quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Numero 301





Podemos dizer que estamos hoje começando uma etapa nova. Rumo ao 400? É...se o mundo não acabar em 2012, como andam dizendo, poderemos chegar lá.
Muito nos animam comentários como esses que recebemos durante esta semana, alusivos ao 300.


1. Obrigado pelo destaque ao meu artigo. E, mais que tudo, parabéns pelo trabalho a favor da História que você realiza.
Abraço,
Jaime Pinsky


2. Parabéns, Ricardo, pelo nº300 e pela persistência e competência com que vem mantendo, regularmente, o Boletim.
Abraço, Francina Monteiro


3. Ricardo:
Boa comemoração do número 300.
Quatro artigos de peso.
Parabéns.
Antonio Moura


4. Parabéns!!! Comemore que você merece!
Abs,
Julia Calvo


5. Caro Prof. Ricardo,
Parabéns pela veiculação do número 300 do Boletim! É ótimo manter esse contato com o professor e amigo!
Com meu abraço,
Décio Gatti Jr.


6. Muito bom, Ricardo!!! E adorei o artigo do Antonio de Paiva Moura sobre o choque de gestão aecista!
Que venham muitos outros 300 boletins pela frente!!
Cristina Moreno

7. Oi Ricardo, Parabéns pelo Boletim. Fiquei feliz de colaborar neste. Bjs desta paulista andarilha. Margarete

8. Olá professor Ricardo! Parabéns pelos 300 números do Boletim. É sempre bom tê-lo por perto.
Abraço!
Tereza Rocha




Dez fatos que a "grande" imprensa esconde da sociedade

As entidades que reúnem as grandes empresas de comunicação no Brasil usam e abusam da palavra "censura" para demonizar o debate sobre a regulação da mídia. No entanto, são os seus veículos que praticam diariamente a censura escondendo da população as práticas de regulação adotadas há anos em países apontados como modelos de democracia. Conheça dez dessas regras que não são mencionadas pelos veículos da chamada "grande" imprensa brasileira.
Marco Aurélio Weissheimer (
WWW.cartamaior.com.br)

O debate sobre regulação do setor de comunicação social no Brasil, ou regulação da mídia, como preferem alguns, está povoado por fantasmas, gosta de dizer o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Franklin Martins. O fantasma da censura é o frequentador mais habitual, assombrando os setores da sociedade que defendem a regulamentação do setor, conforme foi estabelecido pela Constituição de 1988.

Regulamentar para quê? – indagam os que enxergam na proposta uma tentativa disfarçada de censura. A mera pergunta já é reveladora da natureza do problema. Como assim, para quê? Por que a comunicação deveria ser um território livre de regras e normas, como acontece com as demais atividades humanas? Por que a palavra “regulação” causa tanta reação entre os empresários brasileiros do setor?

O que pouca gente sabe, em boa parte por responsabilidade dos próprios meios de comunicação que não costumam divulgar esse tema, é que a existência de regras e normas no setor da comunicação é uma prática comum naqueles países apontados por esses empresários como modelos de democracia a serem seguidos.

O seminário internacional Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídias, realizado em Brasília, em novembro de 2010, reuniu representantes das agências reguladoras desses países que relataram diversos casos que, no Brasil, seriam certamente objeto de uma veemente nota da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) denunciando a tentativa de implantar a censura e o totalitarismo no Brasil.

Ao esconder a existências dessas regras e o modo funcionamento da mídia em outros países, essas entidades empresariais é que estão praticando censura e manifestando a visão autoritária que tem sobre o tema. O acesso à informação de qualidade é um direito. Aqui estão dez regras adotadas em outros países que os barões da mídia brasileira escondem da população:

1. A lei inglesa prevê um padrão ético nas transmissões de rádio e TV, que é controlado a partir de uma mescla da atuação da autorregulação dos meios de comunicação ao lado da ação do órgão regulador, o Officee of communications (Ofcom). A Ofcom não monitora o trabalho dos profissionais de mídia, porém, atua se houver queixas contra determinada cobertura ou programa de entretenimento. A agência colhe a íntegra da transmissão e verifica se houve algum problema com relação ao enfoque ou se um dos lados da notícia não recebeu tratamento igual. Após a análise do material, a Ofcom pode punir a emissora com a obrigação de transmitir um direito de resposta, fazer um pedido formal de desculpas no ar ou multa.

2. O representante da Ofcom contou o seguinte exemplo de atuação da agência: o caso de um programa de auditório com sorteios de prêmios para quem telefonasse à emissora. Uma investigação descobriu que o premiado já estava escolhido e muitos ligavam sem chance alguma de vencer. Além disso, as ligações eram cobradas de forma abusiva. A emissora foi investigada, multada e esse tipo de programação foi reduzida de forma geral em todas as outras TVs.

3. Na Espanha, de 1978 até 2010, foram aprovadas várias leis para regular o setor audiovisual, de acordo com as necessidades que surgiam. Entre elas, a titularidade (pública ou privada); área de cobertura (se em todo o Estado espanhol ou nas comunidades autônomas, no âmbito local ou municipal); em função dos meios, das infraestruturas (cabo, o satélite, e as ondas hertzianas); ou pela tecnologia (analógica ou digital).

4. Zelar para o pluralismo das expressões. Esta é uma das mais importantes funções do Conselho Superior para o Audiovisual (CSA) na França. O órgão é especializado no acompanhamento do conteúdo das emissões televisivas e radiofônicas, mesmo as que se utilizam de plataformas digitais. Uma das missões suplementares e mais importantes do CSA é zelar para que haja sempre uma pluralidade de discursos presentes no audiovisual francês. Para isso, o conselho conta com uma equipe de cerca de 300 pessoas, com diversos perfis, para acompanhar, analisar e propor ações, quando constatada alguma irregularidade.

5. A equipe do CSA acompanha cada um dos canais de televisão e rádio para ver se existe um equilíbrio de posições entre diferentes partidos políticos. Um dos princípios dessa ação é observar se há igualdade de oportunidades de exposição de posições tanto por parte do grupo político majoritário quanto por parte da oposição.

6. A CSA é responsável também pelo cumprimento das leis que tornam obrigatórias a difusão de, pelo menos, 40% de filmes de origem francesa e 50% de origem européia; zelar pela proteção da infância e quantidade máxima de inserção de publicidade e distribuição de concessões para emissoras de rádio e TV.

7. A regulação das comunicações em Portugal conta com duas agências: a Entidade reguladora para Comunicação Social (ERC) – cuida da qualidade do conteúdo – e a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), que distribui o espectro de rádio entre as emissoras de radiodifussão e as empresas de telecomunicações. “A Anacom defende os interesses das pessoas como consumidoras e como cidadãos.

8. Uma das funções da ERC é fazer regulamentos e diretivas, por meio de consultas públicas com a sociedade e o setor. Medidas impositivas, como obrigar que 25% das canções nas rádios sejam portuguesas, só podem ser tomadas por lei. Outra função é servir de ouvidoria da imprensa, a partir da queixa gratuita apresentada por meio de um formulário no site da entidade. As reclamações podem ser feitas por pessoas ou por meio de representações coletivas.

9. A União Européia tem, desde março passado, novas regras para regulamentar o conteúdo audiovisual transmitido também pelos chamados sistemas não lineares, como a Internet e os aparelhos de telecomunicação móvel (aqueles em que o usuário demanda e escolhe o que quer assistir). Segundo as novas regras, esses produtos também estão sujeitos a limites quantitativos e qualitativos para os conteúdos veiculados. Antes, apenas meios lineares, como a televisão tradicional e o rádio, tinham sua utilização definida por lei.

10. Uma das regras mais importantes adotadas recentemente pela União Europeia é a que coloca um limite de 12 minutos ou 20% de publicidade para cada hora de transmissão. Além disso, as publicidades da indústria do tabaco e farmacêutica foram totalmente banidas. As da indústria do álcool são extremamente restritas e existe, ainda, a previsão de direitos de resposta e regras de acessibilidade.

Todas essas informações estão disponíveis ao público na página do Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídias. Note-se que a relação não menciona nenhuma das regras adotadas recentemente na Argentina, que vem sendo demonizadas nos editoriais da imprensa brasileira. A omissão é proposital. As regras adotadas acima são tão ou mais "duras" que as argentinas, mas sobre elas reina o silêncio, pois vêm de países apontados como "exemplos a serem seguidos" Dificilmente, você ouvirá falar dessas regras em algum dos veículos da chamada grande imprensa brasileira. É ela, na verdade, quem pratica censura em larga escala hoje no Brasil.



Colaboração de Leila Brito:

“Nova dança da moda: bombardear o Irã”
9/11/2011, Pepe Escobar, Asia Times Online Do the bomb Iran shuffle
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Preparem-se para uma chuva de informes de “inteligência”, no formato de imagens de satélites nas quais todos os modelos de armazém fotografados em território iraniano serão freneticamente descritos como segmentos de linha de montagens de bombas atômicas. (Lembram a famosa “instalação atômica secreta” localizada na Síria, há alguns anos? Era uma fábrica de tecidos).
Preparem-se para uma chuva de diagramas mal desenhados e imagens de objetos de ar sempre muito suspeito, ou dos contêineres onde teriam sido escondidos, todos capazes de atingir a Europa em 45 minutos.
Preparem-se para uma chuva de “especialistas” nos canais Fox, CNN e BBC, empenhados em dissecação sem fim de todas aquelas mal traçadas linhas travestidas como se fossem “provas”. Por exemplo, o ex-inspetor de armas da ONU, David Albright, agora empregado do Institute for Science and International Security (ISIS), já conseguiu escapar do mundo das almas mortas e já voltou à telinha, exibindo suas credenciais de “bombardear o Irã”, acrescidas de diagramas e inteligência de satélite.
Esqueçam o Iraque. Fora de moda, tãããããão 2003. O novo groove está aí. É guerra contra o Irã já. Virar japonês. Para começar, convoquem algum senso comum. Se o Irã estivesse construindo uma bomba atômica, teria de ter desviado urânio para essa finalidade. O relatório divulgado essa semana pela Agência Internacional de Energia Atômica [International Atomic Energy Agency (IAEA)] – por mais politicamente enviesado que seja – nega absolutamente qualquer desvio de urânio. Se o Irã estivesse desenvolvendo uma bomba atômica, os inspetores da ONU a serviço da IAEA teriam sido expulsos do país. OK. Em 2002 o Iraque não tinha programa de armas nucleares. E, mesmo assim, foi chocado e apavorado. O mesmo argumento vale também para o Irã. Teerã deve ter feito, isso sim – se merecem algum crédito as informações de inteligência super enviesadas usadas para o relatório da IAEA – muitos experimentos e simulações em computador. Todo o mundo faz – inclusive países que desistiram da bomba, como o Brasil e a África do Sul.
O Corpo dos Guardas Islâmicos Revolucionários [ing. Islamic Revolutionary Guards Corps (IRGC)] – encarregado do programa nuclear civil – quer, sim, com certeza, uma força de contenção. Quer dizer: eles querem poder construir uma bomba nuclear, para o caso de virem a enfrentar ameaça confirmada e inequívoca de mudança de regime induzida, mais provavelmente, por ataque militar ou invasão pelos EUA. Há muitas dúvidas sobre a competência – ou a imparcialidade – do novo presidente da Agência Internacional de Energia Atômica, o submisso Yukya Amano, japonês.
A melhor resposta sobre isso está num telegrama Wikivazado, de 2010 [1]. Quanto à origem de muito do que tem sido apresentado pela IAEA como inteligência “confiável”, até o New York Times já foi obrigado a noticiar que “parte daquelas informações foram enviadas à IAEA por EUA, Israel e Europa”. Gareth Porter já destruiu definitivamente a credibilidade daquele relatório [2].
Além do mais, preparem-se para pressão máxima contra a CIA, para que desminta o crucial 2007 National Intelligence Estimate (NIE), que estabeleceu – de forma irrefutável – que Teerã encerrou seu programa nuclear para armas atômicas há muito tempo, em 2003. Tudo isso encaixa-se perfeitamente com os latidos dos cães de guerra, que já começaram a latir. Os fantoches europeus podem ser incompetentes até para vencer uma guerra na Líbia (só conseguiram, depois que o Pentágono assumiu o comando da inteligência via satélites). Podem ser incompetentes até para dar solução ao desastre financeiro da Europa. Mas França, Alemanha e UK já começaram a latir – exigindo sanções mais duras contra o Irã.
Nos EUA, Democratas e Republicanos juntos exigem não só sanções; os Republicanos pirados (evidente oxímoro) clamam por nova versão da Operação Choque e Pavor. Nunca é pouco repetir como funcionam as coisas em Washington. O governo de Benjamin Netanyahu em Israel diz ao poderoso AIPAC (American Israel Public Affairs Committee) o que fazer; e o AIPAC transmite as ordens ao Congresso dos EUA. Por isso a Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Deputados dos EUA já está analisando um projeto de lei a ser apresentado pelos dois partidos e que, de fato, é declaração de guerra ao Irã. Nos termos da lei em discussão, nem o presidente Barack Obama, nem a secretária de Estado Hillary Clinton, nem, de fato, nenhum diplomata dos EUA, poderá manter qualquer tipo de contato ou relação diplomática com o Irã – a menos que Obama obtenha, “das comissões apropriadas do Congresso”, uma declaração de que não falar com o Irã implicaria “ameaça extraordinária a interesses vitais da segurança dos EUA.”
“Comissões apropriadas do Congresso” é exatamente a Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Deputados dos EUA, que recebe ordens de marcha marcial diretamente de Bibi, em Israel, via o AIPAC, em Washington. Tentem dizer a qualquer daqueles hiper-Israel-acima-de-tudo no Congresso dos EUA quais são as reais consequências imediatas de atacar o Irã: o Irã, em minutos, fechará o Estreito de Ormuz, com o que serão cortados 6 milhões de barris de petróleo, da economia mundial (que já está em recessão no norte industrializado), o que elevará o preço do barril de petróleo para 300, 400 dólares. De nada adiantará: eles não sabem juntar lé com cré.
Preparem-se. E nenhum passo fora da agenda. Começam a aparecer boatos de que o Corpo dos Guardas Revolucionários Islâmicos (IRGC) teria dito, segundo a agência de notícias Fars, que bastam quatro mísseis iranianos para deter Israel. Esse mísseis talvez sejam – e talvez não sejam – os mísseis nucleares cruzadores soviéticos Kh-55 da Ucrânia e da Bielorrússia, com alcance máximo de 2.500 km, e que o Irã talvez tenha comprado, há anos, no mercado negro. O IRGC, claro, mantém-se em silêncio. O que só faz aumentar o nevoeiro da (pré) guerra –, porque ninguém sabe coisa alguma sobre a qualidade das defesas do Irã.
Segredo que todos conhecem em Washington é que a ‘mudança de regime’ no Irã é jogo de guerra que já vem sendo jogado desde, no mínimo, 2004. Ainda se aplica o mapa do caminho favorito dos neoconservadores, de 2002; os alvos são Iraque, Síria, Líbano, Irã, Somália e Sudão – pontos chaves do “arco de instabilidade” inventado pelo Pentágono. Imaginem esses PhDs em matanças e guerras examinando o tabuleiro de xadrez.
O Iraque já está devidamente chocado e apavorado (apesar de os EUA estarem sendo chutados de lá). A Síria é jogo duro demais para os incompetentes da OTAN. O Líbano (o Hezbollah) só será derrotado se a Síria cair antes. A Líbia foi vitória (esqueçam a guerra civil na Líbia que durará muito tempo). A Somália pode ser contida com Uganda e aviões-robôs tripulados à distância, os drones. E o Sudão do Sul já está no saco.
O que deixa aberta – para os adeptos linha dura da doutrina da Dominação de Pleno Espectro –, a tentação sedutora de um ataque bem-sucedido contra o Irã, como o ápice de um movimento radical de destruição, que redistribuiria todas as cartas, do Oriente Médio à Ásia Central. O “arco de instabilidade” estaria, afinal, desestabilizado. Como fazer? É simples – do ponto de vista dos dedicados servidores da morte e da guerra. Basta convencer Obama de que, em vez de infernizar-lhe a vida, os conservadores beijarão o chão que ele pisa e o canonizarão como o salvador ressuscitador da economia dos EUA... se Obama concordar com, só, começar mais uma guerra. Alguém aí está interessado em Occupy Irã – literalmente?

Notas dos tradutores
[1] “New UN chief is 'director general of all states, but in agreement with us” [Novo diretor da IAEA-ONU é "diretor geral de todos os estados", mas em acordo conosco] – 16/10/2009, Telegrama CONFIDENCIAL VIENNA 000478, WikiLeaks, em Guardian, UK, 2/12/2010 (trechos que o Guardian assinala como “mais importantes”):
“O novo diretor geral designado da IAEA, Yukiya Amano, em reunião com o embaixador, agradeceu o apoio dos EUA a sua candidatura e muito enfatizou que apoia todos os objetivos estratégicos dos EUA na condução da Agência. Amano disse ao Embaixador em várias ocasiões que terá de fazer concessões ao G-77 que, acertadamente, exige que aja de modo justo e independente, mas que concorda enfaticamente com os EUA e jogará conosco em todas as decisões estratégicas chaves, desde a indicação do pessoal de alto nível, até o modo como manobrar o chamado programa nuclear do Irã [itálicos no telegrama original].

3. (SBU) Amano partilhou com o embaixador Davies sua posição pública sobre o papel da Agência Internacional de Energia Atômica e a contribuição a Agência nas questões globais cruciais da proliferação [de armas atômicas], segurança, energia, saúde humana e administração da água. Mais sincero, Amano observou a importância de manter uma certa “ambiguidade construtiva” sobre seus planos, até, pelo menos, que ele assuma o posto que hoje é de ElBaradei, o que acontecerá em dezembro [fim do excerto] .
[2] 9/11/2011, Gareth Porter, “IAEA's "Soviet Nuclear Scientist" Never Worked on Weapons” [Os “cientistas nucleares soviéticos” da IAEA jamais trabalharam em programas de armas], IPS News, (em inglês).
http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/11/pepe-escobar-nova-danca-da-moda.html
http://goo.gl/5dwV /twitter


Dilma sabe
por Carlos Lessa (apud Blog do Nassif)

A presidente sabe que a crise mundial, explicitada em 2008, será de longa duração e que o mundo pós-crise não é previsível, mas haverá a modificação geopolítica do planeta, uma profunda onda de inovações tecnológicas e alteração em padrões comportamentais.
A presidente sabe que o futuro exige conhecimento das restrições para, no âmbito do raio de manobra, serem a nação, o povo e sua economia uma folha ao vento da história ou, com a vontade civilizatória e solidária do povo, explicitar e desdobrar um projeto nacional. Cabe ao governante atuar no âmbito da manobra com o olhar firme, coordenar os atores sociais a atuar em direção ao sonho de um Brasil justo e próspero.
Futuro exige conhecimento das restrições para explicitar e desdobrar um projeto nacional
A presidente sabe a perversa tendência do sistema financeiro de, em tempos de crise, adotar políticas defensivas que aprofundam a crise. Keynes falava da "preferência pela liquidez", que desvia as empresas da realização de investimentos de ampliação de capacidade produtiva e passam a optar por aplicações financeiras. As organizações bancárias e do mercado de capitais tendem a restringir empréstimos e a optar por ampliar suas reservas de uso imediato. Ao fazê-lo, "empoçam" recursos, e aprofundam a tendência à fase depressiva da economia. O coletivo de empresas, acreditando na crise, adota uma conduta que acelera e aprofunda a crise. No limite, participam de um estouro de boiada que corre para o precipício.
A presidente sabe que o Fed (Federal Reserve) adquiriu ativos podres e duvidosos e injetou volumes colossais de recursos no sistema bancário americano. Entretanto, esses bancos não estão reativando a economia; estão cautelosos no crédito, prosseguem com a execução de hipotecas imobiliárias e paralisam a atividade da construção civil. A família americana, sem planos de previdência contratuais, hoje vê o futuro com angústia e decidiu pela contenção do consumo, que aprofunda o processo depressivo. Os indicadores macroeconômicos dos EUA são inquietantes.
A presidente sabe que os bancos da zona do euro não conseguem coordenar suas políticas nacionais, e tendem a praticar um contracionismo que sinaliza persistência e aprofundamento da crise. Os bancos da zona do euro estão "empoçando" e a Suíça, com medo de uma corrida pelos francos, alinhou sua moeda com o euro.
A presidente sabe que tanto os EUA quanto a comunidade europeia estão reduzindo importações. A China, que vinha sustentando o crescimento, vem perdendo ímpeto e já sinaliza procedimentos de reforço de seus bancos oficiais (para evitar a queda das Bolsas chinesas, o governo está recomprando ações de seus bancos dos acionistas privados minoritários).
A presidente sabe que a Bolsa de Mercadorias de Chicago sustenta os preços relativos de alimentos, de algumas matérias primas e do petróleo. Há uma preferência crescente dos especuladores mundiais por aplicações arbitradas pela Bolsa de Mercadorias de Chicago, porém o sinal pode mudar.
A presidente sabe que, frente à crise mundial, o Brasil deve "botar suas barbas de molho". Felizmente, temos o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNDES, que respondem à orientação soberana nacional de não participar da manada (Lula teve que trocar o presidente do BB para forçar nosso maior banco a expandir crédito).
A presidente sabe que o Bradesco já anunciou a criação de um fundo de R$ 1 bilhão para ter "liquidez preventiva" em relação à inadimplência privada. A presidente sabe que é importante reforçar o sistema bancário oficial e expandir o crédito e reduzir os juros básicos. A presidente, corretamente, quer estimular a construção civil em um programa de habitação popular. Obviamente, para a geração de emprego e renda, essa é a política social anticrise por excelência, porém sabe que tem que reduzir a gula dos empreiteiros. Manter a demanda interna ampliando o endividamento familiar com compra de veículos automotores e outros bens duráveis tem um efeito macrodinâmico menor e é patrimonialmente equivocada em relação à família brasileira. Talvez seja esse o sentido profundo da enigmática recomendação presidencial: "o brasileiro deve consumir com moderação".
Uma economista competente não diria essa frase (que parece aplicável a bebida) se não estivesse pensando em desviar as famílias da armadilha da compra de duráveis, orientando-as para a ativação da construção civil. Acho inteligente reforçar os fundos imobiliários com aplicações financeiras da previdência complementar, porém é necessário planejar o futuro das cidades e ampliar o investimento na infraestrutura urbana.
A presidente sabe que é possível e necessário fazer muito mais. O câmbio tem que voltar a ser controlado. O Brasil não deve estimular empresas brasileiras a investirem no exterior (recentemente, duas indústrias de calçados do Rio Grande do Sul anunciaram que vão deslocar suas operações para a Nicarágua em busca de mão de obra barata e menor intervenção do Estado). O sistema bancário oficial deve retirar qualquer apoio a essa atitude anti-nacional. O fomento público deve ser preferencial a empresas de brasileiros. As filiais de multi, na crise, tendem a ampliar remessas para as matrizes. Há um espaço para a empresa de brasileiros crescer, orientada para o mercado interno. As filiais terão que reduzir remessas para manter suas posições de mercado.
Presidente, a desvalorização do real aumenta a rentabilidade das exportações primárias mas encarecem itens básicos da alimentação popular. É indispensável a recriação do imposto de exportação, se houver a desvalorização previsível. Devemos selecionar com critério aplicações financeiras do exterior, reduzir o endividamento com risco cambial do setor privado, ampliar a proteção a ramos industriais clássicos, e adotar uma política pública de "comprar o produto brasileiro".
A presidente está informada das pressões externas. Algumas deveriam ser ridicularizadas: as associações americanas de indústrias de confecção e calçados protestaram contra a adoção, pelo Brasil, de medidas defensivas desses ramos industriais clássicos e ameaçados. Quero crer que são as matrizes interessadas em que suas filiais na China ampliem a avalanche de exportações para o Brasil. No Japão, surgiram resmungos quanto aos obstáculos para importações de veículos pelo Brasil.

Somente critico a presidente pela modéstia das medidas. Outra presidente sul-americana, que vem adotando medidas radicais de defesa nacional, acabou de receber uma reeleição consagradora. A timidez não é sábia em momentos de crise mundial.


A honra e as revoluções

Livro recém-lançado nos Estados Unidos defende que a preocupação com a honra é um fator essencial para que a sociedade promova mudanças em práticas consideradas chocantes e ofensivas. Keila Grinberg comenta a ideia em sua coluna deste mês.
Keila Grinberg (
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/em-tempo/a-honra-e-as-revolucoes)

Como as sociedades mudam? A pergunta embala inúmeros historiadores e filósofos, cujas respostas variam conforme a época em que vivem, as teorias nas quais acreditam e suas próprias ambições intelectuais.
Em tempos de ocupação da Wall Street (coração do centro financeiro de Nova Iorque) por jovens manifestantes e revoltas no mundo árabe, o filósofo anglo-ganês Kwame Appiah, professor da Universidade de Princeton (Estados Unidos) conhecido por seus estudos de linguagem, defende uma ideia que parece até meio fora de moda: a honra. Isso mesmo. Para ele, a honra foi um importante motor de mudança nas sociedades nos últimos 200 anos.
Conhecido do público brasileiro por seu livro Na casa de meu pai: a África na filosofia da cultura (Contraponto, 1997), Appiah publica agora a obra The Honor Code: how moral revolutions happen, com lançamento previsto para março de 2012 no Brasil pela editora Companhia das Letras.
Dessa vez, ele tenta entender como, olhando para o passado, nos deparamos com práticas tão chocantes sem que algo tivesse sido feito para modificá-las. Ao se perguntar “o que estávamos pensando que não fizemos nada para acabar com tal situação?”, ele arrisca afirmar que atitudes deploráveis só chegaram ao fim quando a honra – dos indivíduos ou das nações – foi atingida.
Isso teria acontecido na Inglaterra do início do século 19, tanto no caso do fim dos duelos da aristocracia – a certa altura considerados absurdos e ridículos – quanto em relação à proibição do comércio de escravos.
Outro exemplo ocorreu na China do início do século 20, com o fim da prática de enfaixar e quebrar os pés das mulheres chinesas para que permanecessem pequenos. E estaria acontecendo hoje em dia com os crimes de honra contra mulheres no Paquistão, que ainda não geraram nenhuma revolução moral, mas (é o que Appiah espera) ela estaria a caminho.
Ofensa à honra
Para Appiah, nenhuma dessas mudanças teria ocorrido pela força de argumentos morais. Embora a sensibilidade e a compaixão em relação ao sofrimento do outro tenham crescido substancialmente na Europa do século 18, não teriam sido os argumentos morais contra essas práticas que as teriam destruído. As pessoas não deixam de aceitar a situação porque o que está acontecendo é errado. Elas mudam quando sentem vergonha, quando sua honra está em perigo.
Talvez o caso da China tenha sido, dos três primeiros (o quarto ainda estaria por vir), o mais convincente. Séculos e séculos de denúncias contra a prática de enfaixar os pés das mulheres chinesas para impedir que eles crescessem não foram suficientes para acabar com ela. Muito pelo contrário: antes restrita à realeza e às famílias ricas, aos poucos o costume de enfaixar o pés foi sendo adotado por toda a sociedade chinesa, tornando-se cada vez mais popular, até mesmo nas áreas rurais. Ter os pés pequenos, além de ser bonito, era fundamental para ter um bom casamento e um bom status social.
Só com as reformas do fim do século 19, a questão dos pés das mulheres chinesas começou a ocupar o lugar que merecia na agenda política do Império chinês. Para os intelectuais chineses reformistas, os pés pequenos das mulheres tornavam a China ridícula aos olhos dos outros países – na verdade, dos países europeus civilizados (embora Appiah não diga, é isso o que ele quer dizer). Para estabelecer relações em pé de igualdade com as outras potências, eles deviam abandonar seus “bárbaros costumes”.
E assim foi. Em 1912, a prática foi proibida na China. Mesmo que ainda tenha persistido em algumas regiões do país até a década de 1940, não deixa de ser curioso que, depois ter existido por mais de 900 anos (desde o século 10), em tão pouco tempo ela tenha chegado ao fim. Hoje só existe em mulheres muito idosas, marcas de um tempo que já passou.
Raízes múltiplas
Mas assim como é difícil atribuir o fim dos pés pequenos das mulheres chinesas apenas à desonra internacional, isolar um único fator como responsável por mudanças tão significativas em sociedades tão diferentes é o ponto frágil do argumento central do livro.
Como toda interpretação ambiciosa e generalizante, ela corre o risco de não resistir a um olhar mais acurado sobre cada um dos casos analisados. Vide a crítica de David Brion Davis, historiador especialista em abolição da escravidão no Império britânico, ao capítulo sobre o fim do tráfico de africanos publicada na New York Review of Books.

Da mesma forma, embora seja impossível compartilhar qualquer simpatia por práticas tão repulsivas como as descritas no livro, também é difícil assumir como universal, ainda que apenas nos últimos 200 anos, o conceito de honra adotado por Appiah.
Mesmo que, como ele afirma, “duelar tenha sido sempre homicida e irracional, diminuir os pés tenha sempre sido de uma dor alucinante; escravidão tenha sempre sido um assalto à humanidade do escravo”, não dá para deixar de pensar que, embora essas três práticas tenham sido de fato sempre assim, elas nunca foram só isso.
Para não parecer a historiadora rabugenta vociferando contra as idiossincrasias dos filósofos, quero dizer que gostei do livro. Contra as muitas vezes cansativas contextualizações dos historiadores, é inspirador ler um texto livre de contrangimentos factuais e compromissos teóricos.
Mas não posso terminar sem dizer que acabei o livro com a sensação de que faltou explicar por que seguimos substituindo práticas sociais deploráveis como a de apequenar os pés das mulheres chinesas por outras, tão deploráveis quanto as anteriores. Nos falta honra? Ou ela não é mais capaz de alimentar revoluções morais?

Keila Grinberg
Departamento de História
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Pós-doutoramento na Universidade de Michigan (bolsista da Capes)





O primeiro livro impresso sobre o Brasil foi escrito por um alemão, Hans Staden, e publicado em seu país de origem em 1557. O texto clássico narra o período em que ele foi prisioneiro dos tupinambás em terras brasileiras. O artigo de capa da CH de outubro mostra como essa obra, que traz um retrato minucioso dos conflitos entre colonizadores e nativos e do cotidiano de um grupo indígena, atravessou séculos e tornou-se um dos mais importantes documentos sobre o período inicial da colonização. O novo número da revista traz ainda artigos sobre o papel dos microrganismos na produção de medicamentos e sobre o resultado de escavações feitas em Lagoa Santa, Minas Gerais, além de outras novidades.


edição 126 da REVISTA ESPAÇO ACADÊMICO (rREA), de novembro de 2011, foi publicada.
Leia neste número o DOSSIÊ "RAÇA E RACISMO NA LITERATURA E NO DIREITO", organizado pelo Prof. Dr. Alexander Martins Vianna (UFRRJ).

Acesse http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/issue/current


AFRICANOFAGIAS PAULISTANAS

Para celebrar o mês da Consciência Negra, no Ano Internacional dos Afrodescendentes a Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta Africanofagias Paulistanas, uma programação temática que acontecerá durante todo o mês de novembro. Africanofagias Paulistanas proporcionará ao público um conjunto de atividades que destacam a presença africana na história da cidade de São Paulo. Essa experiência social de africanos e afrodescendentes está amalgamada na dinâmica da vida paulistana, misturada às heranças indígenas e européias e está presente em espaços históricos importantes, na linguagem cotidiana, nos símbolos que portamos e exibimos, nas artes. Africanofagias Paulistanas é um projeto inspirado na antropofagia de Oswald de Andrade, que ao ver o Brasil como uma espécie de boca que tudo come lançou as bases para entendermos nossa cultura tão peculiar.
A programação trará debates com especialistas, visitas temáticas acompanhadas de oficinas poéticas e apresentações de artes cênicas e de música. Veja programação completa no site da Pinacoteca.
Além da Pinacoteca do Estado de São Paulo, outras duas instituições parceiras, o Museu de Arte Sacra e Museu da Língua Portuguesa, também participam. As visitas temáticas com oficinas poéticas serão oferecidas em cada um destes museus.
No acervo da Pinacoteca do Estado algumas obras que remetem à temática afro-brasileira estarão identificadas com o logotipo do Africanofagias Paulistanas. Estas obras estarão sinalizadas com o objetivo de relacioná-las à temática desta programação.

Abaixo seguem os dias e horários.
Programação

Mesas Redondas
Participação condicionada à ordem de chegada e à capacidade de 150 lugares.

No auditório da Pinacoteca do Estado, aos sábados, das 10h às 13h.

05 de novembro:
Tema: Os africanos nas terras paulistanas.

12 de novembro:
Tema: Negro paulistano me tornei, na metrópole que adotei.

19 de novembro:
Tema: Africanizando o cotidiano paulistano.

26 de novembro
As vertentes das expressões artísticas afro-brasileiras na cidade: continuidades. Conversa com representantes dos coletivos de teatro e grupos musicais, com foco sobre os processos de criação cênica e musical que se referem às tradições africanas e afro-brasileiras como fonte de pesquisas e as trazem para o espaço urbanidade. Mediação do jornalista e idealizador da revista de cultura urbana “O Menelick 2.Ato: Afrobrasilidades e afins” José Nabor Júnior.


Visitas temáticas

As visitas temáticas acompanhadas de oficinas poéticas acontecerão simultaneamente nas três instituições, sempre das 14h às 15h30, abordando temas que estão relacionados aos acervos expostos em cada uma delas.

Na Pinacoteca do Estado o tema é a ausência e a presença do negro na construção da identidade paulistana.
No Museu de Arte Sacra o tema é a presença do elemento negro nas festas sacras católicas.
No Museu da Língua Portuguesa o tema é a influência africana na corporeidade e no vocabulário brasileiros.

Apresentações de artes cênicas e de música

No espaço Octógono, aos sábados, 16h às 18h.

05 de novembro
O canto das lavadeiras e rezadeiras que se faz presente com o requinte da batucada de terreiro no samba do Curimba, núcleo formado por pastoras do Grêmio Recreativo de Resistência Cultural Kolombolo Diá Piratininga para difundir o samba paulista e seus mestres.

12 de novembro
O som que integra a vitalidade percussiva das festas de Maracatu com o improviso dos Mcs do rap do grupo Zinho Trindade e o Legado de Solano.

19 de novembro
Companhia de Arte Negra As Capulanas. Nesta apresentação elas mostram o trabalho "Quando as palavras sopram os olhos... Respiro!", inspirado no livro “Cartas para minha mãe”, de Teresa Cárdenas.

26 de novembro
Grupo Clariô de Teatro apresenta a peça “Urubu come carniça e voa”, montagem inspirada nos textos de João Flávio Cordeiro, o Miró de Muribeca, poeta negro pernambucano que faz da poesia a maneira mais concreta de responder a violência sofrida e observada por ele cotidianamente.

Neste mesmo sábado, das 14h às 15h30, será promovida uma mesa redonda sob o tema As vertentes das expressões artísticas afro-brasileiras na cidade: continuidades a partir de uma breve conversa com representantes dos coletivos de teatro e dos grupos musicais, com foco em um diálogo sobre estes e os processos de criação cênica e musical que se referem às tradições africanas e afro-brasileiras como fonte de pesquisas e as trazem para a contemporaneidade e para urbanidade. A mediação será do jornalista e idealizador da revista de cultura urbana “O Menelick 2.Ato: Afrobrasilidades e afins” José Nabor Júnior.


Por falar em Museus, vejam este site, muito interessante:
http://www.eravirtual.org/pt/


ANPUH – São Paulo divulga:

EVENTOS
A Sociedade Brasileira de História da Ciência, realizará o 13º Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia entre os dias 03 e 06 de setembro de 2012, na cidade de São Paulo, nas dependências do Departamento de História da Universidade de São Paulo - USP. O envio de propostas para Simpósios Temáticos será de 12 de novembro a 19 de dezembro de 2011, os informes estão no endereço http://www.sbhc.org.br/ e na Primeira circular anexada.

SITES
O site www.hzoom.com.br, uma viagem panorâmica ao patrimônio do Brasil, ferramenta que há dois anos se encontra em desenvolvimento por iniciativa de dois historiadores e uma fotógrafa. Na atualidade, este site, centrado na documentação e difusão do patrimônio histórico, cultural e ambiental brasileiro (tombado por instâncias municipais, estaduais, federal e internacional) já conta com a aprovação da Lei de Incentivo a Cultura/Ministério da Cultura e com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura/Governo de São Paulo (Programa de Ação Cultural 2010), oferecendo em sua primeira etapa, o acesso virtual a três sítios do patrimônio mundial (Serra da Capivara, Olinda e São Cristovão) e a alguns sítios do patrimônio nacional e estadual (Sete Cidades, PI e Campinas, SP). Maiores detalhes poderão ser encontrados pelo link http://www.hzoom.com.br/sites/hzoom/files/HZOOM%20-%20press%20realese%20I.pdf
Esperamos que os historiadores paulistas apreciem este trabalho, colocando-nos a disposição para ampliarmos, juntos, as ações de preservação do patrimônio brasileiro.
Mirza Pellicciotta
Historiadora, responsável pela produção textual do HZoom

LANÇAMENTOS
Lançamento do livro: Intelectuais e Comunismo no Brasil: 1920-1950. Gustavo Barroso - Plínio Salgado - Alceu Amoroso Lima - Jorge Amado - Miguel Costa.


Editora: EdUFMT/Fapemat, 2011.
Orgs: Cândido Moreira Rodrigues e Jefferson Rodrigues Barbosa

EDITAIS
A Cátedra Jaime Cortesão informa que a partir de 3 de novembro de 2011, estarão abertas as inscrições para a Seleção de Bolsas de Estágio de Pesquisa em Portugal, destinadas a alunos de pós-graduação, mestrado e doutorado, na Área de Ciências Humanas.
Serão concedidas cinco bolsas, com duração de dois meses e valor de 700,00 euros mensais.
O Edital para Seleção e maiores informações sobre as inscrições estão disponíveis no site www.cjc.fflch.usp.br

Divulgamos a abertura de concurso docente História da América Portuguesa a realizar-se junto à Faculdade de Ciências e Letras de Assis - UNESP.
DADOS DO CONCURSO

Emprego Público: Professor Assistente Doutor
Campus: Assis
Unidade: Faculdade de Ciências e Letras
Departamento: História
Quant. de vagas: 01 (uma)
Disciplina/Conjunto de Disciplinas: “História da América Portuguêsa I” e “História da América Portuguêsa II”.
Titulação: Doutor
Regime de trabalho: RDIDP
Regime Jurídico: CLT
Data de início das Inscrições: 07/11/2011
Data de término das Inscrições: 06/12/2011
Requisitos: graduados em curso superior; com título de doutor obtido em Programa de Pós-Graduação em História, em qualquer área.
Outras informações:
Contato: Seção Técnica de Comunicações, da Faculdade de Ciências e Letras, do Campus de Assis, sito à Avenida Dom Antonio nº 2.100 - Telefone: (18) 3302-5815 - E-mail:
comunicacoes@assis.unesp.br
EDITAL
Nº Edital: 187/2011
Data de Publicação no DOE: 4/11/2011, Seção I, páginas 238/239.
Link para o Edital: http://www.assis.unesp.br/concursos/EDITAL%20187-11.pdf


Informativo do Café Expresso
CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS

Vaticano vai expor bula que deu origem a Tratado de Tordesilhas

Leia: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)

DOCUMENTO HISTÓRICO

Revista Life em 1950 perguntava, dentre outras coisas: o universo é finito ou infinito?

Confira: http://cafehistoria.ning.com (Página Principal)

CINE HISTÓRIA

O novo filme de Pedro Almodóvar, "A Pele que Habito".

Leia: http://cafehistoria.ning.com (página principal)

VÍDEO EM DESTAQUE

Teoria da História: História Cultural

Assista: http://cafehistoria.ning.com/video/teoria-da-hist-ria-hist-ria-cultural

CONTEÚDO DA SEMANA

Releia a entrevista com a professora Monica Grin, do Instituto de História da UFRJ.

Leia: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-conversa-cappuccino-9

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Leia no WWW.outraspalavras.net
Chomsky debate o futuro dos novos movimentos
Diante do Occupy Boston, ele revela esperança nos protestos anticapitalistas, mas lembra: “há muito pela frente; vocês não vencerão amanhã”

Zizek vê horizonte aberto
Em nova entrevista, filósofo esloveno analisa: capitalismo perdeu legitimidade e já não é sinônimo de democracia, mas o que virá não está definido -- nem será, necessariamente, melhor

Europa: adeus à democracia?
Ação dos governos europeus diante da crise demonstra intenção de restringir participação social ao exercício periódico (e vazio...) do voto. Por Pep Valenzuela

Os juízes que nos julgam
Se estes são os que zelam pela Justiça e combatem a "apologia às drogas", ser acusado de criminoso por eles deve ser encarado como elogio. Por Júlio Delmanto

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