Uma triste lição de como a História é escrita está no primeiro artigo deste número. Ao que tudo indica, os protestos e pressões foram tão grandes que o objetivo dessa falsificação histórica não irá ser alcançado. Mas... fiquemos alertas! Como já ensinou Marc Ferro, existe muita manipulação na elaboração da História nos livros e na imprensa.
Revoltante é o mínimo que se pode dizer quando se lê o “A Privataria Tucana”. Dá vontade de chorar, ou de vomitar, vendo a podridão se espalhar na política brasileira com personagens que parecem sair dos livros de história da Máfia. É realmente incrível ver como este país é roubado, saqueado...e onde estão o Ministério Público e os nossos tribunais? Haja cadeia!
E as chuvas estão ai, as desgraças acontecem de novo... a pobreza de muitos, a ganância de uns poucos e a falta de educação de milhões levam a esse quadro caótico que nos habituamos a ver todo janeiro. Até quando? Vejam o artigo que me foi enviado a propósito da queda de um edifício no bairro onde moro, em Belo Horizonte.
1. ARTIGOS COMPLETOS
Piñera apaga dos livros de história o que Pinochet escreveu com sangue
Ao apagar das luzes de 2011, o governo direitista de Sebastian Piñera introduziu sorrateiramente uma mudança nos livros de história, na parte referente aos obscuros anos de Pinochet. Nos últimos 20 anos, ao menos duas gerações de estudantes chilenos aprenderam que o governo de Pinochet foi uma ditadura, mas, no final do ano passado, o governo de Piñera decidiu mudar esse conceito pelo de “regime militar”. O artigo é de Christian Palma. (WWW.cartamaior.com.br)
Christian Palma – Direto de Santiago
Christian Palma – Direto de Santiago
A convivência ideológica no Chile é como uma delicada taça do melhor cristal: qualquer movimento inesperado e brusco ameaça quebrá-la. Isso ficou manifesto na última quarta-feira, quando se conheceu a mudança sorrateira realizada pelo governo de direita de Sebastian Piñera nos livros de história, na parte referente aos obscuros anos do ditador Pinochet. Nos últimos 20 anos, ao menos duas gerações de estudantes chilenos aprenderam que o governo de Pinochet foi uma ditadura, mas, no final do ano passado, o governo de Piñera decidiu mudar esse conceito pelo de “regime militar”.
Embora essa diferença não seja algo determinante no mundo acadêmico especializado em Ciências Políticas e historiografia, para a população chilena a mudança é diferente: representa a violação de um pacto com a memória história onde não há espaço para eufemismos. O governo de Pinochet foi uma ditadura com todas as letras, uma das mais sangrentas e repressivas da América Latina, onde a sociedade não pode decidir sobre o desenvolvimento que queria e teve que viver sob um terrorismo de Estado que a impediu de participar nas grandes decisões econômicas, políticas e sociais.
O pior de tudo é que as condições impostas pela ditadura pinochetista ainda perduram no Chile, com uma elite dominante que se nega a dar maiores espaços de participação aos trabalhadores. Por isso, a mudança arbitrária do governo foi considerada uma agressão para milhões de chilenos. Não se pode falar de regime militar, pois é um significado neutro para tantos anos de opressão e exploração.
Os chilenos tampouco esquecem que a mudança de ditadura para regime militar foi realizada em silêncio, a portas fechadas (como também ocorria nos tempos de Pinochet), quando o ano de 2011 estava terminando e no contexto das massivas mobilizações estudantis que exigem uma educação pública de qualidade e gratuita.
O problema veio a público no dia 9 de dezembro, quando o Conselho Nacional de Educação do Chile aprovou a proposta do governo para reduzir as horas de aulas de história e geografia do currículo escolar. No documento a expressão “ditadura militar” é substituída por “regime militar”, o que produziu um efeito borboleta que incendiou os ânimos dos chilenos.
Alejandro Goic é um dos conselheiros do Ministério da Educação. “Ninguém se apercebeu da mudança. Nem os especialistas, nem os conselheiros se deram conta quando se discutiu. É um tema sensível. E me parece que é preciso manter o termo ditadura. As ditaduras devem ser chamadas de ditaduras e as democracias de democracias.
Mas a água chegou ao rio, como se diz no Chile. O novo ministro de Educação, Harald Beyer, o terceiro da pasta em seis meses, recebeu fortes críticas, justificando a mudança de conceito e colocando mais gasolina no fogo: “As expressões são mais gerais...a de regime militar que a de ditadura”. Além disso, acrescentou que o debate “não tem a ver com apoiadores nem detratores, tem a ver com expressões que se usam habitualmente nestes currículos em distintas partes do mundo”. A frase foi dita no Palácio de La Moneda, o mesmo lugar onde morreu o ex-presidente Salvador Allende.
A polêmica também chegou ao Congresso chileno, onde como era de se esperar, o rechaço foi contundente por parte de quem sempre chamou os 17 anos de Pinochet de ditadura, enquanto que se registraram matizes entre parlamentares governistas: aqueles que procuram tomar distância de Pinochet rechaçaram a medida, e aqueles que ainda o defendem, aplaudiram.
Cristián Monckeberg, deputado direitista do partido Renovação Nacional, de onde saiu o presidente Sebastián Piñera, condenou a mudança semântica: “Se antes se chamava ditadura e agora passa a se chamar regime militar, mudança feita por alguns técnicos encerrados em um escritório, isso não vai mudar o curso da história. Eu prefiro que essa escolha de nomes seja feita pelos historiadores, os que escrevem, os que interpretam”, afirmou.
Mas na direita chilena ainda restam políticos que trabalharam para Pinochet, como o deputado Alberto Cardemil, também da Renovação Nacional, que defendeu a mudança de palavra. “É um esforço técnico e profissional do Ministério da Educação de dar uma versão equilibrada de nossa história”, disse, acrescentando que “os países precisam, com o passar do tempo, revisar sua história para dar uma versão equilibrada”.
A cereja do bolo foi colocada pelo deputado da União Democrata Independente (partido de ultra-direita), Iván Moreira, que sempre foi convidado à casa da família Pinochet. “O fato de se usar o termo ditadura é uma forma de estigmatizar um governo que entregou democraticamente o poder e isso não ocorreu em nenhuma ditadura do mundo, só no Chile, o que fala muito bem do espírito democrático do país”.
No twitter, a mudança de palavra fez explodir a rede social. O grupo de música chilena e reconhecido opositor a Pinochet, Inti Illimani, escreveu: “Voltam os eufemismos perversos da direita...FOI DITADURA!!! E PONTO. Pão, pão e vinho, vinho. PONTO!”.
Tradução: Katarina Peixoto
A Inquisição existiu. E provocou tremendo atraso
Por Alberto Dines (Observatório da Imprensa)
No 21º fascículo quinzenal, o mais prestigioso e fleumático veículo da grande imprensa brasileira, Valor Econômico, afinal reconheceu que o Correio Braziliense foi decisivo para criar uma imprensa livre no Brasil.
Embora essa diferença não seja algo determinante no mundo acadêmico especializado em Ciências Políticas e historiografia, para a população chilena a mudança é diferente: representa a violação de um pacto com a memória história onde não há espaço para eufemismos. O governo de Pinochet foi uma ditadura com todas as letras, uma das mais sangrentas e repressivas da América Latina, onde a sociedade não pode decidir sobre o desenvolvimento que queria e teve que viver sob um terrorismo de Estado que a impediu de participar nas grandes decisões econômicas, políticas e sociais.
O pior de tudo é que as condições impostas pela ditadura pinochetista ainda perduram no Chile, com uma elite dominante que se nega a dar maiores espaços de participação aos trabalhadores. Por isso, a mudança arbitrária do governo foi considerada uma agressão para milhões de chilenos. Não se pode falar de regime militar, pois é um significado neutro para tantos anos de opressão e exploração.
Os chilenos tampouco esquecem que a mudança de ditadura para regime militar foi realizada em silêncio, a portas fechadas (como também ocorria nos tempos de Pinochet), quando o ano de 2011 estava terminando e no contexto das massivas mobilizações estudantis que exigem uma educação pública de qualidade e gratuita.
O problema veio a público no dia 9 de dezembro, quando o Conselho Nacional de Educação do Chile aprovou a proposta do governo para reduzir as horas de aulas de história e geografia do currículo escolar. No documento a expressão “ditadura militar” é substituída por “regime militar”, o que produziu um efeito borboleta que incendiou os ânimos dos chilenos.
Alejandro Goic é um dos conselheiros do Ministério da Educação. “Ninguém se apercebeu da mudança. Nem os especialistas, nem os conselheiros se deram conta quando se discutiu. É um tema sensível. E me parece que é preciso manter o termo ditadura. As ditaduras devem ser chamadas de ditaduras e as democracias de democracias.
Mas a água chegou ao rio, como se diz no Chile. O novo ministro de Educação, Harald Beyer, o terceiro da pasta em seis meses, recebeu fortes críticas, justificando a mudança de conceito e colocando mais gasolina no fogo: “As expressões são mais gerais...a de regime militar que a de ditadura”. Além disso, acrescentou que o debate “não tem a ver com apoiadores nem detratores, tem a ver com expressões que se usam habitualmente nestes currículos em distintas partes do mundo”. A frase foi dita no Palácio de La Moneda, o mesmo lugar onde morreu o ex-presidente Salvador Allende.
A polêmica também chegou ao Congresso chileno, onde como era de se esperar, o rechaço foi contundente por parte de quem sempre chamou os 17 anos de Pinochet de ditadura, enquanto que se registraram matizes entre parlamentares governistas: aqueles que procuram tomar distância de Pinochet rechaçaram a medida, e aqueles que ainda o defendem, aplaudiram.
Cristián Monckeberg, deputado direitista do partido Renovação Nacional, de onde saiu o presidente Sebastián Piñera, condenou a mudança semântica: “Se antes se chamava ditadura e agora passa a se chamar regime militar, mudança feita por alguns técnicos encerrados em um escritório, isso não vai mudar o curso da história. Eu prefiro que essa escolha de nomes seja feita pelos historiadores, os que escrevem, os que interpretam”, afirmou.
Mas na direita chilena ainda restam políticos que trabalharam para Pinochet, como o deputado Alberto Cardemil, também da Renovação Nacional, que defendeu a mudança de palavra. “É um esforço técnico e profissional do Ministério da Educação de dar uma versão equilibrada de nossa história”, disse, acrescentando que “os países precisam, com o passar do tempo, revisar sua história para dar uma versão equilibrada”.
A cereja do bolo foi colocada pelo deputado da União Democrata Independente (partido de ultra-direita), Iván Moreira, que sempre foi convidado à casa da família Pinochet. “O fato de se usar o termo ditadura é uma forma de estigmatizar um governo que entregou democraticamente o poder e isso não ocorreu em nenhuma ditadura do mundo, só no Chile, o que fala muito bem do espírito democrático do país”.
No twitter, a mudança de palavra fez explodir a rede social. O grupo de música chilena e reconhecido opositor a Pinochet, Inti Illimani, escreveu: “Voltam os eufemismos perversos da direita...FOI DITADURA!!! E PONTO. Pão, pão e vinho, vinho. PONTO!”.
Tradução: Katarina Peixoto
A Inquisição existiu. E provocou tremendo atraso
Por Alberto Dines (Observatório da Imprensa)
No 21º fascículo quinzenal, o mais prestigioso e fleumático veículo da grande imprensa brasileira, Valor Econômico, afinal reconheceu que o Correio Braziliense foi decisivo para criar uma imprensa livre no Brasil.
Com cerca de 10 meses de atraso, as duas empresas jornalísticas que se associaram para formar o mais importante diário econômico brasileiro (os grupos Globo e Folha) admitiram que o Santo Ofício da Inquisição foi o principal instrumento da monarquia absolutista portuguesa para barrar a circulação de informações e ideias em seu território e colônias (ver "Pelos reis, com limites").
A série “Jornais em Pauta”, conduzida com diligência pelo jornalista-historiador Matías M. Molina, recusara até a quinzena anterior a concessão do título de protojornalista e mencionou Hipólito da Costa de raspão uma vez. Por que era um mau jornalista? Não: porque era maçom e porque a maçonaria estava proibida pela igreja católica, razão pela qual ele ficou preso três anos nos cárceres da Inquisição em Lisboa.
A série sequer incluiu na galeria de grandes títulos da nossa imprensa o primeiro veículo a circular sem censura em Portugal e colônias e, ao contrário do que agora reconhece, chegou a afirmar que a censura imposta à colônia ao longo de 308 anos foi obra exclusiva de uma monarquia tirânica sem qualquer alusão à sua submissão ao poder religioso (tese prontamente contestada por este observador: ver debate em “A Inquisição não existiu, é invenção dos leigos”, “Resposta a Alberto Dines” e “Embargo suspenso: a imprensa já pode discutir seu passado”)
Evidência histórica
Esta “batalha” poderia ter sido evitada, também os vexames produzidos pela revelação de um voluntarismo grosseiro, para dizer o mínimo, na tentativa de manipulação histórica. A mesma competência agora empregada para registrar – embora tardiamente – o papel seminal de Hipólito da Costa e do seu mensário na veloz modernização da colônia teria contribuído para conferir à nossa imprensa o merecido diploma de maturidade. E de credibilidade.
Em plena Era da Transparência, conseguimos o milagre de manter sob embargo o bicentenário da instituição-símbolo da transparência. Enquanto déspotas nos quatro cantos do mundo – inclusive na América Latina – empenham-se em liquidar a imprensa, no Brasil ela se autoimolou negando a sua história e, portanto, sua razão de ser.
A importância de 1808 na cronologia brasileira não advém da simples transferência da corte portuguesa para a Bahia e depois para o Rio de Janeiro; o fato produziu um extraordinário salto, materializado 14 anos depois graças justamente à existência de uma imprensa libertada das amarras da censura. Censura clerical, diga-se. Vencida por Hipólito da Costa, acrescente-se.
“Ao Correio é atribuída uma importante participação na queda do absolutismo e no advento das liberdades e instituições civis”, afirma Valor, citando o biógrafo de Hipólito, Carlos Rizzini.
“Hipólito José da Costa fez do seu Correio Braziliense uma voz vigorosa e influente a serviço de ideais éticos e do racionalismo político”, proclama o jornal no subtítulo da matéria.
“Hipólito José da Costa fez do seu Correio Braziliense uma voz vigorosa e influente a serviço de ideais éticos e do racionalismo político”, proclama o jornal no subtítulo da matéria.
Rasgada a mordaça que escondeu a evidência histórica e resgatada a verdade, indispensável complementá-la lembrando que não foi acidental o embargo às rememorações e comemorações relativas ao bicentenário da fundação da nossa imprensa. O embargo foi imposto pela Grande Irmã, a Associação Nacional de Jornais (ANJ), ou por alguma confraria que utilizou indevidamente os seus canais. Tudo indica que tenha sido o Opus Dei.
Enviado por luisnassif, dom, 08/01/2012 - 12:46
Por Nicolas Timoshenko
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1031073-henry-engler-o-ex-guer...
Henry Engler, o ex-guerrilheiro uruguaio que revolucionou a pesquisa de Alzheimer
LUCAS FERRAZ
Enviado Especial ao Uruguai
Para demarcar os limites de sua imaginação, Henry Engler traça um círculo que abriga e controla seus pensamentos.
Foi assim na prisão, onde ele desenvolveu a técnica intuitivamente, para tentar manter-se são; na vida cotidiana, como na recente briga de trânsito em que terminou agredido; e no trabalho de pesquisa médica, que o fez chegar perto do Prêmio Nobel de Medicina, por desenvolver um dos estudos mais importantes em sua área nos últimos cem anos.
Ex-preso político da ditadura uruguaia por 13 anos, 11 dos quais numa solitária, sofrendo alucinações e diagnosticado com psicose delirante crônica, Engler apresentou em 2002, na Conferência Mundial sobre o Alzheimer, em Estocolmo, um trabalho que revolucionou os estudos do cérebro.
Ele detectou, pela primeira vez, a proteína amiloide, associada ao Alzheimer, em um homem vivo, passo mais importante no estudo da doença desde que o psiquiatra alemão Alois Alzheimer (1864-1915) detectou o mal, em 1906, na cabeça de um morto.
"Claro que houve influência da prisão na minha investigação, ela me deu disciplina e muita paciência", disse Engler à Folha em sua sala de diretor do Cudim (Centro Uruguaio de Imagenologia Molecular), criado por ele em Montevidéu em 2008. "Para o pesquisador, o mais importante não é a inteligência, mas sim a paciência, em primeiro lugar, e depois a intuição. Tanto na prisão como na minha pesquisa, tomei um caminho intuitivo."
PRISÃO
Ex-dirigente Tupamaro, a maior organização da esquerda armada do Uruguai entre os anos 1960 e 70, Engler foi um dos nove reféns da ditadura instaurada em 1973. Os militares prenderam nove dirigentes e ameaçaram executá-los caso a organização retomasse as ações armadas. Além de Engler, o atual presidente uruguaio, José Pepe Mujica, e o líder e fundador dos Tupamaros, Raúl Sendic, estavam no grupo.
Nascido em Paisandú em 1946, Engler era estudante de medicina e um dos dirigentes da organização. Participou de ações armadas e foi acusado pelos militares de ser um dos coautores do assassinato de Dan Anthony Mitrione, agente da CIA executado no Uruguai em 1970. Ele nega.
Foi preso em 1972, aos 24 anos. No ano seguinte, acabou trancafiado em uma solitária onde viveria os próximos 11 anos.
"Tinha muito problema com as vozes. Nunca vi coisas inexistentes, mas eu tinha uma toalha que se transformava em tapete mágico, cheia de sinais", conta. "Era insuportável ouvir as vozes, era muito agressivo, sentia fisicamente choques elétricos que paravam meu coração, que me seguiam torturando. Sofri isso durante anos."
Uma das piores alucinações foi a constatação de que a CIA tinha instalado um dispositivo em seu cérebro. Ao pensar nos companheiros da luta armada, automaticamente o dispositivo da agência de inteligência norte-americana captava a identidade dos colegas, que "caíam" (eram presos) em seguida. Para ele era a morte.
"Foi tudo intuitivo. Para controlar meus pensamentos, tratava de fazer um ponto na parede da cela e olhava fixamente para ele", conta. "Em pouco mais de um mês, via o que passava na minha cabeça, imagens que iam se formando. Até que fiz um círculo, e sempre tratava de manter essas imagens e pensamentos dentro do círculo. Seguia escutando vozes, mas agora eu podia controlar minha cabeça."
Nascido em Paisandú em 1946, Engler era estudante de medicina e um dos dirigentes da organização. Participou de ações armadas e foi acusado pelos militares de ser um dos coautores do assassinato de Dan Anthony Mitrione, agente da CIA executado no Uruguai em 1970. Ele nega.
Foi preso em 1972, aos 24 anos. No ano seguinte, acabou trancafiado em uma solitária onde viveria os próximos 11 anos.
"Tinha muito problema com as vozes. Nunca vi coisas inexistentes, mas eu tinha uma toalha que se transformava em tapete mágico, cheia de sinais", conta. "Era insuportável ouvir as vozes, era muito agressivo, sentia fisicamente choques elétricos que paravam meu coração, que me seguiam torturando. Sofri isso durante anos."
Uma das piores alucinações foi a constatação de que a CIA tinha instalado um dispositivo em seu cérebro. Ao pensar nos companheiros da luta armada, automaticamente o dispositivo da agência de inteligência norte-americana captava a identidade dos colegas, que "caíam" (eram presos) em seguida. Para ele era a morte.
"Foi tudo intuitivo. Para controlar meus pensamentos, tratava de fazer um ponto na parede da cela e olhava fixamente para ele", conta. "Em pouco mais de um mês, via o que passava na minha cabeça, imagens que iam se formando. Até que fiz um círculo, e sempre tratava de manter essas imagens e pensamentos dentro do círculo. Seguia escutando vozes, mas agora eu podia controlar minha cabeça."
LIBERDADE
As alucinações só terminaram em 1984, quando deixou a solitária. Ganhou a liberdade no ano seguinte, já com leve melhora psicológica. Eram tempos de redemocratização no Uruguai.
O círculo mudou a maneira de Henry Engler pensar. Aos 65 anos, ele diz ter desenvolvido uma capacidade de não reagir imediatamente a nada. Engler é calmo, ouve o interlocutor com muita atenção e não perde a piada.
"Trato de ver o que passa em meu pensamento e o que está passando no do outro. Controlar os pensamentos muda a forma como o cérebro trabalha, você perde a rapidez de reagir irracionalmente. Sempre está vendo o que está pensando, isso é correto, isso não é. A prisão me ajudou a desenvolver parte disso, não podia logicamente pensar no que ia acontecer comigo. Nos momentos de perigo, quando pensava que ia ser morto, precisava muito da intuição. O cérebro vai aprendendo a funcionar de uma maneira mais efetiva, que não é lógica".
Na prisão, abandonou o materialismo histórico dos tempos de militância e passou a crer em Deus -segundo diz, para sobreviver.
Primeiro pensou em Che Guevara. "Che podia suportar tudo, mas comecei a pensar em uma pessoa que poderia suportar mais, e era Jesus. Comecei a pensar que era bom parecer com Jesus. 'Perdoai, Senhor, eles não sabem o que fazem'. Isso despertou minha admiração. Estive muito alterado mentalmente, e tive uma identificação com Messias, mas depois me dei conta que não seria nenhum Messias, já tinha encontrado Deus".
Ao sair da prisão, Engler se mudou para a Suécia, país que recebeu muitos exilados latino-americanos. Decidiu retomar os estudos de medicina, mas a Universidade de Uppsala não aceitou os antigos registros do Uruguai. Recomeçou o curso em 1988, aos 42 anos. Por causa da idade, que ele considerava avançada para atuar como cirurgião, optou por seguir a carreira de pesquisador.
"Comecei a trabalhar na universidade, onde havia cientistas de primeira linha. O método não era muito conhecido, mas tive a sorte de entender que era importante para o futuro. A carreira de pesquisador é longa, é como o trabalho para desenvolver o olfato dos cães que procuram drogas: você começa a farejar para encontrar a solução dos problemas."
O círculo mudou a maneira de Henry Engler pensar. Aos 65 anos, ele diz ter desenvolvido uma capacidade de não reagir imediatamente a nada. Engler é calmo, ouve o interlocutor com muita atenção e não perde a piada.
"Trato de ver o que passa em meu pensamento e o que está passando no do outro. Controlar os pensamentos muda a forma como o cérebro trabalha, você perde a rapidez de reagir irracionalmente. Sempre está vendo o que está pensando, isso é correto, isso não é. A prisão me ajudou a desenvolver parte disso, não podia logicamente pensar no que ia acontecer comigo. Nos momentos de perigo, quando pensava que ia ser morto, precisava muito da intuição. O cérebro vai aprendendo a funcionar de uma maneira mais efetiva, que não é lógica".
Na prisão, abandonou o materialismo histórico dos tempos de militância e passou a crer em Deus -segundo diz, para sobreviver.
Primeiro pensou em Che Guevara. "Che podia suportar tudo, mas comecei a pensar em uma pessoa que poderia suportar mais, e era Jesus. Comecei a pensar que era bom parecer com Jesus. 'Perdoai, Senhor, eles não sabem o que fazem'. Isso despertou minha admiração. Estive muito alterado mentalmente, e tive uma identificação com Messias, mas depois me dei conta que não seria nenhum Messias, já tinha encontrado Deus".
Ao sair da prisão, Engler se mudou para a Suécia, país que recebeu muitos exilados latino-americanos. Decidiu retomar os estudos de medicina, mas a Universidade de Uppsala não aceitou os antigos registros do Uruguai. Recomeçou o curso em 1988, aos 42 anos. Por causa da idade, que ele considerava avançada para atuar como cirurgião, optou por seguir a carreira de pesquisador.
"Comecei a trabalhar na universidade, onde havia cientistas de primeira linha. O método não era muito conhecido, mas tive a sorte de entender que era importante para o futuro. A carreira de pesquisador é longa, é como o trabalho para desenvolver o olfato dos cães que procuram drogas: você começa a farejar para encontrar a solução dos problemas."
ALZHEIMER
Em 1997, já integrado à equipe de investigação de Uppsala, Henry Engler participou de pesquisas com cientistas da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia.
Nos Estados Unidos, os pesquisadores conseguiram criar uma substância que era usada em animais. Os estudos com o composto "PiB", como os suecos o nomearam, foram bem-sucedidos. Monitorada até chegar ao cérebro, a substância tornou possível detectar a proteína amiloide, associada à doença de Alzheimer.
Na Suécia, a Universidade de Uppsala desenvolveu um avançado exame de imagem, e Engler e seus colegas testaram o "PiB" em homens. "Colocamos uma pequena quantidade de radioatividade nessa substância, a injetamos no corpo humano e a monitoramos até o cérebro. Com as câmeras especiais, foi possível detectar a reação da amiloide, substância do cérebro que produz a doença e vai matando os neurônios".
O teste foi feito com cinco pessoas saudáveis e nove doentes. Deu certo. Era a primeira vez na história que a medicina conseguia mostrar a presença do Alzheimer no cérebro de pessoas vivas.
Nos Estados Unidos, os pesquisadores conseguiram criar uma substância que era usada em animais. Os estudos com o composto "PiB", como os suecos o nomearam, foram bem-sucedidos. Monitorada até chegar ao cérebro, a substância tornou possível detectar a proteína amiloide, associada à doença de Alzheimer.
Na Suécia, a Universidade de Uppsala desenvolveu um avançado exame de imagem, e Engler e seus colegas testaram o "PiB" em homens. "Colocamos uma pequena quantidade de radioatividade nessa substância, a injetamos no corpo humano e a monitoramos até o cérebro. Com as câmeras especiais, foi possível detectar a reação da amiloide, substância do cérebro que produz a doença e vai matando os neurônios".
O teste foi feito com cinco pessoas saudáveis e nove doentes. Deu certo. Era a primeira vez na história que a medicina conseguia mostrar a presença do Alzheimer no cérebro de pessoas vivas.
ACERTO DE CONTAS
Dividindo o tempo atualmente entre a Suécia e o Uruguai, Engler voltou ao seu país para um pequeno acerto de contas. Em 2008, fez um acordo com o governo para a criação do Cudim, erguido em frente ao mítico estádio Centenário. O centro médico é uma organização que atua em regime privado, mas que depende do Estado.
"Damos assistência a toda a população do Uruguai, sem cobrar nada, porque o Estado nos deu essa oportunidade", afirma.
No Cudim, há uma parceria com as Universidades de Montevidéu e de Uppsala. Os exames são para diagnósticos de câncer (todos os tipos), além de neurologia. O diagnóstico do Alzheimer deve começar a ser feito em breve. "Senti uma obrigação de ajudar, de voltar, o Uruguai estava muito distante nessa área. Senti muita gratidão pelas pessoas que lutaram pelo fim da ditadura e pela minha geração".
Engler também dirige o recém-criado Clube Latino de Imaginologia Molecular, cujo objetivo é integrar toda a rede médica da região, e torce para que seu estudo ajude a encontrar uma cura para o Alzheimer, cujos tratamentos, até o momento, são todos paliativos.
"Continuo sendo um revolucionário, agora lutando contra as doenças. O socialismo é não um fim, nunca vamos poder experimentá-lo totalmente", diz.
E teoriza: "O cérebro está formado por dois componentes essenciais, egoísmo e solidariedade. O egoísmo é necessário para o indivíduo sobreviver. A solidariedade, para a sobrevivência da espécie. Sempre há uma luta entre o egoísmo e a solidariedade. E sempre vai existir muito egoísmo, senão o cérebro deixaria de ser cérebro. O homem precisa controlar seus pensamentos para não deixar o egoísmo prevalecer."
"Damos assistência a toda a população do Uruguai, sem cobrar nada, porque o Estado nos deu essa oportunidade", afirma.
No Cudim, há uma parceria com as Universidades de Montevidéu e de Uppsala. Os exames são para diagnósticos de câncer (todos os tipos), além de neurologia. O diagnóstico do Alzheimer deve começar a ser feito em breve. "Senti uma obrigação de ajudar, de voltar, o Uruguai estava muito distante nessa área. Senti muita gratidão pelas pessoas que lutaram pelo fim da ditadura e pela minha geração".
Engler também dirige o recém-criado Clube Latino de Imaginologia Molecular, cujo objetivo é integrar toda a rede médica da região, e torce para que seu estudo ajude a encontrar uma cura para o Alzheimer, cujos tratamentos, até o momento, são todos paliativos.
"Continuo sendo um revolucionário, agora lutando contra as doenças. O socialismo é não um fim, nunca vamos poder experimentá-lo totalmente", diz.
E teoriza: "O cérebro está formado por dois componentes essenciais, egoísmo e solidariedade. O egoísmo é necessário para o indivíduo sobreviver. A solidariedade, para a sobrevivência da espécie. Sempre há uma luta entre o egoísmo e a solidariedade. E sempre vai existir muito egoísmo, senão o cérebro deixaria de ser cérebro. O homem precisa controlar seus pensamentos para não deixar o egoísmo prevalecer."
Colaboração de Helena Campos
Seguem imagens gravadas do desabamento de um prédio no bairro Buritis em Belo Horizonte.
Há algum tempo este prédio já vinha apresentando serios comprometimentos estruturais e foi interditado por ordem das autoridades.
Atualmente não estava sendo ocupado pelos seus moradores, por isso, felizmente não tivemos vítimas .
Estava em discussão a decisão de se demolir o imóvel, mas nem isto foi preciso pois ele acabou caindo sozinho mesmo.
Agora analizem mais um pouco a situação, vejam a encosta onde foi construido o prédio , e outros prédios vizinhos , que tambem já estão ameaçados .
Até quando vamos permitir que areas de risco como estas sejam exploradas pela ganância de lucros das contrutoras ?
Até quando as nossas "autoridades" continuarão omissas em relação à ocupação de áreas consideradas de risco, concedendo alvarás a projetos imobiliários que são visivelmente de alto risco?
Até quando, nós , compradores dos imóveis , vamos aceitar aplicar nossas economias em construções que não oferecem condições de segurança?
Construções visivelmente "condenadas" estão espalhadas por toda a cidade, no bairro Buritis então, nem se fala, e olhem que lá é considerada área nobre, imagine se não fosse...
Antigamente, queda de imóveis era considerado coisa de "favela" ou de construção barata. Olhem o que está acontecendo hoje em dia, construções de "gente fina" desabando pra tudo enquanto é lado.
O predio que caiu na semana passada no Caiçara tambem tinha sido construido em área de encostas, visivelmente traiçoeiras, e teve o mesmo fim, pior que desta vez levou sob os escombros um de seus moradores.
Outra coisa que aprendi há muitos anos, quando era voluntário da defesa civil e que estou cansando de ver por toda a cidade, muitas bananeiras plantadas em encostas acentuadas , que contribuem muito para os deslizamentos, pois a bananeira é um tipo de planta que não tem raizes profundas no solo, acumula muito líquido e seu próprio peso ajuda causar os deslizamentos .
Naquela época íamos em todas as casas onde pressentíamos o risco dos desabamentos e orientávamos os moradores a retirarem as bananeiras de seus terrenos, mostrando os motivos e o risco que eles corriam ao manter aquelas plantas.
Muitos proprietários atendiam nossa orientação e creio que pudemos ajudar muita gente a evitar tragédias em seus imóveis.
Será que isto é feito ainda hoje ? Eu não acredito que seja.
Se acessarem uma imagem de satélite (Google Earth ou Google Maps) da região da Rua Passa Quatro no bairro Caiçara, onde desabou o prédio na semana passada, vão ver que no lote ao lado da construção que desabou há uma encosta acentuada, com muitas bananeiras plantadas , o que ,por sí só ,já era outro risco para o desabamento.
Qualquer pessoa que entende um pouco de botãnica e de geologia sabe que a melhor forma natural de se conter encostas é colocando plantas que tenham raizes profundas e tambem entrelaçadas, como Bambuzinho, Capim Navalha e outros tipos que até foram desenvolvidos para esta finalidade.
BANANEIRAS NUNCA.......
Pois bem, Eu não gostaria que fatos como estes voltassem a acontecer na nossa cidade , mas se nada for feito, creio que , infelizmente, brevemente vamos ver nos nossos noticiários outras "tragédias" anunciadas como estas que ocorreram nas últimas semanas.
Grande abraço para todos
João batista
Veja o video aqui: http://www.youtube.com/watch?v=yMWWoaMCsLg&feature=email
Há algum tempo este prédio já vinha apresentando serios comprometimentos estruturais e foi interditado por ordem das autoridades.
Atualmente não estava sendo ocupado pelos seus moradores, por isso, felizmente não tivemos vítimas .
Estava em discussão a decisão de se demolir o imóvel, mas nem isto foi preciso pois ele acabou caindo sozinho mesmo.
Agora analizem mais um pouco a situação, vejam a encosta onde foi construido o prédio , e outros prédios vizinhos , que tambem já estão ameaçados .
Até quando vamos permitir que areas de risco como estas sejam exploradas pela ganância de lucros das contrutoras ?
Até quando as nossas "autoridades" continuarão omissas em relação à ocupação de áreas consideradas de risco, concedendo alvarás a projetos imobiliários que são visivelmente de alto risco?
Até quando, nós , compradores dos imóveis , vamos aceitar aplicar nossas economias em construções que não oferecem condições de segurança?
Construções visivelmente "condenadas" estão espalhadas por toda a cidade, no bairro Buritis então, nem se fala, e olhem que lá é considerada área nobre, imagine se não fosse...
Antigamente, queda de imóveis era considerado coisa de "favela" ou de construção barata. Olhem o que está acontecendo hoje em dia, construções de "gente fina" desabando pra tudo enquanto é lado.
O predio que caiu na semana passada no Caiçara tambem tinha sido construido em área de encostas, visivelmente traiçoeiras, e teve o mesmo fim, pior que desta vez levou sob os escombros um de seus moradores.
Outra coisa que aprendi há muitos anos, quando era voluntário da defesa civil e que estou cansando de ver por toda a cidade, muitas bananeiras plantadas em encostas acentuadas , que contribuem muito para os deslizamentos, pois a bananeira é um tipo de planta que não tem raizes profundas no solo, acumula muito líquido e seu próprio peso ajuda causar os deslizamentos .
Naquela época íamos em todas as casas onde pressentíamos o risco dos desabamentos e orientávamos os moradores a retirarem as bananeiras de seus terrenos, mostrando os motivos e o risco que eles corriam ao manter aquelas plantas.
Muitos proprietários atendiam nossa orientação e creio que pudemos ajudar muita gente a evitar tragédias em seus imóveis.
Será que isto é feito ainda hoje ? Eu não acredito que seja.
Se acessarem uma imagem de satélite (Google Earth ou Google Maps) da região da Rua Passa Quatro no bairro Caiçara, onde desabou o prédio na semana passada, vão ver que no lote ao lado da construção que desabou há uma encosta acentuada, com muitas bananeiras plantadas , o que ,por sí só ,já era outro risco para o desabamento.
Qualquer pessoa que entende um pouco de botãnica e de geologia sabe que a melhor forma natural de se conter encostas é colocando plantas que tenham raizes profundas e tambem entrelaçadas, como Bambuzinho, Capim Navalha e outros tipos que até foram desenvolvidos para esta finalidade.
BANANEIRAS NUNCA.......
Pois bem, Eu não gostaria que fatos como estes voltassem a acontecer na nossa cidade , mas se nada for feito, creio que , infelizmente, brevemente vamos ver nos nossos noticiários outras "tragédias" anunciadas como estas que ocorreram nas últimas semanas.
Grande abraço para todos
João batista
Veja o video aqui: http://www.youtube.com/watch?v=yMWWoaMCsLg&feature=email
2. VALE A PENA LER
Uma entrevista com Zigmunt Bauman
A entrevista foi gravada na sala de leitura da casa onde Bauman mora há 41 anos, em um dos subúrbios residenciais da cidade industrial de Leeds. Bauman nos recebeu em um ambiente familiar despojado, marcado por imagens de sua esposa Janina Bauman, de seus filhos e netos e de muitos livros em variados idiomas. Foi uma longa conversa que tratou de expectativas para século XXI, Internet, a necessidade de construção de políticas globais, a construção de uma nova definição de democracia e incluiu alguns dos temas sugeridos aqui, pelos visitantes do nosso site.
http://www.cpflcultura.com.br/site/2011/08/16/dialogos-com-zygmunt-bauman/#.TlK-GMRyZoY.facebook
Dois modelos disputam o futuro da China em 2012
Em meio à crise global e com a sucessão do atual líder Hu Jintao à vista, dois modelos disputarão o futuro no Congresso Geral do Partido Comunista, em novembro. No gigantesco município de Chonging, Bo Xilai (foto) encabeça um novo estatismo para lidar com a crescente desigualdade no país. Na usina exportadora chinesa, Guagndong, o secretário geral do PC, Wang Jiang, propõe um modelo liberal que aprofunde a abertura econômica e estimule a independência dos poderes. O artigo é de Marcelo Justo
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19353&boletim_id=1100&componente_id=17483
Contra o estrago do liberalismo, recuperar o Marx filósofo
O filósofo francês Dany-Robert Dufour refletiu sobre as mutações que esvaziaram o sujeito contemporâneo de relatos fundadores. Essa ausência é, para ele, um dos elementos da imoralidade liberal que rege o mundo hoje. Seu trabalho como filósofo crítico do liberalismo culmina agora em um livro que pergunta: que indivíduo surgirá depois do liberalismo? Talvez seja o caso, defende, de recuperar o Max filósofo, que defendia a realização total do indivíduo fora dos circuitos mercantis
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19334&boletim_id=1096&componente_id=17434
Leia no WWW.outraspalavras.net
AIDS: entre a cura possível e um novo surto mundial
Uma Nobel de Medicina escreve: imensos avanços científicos podem ser frustrados, se forem interrompidos mecanismos de solidariedade internacional contra doença. Por Françoise Barré-Sinoussi
“Estamos usando o crack”
Para segregar metrópoles, abrindo espaço à especulação ou megaeventos, usa-se o pretexto da droga — e condena-se usuários a políticas primitivas. Por Edmar Oliveira
Pentágono terceiriza assassinatos de guerra
Efetivo militar norte-americano já não é suficiente para controlar aviões-robô. Eliminação de "inimigos" transferida a empresas privadas. Por Robert Johnson
Aquecimento global: muito foi dito, pouco foi feito
A poucos meses da Rio+20, pesquisadora analisa resistência dos governos a enfrentar mudança climática e considera reais — mas muito tímidos — os avanços no Brasil. Em IHU
A China e sua guerra cultural
Governo lança ofensiva contra presença cultural norte-americana, reforça censura na internet e toma medidas para difundir língua e valores chineses pelo mundo. Em Opinião e Notícia
Brasil: a curiosa conversa da oligarquia financeira
Afirma-se que é preciso cortar serviços agora, para (mais tarde...) reduzir os juros. Veja o que está por trás deste argumento. Por Antonio Martins
Espanha: crônica de um país devastado
Muito rapidamente, políticas de "austeridade" multiplicaram desemprego e pobreza. Ninguém desafia mercados -- exceto "indignados", que enfrentarão novos desafios em 2012. Por Pep Valenzuela
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Barghouti: Palestina fará revolução não-violenta
Líder da resistência pacífica à ocupação diz que Primavera Árabe transformou Oriente Médio e que independência também libertará Israel. Entrevista a Katy Waldman
“Mulher Alternativa” estreia em Outras Palavras
Coluna semanal defende radicalmente a igualdade, não crê em libertação “definitiva” e aposta que feminismo combina com liberdade sexual. Por Marília Moschkovich
"Todo ano é assim”
Nas novas enchentes, mídia identifica “culpados” de sempre: as chuvas, ou os pobres. E esquece segregação urbana, o problema principal. Por Luiz Felipe Martins Candido
Ano Novo: vida nova!
Na primeira coluna de 2012, o antropólogo Luiz Fernando Dias Duarte fala sobre os sentidos das festas de fim de ano no Ocidente, que envolvem simbolismos diversos ligados à angústia com o passar do tempo, à ameaça da morte e à renovação da vida.
Por: Luiz Fernando Dias Duarte
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/sentidos-do-mundo/ano-novo-vida-nova
O papel das mulheres no mundo Greco-romano
por MARISTELA REMPEL EBERT
A presente análise pretende abordar as condições das mulheres nas sociedades antigas: a Grécia Clássica e a República Romana em sua época de glória, apontando a situação miserável e precária às quais estava sujeito todo o ser humano que nascesse mulher... LEIA NA ÍNTEGRA: http://espacoacademico.wordpress.com/2012/01/07/o-papel-das-mulheres-no-mundo-greco-romano/
Hannah Arendt, verdade e política
“Jamais alguém pôs em dúvida que verdade e política não se dão muito bem uma com a outra, e até hoje ninguém, que eu saiba, incluiu entre as virtudes políticas a sinceridade. Sempre se consideraram as mentiras como ferramentas necessárias e justificáveis ao ofício não só do político ou do demagogo, como também do estadista. Por que é assim?”... LEIA NA ÍNTEGRA: http://antoniozai.wordpress.com/2012/01/07/hannah-arendt-verdade-e-politica/
3. CAFÉ HISTORIA
HISTÓRIA AMBIENTAL - NOVA ENTREVISTA NO CAFÉ HISTÓRIA
O Café História começa 2012 com uma entrevista com a historiadora Lise Sedrez, professora do instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IH-UFRJ). Sedrez é uma das maiores especialistas da chamada "história ambiental" no Brasil. Mas o que seria exatamente "história ambiental"? Para saber mais sobre este interessante campo da historiografia clique no link abaixo e confira a entrevista. Ela está imperdível!
Link para a entrevista: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-conversa-cappuccino-lise-sedrez-ufrj
4. INFORMAÇÕES
O Café História começa 2012 com uma entrevista com a historiadora Lise Sedrez, professora do instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IH-UFRJ). Sedrez é uma das maiores especialistas da chamada "história ambiental" no Brasil. Mas o que seria exatamente "história ambiental"? Para saber mais sobre este interessante campo da historiografia clique no link abaixo e confira a entrevista. Ela está imperdível!
Link para a entrevista: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-conversa-cappuccino-lise-sedrez-ufrj
4. INFORMAÇÕES
A REA 128, janeiro de 2012, está on-line. Leia nesta edição o DOSSIÊ “KIERKEGAARD E NIETZSCHE: É POSSÍVEL SER FILÓSOFO E CRENTE?”, organizado pelos professores Jasson da Silva Martins (UESB) e Renato Nunes Bittencourt (UFRJ).
Agradecemos aos organizadores do DOSSIÊ, aos Consultores Ad hoc que contribuíram e viabilizaram esta edição (veja anexo), à Comissão Editorial e a todos que contribuíram para a publicação de mais este número da REA.
Acesse http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/issue/current
Já estão abertas as inscrições de propostas de Simpósios Temáticos e Minicursos para o XVIII Encontro Regional (ANPUH-MG): Dimensões do Poder na História. Os interessados devem preencher o formulário disponível no blog do evento http://anpuhmg.blogspot.com/ e enviar o resumo de no máximo 300 caracteres.
Agradecemos aos organizadores do DOSSIÊ, aos Consultores Ad hoc que contribuíram e viabilizaram esta edição (veja anexo), à Comissão Editorial e a todos que contribuíram para a publicação de mais este número da REA.
Acesse http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/issue/current
Já estão abertas as inscrições de propostas de Simpósios Temáticos e Minicursos para o XVIII Encontro Regional (ANPUH-MG): Dimensões do Poder na História. Os interessados devem preencher o formulário disponível no blog do evento http://anpuhmg.blogspot.com/ e enviar o resumo de no máximo 300 caracteres.
Guilherme Souto enviou:
Como pregam os liberais clássicos, estão no caminho certo, mais um pouquinho de esforço
chegam ao paraíso, digo, à sociedade de consumo.
http://www.youtube.com/watch?v=Sgd4xLmLBrc&feature=player_embedded
É um filme um pouco demorado, mas que puxa a reflexão... vale a pena ver.
Como pregam os liberais clássicos, estão no caminho certo, mais um pouquinho de esforço
chegam ao paraíso, digo, à sociedade de consumo.
http://www.youtube.com/watch?v=Sgd4xLmLBrc&feature=player_embedded
É um filme um pouco demorado, mas que puxa a reflexão... vale a pena ver.
24th International Congress of History of Science, Technology and Medicine
University of Manchester, UK, Monday 22-Sunday 28 July 2013
The 24th International Congress of History of Science, Technology and Medicine will be held at the University of Manchester, UK, from Monday 22-Sunday 28 July 2013.
The Congress website is at: http://www.ichstm2013.com/
The theme of the Congress is ‘Knowledge at Work.’ We construe the theme broadly to include studies of the creation, dissemination and deployment of knowledge and practice in science, technology and medicine across all periods, and to encompass a variety of methodological and historiographical approaches.
The call for Symposia is now open. Details are at:
http://www.ichstm2013.com/call/
The deadline for symposia submissions is Monday 30 April 2012.
The call for individual papers will be issued in May 2012, and will be widely circulated.
Information about iCHSTM2013 will be regularly updated on the website as plans develop: please bookmark the site and check regularly for the latest news!
Enquiries about any aspect of iCHSTM2013 may be sent to:
enquiries@ichstm2013.com
Please forward this announcement to any other appropriate lists to ensure its widest possible distribution.
With thanks and best wishes,
Jeff Hughes (iCHSTM2013 Local Organising Committee)
Frank James (iCHSTM2013 National Organising Committee).
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