE GOIANO: HISTÓRIA, SANTIDADE E GÊNERO (novo)
Data: 13 a 15 de setembro de 2011
Local: Universidade Federal de Goiás - Campus Catalão (UFG-Catalão)
Mais informações
OS CAMINHOS DA HISTÓRIA DA ARTE DESDE GIORGIO VASARI: CONSOLIDAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA (novo)
Data: 19 a 23 de setembro de 2011
Local: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Mais informações
XXI CICLO DE DEBATES EM HISTÓRIA ANTIGA - TEMPO & ESPAÇO (novo)
Data: 19 a 23 de setembro de 2011
Local: Instituto de História (UFRJ)
Mais informações
V CONGRESSO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA (novo)
Data: 21 a 23 de setembro de 2011
Local: Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Mais informações
II CONGRESSO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA: HISTÓRIA E MÍDIA
Data: 26 a 30 de setembro de 2011
Local: Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí (UFG/Jataí)
Mais informações
I CONGRESSO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA REGIONAL: MERCOSUL: INTEGRAÇÃO E DESENCONTROS
Data: 28 a 30 de setembro de 2011
Local: Universidade de Passo Fundo (UPF)
Mais informações
V SEMINÁRIO INTERNACIONAL EM MEMÓRIA E PATRIMÔNIO (novo)
Data: 05 a 10 de outubro de 2011
Local: Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
Mais informações
VI SEMANA DE HISTÓRIA POLÍTICA E III SEMINÁRIO NACIONAL DE HISTÓRIA: POLÍTICA CULTURA E SOCIEDADE (novo)
Data: 17 a 21 de outubro de 2011
Local: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Mais informações
XIV SEMANA DE HISTÓRIA E II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA (novo)
Data: 25 a 28 de outubro de 2011
Local: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - Campus Três Lagoas (UFMS-Três Lagoas)
Mais informações
CONFERÊNCIA - BRASIL EM PERSPECTIVA GLOBAL (1870-1945)
Data: 27 a 29 de outubro de 2011
Local: Instituto Latino Americano (LAI) da Freie Universität Berlin
Mais informações
I SEMINÁRIO INTERNACIONAL HISTÓRIA DO TEMPO PRESENTE
Data: 07 a 09 de novembro de 2011
Local: Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
Mais informações
TERCEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL UFES/UNIVERSITÉ PARIS-EST/UNIVERSIDADE DO MINHO: TERRITÓRIOS, PODERES, IDENTIDADES TERRITOIRES, POUVOIRS, IDENTITÉS
Data: 07 a 10 de novembro de 2011
Local: Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Mais informações
V SIMPÓSIO LINGUAGENS E IDENTIDADES DA /NA AMAZÔNIA SUL-OCIDENTAL, IV COLÓQUIO INTERNACIONAL: AS AMAZÔNIAS, AS ÁFRICAS E AS ÁFRICAS NA PAN-AMAZÔNIA (novo)
Data: 07 a 11 de novembro de 2011
Local: Universidade Federal do Acre (UFAC)
Mais informações
CONGRÈS INTERNATIONAL DE RECHERCHE EN SCIENCES HUMAINES ET SOCIALES (novo)
Data: 24 a 28 de julho de 2012
Local: Hotel Concorde La Fayette, Paris, França
Mais informações
54 CONGRESSO INTERNACIONAL DE AMERICANISTAS: CONSTRUINDO DIÁLOGOS NAS AMÉRICAS (novo)
Data: 15 a 20 de julho de 2012
Local: Universidade de Viena