quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Numero 297







Toda crise mundial desperta reflexões. E também movimentos sociais como os que estamos presenciando. Dia 15, sábado passado, em todo o mundo milhares de pessoas sairam às ruas protestando contra o desemprego, contra o sistema financeiro, contra a falsa democracia, contra a corrupção. Com exceção da Itália, parece-me, nos demais locais o protesto correu pacificamente.


É saudável ver as multidões nas ruas novamente.



Mas... sempre tem um mas na história... e daí? Os protestos são ouvidos? O sistema financeiro mundial foi abalado pelas manifestações? A democracia, como um deus ex maquina vai existir, sem deputados corruptos, com partidos com ideias claras e objetivas?



O que pretendem os manifestantes? É para mudar o sistema todo ou apenas corrigir alguma coisinha aqui, outra ali e todos se darão por satisfeitos?

O artigo inicial de hoje traz essa preocupação, assim como o link para um especial do OutrasPalavras, em que mais 4 articulistas batem na mesma tecla.







Ocupar Wall Street...e depois?
Os novos movimentos sociais compõem o quadro da barbárie social que impregna a ordem burguesa mundial, abrindo um campo de contradições sociais que dilaceram por dentro a ordem do capital – dilaceram, mas são incapazes, em si e por si, de ir além. Talvez, falta-lhes clareza do próximo passo ou do elo mais próximo da corrente de indignação coletiva que clama, por exemplo, pela democracia real. Por isso, nos interrogamos: Ocupar Wall Street...e depois? O artigo é de Giovanni Alves.
Giovanni Alves (WWW.cartamaior.com.br)


O M12M, Movimento 12 de Março ou “Geração à Rasca”, em Portugal; o M15M, Movimento 15 de Março ou movimento dos indignados, na Espanha e o “Occupy Wall Street”, nos Estados Unidos, surgem no bojo da aguda crise financeira que atinge o núcleo orgânico do capitalismo global desde 2008. O movimento “Occupy Wall Street” nos EUA se inspirou nos movimentos sociais europeus como o M15M da Espanha. Por conseguinte, o movimento dos indignados espanhóis se inspirou nas rebeliões de massa que impulsionaram a “Primavera Árabe” e que derrubaram governos na Tunísia e Egito.

A profunda crise do subprime de 2008 foi muito sentida pelos países norte-africanos, piorando os níveis de pobreza, e tendo como detonador a elevação do preço dos alimentos e outros produtos básicos. A multidão árabe, composta em sua maioria por jovens trabalhadores precários e desempregados, se mobilizaram por meio das redes sociais.

Em todos os novos movimentos sociais, o papel das redes sociais, como o facebook e twitter, na organização das manifestações sociais de massa foi importante. Na verdade, “Occupy Wall Street”, o movimentos dos indignados e o movimento “geração à rasca” são exemplos candentes da verdadeira globalização “dos debaixo” que se contrapõe hoje a globalização dos “de cima”.

Podemos salientar algumas das características desses novos movimentos sociais:

Primeiro, são movimentos de densa e complexa diversidade social, exprimindo a universalização da condição de proletariedade (os 99%). No caso europeu, muitos dos manifestantes são jovens empregados e operários precários, trabalhadores desempregados, estudantes de graduação subjugados pelo endividamento e inseguros quanto ao seu futuro, constituindo o denominado “precariato”; incluem também, no caso do “Occupy Wall Street”, veteranos de guerra, sindicalistas, pobres e profissionais liberais, anarquistas, hippíes, juventude desencantada, trabalhadores organizados, sindicalistas, etc.

Entre milhares de pessoas, encontraram-se, lado a lado, por exemplo, jovens anticapitalistas e enfermeiras em defesa do sistema de saúde. Há cartazes de protesto contra o racismo, o presidente Obama, os republicanos, os democratas, a fome, as guerras no Iraque e Afeganistão.

Em contrapartida, defende-se os direitos dos trabalhadores, os dos prisioneiros em greve de fome, mais impostos para os milionários e a reestruturação do sistema financeiro. No movimento dos indignados espanhóis, defendem, por exemplo, a “democracia real”. Enfim, trata-se do denso e vasto continente do novo (e precário) mundo do trabalho e da proletariedade extrema que emerge no bojo dos “trinta anos perversos” de capitalismo neoliberal.

Segundo, são movimentos sociais pacíficos, recusando-se a adotar táticas violentas e contra a lei, evitando, deste modo, a criminalização. Eles têm profunda consciência moral e senso de justiça social, o que explica o sentido da expressão “indignados” (a crítica do capitalismo hoje implica, no plano da consciência contingente, um vetor intelectual-moral radical capaz de mobilizar o conjunto da “multidão” de proletários que se vêem ultrajados em sua dignidade humana).

Terceiro, utilizam-se das redes sociais, como facebook e twitter, ampliando sua área de intervenção territorial e mobilização social. Produzem sinergias sociais em rede, tecendo estratégias de luta territorial num cenário de crise social ampliada. Há tempos o MST - Movimento dos Sem-Terra, no Brasil, e o Zapatismo, no México, utilizam estratégias de ocupação como tática de luta e visibilidade social. Eles nos ensinam que, hoje, a luta contra o capital global que desterritorializa é a luta pela territorialização ampliada, difusa e descentrada (todos esses novos movimentos sociais não têm um líder).

Quarto, são movimentos sociais capazes de inovacão e criatividade política na disseminação de seus propósitos de contestação social. Por exemplo, os manifestantes do “Occupy Wall Street” vestiram-se de zumbis corporativos para expor o caráter da ordem burguesa em sua etapa de crise estrutural, ou ainda, em virtude da proibição de utilizarem megafones, a multidão mais próxima dos oradores repete suas frases, para que os mais distantes pudessem ouvir e, por sua vez, repeti-las também. É o "microfone humano";

Quinto, expõem, com notável capacidade de comunicação e visibilidade, as misérias da ordem burguesa no pólo mais desenvolvido do sistema apodrecido pela financeirização da riqueza capitalista. A luta social anti-capitalista hoje é a luta para dar visibilidade às suas contradições candentes. Sob o capitalismo manipulatório, a regra é a ocultação das misérias da ordem burguesa. Os indignados europeus e norte-americanos expõem e criticam a concentração de riqueza (eles dizem representar os 99% contra os 1%), a precariedade do trabalho e da vida e principalmente, desmitificam a democracia ocidental.

Sexto, os novos movimentos indignados, incluindo, é claro, o “Occupy Wall Street”, são movimentos que reivindicam a democratização radical contra a farsa democrática dos países capitalistas centrais. Esses movimentos sociais possuem um sentido de “agrietar” o capitalismo, isto é, fazer rachaduras no capitalismo global (expressão utilizados por John Holloway em seu último livro). Rachaduras que podem dar visibilidade ao Inferno do Real. De certo modo, sem o saber, os indignados buscam “negar” o capitalismo no interior do próprio capitalismo. Na medida em que ocorre a democratização radical da sociedade, desefetiva-se o Estado político do capital. Entretanto, os novos movimentos sociais da proletariedade extrema são, como a Esfinge do mito grego, uma incógnita social. Enfim, dizem eles: “decifra-me ou devoro-te”.

O detalhe crucial que podemos salientar das características indicadas acima é que são movimentos democráticos de massa que ocorrem em países capitalistas sob o Estado de direito democrático - o que não era o caso, por exemplo, da Tunísia e Egito. A ampliação do desemprego e precariedade social no decorrer da década de 2000 nos EUA e União Européia, e principalmente a partir da crise financeira de 2008, impulsionaram a radicalidade das massas de jovens (e velhos) precários e indignados com governos sociais-democratas e conservadores incapazes de deterem o “moinho satânico” do capitalismo global. Portanto, os novos movimentos sociais são reverberações radicais do capitalismo financeiro senil.

A crise financeira de 2008 expôs a mediocridade do governo democrata de Barak Obama que não conseguiu deter a influência de Wall Street na política norte-americana, frustrando muitos norte-americanos que acreditaram que ele deteria a hegemonia financeira. A crise da divida soberana de 2010 e a crise financeira da Zona do Euro expuseram a venalidade dos partidos social-democratas e socialistas nos elos mais fracos da União Européia. Os partidos hegemônicos da esquerda européia aceitaram a política neoliberal de austeridade da “troika” (FMI, Comissão Européia e Banco Central Europeu) aplicadas com zelo e fervor pela direita conservadora (o caso da Grécia e Portugal é paradigmático!).

Na verdade, a crise do “núcleo orgânico” do sistema mundial do capital diz respeito não apenas a crise financeira com o estouro da bolha imobiliária em 2008 e a crise da dívida soberana européia em 2010 em virtude da incontinência fiscal de alguns países europeus; ou mesmo, a crise social devido a ampliação do desemprego e da precariedade laboral no bojo da corrosão do Estado social europeu que, diga-se de passagem, precede a crise financeira; a crise do nosso tempo histórico é também, e principalmente, a crise política dos partidos da ordem burguesa, partidos conservadores-liberais e partidos social-democratas ou socialistas, que nas últimas décadas, constituíram uma rede de interesses promíscuos com a grande finança especulativo-parasitária, iludindo, o tempo todo, seus eleitores incautos.

Ao mesmo tempo, vislumbramos a crise do pensamento critico corroído pelo pós-modernismo e neopositivismo. No caso do continente europeus, berço do Iluminismo ocidental, a crise intelectual-moral da inteligência crítica é dramática. Na medida em que renunciou, em sua maioria, à critica radical do capitalismo a título da crença na possibilidade do “capitalismo ético” capaz de articular bem-estar social com interesses de acumulação de valor, a inteligência européia hoje, com honrosas exceções, encontra-se como os personagens divagantes do romance “Ensaio sobre a Cegueira”, de José Saramago. Como diz Slavoj Zizek, falta-lhes a tinta vermelha!. Ao mesmo tempo, no cenário político da crise européia, o ilusionismo da esquerda social-democrata ou socialista só é comparável ao cinismo dos conservadores de direita na preservação incólume da ordem burguesa.

Os novos movimentos sociais que ocorrem na bojo do capitalismo senil têm o sentido radical dos carecimentos vinculados à condição de proletariedade e a vida reduzida de amplos contingentes de jovens órfãos de futuridade. Os jovens indignados nos obrigam a refletir sobre as formas e metamorfoses da consciência social. Eles representam um cadinho complexo e rico de formas de consciência social critica que emergem no estado de barbárie social.

Num primeiro momento, a presença da massa de jovens e velhos rebeldes nas ruas e praças nos fascinam. O fervor em reconquistar de forma coletiva e pacífica, territórios urbanos, praças e largos, verdadeiros espaços públicos marginalizados pela lógica neoliberal privatista que privilegiou não espaços de manifestação social, mas espaços de consumo e fruição intimista. O que assistimos hoje nos EUA e Europa é quase uma catarse coletiva. Trata-se de individualidades pulsantes de indignação e rebeldia criativa, cada um com suas preocupações e dramas humanos singulares de homens e mulheres proletários; cada um com seus sonhos e pequenas utopias pessoais capazes de dar um sentido à vida por meio da resignificação do cotidiano como espaço de reivindicação coletiva de direitos usurpados.

Num primeiro momento, os novos movimentos sociais não incorporam utopias grandiosas de emancipação social que exigem clareza politico-ideológica. Pelo contrário, eles expressam, em sua diversidade e amplitude de expectativas políticas, uma variedade de consciência social critica capaz de dizer “não" e mover-se contra o statu quo. Possuem em sua contingência irremediável de movimento social, um profundo lastro moral do impulso critico. Como indignados, eles fazem, mas não o sabem (como diria Marx). No plano contingente, fazem uma critica radical do capitalismo como modo de produção da vida social. Mas não podemos considerá-los, a rigor, movimentos sociais anti-capitalistas. Na verdade, o que predomina entre os manifestantes é um modo de consciência contingente capaz de expor, com indignação moral, as misérias do sistema sociometabólico do capital, mas sem identificar suas causalidades histórico-estruturais (o que não significa que não haja os mais diversos espectros de ativistas anti-capitalistas).

Os movimentos sociais agem no plano da cotidianidade insubmissa, rompendo com a pseudo-concreticidade paralisante da rotina sistêmica, mas permanecendo no esteio da vida cotidiana. Talvez, falta-lhes clareza do próximo passo ou do elo mais próximo da corrente de indignação coletiva que clama, por exemplo, pela democracia real. Por isso, nos interrogamos: Ocupar Wall Street...e depois?

Entretanto, acreditamos que a função heurística magistral dos novos movimentos sociais é tão-somente expor as misérias da ordem burguesa senil. Mobilizam múltiplas expectativas, aspirações de consumo e sonhos da boa vida, projetando no movimento coletivo fantasias pretéritas, presentes e futuras de emancipação social ainda não bem discernidas. Talvez eles representem o espectro indefinido e nebuloso do comunismo que, como espectro do pai de Hamlet, nos anuncia que há algo de podre no Reino da Ordem burguesa.

Ora, enquanto cientistas sociais (e não apenas como ativistas sociais), temos que analisar os novos movimentos sociais com objetividade e na perspectiva da lógica dialética capaz de apreender a riqueza do movimento contraditório do real. Aviso aos navegantes pós-modernos: hoje, mais do que nunca, o método dialético tornou-se indispensável no exercício da crítica social. Torna-se imprescindível apreender no movimento do real, a dialética candente entre subjetividade e objetividade, alcances e limites, contingência e necessidade, barbárie e civilização. Não podemos ser tão-somente seduzidos pelo fascínio da contingência indignada nas praças e ruas. Os novos movimentos sociais de indignados compõem o quadro da barbárie social que impregna a ordem burguesa mundial, abrindo um campo de sinistras contradições sociais que dilaceram por dentro a ordem do capital – dilaceram, mas são incapazes, em si e por si, de ir além.

Nessas circunstancias criticas, surgem interrogações candentes que nos afligem irremediavelmente:

(1) terão os movimentos sociais de indignados capacidade de elaborar em si e para si uma plataforma política mínima capaz de exercitar a hegemonia social e cultural, preparando-se para uma longa “guerra de posição”, acumulando forças sociais e políticas sob o cenário da barbárie social e do capitalismo manipulatório?;

(2) terão eles possibilidade de criar condições efetivas (politico-ideológicas) para o surgimento de novas organizações de classe, capazes de traduzir, no plano da institucionalidade democrática, as medidas necessárias para realizarem os anseios dos indignados, sob pena da frustração irremediável? (é importante lembrar, como nos alerta Boaventura de Sousa Santos, que o colapso de expectativas é o esteio do fascismo social).

Enfim, até que ponto movimentos sociais como o “Occupy Wall Street” e os movimentos de indignados europeus terão a densidade histórica necessária para derrubar ou pautar governos, refundar ou enterrar partidos, fortalecer ou descartar lideranças ?

(3) Finalmente, até que ponto seriam eles efetivamente capazes de fazer história numa perspectiva para além do capitalismo que, em si e para si, é incapaz de incorporar as demandas sociais do precariato, tendo em vista a nova fase do capitalismo histórico imerso em contradições sociais candentes?

Estamos diante de impasses históricos inéditos. Por um lado, o aprofundamento da crise social na década de 2010 na Europa e nos EUA, a perspectiva de guerra – desta vez contra o Irã - e de recessão global; e por outro lado, a falta de estratégia de poder e anti-poder dos movimentos sociais, o extremismo conservador e a hesitação (e mediocridade política) de partidos políticos da esquerda social-democrata e socialista, coloca-nos diante de um caldo ameaçador do fascismo político sob o pano de fundo da barbárie social.

Não podemos subestimar, num cenário de barbárie social, a capacidade de resposta reacionária do establishment. É ingenuidade política acreditar que o Estado burguês não utilizará mecanismos de administração policial, no tempo certo, que vise isolar os novos movimentos sociais, na medida em que eles se ampliam; invisibilizá-los de modo midiático, caso se torne necessário (há uma intensa batalha midiática ocorrendo em todo o mundo!) ou então, dissuadi-los e absorve-los com concessões residuais capazes de preservar a ordem burguesa; no limite, pode-se simplesmente reprimi-los a título de preservar a ordem pública com o apoio da “classe média” perplexa e amedrontada pelo ameaça do terrorismo auto-induzido do estado de exceção.

A crise do capitalismo global colocará para a humanidade, sob pena de irmos à ruína, a necessidade do controle social, capaz de dar resposta aos carecimentos radicais postos pelos movimentos sociais que ocupam espaços públicos do mundo do capital e lutam contra o estado de barbárie social do capitalismo global em sua fase senil. Como diria o velho barbudo: Hic Rhodus, hic salta!

(*) Giovanni Alves é professor da UNESP, pesquisador do CNPq, atualmente fazendo pós-doutorado na Universidade de Coimbra/Portugal e autor do livro “ Trabalho e Subjetividade – O “espírito do toyotismo na era do capitalismo manipulatório” (Editora Boitempo, 2011). Site: www.giovannialves.org /e-mail: giovanni.alves@uol.com.br


Sobre este tema, consulte também no WWW.outraspalavras.net


ESPECIAL: QUATRO PONTOS DE VISTA SOBRE O 15 DE OUTUBRO


Um grande passo adiante e uma incógnita
Difusão mundial dos protestos e tentativa de formular reivindicações concretas marcaram 15-O. Mas falta avançar na construção de consensos. Por Pep Valenzuela, de Barcelona

Quando o decisivo é construir o espaço
Duzentas pessoas reuniram-se no 15-O carioca. Batucaram, brincaram, falaram de mudar o mundo. Eram poucas, mas estavam inventando algo. Por Bruno Cava, do Rio de Janeiro

Por que precisamos de outra democracia
Movimentos não protestam apenas contra injustiça econômica. Perceberam que instituições tornaram-se submissas aos interesses financeiros – e precisam ser mudadas. Por Toni Negri e Michael Hart

É preciso ir além das emoções
Zygmunt Bauman vê nos protestos globalizados um “laboratório de ação social”. Mas alerta: sem projeto, indignação não se sustentará. Entrevista a Vicente Verdú


A loba que come lobo
Autor(es): Maria Cristina Fernandes
Valor Econômico - 30/09/2011

Sabatinada para o Superior Tribunal de Justiça, na condição de primeira mulher a ascender à cúpula da magistratura, a então desembargadora da justiça baiana, Eliana Calmon, foi indagada se teria padrinhos políticos. "Se não tivesse não estaria aqui". Quiseram saber quem eram seus padrinhos. A futura ministra do STJ respondeu na lata: "Edison Lobão, Jader Barbalho e Antonio Carlos Magalhães".
Corria o ano de 1999. Os senadores eram os pilares da aliança que havia reeleito o governo Fernando Henrique Cardoso. A futura ministra contou ao repórter Rodrigo Haidar as reações: "Meu irmão disse que pulou da cadeira e nem teve coragem de assistir ao restante da sabatina. Houve quem dissesse que passei um atestado de imbecilidade".
Estava ali a sina da ministra que, doze anos depois, enfrentaria o corporativismo da magistratura. "Naquele momento, declarei totalmente minha independência. Eles não poderiam me pedir nada porque eu não poderia atuar em nenhum processo nos quais eles estivessem. Então, paguei a dívida e assumi o cargo sem pecado original."
De lá pra cá, Eliana Calmon tem sido de uma franqueza desconcertante sobre os males do Brasil. Muita toga, pouca justiça são.
Num tempo em que muito se fala da judicialização da política, Eliana não perde tempo em discutir a politização do judiciário. É claro que a justiça é política. A questão, levantada pela ministra em seu discurso de posse no CNJ, é saber se está a serviço da cidadania.
A "rebelde que fala", como se denominou numa entrevista, chegou à conclusão de que a melhor maneira de evitar o loteamento de sua toga seria colocando a boca no trombone.
Aos 65 anos, 32 de magistratura, Eliana Calmon já falou sobre quase tudo.
- Filhos de ministros que advogam nos tribunais superiores: "Dizem que têm trânsito na Corte e exibem isso a seus clientes. Não há lei que resolva isso. É falta de caráter" (Veja, 28/09/2010).
- Corrupção na magistratura: "Começa embaixo. Não é incomum um desembargador corrupto usar um juiz de primeira instância como escudo para suas ações. Ele telefona para o juiz e lhe pede uma liminar, um habeas-corpus ou uma sentença. Os que se sujeitam são candidatos naturais a futuras promoções". (Idem)
- Morosidade: "Um órgão esfacelado do ponto de vista administrativo, de funcionalidade e eficiência é campo fértil à corrupção. Começa-se a vender facilidades em função das dificuldades. E quem não tem um amigo para fazer um bilhetinho para um juiz?" (O Estado de S. Paulo, 30/09/2010).
Era, portanto, previsível que não enfrentasse calada a reação do Supremo Tribunal Federal à sua dedicação em tempo integral a desencavar o rabo preso da magistratura.
Primeiro mostrou que não devia satisfações aos padrinhos. Recrutou no primeiro escalão da política maranhense alguns dos 40 indiciados da Operação Navalha; determinou o afastamento de um desembargador paraense; e fechou um instituto que, por mais de 20 anos, administrou as finanças da justiça baiana.
No embate mais recente, a ministra foi acusada pelo presidente da Corte, Cezar Peluso, de desacreditar a justiça por ter dito à Associação Paulista de Jornais que havia bandidos escondidos atrás da toga. Na réplica, Eliana Calmon disse que, na verdade, tentava proteger a instituição de uma minoria de bandidos.
Ao postergar o julgamento da ação dos magistrados contra o CNJ, o Supremo pareceu ter-se dado conta de que a ministra, por mais encurralada que esteja por seus pares, não é minoritária na opinião pública.
A última edição da pesquisa nacional que a Fundação Getúlio Vargas divulga periodicamente sobre a confiança na Justiça tira a ministra do isolamento a que Peluso tentou confiná-la com a nota, assinada por 12 dos 15 integrantes do CNJ, que condenou suas declarações.
Na lista das instituições em que a população diz, espontaneamente, mais confiar, o Judiciário está em penúltimo lugar (ver tabela abaixo). Entre aqueles que já usaram a Justiça a confiança é ainda menor.
A mesma pesquisa indica que os entrevistados duvidam da honestidade do Judiciário (64%), o consideram parcial (59%) e incompetente (53%).
O que mais surpreende no índice de confiança da FGV é que o Judiciário tenha ficado abaixo do Congresso, cujo descrédito tem tido a decisiva participação da Corte Suprema - tanto por assumir a função de legislar temas em que julga haver omissão parlamentar, quanto no julgamento de ações de condenação moral do Congresso, como a Lei da Ficha Limpa.
A base governista está tão desconectada do que importa que foi preciso um senador de partido de fogo morto, Demóstenes Torres (DEM-TO), para propor uma Emenda Constitucional que regulamenta os poderes do CNJ e o coloca a salvo do corporativismo dos togados de plantão. "Só deputado e senador têm que ter ficha limpa?", indagou o senador.
Ao contrário do Judiciário, os ficha suja do Congresso precisam renovar seus salvo-conduto junto ao eleitorado a cada quatro anos.
O embate Peluso-Calmon reedita no Judiciário o embate que tem marcado a modernização das instituições. Peluso tenta proteger as corregedorias regionais do poder do CNJ.
Nem sempre o que é federal é mais moderno. O voto, universal e em todas as instâncias, está aí para contrabalancear. Mas no Judiciário, o contrapeso é o corporativismo. E em nada ajuda ao equilíbrio. Em seis anos de existência, o CNJ já puniu 49 magistrados. A gestão Eliana Calmon acelerou os processos. Vinte casos aguardam julgamento este mês.
Aliomar Baleeiro, jurista baiano que a ministra gosta de citar, dizia que a Justiça não tem jeito porque "lobo não come lobo". A loba que apareceu no pedaço viu que dificilmente daria conta da matilha sozinha, aí decidiu uivar alto.

Maria Cristina Fernandes é editora de Política.


Condecorações de Lula geram desconforto
Enviado por luisnassif, ter, 11/10/2011 - 07:39
Reação provinciana às condecorações de Lula
Paulo Moreira Leite
Confesso que o esforço de determinados políticos, observadores e acadêmicos para reclamar das condecorações internacionais recebidas por Luiz Inácio Lula da Silva já passou o limite da boa educação, do bom gosto e até do ridículo.
Lula recebeu sua mais nova condecoração há duas semanas em Paris. Até hoje a imprensa continua publicando textos que procuram convencer o leitor, basicamente, do seguinte: os pobres intelectuais do mundo desenvolvido são tão despreparados, tão ignorantes e tão incultos, que não sabem quem é Lula, nunca ouviram falar das mazelas de seu governo e só por isso insistem em lhe dar títulos honorários.

Num artigo publicado no Estadão, hoje, um professor do interior de Minas Gerais tenta convencer o público que os intelectuais europeus estão confundindo Lula com a reencarnação do “bom selvagem,” aquele mito da obra de Jean-Jaques Rousseau.
É até preconceituoso, quando se recorda que o “bom selvagem” não tinha um conteúdo de classe social, mas era uma referencia a civilizações consideradas primitivas pelo pensamento colonial europeu.
É preciso apostar alto na ignorância do leitor para imaginar que ele vai acreditar que os intelectuais dos países desenvolvidos vivem na Idade da Pedra, sem internet e sem uma imprensa de qualidade, que nos últimos anos tem feito reportagens extensas e profundas sobre o Brasil.
Posturas deste tipo são apenas mesquinhas e provincianas.
Mesquinhas, porque envolvem interesses menores e inconfessáveis, frequentemente eleitorais, apenas disfarçados por um palavrório de tom indignado.
Provincianas, porque a condecoração de um presidente da Republica por instituições respeitadas, como a Ecole de Sciencies Politiques, de Paris, que, com afetada intimidade, alguns comentaristas chamam de Siencies Po, deveria ser motivo de orgulho para qualquer brasileiro.
Outro ponto é que o aplauso acadêmico internacional pelas realizações do governo Lula contém um ensinamento importante para um pais desigual e hierarquizado, onde a boa educação só é acessível a uma minoria.
Estou falando de um preconceito antigo e mal disfarçado contra brasileiros e brasileiras que não puderam frequentar a escola como se deve, na idade em que seria preciso, não tem o domínio perfeito da língua, não respeitam normas cultas, cometem erros de concordancia e exibem um vocabulário muitas vezes limitado.
Com frequencia, essas pessoas costumam ser tratados como cidadãos de segunda classe, pré-destinados a ocupações inferiores e que nada devem fazer além de ganhar a vida em atividades braçais.
Ao premiar um presidente que teve pouca educação formal, mas foi capaz de obter um reconhecimento popular como nenhum outro na história recente do país, as universidades estrangeiras informam que é recomendável enxergar além do estereótipo.
Talvez por isso as condecorações irritem tanto a tantos. O reconhecimento é uma advertência contra aqueles que valorizam demais os diplomas que conseguiram pendurar na parede. Não faltam motivos concretos para se fazer uma crítica política a Lula e a seu governo. Todo cidadão bem informado tem sua lista de críticas e sua análise.
Mas o esforço para criticar as condecorações internacionais é esforço inglório.
Nem os brasileiros foram convencidos por estes argumentos, como se viu na campanha presidencial e também pelas pesquisas de opinião, que sugerem que Lula está próximo do nível da santificação junto ao eleitorado. Vencidos em casa, seus adversários querem ganhar a eleição no exterior. Além de feia, é uma batalha perdida.



Madame Bovary não morreu


Gustave Flaubert (1821-1880), em seu romance Madame Bovary se coloca no contraponto do estereótipo de que a mulher, por natureza é menos ativa que o homem. A personagem central, Emma é uma mulher sonhadora, situada na classe média de seu tempo e criada no campo. Tendo estudado em colégio interno, aprendeu a ver a vida através da literatura sentimental. Bonita e requintada para os padrões provincianos casa-se com Charles Bovary, um médico interiorano, apaixonado pela esposa, mas acomodado e sem ambição de crescer na escala social. Charles Bovary fazia questão freqüentar as festas galantes nas ricas propriedades da vila e demonstrar orgulho por ter mulher tão bela, inteligente e capaz de boa prosa. Mas, Emma sentia-se cada vez mais insatisfeita. Nem mesmo o nascimento de uma filha dava alegria ao indissolúvel casamento, no qual Emma sentia-se presa. A partir daí faz opção de por em prática as paixões tais quais as narrativas dos livros que lia. Começa ai as traições ao marido. Passa a ir toda semana à cidade de Rouen, a pretexto de estudar arte, mas na verdade, para encontrar-se com um de seus amantes. Emma tenta transpor o mundo que a cerca e que a oprime. Tal qual Dom Quixote, sozinha em sua luta, nada consegue e acaba se suicidando.
Escrito em 1857, portanto, a um século e meio, a obra prima de Flaubert reflete como se fosse atual. A mentalidade do “ter”, usar e consumir, se mistura e se confunde com o “ser” e com a idéia de felicidade. Emma Bovary é o símbolo da mulher moderna, que busca ansiosamente a felicidade modelada pela indústria cultural. Diz o narrador: Emma buscava saber o que significava exatamente, na vida, as palavras felicidade, paixão e embriaguez, que tão belas lhe pareceram nas revistas e nos livros de romance.. Na cidade de Rouen tudo era encantamento: o porto fluvial no Sena, a catedral e o clube onde passou uma noite de carnaval; a rua estreita do Gros-holorge. (grande relógio)

Belo Horizonte, 13 de outubro de 2011.
Antonio P Moura


Chile: mais de 87% votam por educação gratuita e de qualidade
Cerca de 87% dos votantes no referendo educacional votaram pelo “sim” nas quatro perguntas formuladas no sufrágio, que consultaram a população sobre se ela estava de acordo com um ensino público gratuito e de qualidade, sobre o fim do lucro na educação, o retorno da educação para as mãos do Estado e a incorporação do plebiscito vinculante como mecanismo para resolver problemas de caráter nacional. A reportagem é de Christian Palma.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18683&boletim_id=1026&componente_id=16477


Soledad, a mulher do Cabo Anselmo
Quem foi, quem é Soledad Barrett Viedma? Qual a sua força e drama, que a maioria dos brasileiros desconhece? De modo claro e curto, ela foi a mulher do Cabo Anselmo, que ele entregou a Fleury em 1973. Sem remorso e sem dor, o Cabo Anselmo a entregou grávida para a execução. Com mais cinco militantes contra a ditadura, no que se convencionou chamar “O massacre da granja São Bento”. Esse crime contra Soledad Barrett Viedma é o caso mais eloquente da guerra suja da ditadura no Brasil. O artigo é de Urariano Mota.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18721&boletim_id=1029&componente_id=16497


Sociedade sem graça
por JOSÉ DE SOUZA MARTINS
A variedade e a frequência da violência que nos assombra constitui indício de profundas e alarmantes mudanças sociais fora de controle: pais que matam filhos, filhos que matam pais, netos que matam avôs, bebês que são jogados no lixo, bêbados que dirigem carros em alta velocidade e matam. E mesmo humoristas que querem fazer rir à custa do desrespeito e do menosprezo pelo outro. A sociedade está ficando sem graça... LEIA NA ÍNTEGRA: http://espacoacademico.wordpress.com/2011/10/15/sociedade-sem-graca/





A Editora Contexto tem o orgulho de lançar Titanic: a história completa, uma narrativa apaixonante sobre a tragédia do grande transatlântico.
Escrito por Philippe Masson, um dos maiores especialistas navais do mundo e autor de A Segunda Guerra Mundial, o livro reconstitui as etapas da tragédia – da construção do navio à investigação dos culpados pelo naufrágio – e responde, com clareza, a questões perturbadoras: por que botes salva-vidas foram colocados na água com menos da metade de sua ocupação total? Um iceberg sozinho seria mesmo capaz de avariar o casco do navio a ponto de levá-lo a um naufrágio tão rápido? Como explicar que embarcações situadas nas proximidades do Titanic não o acudiram a tempo?
O livro, em caprichada edição ilustrada, já está disponível. Aproveite!
272 páginas, R$ 49,90.




Exposição Chaplin e a sua imagem
Abertura: 19 de outubro
Em cartaz até 27 de novembro, de terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada Franca
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros






VIII Encontro Mineiro de Psicopedagogia
Enviar a ficha de inscrição e comprovante do depósito bancário, com seu nome, por fax ou e-mail.
Fax: (31)3221-3616
E-mail: abppminasgerais@gmail.com


II Simpósio Arquelogia na paisagem – um olhar sobre os jardins históricos
Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro, dias 24 e 25 de novembro
09h00 – 10h00
Inscrições e Credenciamento
10h00 – 10h20
Sessão de Abertura
Representante da Escola de Belas Artes/ufrj
Prof. Dr. Carlos Terra – Diretor da EBA/UF RJ
Representante da Fundação Casa de Rui Barbosa
Drª. Ana Pessoa – FCRB
Representante do Grupo de Pesquisa História do Paisagismo
Prof. Me. Rubens de Andrade – gphp-EBA/UFRJ
Coordenadora do 2o Simpósio Arqueologia na Paisagem
Profa. Me. Jeanne Trindade – gphp-EBA/UFRJ
10h20 – 11h30
Conferência Magistral
Mediador: Prof. Dr. Carlos Terra
As relações e conexões entre arqueologia e paisagem
Prof. Dr. Marcelo Fagundes (UFVJM)
11h30 – 12h00 – Debate
12h00 – 14h00 – Livre
14h00 – 14h10
Sessão de Conferências I
Instrumentais da Arqueologia da
Paisagem na Preservação
de Jardins Históricos
Mediadora: Prof. Drª. Ana Maria Daou (IGEO/UFRJ)
14h10 – 14h40
Arqueologia da paisagem e a potencialidade interpretativa dos espaços sociais
Drª. Ana Cristina de Sousa (IFBA/UFBA)
14h40 – 15h10
Praça XV: projetos do espaço público
Prof. Dr. Antonio Ferreira Colchete Filho (UFJF)
15h10 – 15h25 – Intervalo
15h25 – 15h55
A paisagem do interior ao exterior do jardim
Profª. Drª. Ana Rita Sá Carneiro (FAU/UFPe)
15h55 – 16h25
O impacto do entorno urbano nos jardins de interesse histórico
Drª. Inês El-Jack (FIOCRUZ)
16h25 – 16h50 – Debate
17h00
Encerramento da Sessão




Congresso Internacional Daisy. LIVRO DIGITAL, INCLUSÃO E MERCADO: novas perspectivas para produção.
04 e 05 de novembro de 2011. Hotel Meliá Jardim Europa. São Paulo - SP, Brasil.
Livros didáticos e seus desafios ao formato Daisy Formatos DAISY 4 e EPUB 3: convergência entre mercado e acessibilidade
Compartilhamento de livros acessíveis online
O futuro do livro Daisy
Panorama da produção e distribuição do livro Daisy no Brasil, na América do Norte, na Europa e na Oceania.
Veja a programação completa, inscreva-se!
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Bons programas em Belo Horizonte:


Os caprichos de Goya (de 4 de outubro a 30 de outubro ), de segunda a sexta de 9hs as 19hs e aos sabados de 10hs as 13hs. No hall da Prefeitura.

Na Casa Fiat de cultura: Roma a Vida e os Imperadores, de 21 de setembro a 18 de dezembro. Além da exposição, haverá palestras:
Dia 20 de outubro - O império Romano no seu Apogeu, palestrante Guido Clemente (Florença).
Dia 27 de outubro - Uma Introdução a Arte Romana, palestrante: Paolo Liverani (Florença).
Dia 3 de novembro - Política e violência em Roma, palestrante Chantal Gabrielli (Florença).
Dia 10 de novembro – A escravidão em Roma, palestrante: Fábio Duarte Joly (UFOP Ouro Preto).
Dia 17 de novembro - A Economia Romana, palestrante: Júlio Cesar Magalhães de Oliveira (Londrina).
Dia 24 de novembro - O Estudo da Historia com textos e imagens: o exemplo de Agripina Menor, palestrante Fabio Faversani de Ouro Preto.
Dia primeiro de dezembro - A Imagem dos Bárbaros na Arte Romana, palestrante: Matheus Coutinho Figuinha (Scuola Normale Superiore de Pisa).
Dia 6 de dezembro - De capital Imperial a cidade Cristã: Roma na Antiguidade Tardia; palestrante (Carlos Augusto Ribeiro Machado (Unifesp). Mais detalhes e endereço: www.casafiatdecultura.com.br


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O tempo em que podemos mudar o mundo
Immanuel Wallerstein, provocador: o capitalismo está condenado: resta saber quê irá substituí-lo. Transição não será apocalíptica: dependerá das escolhas que fizermos agora. Marx foi, como todos nós, prisioneiro de seu tempo.

Uma nova guerra dos medicamentos?
Produção da China e Índia ameaça oligopólio que controla indústria farmacêutica. Países ricos querem recorrer a patentes para conservar poder. Por Daniela Frabasile


CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSOR ADJUNTO / ASSISTENTE
1. ÁREA DE CONHECIMENTO: Planejamento Territorial e Urbano / Políticas
Públicas e Turismo / Estágio Obrigatório
CATEGORIA FUNCIONAL: Professor Ensino Superior
CLASSE: Professor Adjunto / Assistente
2. DA TITULAÇÃO
Graduação em Turismo, Arquitetura e Urbanismo e mestrado ou doutorado em
áreas afins às graduações solicitadas.

1. ÁREA DE CONHECIMENTO: Análise Econômica do Turismo / Fundamentos
de Finanças / Qualidade em Turismo / Estatística
CATEGORIA FUNCIONAL: Professor Ensino Superior
CLASSE: Professor Adjunto / Assistente
2. DA TITULAÇÃO
Graduação em Turismo ou áreas afins e mestrado ou doutorado em Turismo,
Administração ou Economia.

As especificações e bibliografia podem ser encontradas no Edital 123/2011 da UFVJM e Instruções Específicas que o acompanham.
WWW.ufvjm.edu.br

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