quarta-feira, 9 de março de 2011

Número 269



Neste número, uma folga para os ditadores (relativa..). Vamos dedicar a maior parte do espaço para a educação brasileira. Um artigo do Perissé e uma carta de uma professora à Revista Veja.
Ambos muito interessantes. Não deixe de ler!



Três formas de criticar
Por Gabriel Perissé em 8/3/2011 (Observatório da Imprensa)

Critiquemos a educação nacional. Mas há modos e modos de fazê-lo. Um desses modos consiste em lamentar a situação, dando-a como insustentável e insolúvel. O artigo "Como vai a educação brasileira", assinado por Otaviano Helene e Lighia B. Horodynski-Matsushigue, em Le Monde Diplomatique Brasil (nº 43, de fevereiro/2011), segue essa linha, considerando deplorável o nosso sistema educacional. Os avanços, se admitidos, são vistos como insignificantes. Os professores estão desmotivados. Na verdade, a educação não vai.

Um dos pontos críticos e decisivos dessa questão são os baixos salários dos professores do ensino público. Salários indignos desmotivam os que estão lecionando e não motivam novos ingressantes. O salário de um professor de escola pública com diploma universitário equivale, em média, a dois terços do que recebem profissionais de outras áreas com o mesmo nível de escolaridade. Se um jovem economista pode começar sua carreira ganhando R$ 2.500 um professor (mesmo não tão jovem ou não tão inexperiente) poderá receber, depois de passar em disputado concurso público, salário inicial de R$ 1.600.

Constatemos esse fato, que é mesmo incontestável. A crítica, porém, não pode desconsiderar que a esse ponto se chegou ao longo de várias décadas. A gestão do MEC dos últimos oito anos denuncia o mesmo fato e, entre outras ações, criou o piso salarial nacional dos professores (Lei 11.738/08), prometendo auxiliar financeiramente estados e municípios. O fato, porém, é que muitas prefeituras e governos estaduais se recusam a cumprir a lei e, estranhamente, parecem desdenhar a ajuda federal.

 A crítica faixa preta

O segundo tipo de crítica vem na forma de exaltação de soluções estrangeiras, insinuando ou insistindo que no Brasil viriam a calhar. André Petry, de NovaYork, envia à revista Veja desta semana (edição 2207, de 9/3/2011) matéria em que o herói é um educador negro, cujo mérito (inegável) foi sobrepor-se às dificuldades e criar saídas para si e para outros. A mensagem é clara: o grande responsável pelo fracasso dos alunos (norte-americanos, de baixa renda, enfrentando situações de risco social...) são os maus professores. O leitor acabará formulando a pergunta óbvia: por que não esperar que todos os nossos professores façam por merecer matéria semelhante?

O educador Geoffret Canada é faixa preta em tae kwon do e afirma que os alunos precisam de heróis:
"Essas crianças me veem como um gigante, um Superman ou Batman. Num mundo tão frio, tão duro, as crianças precisam de heróis. Heróis dão esperança e, sem esperança, essas crianças não têm futuro. Então, eu faço o papel de herói para elas, mesmo que, para isso, tenha de recorrer a truques baratos."

Para quem conhece o "projeto educacional" da Veja (ver, por exemplo, neste Observatório, meu artigo "Palpites dogmáticos"), fica evidente a intenção. Começo de ano letivo, observem só o que um único herói pode fazer. Mas tem mais. A revista menciona o modelo das "escolas-charter". Não é a primeira vez. Nem será a última. A julgar pelo fascínio que as "lições de Nova York" exercem sobre o grupo Abril, essa discussão vai longe.

Em suma, se tivermos docentes que lutem direito, saibam competir, sejam administrados por um novo modelo de gestão... a educação irá!

A crítica mundo cão

Um terceiro tipo de crítica, em que realismo, ironia e humor se mesclam, surge em matérias criativas como a da revista Piauí de fevereiro deste ano – "O Brasil é aqui", de Raquel Freire Zangrandi.

Uma narrativa sobre o cotidiano de uma escola da rede municipal carioca. Um documentário cinematográfico em papel. Sem papas na língua. Sem rodeios e sem frases motivacionais. Refletindo a distância infinita entre boas intenções didáticas e a realidade dos alunos e professores. Um buraco diz tudo:

"Às sete e meia da manhã, vinte minutos depois do horário marcado, começa a aula de português. No quadro-negro que hoje em dia é branco, uma aluna passa exercícios sobre classificação de predicados. O quadro tem um buraco de 30 centímetros de diâmetro bem no meio de sua superfície de fórmica. Está assim há algumas semanas, desde que um aluno o alvejou com um tubo de corretivo líquido."

Os problemas na educação crescem a olhos vistos. O rombo no quadro era "oval em agosto", um mês depois "tornou-se retangular". Em outubro, "o buraco aberto no quadro já atinge 1 metro de comprimento". O buraco simboliza o descaso. A lentidão. A inércia. A burocracia. Que prazer haverá em ensinar/aprender fatoração ou análise sintática diante desse buraco negro que está a ponto de nos engolir!?

As três formas de criticar a educação nacional partem da comprovação de circunstâncias que se repetem. Certamente nem tudo é infernal. Nem tudo é fim do mundo. Há registros de bons resultados, escolas em que a educação ainda vai.

Contudo, em diferentes pontos do país, encontramos professores desmotivados, alunos dispersos, violentos, perdidos, gestores perplexos e famílias carentes, ausentes. Um cenário vulnerável a comentários taxativos, cruéis, injustos, exagerados, como o do jornalista André Forastieri, em seu blog: "As escolas brasileiras são uma porcaria, do maternal ao doutorado".


Enviada por Renata Merlim
Cópia da carta escrita por uma professora que trabalha no Colégio Estadual Mesquita, à revista Veja. É longa, mas vale a pena ler.


RESPOSTA À REVISTA VEJA

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.
Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e ...disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até à passeios interessantes, planejados, minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes” elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 m.de intervalo, onde tem que se escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.
Em vez de cronômetros precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim ouve-se falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.




Os ventos da mudança
(publicado no WWW.outraspalavras.net)
Por Immanuel Wallerstein, no ZSpace Tradução: Antonio Martins

Há 51 anos, em 3 de fevereiro de 1960, o então primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Harold Macmillan, do Partido Conservador, dirigiu-se ao parlamento da África do Sul, governado pelo partido que havia erigido o apartheid como sua base de governo. Sua fala iria se tornar conhecida como “o discurso dos ventos de mudança”. Vale a pena recordar as palavras:
“Os ventos da mudança estão soprando neste continente, e o crescimento da consciência nacional é um fato político, queiramos ou não. Precisamos enxergá-lo assim, e nossas políticas nacionais não podem ignorá-lo”.
O primeiro-ministro da África do Sul, Hendrik Verwoerd, não gostou da fala e rejeitou suas premissas e conselhos. 1960 tornou-se conhecido como “O ano da África”, porque dezesseis colônias tornaram-se independentes. O discurso de Macillan tinha como alvo, na verdade, os Estados do Sul da África que tinham grupos expressivos de colonizadores brancos (e, quase sempre, enormes riquezas minerais) e resistiam à simples ideia do sufrágio universal – porque os negros constituiriam a esmagadora maioria dos eleitores.
Macmillan não era um radical. Seu argumento incluía-se na estratégia de atrair as populações asiáticas e africanas para o lado do Ocidente, na Guerra Fria. Seu discurso era um sinal de que os líderes da Grã-Bretanha (e, em seguida, os dos Estados Unidos) viam o controle das eleições pelos brancos, nos Sul da África, como uma causa perdida, que poderia comprometer o Ocidente. O vento seguiu soprando, e num país após o outro as maiorias negras impuseram-se eleitoralmente, até que, em 1994, a própria África do Sul sucumbiu ao voto universal e elegeu Nelson Mandela presidente. Neste processo, porém, os interesses econômicos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos foram de algum modo preservados.
Há duas lições que podemos aprender do episódio. Primeira: os ventos da mudança são muito fortes e provavelmente irresistíveis. Segunda: quando os ventos varrem os símbolos da tirania, não se sabe o que virá a seguir. Quando os símbolos caem, todos os denunciam. Mas todos querem preservar seus próprios interesses, nas novas estruturas que emergem.
A segunda revolta árabe, que começou na Tunísia e no Egito, está contagiando mais países. Não há dúvida de que alguns baluartes da tirania cairão, ou aceitarão grandes modificações em suas estruturas estatais. Mas quem, então, ocupará o poder? Na Tunísia e Egito, os novos primeiros- ministros haviam sido figuras-chaves, nos regimes derrubados. E o exército, em ambos países, parece estar dizendo às multidões para encerrarem os protestos. Nos dois países, há exilados que retornam, assumem postos e procuram manter – ou mesmo expandir – os laços com os mesmos países da Europa e América do Norte que sustentavam as ditaduras. É claro que as forças populares resistem: enquanto escrevo este artigo, acabam de forçar a renúncia do primeiro-ministro tunisiano.
No meio da Revolução Francesa, Danton aconselhou de l’audace, encore de l’audace, toujours de l’audace (“audácia, mais audácia, sempre audácia”). Ótimo conselho talvez, mas Danton foi guilhotinado pouco depois. E os que o executaram foram guilhotinados em seguida. Depois, vieram Napoleão a Restauração, a Revolução de 1848, a Comuna de Paris. Em 1989, no bicentenário, quase todo mundo era em favor da Revolução Francesa, mas vale perguntar se a trindade da Revolução Francesa – liberdade, igualdade e fraternidade – tornou-se real…
Algumas coisas são diferentes, hoje. Os ventos da mudança são verdadeiramente planetários. Por enquanto, o epicentro é o Mundo Árabe, e os ventos sopram ferozes por lá. Ninguém duvide: a geopolítica da região nunca será a mesma. Os pontos-chaves a observar são Arábia Saudita e Palestina. Se a monarquia saudita for seriamente desafiada – e parece ao menos possível que isso ocorra – nenhum regime do Mundo árabe poderá sentir-se seguro. E se os ventos da mudança levarem as duas maiores forças políticas da Palestina a dar as mãos, até mesmo Israel sentirá que é preciso adaptar-se às novas realidades e levar em conta a consciência nacional palestina. Queira ou não queira, para parafrasear Harold Macmillan.
Não é necessário dizer que os Estados Unidos e a Europa Ocidentel estão fazendo tudo o que está em seu alcance para enquadrar, limitar e redirecionar os ventos da mudança. Mas seu poder já não é o mesmo. E os ventos da mudança estão soprando em seu próprio terreiro. É o jeito de ser dos ventos. Sua direção e intensidade não são constantes nem, portanto, previsíveis. Desta vez eles são muito fortes. Já não será fácil enquadrá-los, limitá-los ou redirecioná-los.


MUNDO ÁRABE: A REVOLTA CONTINUA (leia no WWW.outraspalavras.net)

Os seis centros da revolução, hoje
Na Tunísia e Egito, as multidões voltam às ruas, para que a mudança não pare. Na Líbia, Gaddafi por um fio. No Bahrain, Yemen e Jordânia, governos fazem concessões, tentando salvar a pele. Veja nossa atulizações
O Ocidente não enxergou a liberdade
Políticos e intelectuais apostaram que a democracia viria de gente como os filhos de Gaddafi e Mubarak. A rua árabe deu a resposta…


Enviado por José Costa
Amiga/o, clique no link, abaixo, e ouça música de Luiz Gonzaga e contemple as belíssimas e proféticas fotografias de João Zinclar, um fotógrafo comprometido com a revitalização da bacia saofranciscana.
http://desinformemonos.org/2011/03/transposicion-del-rio-san-francisco/



A Revista Espaço Acadêmico, edição nº 118, Março de 2011, foi publicada Acesse: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/issue/current
Nesta edição, DOSSIÊ COMUNA DE PARIS - 140 ANOS.


Por que e para que publicar?!
por ANTONIO OZAÍ DA SILVA
O imperativo é publicar: “as publicações acadêmicas se tornaram tarefa em série, como as peças que rolam pelas esteiras de uma linha de montagem. A produção é ofuscada, do mesmo modo que a recepção de tais produtos”. Ou seja: “O produto é tudo que conta, não sua recepção, não o uso humano. Isso é produção de um fim em si mesmo e praticamente mais nenhum outro”... LEIA NA ÍNTEGRA: http://antoniozai.wordpress.com/2011/03/05/por-que-e-para-que-publicar/



O Blog do Mello colocou uma série de vídeos esta semana, para homenagear as mulheres, já que ontem foi o Dia Internacional da Mulher.
Convido vocês a verem todos, mas, principalmente este aqui:
http://blogdomello.blogspot.com/2011/03/mesmo-que-ela-fosse-criminosa-eut-elle.html

e este aqui:
http://blogdomello.blogspot.com/2011/03/na-semana-de-homenagens-ao-dia.html




Racismo nos supermercados
A reportagem de capa do Brasil de Fato desta semana traz denúncias de racismo e tortura cometidos contra consumidores negros nas três maiores redes de supermercado do país, Extra, Walmart e Carrefour. Os casos expõem heranças das quais o Brasil ainda não se livrou: a escravidão e a ditadura civil-militar.
http://www.brasildefato.com.br/node/5825




Guerras do Afeganistão e Iraque sugam orçamento dos EUA
Enquanto o noticiário internacional se concentra nas revoltas no Oriente Médio e no norte da África, os Estados Unidos seguem alimentando suas duas guerras prioritárias no Iraque e no Afeganistão. Os custos para sustentá-las estão afetando diretamente os orçamentos dos estados e da União. Os EUA gastam cerca de 2 bilhões de dólares por semana somente no Afeganistão, o que representa cerca de 104 bilhões de dólares ao ano – isso sem incluir o Iraque. Cerca de 45 estados mais o distrito de Columbia projetam déficits orçamentários de um total de 125 bilhões de dólares para o ano fiscal de 2012. As contas são simples: o dinheiro deveria ir para os estados, em lugar de ser gasto em um estado de guerra. O artigo é de Amy Goodman, do Democracy Now.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17504&boletim_id=851&componente_id=13877




Brasil - Estados Unidos: a rivalidade emergente
Ao acompanhar a evolução das relações do Brasil com os EUA, no período examinado por Moniz Bandeira, vemos que, de um lado, elas se entrelaçam e incidem sobre a aspiração de parte significativa da elite dirigente brasileira de promover o desenvolvimento industrial. Esta aspiração se confronta periodicamente com a política americana que decorre de sua convicção de que o desenvolvimento brasileiro teria de ser o resultado natural da ação das forças de mercado. Portanto, não necessitaria, nem deveria, ser estimulado ou conduzido pelo Estado brasileiro, a não ser para este adotar políticas de liberalização do comércio exterior e dos fluxos de ingresso e saída de capitais. O artigo é de Samuel Pinheiro Guimarães.
Leia o prefácio de Samuel Pinheiro Guimarães ao livro de Moniz Bandeira aqui:
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17505&boletim_id=851&componente_id=13878





IX Encontro Regional Sudeste de História Oral
“Diversidade e Diálogo”

16, 17 e 18 de agosto de 2011
Universidade de São Paulo

Chamada para trabalhos – Prazo prorrogado até 30 de março de 2011
As inscrições para apresentação de trabalhos no IX Encontro Regional Sudeste de História Oral foram adiadas até o dia 30 de março de 2011, devido ao período de férias e Carnaval. Professores, pesquisadores e estudantes de pós-graduação e graduação podem enviar sua proposta para o evento seguindo as instruções disponíveis no site: http://each.uspnet.usp.br/gephom/encontroregional2011.


O Encontro, que em 2011 tem lugar na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, com promoção da Associação Brasileira de História Oral – Regional Sudeste, tem seu foco central na discussão dos desafios contemporâneos da história oral, em seus aspectos teóricos, metodológicos e temáticos.

Após um importante período de difusão da metodologia da história oral – que incluiu longos debates sobre as vantagens, os problemas e a legitimidade do uso de fontes orais em diferentes disciplinas –, ela parece estar plenamente consagrada como um valioso recurso para variados estudos sobre o presente. Diante disso, o tema Diversidade e Diálogo coloca em pauta as conquistas consolidadas da história oral no Brasil, bem como seus novos desafios na era contemporânea.

Confira os GTs, maiores informações, e envie sua proposta pelo site:
http://each.uspnet.usp.br/gephom/encontroregional2011


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