quarta-feira, 2 de março de 2011

Numero 268




Do Oriente para o Ocidente. A revolta contra os ditadores orientais, que já derrubou e ainda promete derrubar mais alguns, chega ao Ocidente e, mais especificamente, aos Estados Unidos, onde a ditadura atacada é a das grandes corporações que, desesperadas por novos investimentos lucrativos, resolveram se apoderar dos serviços públicos. É o nosso velho conhecido projeto de privatização. Só que agora não se trata mais de privatizar empresas e sim os serviços públicos (educação, saúde, entre outros).
Dois artigos e um link para um terceiro ajudarão os leitores a compreenderem melhor o que se passa nos Estados Unidos.
Chamo a atenção para um artigo da Revista Carta Fundamental (dirigida aos professores) a respeito das drogas que alunos com déficit de atenção e hiperatividade estão tomando. São drogas de extremo perigo para a saúde que, no limite, levam os adolescentes até ao suicídio. Pais e educadores devem estar atentos para isso, pois, como se vê na reportagem, o consumo dessas drogas tem aumentado de forma assustadora no Brasil.
No mais, alguns outros links para matérias que considero relevantes, novo livro na praça, o informativo da ANPUH com muitos eventos programados e chamadas para artigos de revistas.


Colaboração de Rosa Varella:

A vaca sorridente*
“O Ocidente ficou ao lado do líder quase até o final, apesar de o déspota ter transformado seu país em um Estado policial e saqueado sua economia.” Quem reconhece é a conservadora revista alemã Der Spiegel¹, de maior tiragem europeia, em matéria da semana passada sob o título “Egito: Ocidente perde seu tirano favorito”. A palavra Ocidente aí é utilizada para definir os interesses dos países ocidentais, sob a liderança dos Estados Unidos. Um poder que envolve as grandes corporações, entre elas, os detentores dos meios de comunicação. É por isso que somente depois da queda iminente e inevitável de Mubarak é que o mundo ocidental ficou sabendo que o Egito era uma longeva ditadura.
A fidelidade ao acordo feito com Israel e sua influência sobre o mundo árabe fizeram de Mubarak o queridinho de “presidentes americanos, chefes de Estado franceses, primeiros-ministros britânicos” e “os políticos mais importantes de Berlim.” Para o chanceler Gerhard Schröder o ditador egípcio era “um conselheiro particularmente importante”. Em março de 2010, ele foi recebido pela chanceler Angela Merkel em Berlim. Quando trataram sobre direitos humanos “nunca foi além de um diálogo cauteloso”, diz Der Spiegel.
Na mesma linha de raciocínio, Kenneth Maxwell, colunista da Folha de S Paulo², lembra, com oportunidade, famosa frase do presidente Franklin Roosevelt, em 1936, sobre Anastasio Somoza, por muito tempo ditador da Nicarágua: "Somoza pode ser um filho da puta, mas é n o s s o filho da puta". À época, frase tinha a virtude de sumarizar a política de Roosevelt com relação à América Latina. “Mais tarde, durante a Guerra Fria, essa postura se tornou comum”. E não difere da postura atual: Foreign Policy3, desta quinta-feira, ironizou editorial do Wall Street Journal, para quem "ditadores pró-Estados Unidos têm mais escrúpulo moral".
Segundo Maxwell, Mubarak era visto como um baluarte dos interesses estadunidenses “e como fiel da paz com Israel. Auxiliou os Estados Unidos na primeira Guerra do Golfo Pérsico e na reconquista do Kuwait depois da invasão do país pelo Iraque de Saddam Hussein. Como resultado, o Egito teve US$ 14 bilhões em dívidas perdoadas pelos Estados Unidos e pela Europa”. Segundo Der Spiegel, Mubarak há muito é considerado um tirano. “Ele transformou seu país em um Estado policial. Mais de 1 milhão de informantes, agentes e policiais supostamente mantinham a população de mais de 80 milhões sob vigilância.”
Em entrevista a Amy Goodman, do Democracy Now4, nesta quinta-feira, o linguista estadunidense Noam Chomsky revela o comportamento dos Estados Unidos ante os atuais movimentos no mundo árabe. Para ele, Washington segue manual tradicional: continuar apoiando seu aliado até o limite possível e “se ele se tornar insustentável, dar um giro de 180 graus, incorporar-se ao novo poder e restaurar o velho sistema de interesses. Para isso, os Estados Unidos contam com um poder “constrangedor”. Segundo Chomsky, depois de Israel, o Egito é o país que mais recebe ajuda militar e econômica de Washington.
Em declarações ao Herald Tribune5, em 15/02/2011, Jonas Gahr Store, ministro das Relações Exteriores da Noruega, declarou que “as políticas do Ocidente para o Oriente Médio precisam responder ao fato de que o futuro da região será cada vez mais moldado pelas vozes de uma sociedade civil jovem e pluralista”. Mesmo caminho que traça Maxwell sobre o futuro da região: “Ninguém sabe quais serão as consequencias das revoluções populares que varrem o Oriente Médio. A esperança é a de um futuro mais democrático, mais aberto e mais esclarecido. No entanto, uma coisa é certa, diz o colunista, “caso isso aconteça, não terá sido graças àqueles que passaram 30 anos percorrendo o caminho da conveniência dos Estados Unidos”.

(*) “Vaca sorridente”, apelido que Mubarak recebeu pelo sorriso que costumava exibir atrás do ex-presidente egípcio Anwar al Sadat. Mubarak se tornou rapidamente um líder poderoso após o assassinato de seu antecessor em outubro de 1981.
(1) https://docs.google.com/document/d/1SQf-K7lz0QYTyoUdwWkYWzmrfdZmUVBDdbyB2Y2ZvJ8/edit?hl=en#
(2) https://docs.google.com/document/d/1S2mWjst2yGtjvHi1-GbhLqwlvU-8eDG_xMxvl2K-OfA/edit?hl=en#
(3) http://walt.foreignpolicy.com/posts/2011/02/17/wsj_our_despots_are_nice_despots
(4) http://www.democracynow.org/2011/2/2/noam_chomsky_this_is_the_most
(5) https://docs.google.com/document/d/1BiH13pUxo16j2lr0inxU0rtrsdj-zUiHWesHVulKG88/edit?hl=en#
Visite o Boletim H S Liberal



Levantes populares: do Oriente Médio ao Meio Oeste
Há apenas algumas semanas, a solidariedade entre jovens egípcios e policiais do Wisconsin, ou entre trabalhadores líbios e funcionários públicos de Ohio, seria algo inacreditável. O levante popular na Tunísia foi provocado pelo suicídio de um jovem chamado Mohamed Bouazizi, universitário de 26 anos de idade, que não encontrava trabalho em sua profissão.Nos conflitos que vemos hoje em Wisconsin e Ohio há um pano de fundo semelhante. A “Grande Recessão” de 2008, segundo o economista Dean Baker, ingressou em seu trigésimo mês sem sinais de melhora. O artigo é de Amy Goodman.
Amy Goodman - Democracy Now (www.cartamaior.com.br)
Cerca de 80 mil pessoas marcharam no sábado passado ao Capitólio do estado de Wisconsin, em Madison, como parte de uma crescente onda de protesto contra a tentativa do flamante governador republicano Scott Walker, não só de acossar os sindicatos dos servidores públicos, mas de desarticulá-los. O levante popular de Madison ocorre imediatamente em seguida aos que vêm ocorrendo no Oriente Médio. Um estudante universitário veterano da guerra do Iraque, levava um cartaz que dizia “Fui ao Iraque e voltei a minha casa no Egito?”. Outro dizia: “Walker, o Mubarak do Meio Oeste”.

Do mesmo modo, em Madison, circulou uma foto de um jovem em uma manifestação no Cairo com um cartaz que dizia: “Egito apoia os trabalhadores de Wisconsin: o mesmo mundo, a mesma dor”. Enquanto isso, em uma tentativa de derrubar o eterno ditador Muammar Kadafi, os líbios seguem desafiando a violenta ofensiva do governo, ao mesmo tempo que mais de 10 mil pessoas marcharam terça-feira em Columbus, Ohio, para se opor à tentativa do governador republicano John Kasich de dar um golpe de estado legislativo contra os sindicatos.

Há apenas algumas semanas, a solidariedade entre jovens egípcios e policiais do Wisconsin, ou entre trabalhadores líbios e funcionários públicos de Ohio, seria algo inacreditável.

O levante popular na Tunísia foi provocado pelo suicídio de um jovem chamado Mohamed Bouazizi, universitário de 26 anos de idade, que não encontrava trabalho em sua profissão. Enquanto vendida frutas e verduras no mercado, em repetidas oportunidades foi vítima de maus tratos por parte das autoridades tunisianas que acabaram confiscando sua balança. Completamente frustrado, ele ateou-se fogo, o que acabou incendiando os protestos que se converteram em uma onda revolucionária no Oriente Médio e Norte da África. Durante décadas, o povo da região viveu sob ditaduras – muitas das quais recebem ajuda militar dos EUA -, sofreu violações dos direitos humanos, além de ter baixa renda, enfrentar altas taxas de desemprego e não ter praticamente nenhuma liberdade de expressão. Tudo isso enquanto as elites acumulavam fortunas.

Nos conflitos que vemos hoje em Wisconsin e Ohio há um pano de fundo semelhante. A “Grande Recessão” de 2008, segundo o economista Dean Baker, ingressou em seu trigésimo mês sem sinais de melhora. Em um documento recente, Baker diz que devido à crise financeira “muitos políticos argumentam que é necessário reduzir de forma drástica as generosas aposentadorias do setor público e, se possível, não cumprir com as obrigações de pensões já assumidas. Grande parte do déficit no sistema de aposentadorias se deve à queda da bolsa de valores nos anos 2007-2009”.

Em outras palavras, os mascates de Wall Street que vendiam as complexas ações respaldadas por hipotecas que provocaram o colapso financeiro foram os responsáveis pelo déficit nas pensões. O jornalista vencedor do prêmio Pulitzer, David Cay Johnston disse recentemente: “O funcionário público médio de Wisconsin ganha 24.500 dólares por ano. Não se trata de uma grande aposentadoria; 15% do dinheiro destinado a esta aposentadoria anualmente é o que se paga a Wall Street para administrá-lo. É realmente uma porcentagem muito alta para pagar Wall Street por administrar o dinheiro”.

Então, enquanto a banca financeira fica com uma enorme porcentagem dos fundos de aposentadoria, os trabalhadores são demonizadas e pede-se a eles que façam sacrifícios. Os que provocaram o problema, em troca, logo obtiveram resgates generosos, agora recebem altíssimos salários e bonificações e não estão sendo responsabilizados. Se rastreamos a origem do dinheiro, vemos que a campanha de Walker foi financiada pelos tristemente célebres irmãos Koch, grandes patrocinadores das organizações que formam o movimento conservador tea party. Além disso, doaram um milhão de dólares para a Associação de Governadores Republicanos, que concedeu um apoio significativo à campanha de Walker. Então, por acaso resulta surpreendente que Walker apoie às empresas ao outorgar-lhes isenções de impostos e que tenha lançado uma grande campanha contra os servidores do setor público sindicalizado?

Um dos sindicatos que Walter e Kasich têm na mira, em Ohio, é a Federação Estadunidense de Empregados Estatais de Condados e Municípios (AFSCME, na sigla em inglês). O sindicato foi fundado em 1932, em meio à Grande Depressão, em Madison. Tem 1,6 milhões de filiados, entre os quais há enfermeiros, servidores penitenciários, seguranças, técnicos de emergências médicas e trabalhadores da saúde. Vale a pena lembrar, neste mês da História Negra, que a luta dos trabalhadores da saúde do prédio n° 1733 de AFSCME fez com que o Dr. Martin Luther King Jr. Fosse a Memphis, Tennessee, em abril de 1968. Como me disse o reverendo Jesse Jackson quando marchava com os estudantes e seus professores sindicalizados, em Madison, na semana passada: “O último ato do Dr. King na terra, sua viagem a Memphis, Tennessee, foi pelo direito dos trabalhadores negociarem convênios coletivos de trabalho e o direito ao desconto da quota sindical de seu salário. Não é possível beneficiar os ricos enquanto se deixa os pobres sem nada”.

Os trabalhadores do Egito, formando uma coalizão extraordinária com os jovens, tiveram um papel decisivo na derrubada do regime deste país. Nas ruas de Madison, sob a cúpula do Capitólio, está se produzindo outra mostra de solidariedade. Os trabalhadores de Wisconsin fizeram concessões em seus salários e aposentadorias, mas não renunciaram ao direito a negociar convênios coletivos de trabalho. Neste momento seria inteligente que Walker negociasse. Não é uma boa época para os tiranos.

Tradução: Katarina Peixoto


Protestos nos Estados Unidos: Por que Madison importa
Para sobreviver, o capitalismo precisa se expandir e, com tão poucas áreas com espaço disponível, a esfera pública se torna tentadora demais para resistir. É por isso que as elites econômicas olham as instituições que até agora tinham evitado a mercantilização total. Ninguém mais as protege hoje em dia, além daqueles que nelas trabalham. Certamente, a administração Obama não o faz. Não é um acidente que os professores estejam na frente de batalha para salvar as negociações coletivas no Wisconsin. Ninguém sabe como acabarão os eventos em Madison. Mas isto está claro: puseram a privatização da esfera pública em debate como ninguém o fez nas últimas décadas. O artigo é de Andrew Levine.
Andrew Levine - SinPermiso
Os progressistas vêem o Wisconsin – e os problemas trabalhistas vindouros em Indiana, Ohio, Nova Jersey e outros lugares – e corretamente enxergam um ataque republicano. A terrível decisão “Citizens United” da Suprema Corte deu carta branca às corporações e aos sindicatos para comprar eleições; sem os sindicatos, só restariam as corporações. Com os sindicatos de companhias privadas passando por problemas, em especial depois do TLC, os sindicatos dos servidores públicos são o único que resta entre as companhias e um domínio total do sistema político, onde o dinheiro sempre prevalece. Dado que as corporações geralmente preferem os republicanos sobre os democratas, os republicanos tem tudo para ganhar e os democratas, para perder, se o governador Tea Party do Wisconsin, Scott Walker, sai com as suas.

É difícil entender como alguém que teve seus cinco sentidos funcionando nesses últimos anos poderia lamentar o infortúnio dos democratas, mas muitos liberais ainda o fazem. No entanto, o fato é que os democratas são o menor dos males entre nossos dois partidos semioficiais. Esta é a razão pela qual, sem importar o quanto Obama tenha traído os seus aliados-chave, inclusive os trabalhadores, o que quer que se postule contra ele será pior em várias ordens de magnitude. Os democratas e os republicanos ambos servem aos mesmos empregadores e mantêm seus interesses com fervor sem igual. E graças a Bill Clinton, até a flácida ala social democrata do partido foi destruída. Merecem que lhes aconteça o que for. Mas a alternativa é pior. Por fim, importa que a ofensiva seja derrotada, sim.

Conforme a batalha no Wisconsin se intensifica, fica cada vez mais claro, em especial nos círculos dos trabalhadores, que o aspecto republicanos contra democratas é só algo secundário ao ataque do capital contra os trabalhadores. Isto importa mais do que como os democratas e os republicanos dividam entre si os resultados nas próximas eleições.

O que está em jogo é o final da chamada “Revolução Reagan”. Num mundo onde aos liberais já não importa a grande fissura da desigualdade, ou um prêmio Nobel da Paz que está em múltiplas guerras sem fim por sua própria vontade ou um professor de direito constitucional que continua os ataques da era Bush contra a lei (ao mesmo tempo em que protege os criminosos de guerra da era Bush) ou um ambientalista que nada faz de importante para evitar que a América corporativa destrua o planeta ou um organizador comunitário que detenha esforços para reduzir a pobreza (de maneira ingênua, ao reduzir o déficit orçamentário), a realização do programa máximo de Reagan não está longe. Um ataque vitorioso contra os trabalhadores organizados resolveria o problema de uma vez por todas.

Afortunadamente, para todos nós, este é um resultado que os trabalhadores – ou, como agora dizem os liberais, “a classe média” – não podem tolerar. Tampouco alguém deveria fazê-lo. Esta é uma batalha que os trabalhadores devem ganhar.

Mas essa não é a razão principal por que Madison importa. Não são só os sindicatos associados com os democratas o que Walter e seus colegas de Tea Party desejam destruir; são os sindicatos dos servidores públicos. Isto importa por razões que são muito mais obscuras que as demais, mas que estão claramente relacionadas com nossos problemas contemporâneos: a fiscalização do capitalismo contemporâneo, a globalização da indústria e do comércio e, de maneira mais geral, o ataque mundial aos avanços econômicos e sociais conquistados no último século e meio. O problema, em resumo, é que, para sobreviver o capitalismo precisa se expandir e, com tão poucas áreas com espaço disponível, a esfera pública se torna tentadora demais para resistir.

É por isso que as elites económicas miraram as instituições que até agora tinham evitado a mercantilização total. Ninguém mais as protege hoje em dia que aqueles que nelas trabalham. Certamente, a administração Obama não o faz. Não é um acidente que os professores estejam na frente de batalha para salvar as negociações coletivas no Wisconsin. Claro, os seus direitos e bem estar lhes importam, mas também a opinião pública importa. Podemos dizer o mesmo de Arne Duncan e Barack Obama?

Ninguém sabe como acabarão os eventos em Madison. Mas isto está claro: puseram a privatização da esfera pública em debate como ninguém o fez nas últimas décadas.

Quando os empregados públicos lutam para manter a esfera pública viva, estão lutando a batalha doméstica mais importante dos nossos tempos. Deveríamos apoiá-los sem restrições, buscando não só restaurar os níveis de solidariedade social pré-Reagan, mas nos mover para além de seus horizontes. As forças por trás de Scott Walker entendem isso; cada vez mais os trabalhadores e os seus aliados, também. Começam a se dar conta de que seus esforços para salvar negociações coletivas frente a um ataque selvagem da direita converteu Madison no “Grau Zero” de uma batalha com implicações tão grandes quanto possível.

(*) Andrew Levine é Acadêmico Sênior no Institute for Policy Studies. É autor de The American Ideology (Routledge) e Political Key Words (Blackwell), bem como de muitos outros livros de filosofia política. Foi professor na universidade do Wisconsin-Madison

Tradução: Katarina Peixoto

Leia também:
Crise nos EUA: "O que estamos esperando para reagir?"

Um de cada três trabalhadores nos EUA tem o mesmo nível de salários da Wal-Mart. Cerca de 50 milhões de pessoas não têm seguro médico e, a cada ano, morrem aproximadamente 45 mil porque não conseguem um diagnóstico ou um tratamento. A pobreza infantil está subindo a medida que baixam as receitas familiares. O desemprego e o subemprego estão perto de 20%. O salário federal mínimo, ajustado segundo a inflação desde 1968, seria agora de US$ 10,00/hora, mas é de US$ 7,25. Este cenário se alastrou pela economia como um processo de metástase. O que estamos esperando para reagir. O artigo é de Ralph Nader.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17494&boletim_id=847&componente_id=13847






Colaboração de Leila Brito:

Professores e pais:
Não deixem de ler esta matéria da revista Carta Fundamental:
A Droga da Obediência
A pediatra Maria Aparecia Moysés questiona o uso de remédios para focar a atenção. Ela alerta: o efeito de acalmar é sinal de toxicidade.
http://www.cartacapital.com.br/carta-fundamental/a-droga-da-obediencia




Estudantes de Ciências Sociais: revolucionários profissionais?Por que, então, escandalizar-se diante dos estudantes que simplesmente querem se dar bem no mercado de trabalho? Por que esperar que todos sejam politicamente comprometidos? Gostaria muito que todos os estudantes se responsabilizassem socialmente, que tivessem postura crítica. Até porque, estudam numa instituição pública mantida com os recursos da sociedade... LEIA NA ÍNTEGRA: http://antoniozai.wordpress.com/2011/02/23/estudantes-de-ciencias-sociais-revolucionarios-profissionais/


Leia no http://www.outraspalavras.net/
“Como mudar o mundo”
Resenha da obra mais recente de Eric Hobsbawn. Ele debate Marx, que via na arte -- mais que no trabalho -- a essência da atividade humana


Toni Negri e Michael Hart escrevem sobre revolta árabe
Para eles, movimento questiona o governo da economia global, porque ambiciona mais que o fim da tirania. Quer uma nova forma -- em rede -- de administrar a produção e as riquezas
As ondas do poder e os ciclos da moeda
José Luís Fiori analisa: como fizeram (com sucesso...) nos anos 1970, EUA buscam uma nova política internacional, reciclando as relações com China e Rússia

Os desafios da reforma política
A democracia brasileira está privatizada. Para estabelecer participação popular é preciso um conjunto inovador de reformas. Eis algumas propostas. Por Marilza de Melo Foucher

Revolução: a vez do Bahrain e da Arábia Saudita?
Revolta popular cresce na pequena monarquia e desponta no maior produtor mundial de ptróleo. Mas são aliados dos EUA -- e, portanto "modernos" para a velha mídia...Por Pepe Escobar


Oposição denuncia acordo de lobistas dos EUA com Kadafi
Logo depois que George W. Bush suspendeu as sanções contra a Líbia em 2004, quando Kadafi anunciou que pretendia abrir mão das armas de destruição em massa e expressou seu entusiasmo em se juntar à guerra contra o terror, os produtores de petróleo dos EUA e da Grã Bretanha aproveitaram a oportunidade para se expandir no país. Empresas como BP, Exxon, Halliburton, Chevron, Conoco e Marathon Oil juntaram-se a gigantes da indústria armamentista, como Raytheon e Northrop Grumman, a multinacionais como Dow Chemical e Fluor e à poderosa firma de advocacia White & Case para formar a US-Libia Business Association, em 2005.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17492&boletim_id=845&componente_id=13814


O governo controla o gasto, não o déficit
No livro "Teoria geral sobre o emprego, o juro e a moeda", Keynes destruiu vários mitos sobre o funcionamento de uma economia capitalista. Hoje, em plena crise e com discussões acaloradas sobre finanças públicas, há outra ideia igualmente perigosa que Keynes combateu com tenacidade. Consiste na comparação das finanças públicas com o orçamento de qualquer família. Com essa ideia falaciosa, hoje se insiste que o déficit público e o endividamento são insustentáveis. Nos Estados Unidos e na Europa, o argumento é o mesmo: como qualquer família, o governo tem que reduzir seus gastos. O artigo é de Alejandro Nadal.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17479&boletim_id=839&componente_id=13764


Especuladores da fome fazem preço dos alimentos aumentar
Não são apenas más colheitas e mudanças no clima; especuladores também estão por trás dos preços recordes nos alimentos. E são os pobres que pagam por isso. Os mesmos bancos, fundos de investimento de risco e investidores cuja especulação nos mercados financeiros globais causaram a crise das hipotecas de alto risco (sub-prime) são responsáveis por causar as alterações e a inflação no preço dos alimentos. A acusação contra eles é que, ao se aproveitar da desregulamentação dos preços dos mercados de commodities globais, eles estão fazendo bilhões em lucro da especulação sobre a comida e causando miséria ao redor do mundo. O artigo é de John Vidal.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?
materia_id=17497&boletim_id=847&componente_id=13842



HISTÓRIAS DE PAÍSES IMAGINÁRIOS: VARIEDADES DOS LUGARES UTÓPICOS
Organizadores: Marcos Antônio Lopes/Renato Moscateli
Editora: Eduel
Edição: 2011
Páginas: 180
Preço: R $ 35,00


Sumário
* Para uma geografia do imaginário – Marcos Antônio Lopes/Renato Moscateli
* Utopia: uma história sem fim – Estevão de Rezende Martins
* As utopias greco-romanas – Fábio Duarte Joly
* A geografia nas utopias renascentistas – Márcia Siqueira de Carvalho
* Utopias e profecias na Europa Moderna – Célia Maia Borges
* A melhor das utopias – Marcos Antônio Lopes
* Utopias do Iluminismo – Renato Moscateli
* Utopias socialistas – João Antonio de Paula
* A utopia dos prazeres – José D’Assunção Barros
* Utopia e ficção científica – Marcos Lobato Martins
* Utopias na Era de Aquário – Marcos Lobato Martins

Síntese
Idealizar um mundo melhor não é um exercício apenas de nossa época, perturbada
por crises econômicas, epidemias e guerras devastadoras, ao que se somam
catástrofes climáticas e desequilíbrios ambientais cada vez mais inquietantes.
O desejo por um lugar para se viver em paz e com abundância de recursos é uma
expectativa que embala os sonhos da humanidade em todos os tempos. Tanto assim
que encontramos abundantes registros de comunidades aprimoradas por força de
decisões políticas, por influxo de transformações econômicas, ou mesmo pelo
impulso de crenças religiosas ou do avanço da ciência. De tais fontes derivam
as singularidades e excentricidades da exuberante geografia fictícia que
enriquecem a literatura universal, da mais distante antiguidade aos nossos
dias. Dentre os devaneios por lugares ideais tecidos por arquitetos de
organizações sociais alternativas – voltados para aperfeiçoar o seu próprio
mundo ou mesmo para prefigurar um futuro melhor –, os mais poderosos e
inspiradores foram aqueles que ajudaram a enriquecer a tradição literária
utópica, assim conhecida desde a publicação da célebre obra do escritor
quinhentista Thomas Morus. Conhecer os planos idealizados por algumas das
mentes mais criativas no quadro geral das ficções filosóficas, contemplar um
bom punhado das mais extravagantes propostas de eugenia social e, de quebra,
poder avaliar outro tanto das construções mais sombrias e contrastantes a esses
projetos regeneradores – as chamadas distopias –, eis a essência dessas
histórias de países imaginários.


Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Supervisão Pedagógica, orientação Educacional e Inspeção Escolar.
Março de 2011
Faculdade de Viçosa - MG 3891-5054
Segue o link abaixo.

http://www.faculdadevicosa.com.br/site/modules/tiny3/index.php?id=4



A Revista eletrônica “Das Américas” – ISSN 2177-4455, convida a todos para a participação de seu 6º número.

A proposta que se segue, no âmbito do Núcleo de Estudos das Américas (NUCLEAS/UERJ), é a formação de um boletim acadêmico na área de História e Ciências Humanas afins, que se constitui basicamente em periodicidade bimestral, com a quantidade de 4 (quatro) a 6 (seis) artigos acadêmicos, 1 (uma) resenha de obra literária, acadêmica ou cultural. Recomenda-se o envio de trabalhos de Iniciação Científica, Conclusão de Curso ou ainda de disciplinas do Mestrado, Doutorado ou outros cursos latu sensu.

Visando a publicação neste número, os trabalhos devem ser enviados para revistadasamericas@gmail.com até o dia 30/03/2011.

Para maiores informações e normas, acessar http://www.nucleasuerj.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=70&Itemid=93





7 bons motivos para acessar hoje o Café História:

1.PROMOÇÃO "HISTÓRIA DO MUNDO CONTEMPORÂNEO"

O que acha de concorrer a um exemplar do livro "História do Mundo Contemporâneo", de Norman Lowe? Acesse http://cafehistoria.ning.com/page/historia-contemporanea e veja como é facil. Mas corra, a promoção só vai até sexta!

2.MISCELÂNEA CAFÉ HISTÓRIA

Os Arquivos do Terror

Há quase vinte anos, o Paraguai descobria o maior acervo documental de uma ditadura militar na América do Sul. Saiba com foi esta descoberta e o que ela representa

3.CINE HISTÓRIA

"O Discurso do Rei", o grande vencedor do Oscar 2011.

4.CAFÉ EXPRESO NOTÍCIAS

Argentina julga ex-líderes militares por roubo de bebês

5.VÍDEOS EM DESTAQUE

Pluralidade Cultural - Índios no Brasil - Quem são eles?

Assista: http://cafehistoria.ning.com/video/pluralidade-cultural-indios

6.CONTEÚDO DA SEMANA

Confira a foto da inauguração da Igreja S.P Apóstolo na São Paulo de 1876 - no alto escadarias Padre Jacobs. A foto foi uma colaboração de Adalberto Day, participante do Café História.

Veja: http://cafehistoria.ning.com/photo/catedral-igreja-matriz-sao

7.DOCUMENTO HISTÓRICO

Capa do Jornal do Brasil em 26 de janeiro de 1984: "Comício pelas diretas reúne multidão durante 4 horas em São Paulo"
Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com/?xg_source=msg_mes_network



INFORMATIVO DA ANPUH


6º EDITAL DE SELEÇÃO DO PROGRAMA DE ESPECIALIZAÇÃO EM PATRIMÔNIO
Instituição: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
Inscrições: até 04/03/2011

SELEÇÃO 2011 - MESTRADO ACADÊMICO EM HISTÓRIA REGIONAL E LOCAL
Instituição: Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Inscrições: até 02/05/2011


EVENTOS

II SIMPÓSIO NACIONAL GÊNERO E INTERDISCIPLINARIDADES (novo)
Data: 29 a 31 de março de 2011
Local: Universidade Federal de Goiás (UFG - Campus Catalão)

2º SEMINÁRIO INTERNACIONAL DA CUT NO RJ - O MUNDO DOS TRABALHADORES E SEUS ARQUIVOS: MEMÓRIA E RESISTÊNCIA (novo)
Data: 30 de março a 1° de abril de 2011
Local: Auditório do Arquivo Nacional no Rio de Janeiro
CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUEOLOGIA MODERNA (novo)
Data: 06 a 09 de abril de 2011
Local: Faculdade de Ciências Sociais e Humana da Universidade de Lisboa

IX ENCONTRO NACIONAL DOS PESQUISADORES DO ENSINO DE HISTÓRIA: AMÉRICA LATINA – CULTURAS, MEMÓRIA E SABERES
Data: 18 a 20 de abril de 2011
Local: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

8º ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA DA MÍDIA (novo)
Data: 28 a 30 de abril de 2011
Local: Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO)

III ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS DA IMAGEM
Data: 03 a 06 de maio de 2011
Local: Universidade Estadual de Londrina (UEL)

VIII ENCONTRO DE HISTÓRIA ORAL DA REGIÃO NORDESTE: MEMÓRIAS, SABERES E SOCIABILIDADES (novo)
Data: 10 a 13 de maio de 2011
Local: Universidade Federal do Piauí (UFPI)

COLÓQUIO DE HISTÓRIA E ARTE (novo)
Data: 10 a 13 de maio de 2011
Local: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

V ENCONTRO DE ESCRAVIDÃO E LIBERDADE NO BRASIL MERIDIONAL
Data: 11 a 13 de maio de 2011
Local: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

I CONGRESSO FLUMINENSE DE HISTÓRIA ECONÔMICA
Data: 22 a 26 de junho de 2011
Local: Universidade Federal Fluminense (UFF)

VI ENCONTRO REGIONAL SUL DE HISTÓRIA ORAL: NARRATIVAS, FRONTEIRAS E IDENTIDADES (novo)
Data: 24 a 27 de maio de 2011
Local: Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

V ENCONTRO NACIONAL DA ABED: DEMOCRACIA, DEFESA E FORÇAS ARMADAS
Data: 08 a 10 de agosto de 2011
Local: Entre em contato com a organização

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS INQUISITORIAIS: HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA (novo)
Data: 10 a 14 de agosto de 2011
Local: Universidade Federal da Bahia (UFBA)
III ENCONTRO DE NOVOS PESQUISADORES EM HISTÓRIA (novo)
Data: 23 a 26 de agosto de 2011
Local: Universidade Federal da Bahia (UFBA)

XVI CONGRESO INTERNACIONAL DE AHILA
Data: 06 a 09 de setembro de 2011
Local: Universidad de Cádiz (UCA)

CONFERÊNCIA - BRASIL EM PERSPECTIVA GLOBAL (1870-1945)
Data: 27 a 29 de outubro de 2011
Local: Instituto Latino Americano (LAI) da Freie Universität Berlin

Chamada de textos:

REVISTA TEMPOS HISTÓRICOS
Tema: História, cinema e música
Prazo: 10/03/2011
Tema: História e natureza
Prazo: 10/08/2011

REVISTA HISTÓRIA & PERSPECTIVAS
Tema: História e Literatura
Prazo: 14/03/2011

HISTÓRIA, IMAGEM E NARRATIVAS
Tema: Mitologia
Prazo: 15/03/2011

REVISTA HISTÓRIA SOCIAL (novo)
Tema: História e Mídias
Prazo: 20/03/2011

REVISTA MUSEOLOGIA E PATRIMÔNIO (novo)
Tema: Museologia, ao Patrimônio e áreas afins
Prazo: 30/03/2011

REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA
Tema: Comemorações; com ênfase em pesquisas sobre locais de memória; festas, civismo e movimentos sociais; etnicidade e paisagem
Prazo: 31/03/2011

REVISTA CORDIS: REVISTA ELETRÔNICA DE HISTÓRIA SOCIAL DA CIDADE
Tema: História, Arte e Cidades.
Prazo: 08/04/2011
Tema: História, Corpo e Saúde.
Prazo: 08/08/2011

REVISTA MNEME (novo)
Tema: Religiões e Religiosidades
Prazo: 30/04/2011

REVISTA BRATHAIR
Tema: Estudos vikings.
Prazo: 31/04/2011

REVISTA DE TEORIA DA HISTÓRIA (novo)
Tema: Acesse o site
Prazo: 23/05/2011

REVISTA DE HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (novo)
Volume 3, n°2
Prazo: 30/05/2011

HISTÓRIA, CIÊNCIAS, SAÚDE — MANGUINHOS (novo)
Tema: Saúde no contexto da escravidão e pós-emancipação
Prazo: 07/2011

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