Tentando, mais uma vez, fazer com que o blog funcione. Cheguei a criar um outro, como você, leitor, pode verificar. Vamos ver se agora a coisa vai.
Uma nova era, uma velha guerra: a retirada do Iraque
Escrito por Pergentino Mendes de Almeida (do Correio da Cidadania)
29-Ago-2010
Talvez você não tenha reparado, mas o Futuro começou ontem. Os jornais noticiam que os Estados Unidos estão retirando suas tropas do Iraque. Lá ficarão apenas 35.000 militares, como consultores.
Trata-se do cumprimento de uma promessa eleitoral do então candidato Barack Obama. O fato está provocando discussões na imprensa de lá e de cá.
Vários políticos mais conservadores, mesmo do Partido Democrata, posicionam-se contrários à medida. A guerra transformou-se numa rotina profissional para militares a soldo, que não se preocupam com as finalidades ou conseqüências do que fazem.
Há dúvidas sobre a capacidade dos frágeis governos do Iraque e do Afeganistão de manterem um mínimo de ordem, pelo menos nas áreas urbanas. Não se trata mais de estimular a democracia, é apenas uma questão de evitar um desabamento espetacular do quadro delirante pintado por Bush, quando enfiou os Estados Unidos nessa enrascada.
Mas sou da opinião de que esses temores são em grande parte infundados. Existe uma realidade, que vem sendo construída há mais de um par de anos e que foi incrementada nos últimos meses, de cuja importância e implicações a opinião pública não está tomando conhecimento.
A guerra está sendo robotizada. Aviões não-tripulados de vários portes (inclusive alguns semelhantes a aeromodelos) são capazes de procurar, achar e atacar alvos precisos em qualquer parte da Terra.
Tartarugas artificiais procuram e desarmam minas, além de encontrar brechas e buracos onde soldados inimigos podem se ocultar e daí entrar e lançar granadas.
Patrulhas de reconhecimento são executadas por robôs. E há uma nova geração de robôs de infantaria, verdadeiras maravilhas da tecnologia, que substituem soldados de carne e osso.
As novas tecnologias de redes neurais permitem mesmo programar robôs que "aprendem" no local a melhor estratégia para executar uma missão e adaptar sua programação original.
Existem, de modo geral, duas classes desses armamentos: os totalmente independentes e os monitorados ou monitoráveis.
Os totalmente independentes são programados para serem soltos em campo inimigo e atuarem de modo autônomo.
Os monitorados trazem câmeras e outros mecanismos de exploração do terreno ao seu redor, de modo que militares distantes, na segurança de seus acampamentos, possam acompanhar o que acontece em campo e dirigir a ação do robô.
O que eu chamo de "monitoráveis" são autônomos, capazes de aprender, mas monitorados à distância por seres humanos, que podem a qualquer momento assumir o seu controle, se julgarem necessário.
O controle dessa operação é cada vez mais efetuado à distância. De início, pensava-se em lançar uma tartaruga suicida sobre uma linha inimiga, sem que o soldado precisasse se expor saindo da trincheira. Depois esse controle passou cada vez mais às mãos de especialistas em centros militares estratégicos regionais.
Hoje a coisa adquiriu uma proporção bem maior. A multiplicidade e a quantidade de robôs em ação requerem uma coordenação central, cada vez mais especializada. O comando todo é integrado via Internet.
O sistema consiste em uma rede dentro da rede (a Nuvem). Cada peça em cada canto do mundo e cada canto do mundo são monitorados via satélites de observação e de transmissão de dados. Os satélites estão conectados ao comando central em Washington. Os países aliados dependerão cada vez mais das autoridades militares americanas para sua própria segurança contra inimigos internos, externos e terroristas.
Um especialista em Washington, tomando seu café numa saleta confortável do Pentágono com ar condicionado, pode ver, em tempo real, uma paisagem no Afeganistão, a aproximação do campo inimigo, identificar pessoas, focar num indivíduo, a ponto de conseguir interpretar sua expressão facial e emoções, e apertar um botão num comando parecido com o de um videogame para liquidar aquele indivíduo determinado.
Ou fazer chover projéteis explosivos sobre o acampamento e acabar com todos. Terminado o expediente, ele pegará seu carro no estacionamento e irá para casa, para um reconfortante jantar com a família.
Todos esses tipos de robô têm versões aéreas, aquáticas, terrestres e anfíbias, e são fabricados para a Marinha, para o Exército e para a Força Aérea dos Estados Unidos. A fabricação de robôs foi iniciada há tempo e testada ainda na era Bush, mas recentemente a sua produção foi acelerada e as Forças Armadas americanas estão-nos comprando aos lotes, formando o equivalente a batalhões e regimentos de robôs – porém, com um poder de fogo ainda maior do que seu equivalente humano.
É esse equivalente humano que está sendo retirado da região. Mas os Estados Unidos não abandonaram seus planos estratégicos e nem seus objetivos de controle da região.
Isso já uma realidade – incipiente, mas crescendo rapidamente. Está sendo inaugurada uma nova etapa na história das guerras. Uma mudança mais radical do que a pólvora ou as armas atômicas. É uma era na qual a predominância dos Estados Unidos deverá acentuar-se cada vez mais. Pois se trata de uma tecnologia eficiente, letal – e caríssima!
Robôs descartáveis que valem milhões e que podem ser destruídos aos milhares, sendo automaticamente substituídos, sem perda de vidas humanas, sem envio de tropas, sem luto na família americana, sem movimentos pacifistas de estudantes, ou talvez mesmo sem que a opinião pública se interesse em saber (afinal, é tudo "lá", não me diz respeito). E cuja fabricação gera lucros crescentes à indústria bélica, empregos e evolução tecnológica acelerada. Que outra nação pode se dar esse luxo?
Os futuros tanques serão quadrúpedes, parecidos com os veículos terrestres de George Lucas, em "Guerra nas Estrelas". Veja, por exemplo, o robô BigDog, ora em fabricação nos Estados Unidos:
A vantagem do BigDog sobre os tanques convencionais é que, além de ‘correr’ em velocidades compatíveis com as de um tanque convencional,
Um brigadeiro de três estrelas da Força Aérea Americana, citado por P.W. Singer (Scientific American, julho de 2010), afirmou que "o próximo conflito maior dos Estados Unidos envolverá não os milhares de robôs que hoje já estão operando, mas ‘dezenas de milhares’".
Os Estados Unidos estão retirando o grosso de suas tropas do Iraque, mas não estão se retirando nem do Iraque, nem da região.
A imagem acima foi escaneada: "Tanque Quadrúpede" do Scientific American julho de 2010.
Pergentino Mendes de Almeida é diretor da AnEx – Analytical Expertise & Scenarios.
A Revolução Mexicana e as forças políticas em jogo
Novembro de 1910 foi apenas o início de algo bem maior e complexo, de trilhos escorregadios por terem, em suas entrelinhas, os mais diversos interesses políticos e ideológicos. Por conta disso, muitos pesquisadores das ciências humanas chamam esse momento de "revolução inacabada". Os indígenas e camponeses resistiram, não foram eliminados por completo e muito menos perderam suas características particularidades. Ler mais...
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4954/9/
Lançamento da Contexto: Lawrence da Arábia, de Alessandro Visacro. 144 p, 29 reais.
Um jovem em busca de aventuras em meio a tribos nômades do Oriente Médio em plena Primeira Guerra Mundial? Um estrategista e gênio militar à frente de seu tempo? Enaltecido pelos admiradores por suas virtudes, rotulado por seus detratores como impostor que sustentava uma "farsa imperialista" e eternizado por Hollywood como herói, o verdadeiro Thomas Edward Lawrence - o lendário "Lawrence da Arábia" - é retratado pelo especialista na área militar Alessandro Visacro. Nesta biografia de um dos mais conhecidos guerreiros de nosso tempo, o leitor descobre como Lawrence - que não foi o primeiro, nem o único militar a servir junto às forças árabes rebeldes da época, tampouco o oficial de mais alta patente a assistir os líderes da sublevação - tornou-se um destacado e influente assessor militar dos mais importantes chefes árabes. Enriquecida de imagens históricas e mapas ilustrativos, a obra revela aos leitores o militar por trás da lenda, o estrategista por trás do herói.
Lançamento da Contexto: Rommel, a raposa do deserto, de Cyro Rezende. 208 p, 35 reais
Ele participou de duas guerras nas quais o seu país foi derrotado e serviu ao maior criminoso que a História conheceu. Mesmo assim, o militar Erwin Rommel é lembrado como um dos grandes guerreiros do século XX e o maior general alemão da Segunda Guerra Mundial. Um dos poucos homens que receberam generosos elogios tanto de seus adversários como de seus comandados, Rommel teve seu nome transformado em mito por suas rápidas e certeiras decisões.
Rico em detalhes dos embates e recheado de mapas ilustrativos, este livro é indispensável aos amantes das guerras e suas controvérsias, aos amantes dos guerreiros e suas conquistas, aos amantes das grandes personalidades e suas histórias de vida.
MISCELÂNEA CAFÉ HISTÓRIA
A Família Real Fazendo Pose
D.Pedro, a família e seus pertences estão fazendo pose para a fotografia. É que o Museu Imperial está disponibilizando todo o seu acervo na internet. A idéia é aproximar o grande público da História do Império Brasileiro. Confira!
SUGESTÃO DE LEITURA
O Príncipe Maldito, da historiadora Mary Del Priori
Veja: http://cafehistoria.ning.com
Líder neonazista volta para a cadeia em São Paulo
Assista: http://cafehistoria.ning.com/video/lider-neonazista-volta-para-a
BLOG EM DESTAQUE
"O Positivismo Italiano", de Tathianne Carla Almeira Quesado
Leia: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/o-positivismo-italiano
FÓRUNS EM DESTAQUE
Filmes e Mini-Séries Históricos incentivam as pessoas a se interessar mais sobre História ?
Participe: http://cafehistoria.ning.com/forum/topics/filmes-e-miniseries-historicos
Requiescat in Pace
Não se trata de incompetência pessoal, nem de um problema de imagem, se trata do colapso final de um projeto político-ideológico eclético e anódino que acabou de maneira inglória: o projeto do neoliberalismo social-democrata. Que repouse em paz !
José Luís Fiori (Agência Carta Maior)
José Luís Fiori (Agência Carta Maior)
Foi no dia 5 de fevereiro de 1998 que o ex-primeiro-ministro inglês, Tony Blair, anunciou, em Washington, junto com o presidente Bill Clinton, a decisão de convocar uma reunião internacional para discutir e atualizar a social-democracia, criando um movimento que foi chamado de "terceira via" ou “governança progressiva”. Naquele momento, brilhava a estrela do novo líder inglês, que recém havia sido empossado e conseguiu reunir, sucessivamente, em Florença, Washington e Londres, Bill Clinton, Lionel Jospin, Gerhard Schröder, Massimo D´Alema, Fernando H. Cardoso, Ricardo Lagos, entre outros governantes e intelectuais ligados de uma forma ou outra à social-democracia européia, ou ao partido democrata norte-americano.
O projeto comum era construir um novo programa que adequasse a velha social-democracia às novas idéias e políticas neoliberais, hegemônicas nas últimas décadas do século XX. O resultado foi uma geléia ideológica, com propostas extremamente vagas e imprecisas, que mal encobriam o seu núcleo duro voltado para a abertura, desregulação e desestatização das economias nacionais, e para um "prologement vaguement social de la révolution thatcheriste", como caracterizou na época, a revista francesa, Nouvelle Observateur.
Goste-se ou não, as idéias e os partidos socialistas e social-democratas deram uma contribuição decisiva à história do século XX, em particular à criação do “estado do bem-estar social”, depois da II Guerra Mundial. Mas na década de 80, a social-democracia perdeu fôlego político, e acabou perdendo a sua própria identidade ideológica, asfixiada pela grande “restauração” liberal conservadora, de Margerth Thatcher e Ronald Reagan. Isto aconteceu na Espanha, de Felipe Gonzalez, na França, de François Mitterand, na Itália, de Bettino Craxi, e também na Grécia, de Andreas Papandreu. Nos anos 90, entretanto, este movimento adquiriu outra densidade e importância, com a vitória democrata, de Bill Clinton, nos EUA, e do trabalhismo de Tony Blair, na Inglaterra.
Na América Latina, a história foi um pouco diferente, porque as novas políticas neoliberais apareceram – nos anos 80 - associadas à renegociação da dívida externa do continente, como se fossem apenas um problema de política econômica. E foi só no Chile e no Brasil, que a proposta da “terceira via” teve uma repercussão importante, durante a década de 90. No caso do Chile, com a formação da aliança entre socialistas e democrata-cristãos, e, em particular, durante o governo de Ricardo Lagos (1990-1996), que aderiu pessoalmente ao projeto liderado pelos anglo-saxões. E, no caso do Brasil, com a formação do Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), e com a participação ativa do presidente Fernando H. Cardoso (1995-2002), na formulação das idéias e nas reuniões do movimento, ao lado de Tony Blair e Bill Clinton.
A “terceira via” teve uma vida muito curta. Talvez, por causa da superficialidade e artificialidade das suas idéias, talvez, porque seus líderes mais importantes acabaram sendo derrotadas nas urnas, ou passaram para a história como grandes fracassos ou blefes político-ideológicos. Como no caso do iniciador do movimento, o ex-primeiro-ministro Tony Blair, que foi afastado da liderança trabalhista em 2007, e se transformou no inimigo numero um da imprensa e da maioria da opinião publica inglesa, sob acusação de ter mentido para justificar a entrada do seu país na Guerra do Iraque, além de ter acobertado casos de tortura, por parte de suas tropas.
Tony Blair foi substituído por Gordon Brown, outro ideólogo da “terceira via” que acabou sofrendo uma das derrotas eleitorais mais arrasadoras da história do trabalhismo inglês. Bill Clinton também não conseguiu fazer seu sucessor, e passou para a história, como símbolo do expansionismo imperial americano, da década de 1990, a despeito de sua retórica “globalista” e democrática. Os demais participantes europeus do movimento também tiveram finais inglórios, como foi o caso de Lionel Jospin, Massimo D´Alema e Gerhard Schröder, e hoje ninguém mais fala ou lembra, na Europa ou nos Estados Unidos, do projeto da “terceira via”. Mas este factóide anglo-americano teve uma sobrevida, e só será enterrado definitivamente, em 2010, na América Latina. Primeiro, no Chile, depois da derrota eleitoral da “Concertacion” de Ricardo Lagos. E depois, no Brasil, com a provável derrota do partido social-democrata, de Fernando H. Cardoso, nas eleições presidências deste ano. Nos dois casos, o que mais chama a atenção não é a derrota em si mesma, é a anorexia ideológica dos dois últimos herdeiros da “terceira via”. Não se trata de incompetência pessoal, nem de um problema de imagem, se trata do colapso final de um projeto político-ideológico eclético e anódino que acabou de maneira inglória: o projeto do neoliberalismo social-democrata. Que repouse em paz !
José Luís Fiori, cientista político, é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O projeto comum era construir um novo programa que adequasse a velha social-democracia às novas idéias e políticas neoliberais, hegemônicas nas últimas décadas do século XX. O resultado foi uma geléia ideológica, com propostas extremamente vagas e imprecisas, que mal encobriam o seu núcleo duro voltado para a abertura, desregulação e desestatização das economias nacionais, e para um "prologement vaguement social de la révolution thatcheriste", como caracterizou na época, a revista francesa, Nouvelle Observateur.
Goste-se ou não, as idéias e os partidos socialistas e social-democratas deram uma contribuição decisiva à história do século XX, em particular à criação do “estado do bem-estar social”, depois da II Guerra Mundial. Mas na década de 80, a social-democracia perdeu fôlego político, e acabou perdendo a sua própria identidade ideológica, asfixiada pela grande “restauração” liberal conservadora, de Margerth Thatcher e Ronald Reagan. Isto aconteceu na Espanha, de Felipe Gonzalez, na França, de François Mitterand, na Itália, de Bettino Craxi, e também na Grécia, de Andreas Papandreu. Nos anos 90, entretanto, este movimento adquiriu outra densidade e importância, com a vitória democrata, de Bill Clinton, nos EUA, e do trabalhismo de Tony Blair, na Inglaterra.
Na América Latina, a história foi um pouco diferente, porque as novas políticas neoliberais apareceram – nos anos 80 - associadas à renegociação da dívida externa do continente, como se fossem apenas um problema de política econômica. E foi só no Chile e no Brasil, que a proposta da “terceira via” teve uma repercussão importante, durante a década de 90. No caso do Chile, com a formação da aliança entre socialistas e democrata-cristãos, e, em particular, durante o governo de Ricardo Lagos (1990-1996), que aderiu pessoalmente ao projeto liderado pelos anglo-saxões. E, no caso do Brasil, com a formação do Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), e com a participação ativa do presidente Fernando H. Cardoso (1995-2002), na formulação das idéias e nas reuniões do movimento, ao lado de Tony Blair e Bill Clinton.
A “terceira via” teve uma vida muito curta. Talvez, por causa da superficialidade e artificialidade das suas idéias, talvez, porque seus líderes mais importantes acabaram sendo derrotadas nas urnas, ou passaram para a história como grandes fracassos ou blefes político-ideológicos. Como no caso do iniciador do movimento, o ex-primeiro-ministro Tony Blair, que foi afastado da liderança trabalhista em 2007, e se transformou no inimigo numero um da imprensa e da maioria da opinião publica inglesa, sob acusação de ter mentido para justificar a entrada do seu país na Guerra do Iraque, além de ter acobertado casos de tortura, por parte de suas tropas.
Tony Blair foi substituído por Gordon Brown, outro ideólogo da “terceira via” que acabou sofrendo uma das derrotas eleitorais mais arrasadoras da história do trabalhismo inglês. Bill Clinton também não conseguiu fazer seu sucessor, e passou para a história, como símbolo do expansionismo imperial americano, da década de 1990, a despeito de sua retórica “globalista” e democrática. Os demais participantes europeus do movimento também tiveram finais inglórios, como foi o caso de Lionel Jospin, Massimo D´Alema e Gerhard Schröder, e hoje ninguém mais fala ou lembra, na Europa ou nos Estados Unidos, do projeto da “terceira via”. Mas este factóide anglo-americano teve uma sobrevida, e só será enterrado definitivamente, em 2010, na América Latina. Primeiro, no Chile, depois da derrota eleitoral da “Concertacion” de Ricardo Lagos. E depois, no Brasil, com a provável derrota do partido social-democrata, de Fernando H. Cardoso, nas eleições presidências deste ano. Nos dois casos, o que mais chama a atenção não é a derrota em si mesma, é a anorexia ideológica dos dois últimos herdeiros da “terceira via”. Não se trata de incompetência pessoal, nem de um problema de imagem, se trata do colapso final de um projeto político-ideológico eclético e anódino que acabou de maneira inglória: o projeto do neoliberalismo social-democrata. Que repouse em paz !
José Luís Fiori, cientista político, é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Leia no Boletim de atualização de Outras Palavras e Biblioteca Diplô - Nº 13 - 30/8/2010 (www.diplo.org.br ou http://outraspalavras.net )
Muito além dos mercados
Ricardo Abramovay debate: como a sociedade civil está encontrando caminhos para influir nas condições ambientais e humanas da produção agropecuária
Como a Europa faz mal à Saúde
Atropelando soberania de países do Sul e ferindo Direito Internacional, União Europeia destroi medicamentos que combateriam AIDS, hipertensão e infecções
Por que o Ocidente não ajuda o Paquistão
Tarik Ali analisa: só o preconceito contra Islã explica a indiferença, na Europa e EUA, frente à tragédia das mega-inundações
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Patagônia à venda
Quatro famílias estrangeiras tentam controlar, na Argentina, um dos grandes mananciais d'água do planeta. Parte dos habitantes pensa em secessão
Conhecimento, bem comum
Rede de organizações questiona a concessão de patentes a medicamentos e lança site para que pública conheça e debata o tema
Tenderhacker: piratarias de gênero
A experimentação sobre alma humana pode ocorrer no corpo individual, supervisionada pelo próprio indivíduo, para emancipação sexual do corpo controlado
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Lançamento da Contexto: A História da Televisão no Brasil, de vários autores. 352 p., 49,90 reais
Em 18 de setembro de 1950 o Brasil viu, pela primeira vez, a televisão em funcionamento. A transmissão sofreu problemas, os aparelhos eram escassos e a programação uma incógnita. Ainda assim, inaugurou-se uma nova relação do brasileiro com o mundo da imagem. Hoje, não importa onde seja o lar, uma modesta casa de quarto e sala ou um sofisticado apartamento: lá reinará um aparelho de televisão. E este livro conta em detalhes a trajetória desse meio de comunicação, analisando sua importância na estruturação da política, da economia e da cultura brasileiras, além do seu impacto no público. Dos programas de auditório aos humorísticos, das novelas às minisséries, dos jornais aos programas interativos, o livro é um passeio indispensável para estudantes, professores na área de comunicação e todos aqueles que querem conhecer a televisão brasileira.
Leila Brito nos encaminha:
VEM AÍ O PLEBISCITO POPULAR PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DE TERRA
VOCÊ PODERÁ VOTAR CONTRA O LATIFÚNDIO; CONTRA OS ABUSOS DE POSSE DE TERRAS BRASILEIRAS POR ESTRANGEIROS E POR BRASILEIROS.
Empresas nacionais e estrangeiras concentram em ritmo violento a propriedade rural no Brasil
Da Página do MST
O Incra acaba de revelar que, entre 1998 e 2008, o número de imóveis rurais de propriedade de empresas, tanto nacionais como estrangeiras, passou de 67 mil para 131 mil, de acordo com reportagem do Valor Econômico.
Nesse período, o total de terras controlado por empresas passou de 80 milhões para 177 milhões de hectares.
Esse volume de terras é espantoso se lembrarmos que o Brasil cultiva apenas 65 milhões de hectares em lavouras.
Ainda mais porque o resto de nosso território é utilizado em pastagens, reserva patrimonial e especulação, além das terras públicas.
Agora esperamos que os pesquisadores, a universidade e o próprio Incra ajudem explicar o seguinte:
>>> Por que empresas precisam de tanta terra?
>>> Quem são essas empresas? Para que usam?
>>> São apenas testa de ferro do capital estrangeiro ou aplicam em terras para especulação?
Os dados apresentados na discussão sobre o limite para compra de terras por estrangeiros demonstram que está em curso uma contra Reforma Agrária no Brasil, praticada pelo capital, que concentra cada vez mais as nossas terras.
Biblioteca Digital de Cartografia Histórica da USP
A Biblioteca Digital de Cartografia Histórica reúne a coleção de mapas impressos do antigo Banco Santos - atualmente sob custodia do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB/USP), conforme determinação da Justiça Federal. Além de disponibilizar os mapas em alta resolução, o site oferece informações cartobibliográficas, biográficas, dados de natureza técnica e editorial; assim como verbetes explicativos que procuram contextualizar o processo de produção, circulação e apropriação das imagens cartográficas.
http://www.mapashistoricos.usp.br/
Tenemos el placer de anunciar más un número de Antíteses, revista en perspectiva histórica de la Universidade Estadual de Londrina (Brasil), que presenta 24 colaboraciones de autores brasileños, argentinos, mexicanos, un canadiense y un norteamericano.
En breve serán postados más artículos en sus Aheads of Print de autores brasileños, argentinos, franceses, un español, un italiano y un alemán.
También informamos que está abierta la convocatoria para el dossier “Representaciones en torno al territorio y relaciones sociales en las fronteras ibero-americanas, siglos XVIII y XIX” hasta el 15 de noviembre de 2010, coordinado por la Profa. Dra. Sara Ortelli, Profesora de la Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires (UNICEN) eInvestigadora del CONICET / Argentina. Correspondiente al v. 4, n. 8, jul.-dez. de 2011.
Igualmente pueden ser enviadas colaboraciones en flujo contínuo para sus diferentes secciones.
Por último, informamos que la revista está presente en 50 indexadores y en millares de bibliotecas digitales de todo el mundo, lo que se puede conferir en su página inicial.
Cordialmente
Hernán Ramírez
Editor
ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA COMUNICAÇÕES NOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS DO “V SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA CULTURAL”, A SER REALIZADO ENTRE OS DIAS 08 E 12 DE NOVEMBRO DE 2010, NAS DEPENDÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB).
AS INSCRIÇÕES PODERÃO SER FEITAS ATÉ 19 DE SETEMBRO DE 2010.
PARA MAIS INFORMAÇÕES, CONSULTE O SITE:
http://soac.bce.unb.br/index.php/SIHC/VSIHC/schedConf/trackPolicies
Revista Brasileira de História recebe artigos para dossiê sobre comemorações
Ênfase deve ser em pesquisas sobre locais de memória; festas, civismo e movimentos sociais; etnicidade e paisagem
Publicada pela Associação Nacional de História (Anpuh), a Revista Brasileira de História veicula artigos originais e afinados com o avanço da produção historiográfica contemporânea. Visa atuar como um veículo de divulgação das práticas de pesquisa, escrita e ensino da história.
A próxima edição publicará o Dossiê Comemorações, com ênfase em pesquisas sobre locais de memória; festas, civismo e movimentos sociais; etnicidade e paisagem. O prazo máximo para submissão é 30 de setembro.
A versão eletrônica da revista pode ser acessada em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0102-0188&lng=pt&nrm=iso
Oi Ricardo, boa sorte com o novo blog!
ResponderExcluirBem-vindo de novo à blogosfera! hehe =)
ResponderExcluirOi, tio!
ResponderExcluirFicou muito bom!
Bjo,
Cris e BE